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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA

BEATRIZ HELENA DA SILVA


CAMILA LUIZ DOTA
CAROLAYNE CRISTINA TEODORO RODRIGUES
LETICIA DAS GRAÇAS RAMALHO
LORRANY BEATRIZ DIAS
MAYARA EMIDIO DE OLIVEIRA
PAULA CANDIDO ANGELINO

NORMAS DE BIOSSEGURANÇA APLICADAS NA ESTÉTICA.

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO/SP


2018
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA

BEATRIZ HELENA DA SILVA


CAMILA LUIZ DOTA
CAROLAYNE CRISTINA TEODORO RODRIGUES
LETICIA DAS GRAÇAS RAMALHO
LORRANY BEATRIZ DIAS
MAYARA EMIDIO DE OLIVEIRA
PAULA CANDIDO ANGELINO

NORMAS DE BIOSSEGURANÇA APLICADAS NA ESTÉTICA

Trabalho apresentado no Curso


Superior de Estética e Cosmética da
Universidade Paulista - UNIP para o
Projeto Integrado Multidisciplinar I.

Orientadora: Prof.ª Flávia Clara


Bezerra Trevisan.

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO/SP


2018
BEATRIZ HELENA DA SILVA
CAMILA LUIZ DOTA
CAROLAYNE CRISTINA TEODORO RODRIGUES
LETICIA DAS GRAÇAS RAMALHO
LORRANY BEATRIZ DIAS
MAYARA EMIDIO DE OLIVEIRA
PAULA CANDIDO ANGELINO

NORMAS DE BIOSSEGURANÇA APLICADAS NA ESTÉTICA.

Trabalho apresentado no Curso


Superior de Estética e Cosmética da
Universidade Paulista - UNIP para o
Projeto Integrado Multidisciplinar I.

Orientadora: Prof.ª Flávia Clara


Bezerra Trevisan

APROVADO EM: ____/____/ ________

BANCA EXAMINADORA

__________________________________/____/____
Prof.ª Ma. Ana Beatriz Lopes Françoso
Universidade Paulista – UNIP

__________________________________/____/____
Prof.ª Ma. Letícia Paiva Gomes Santanna
Universidade Paulista – UNIP

__________________________________/____/____
Prof.ª Gláucia de Oliveira Sant`Angelo
Universidade Paulista – UNIP
RESUMO

Os tratamentos estéticos estão cada dia mais avançados, por isso a procura por eles
tem se tornado cada vez maior. Preocupados com a saúde e o bem-estar dos seus
clientes, os profissionais da área tem procurado se prevenir contra exposição e
possíveis acidentes, pois estão cada vez mais expostos a riscos como os riscos
químicos, físicos, biológicos e ergonômicos. Este trabalho procura mostrar as
medidas preventivas necessárias para garantir a segurança do cliente e do
profissional sendo necessário seguir determinadas normas e fazer o uso de
equipamentos de proteção individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC), tais como
luvas, máscaras, jalecos, óculos, touca, sapato fechados e etc. A utilização de
aparelhos para esterilização e descontaminação também se faz necessário. Outro
método importante que deve ser realizado antes e posteriormente a procedimentos
estéticos é a higienização das mãos, onde ocasiona a segurança e a não
propagação de doenças, proporcionando a segurança para ambas as partes, cliente
e profissional da estética. Neste contexto a biossegurança é empregada por meio de
um conjunto de normas que visam à proteção dos ambientes e de diversos
profissionais e, além disso, ambiciona um atendimento seguro e de qualidade.

Palavras-chave: Biossegurança. Estética. Saúde.


SUMÁRIO

1.

INTRODUÇÃO..............................................................................................................6

2. REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................7

2.1 A origem da biosssegurança....................................................................7


2.1.1 Conceito de Biossegurança......................................................................8
2.1.2 Principais legislações vigentes sobre biossegurança..............................8
2.1.3 As medidas de precaução universais ou medidas padrão........................9

2.2 Biossegurança em centros estéticos ....................................................10


2.2.1 Principais riscos ocupacionais em ambiente relacionados a estética.....11
2.2.2 Principais conceitos sobre riscos e acidentes de trabalho......................12
2.2.3 Análises de acidentes na área da estética..............................................12

3. OBJETIVOS............................................................................................................14

3.1 Objetivos gerais.........................................................................................14

3.2 Objetivos específicos................................................................................14

4. MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................15

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................15

6. CONCLUSÃO.........................................................................................................16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................16
6

1. INTRODUÇÃO

Mesmo diante da atual crise econômica é possível verificar que o mercado


estético continua crescendo fortemente. Novos espaços direcionados ao bem-estar
e a beleza surgem constantemente e, consequentemente, nascem, também, as
preocupações e os questionamentos quanto à qualidade de vida dos profissionais,
no que se refere às condições de saúde, higiene e segurança dentro dos ambientes
que desenvolvem essas atividades.
Em 2012, com o advento da Lei 12.592, houve um grande reconhecimento de
profissionais da beleza. Neste período as atividades como cabeleireiro, barbeiro,
esteticista, manicure e pedicure começaram a ser reconhecidas e regulamentadas,
inclusive quanto às condições adequadas de trabalho e ao cumprimento das normas
de segurança e saúde.
Em ambientes relacionados à estética, assim como em outros locais de
trabalho, devem ser executadas as regras aos procedimentos destinados a proteção
do cliente e do profissional e, tal conjunto de procedimentos recebe o nome de
Biossegurança que, também pode ser compreendida como normas e medidas que
visam à proteção dos ambientes e dos profissionais (COSTA; COSTA, 2002).
Percebe-se que a biossegurança aplicada a centros estéticos é necessária e
de fundamental importância. Com o aumento da procura por clínicas e salões de
beleza, cresce a rotatividade de pessoas dentro desses espaços de trabalho, sendo
necessário redobrar a atenção e os cuidados com a saúde, segurança e higiene
(GARBACCIO; OLIVEIRA, 2012).
A ampla procura por profissionais da área de beleza que, oferecem diversos
serviços de estética para inúmeras pessoas que querem cuidar e melhorar a
aparência reafirma a necessidade de conscientização dos riscos potenciais ao
exercício de tal profissão, tanto para o profissional quanto para o cliente
(CORDEIRO et al., 2013).
Apesar de muitos profissionais considerarem a biossegurança como normas
que dificultam a execução de seu trabalho, são essas regras que garantem a saúde
do profissional e de seus clientes e, o não cumprimento das normas básicas podem
acarretar em problemas como transmissão de doenças e epidemias, além de
impasses éticos e trabalhistas (GARBACCIO; OLIVEIRA, 2013).
7

Desta forma, é essencial que haja uma maior conscientização por parte dos
profissionais para que adotem medidas de segurança no ambiente ocupacional e no
atendimento de seus clientes, como forma de preservar a própria saúde e do
indivíduo que está recebendo os procedimentos estéticos.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. A origem da biossegurança

No Brasil a biossegurança surgiu na década de 1980, onde a própria


Organização Mundial da Saúde (OMS) incorporou a essa definição os chamados
riscos periféricos presentes em ambientes laboratoriais que trabalhavam com
agentes patogênicos para o homem, como os riscos químicos, físicos, biológicos,
radioativos e ergonômicos.
Em 1985 surge o primeiro curso de biossegurança na área da saúde, e a
partir desse momento se iniciaram implantações de medidas que visassem à
segurança nos laboratórios.
Um maior interesse por normas definidas para o manuseio e uso de
Organismos Geneticamente Modificados (OGM), mais conhecidos como organismos
transgênicos, partiu de instituições de pesquisa que desenvolviam atividades de
engenharia genética. Em maio de 1994, a Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia (Cenargen), com apoio da UNIDO/ICGEB organizou o primeiro
workshop internacional sobre organismos transgênicos no Brasil. O resultado deste
trabalho, contou com o apoio de empresas privadas, gerando a aprovação da Lei de
Biossegurança em dezembro de 1994, a qual veio a ser a primeira Lei sancionada
pelo então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, Lei No. 8.794 de
06 de janeiro de 1995.
Segundo Scholze (1999) em 1995 foi criada uma Comissão Técnica Nacional
de Biossegurança (CTNBIO) com o objetivo de estabelecer normas às atividades
que envolvam construção, cultivo, manipulação, uso, transporte, armazenamento,
comercialização, consumo, liberação e descarte relacionados à OGM (Organismos
Geneticamente Modificados) em todo o território brasileiro.
8

2.1.1. Conceito de biossegurança

Entende-se por biossegurança um conjunto de procedimentos voltados para


espaços relacionados a saúde e, também, a estética, cujo objetivo é fornecer
segurança e proteção ao cliente e ao profissional e, normas e medidas que visa à
proteção da população e dos profissionais de saúde, com a implantação de um tipo
de segurança especial que envolve cientistas, pesquisadores e agentes de
segurança biológica, que são treinados e especializados no assunto (COSTA;
COSTA, 2002).
Além disso, a biossegurança é direcionada para o controle e a minimização
de riscos advindos da exposição, manipulação e uso de organismos vivos que
podem causar efeitos adversos ao homem, animais e meio ambiente. Para prevenir
tais riscos é necessário o uso das medidas de controle de infecção com
equipamentos específicos de esterilização e desinfecção, como procedimentos de
higienização dos utensílios e das mãos, e por fim o gerenciamento dos resíduos. Ao
adotarmos esses procedimentos que tem como objetivo evitar ou minimizar os riscos
de atividades potencialmente perigosas que envolvem organismos vivos é
necessário aplicar a biossegurança (TEIXEIRA, 1996).
A questão principal é garantir que todo procedimento seja seguro para os
profissionais que os realizam, além dos pacientes a quem são destinados, para
garantir resultados de qualidade, e devido a isso as normas enfatizam diversos
pontos como, por exemplo, o uso adequado de equipamentos de proteção individual
(EPI) e de equipamento de proteção coletiva (EPC), que devem ser usados para
minimizar e eliminar os riscos resultantes da biotecnologia e seus produtos, sendo
eles, por exemplo, o jaleco, a luva, as máscaras, as toucas, os sapatos fechado e
etc.

2.1.2 Principais Legislações vigentes sobre centros estéticos

Com o aumento da procura por tratamentos estéticos, clínicas e salões de


beleza foram orientados a se adequar as exigências de biossegurança. Em qualquer
estabelecimento que trabalhe com beleza ou saúde deve haver uma estrutura que
assegure a execução de práticas corretas para as atividades desenvolvidas e que
vise à segurança do cliente e do profissional (GARBACCIO; OLIVEIRA, 2013).
9

A Lei 12.592/12 destaca, por meio art. 1º, o reconhecimento dos profissionais
voltados para a estética e apresenta: “É reconhecido, em todo o território nacional, o
exercício das atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista,
Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador, nos termos desta Lei.” Deste modo,
estes profissionais deverão, também, seguir as normas sanitárias, conforme descrito
no art. 4º, onde deve-se efetuar medidas para a esterilização de materiais e
utensílios, para a prevenção de doenças e controle de possíveis contaminações no
local de trabalho (BRASIL, 2012).
A segurança biológica se estende aos autocuidados, no manuseio do lixo
biológico, equipamentos e superfícies. Os descartes de materiais perfurantes
cortantes (agulhas, seringas, tubos quebrados, contaminados) devem ser
armazenados em caixas coletoras sinalizadas “infectantes”. Os materiais como
algodão, luvas, lençóis contaminados devem ser armazenados em lixeira com tampa
e pedal, com a devida embalagem plástica sinalizada “infectante”.
Para Melo et al. (2006) a biossegurança em locais relacionados à saúde,
como a área estética, consiste em ações preventivas para o controle de infecções
nos diversos ambientes de trabalho.
Por consequência, verifica-se necessidade da implementação dos conceitos
de biossegurança, a apresentações de ricos como os biológicos, a implementação
de equipamentos de proteção, de procedimentos de higienização dos utensílios e
das mãos, e por fim o gerenciamento dos resíduos.

2.1.3 As medidas de precaução universais ou medidas padrão

As medidas de precaução universais ou medidas padrão integram as normas


de biossegurança que consistem em atitudes que devem ser tomadas por todo
profissional de saúde frente a qualquer paciente, com o objetivo de reduzir a
exposição do profissional aos riscos de transmissão de agentes infecciosos,
principalmente veiculados por sangue e fluidos corporais ou presentes em lesões de
pele, mucosas, restos de tecidos ou de órgãos.
Essas medidas incluem a utilização de equipamentos de proteção individual e
coletiva. As medidas de precaução padrão envolvem, também, certas atitudes como
a higienização das mãos, os usos de luvas, o uso de aventais limpos, o uso de
10

máscara, óculos, protetor facial, sapatos fechados, destino adequado de material


perfurocortante, imunização efetiva dos trabalhadores, cuidados ambientais,
isolamento e precauções.

2.2 Biossegurança em centros estéticos

Uma das principais normas de biossegurança em clínicas, salões e demais


lugares que trabalham em contato com pessoas, utensílios e, também, comida,
dizem a respeito da higienização das mãos, elas sempre devem ser lavadas antes
do preparo e da utilização de utensílios e manuseio do cliente. Apesar de simples,
essa é uma das medidas que mais evitam propagação de doenças, outro meio de
prevenir as doenças são as medidas de controle de infecção com equipamentos
específicos de esterilização e desinfecção.
A esterilização elimina todas as bactérias, fungos, vírus e esporos por meio
de agentes químicos, físicos e físico-químicos, a esterilização física utiliza
autoclaves, radiação, ultravioleta, estufas, raios gamas e pasteurizadores, e a
esterilização química é utilizado óxido de Etileno (ETO), peróxido de hidrogênio,
ácido peracético, formaldeído e glutaraldeído.
A desinfecção é um processo que elimina grande parcela de microrganismos
presentes em equipamentos laboratoriais e é feita utilizando o cloro, o hipoclorito de
sódio e o álcool, que pode ser classificada em desinfecção de baixa e alta eficiência.
Os profissionais de saúde também devem ficar atentos aos seus equipamentos de
proteção, tais como jalecos e aventais, que devem ser usados apenas no local de
trabalho e nunca em áreas públicas. Para proteger o corpo de modo geral é
necessário o uso de jalecos, aventais ou uniformes de algodão de manga longa, de
preferência com elástico no punho, a fim de proteger as áreas de antebraço, braço,
tórax, pernas de possíveis contaminações (CARVALHO et al., 2010).
Além destas medidas, é importante não abraçar pessoas ou carregar bebês
utilizando jalecos, uma vez que existe o risco de contaminá-los. E mesmo sendo
uma recomendação conhecida por todos os profissionais dessa área, é comum
observar profissionais utilizando jalecos em locais públicos ou até mesmo
transportando-os de maneira inadequada. Isto pode acarretar em propagações de
bactérias resistentes, que geralmente são encontradas em ambientes hospitalares,
11

porém podem ser facilmente levadas até a população em virtude do


descumprimento das normas de biossegurança.
No que se refere ao uso das luvas, a Organização Mundial da Saúde
recomenda que elas devam ser usadas devido a duas razões sendo a primeira para
diminuir o risco de contaminação das mãos dos profissionais com sangue e outros
fluidos corporais e a segunda razão destina-se a reduzir o risco de disseminação de
germes para o ambiente e de transmissão do profissional para o cliente.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para melhorar a qualidade de
vida dos trabalhadores, estabeleceu normas de biossegurança para os
estabelecimentos de saúde, dentre elas destacam-se as Normas Regulamentadoras
06 (NR 06) e 32 (NR 32) (BRASIL, 2000).
Neste contexto, observa-se que, a falta de conhecimento dos profissionais
das áreas de saúde e, principalmente, das áreas relacionadas à estética, às
medidas de segurança, tais como manuseio correto de materiais contaminados,
transporte adequado dos mesmos e a atenção no descarte de materiais
perfurocortantes são as principais causas de acidentes nas instituições de saúde, o
que demonstra a necessidade de se estabelecer normas regulamentadoras de forma
integral.

2.2.1 Principais riscos ocupacionais em ambiente relacionados à


estética

Muitos produtos utilizados em clínicas podem causar danos à saúde e no


decorrer dos anos a estética vem sofrendo mudanças de técnicas, para garantir
eficácia e segurança nos procedimentos, contudo ainda existem diversos
profissionais de estética que desconhecem os riscos relacionados à profissão que
podem prejudicar a saúde.
O profissional não deve, apenas, saber o procedimento, ele, também, deve
estar ciente de uma série de riscos que tanto os clientes, quanto os profissionais
podem estar sujeitos, tais como os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos
e psicossociais. Assim como deve, ainda, conhecer as medidas preventivas para
aplicar em seu ambiente de trabalho, garantindo a qualidade, segurança e bem-estar
de seus clientes, que estão expostos a várias patologias que podem ser
12

ocasionados por contaminação direta, por exemplo, doenças causadas por vírus
como a gripe, a meningite, a herpes, a hepatites B e C, HIV e a AIDS, doenças
bacterianas e fúngicas como a coqueluche, as micoses, difteria, hanseníase,
impetigo, alergias e os furúnculos, são alguns exemplos causados por esses germes
(MORAES et al., 2012).
Além disso, a ética profissional em relação a cuidados com a saúde do cliente
pode promover ao profissional a devida credibilidade da sua clientela independente
de classes sócias a que pertençam.
Os riscos no ambiente estético podem ser classificados em cinco tipos, de
acordo com a Portaria n° 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978, sendo
eles, os riscos biológicos, onde o esteticista deve estar sempre ciente, mas também
sempre utilizar formas para proteger a si e ao seu cliente contra microrganismos
patogênicos como fungos, vírus, parasitas, insetos, protozoários e etc., os riscos
ergonômicos que estão relacionados a procedimentos estéticos que exigem força e
movimentos repetitivos, acarretando posturas inadequadas, ritmo excessivo ou
monotonia, os riscos físicos ocasionados por meio de, por exemplo, alguns
equipamentos que emitem ruídos e vibrações, o uso de luz pulsada que quando
usada indevidamente pode gerar queimaduras, entre outros como pressões,
umidade, ionizantes, não ionizantes, radiação, etc., os riscos químicos presentes em
substâncias e compostos de produtos químicos em geral pelo uso de ácidos na pele
da cliente e, também, vapores, névoas, etc. e os riscos psicossociais que decorrem
de deficiências na concepção, organização e gestão do trabalho, bem como de um
contexto social de trabalho problemático, podendo gerar efeitos negativos a nível
psicológico, físico e social tais como estresse relacionado com o trabalho,
esgotamento ou depressão (BRASIL, 1978).

2.2.2 Principais conceitos sobre riscos e acidentes de trabalho

Os riscos no ambiente estético podem ser classificados em cinco tipos, de


acordo com a Portaria n° 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978, sendo
eles os riscos biológicos, ergonômicos, físicos, químico e psicossociais.
Os riscos biológicos estão relacionados a acidentes envolvendo o sangue e
outros fluidos orgânicos, onde houve exposição a materiais biológicos
13

potencialmente contaminados, desse modo o esteticista deve estar sempre ciente e


utilizar formas para proteger a si e ao seu cliente contra diversos agentes infectantes
como sangue, fungos, vírus, parasitas, insetos, protozoários, secreção vaginal,
secreções nasais, saliva, vômitos, suor, lagrimas e outros.
Riscos ergonômicos são considerados aqueles cuja relação do trabalho com
o homem causa desconforto ao mesmo, podendo assim causar danos a sua saúde
física e/ou mental, como o excesso de esforço físico, postura inadequada, ritmo
intenso, monotonia, trabalho noturno, entre outros fatores que podem levar ao
estresse físico e psíquico.
Os riscos físicos podem ser definidos como a exposição às diversas formas
de energia, como por exemplo, ruídos, vibrações, pressões anormais, radiações
ionizantes e não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom, temperaturas
extremas, temperatura ambiental desconfortável, iluminação precária, falta de
arejamento nos consultórios, instalações elétricas inadequadas e etc.
Entende-se como risco químico a exposição aos seguintes agentes químicos:
substâncias e compostos de produtos químicos em geral pelo uso de ácidos na pele
da cliente ou possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele
ou por ingestão, como por exemplo, poeiras, gases ou vapores, névoas, neblinas,
entre outros.
De outro modo, os riscos psicossociais decorrem de deficiências na
concepção, organização e gestão do trabalho, bem como de um contexto social de
trabalho problemático, podendo ter efeitos negativos a nível psicológico, físico e
social tais como estresse relacionado com o trabalho, esgotamento ou depressão.

2.2.3 Análises de acidentes de trabalho na área da estética

Os acidentes de trabalho são definidos, segundo o Ministério da Previdência


Social, como eventos súbitos ocorrido no exercício de atividade laboral e que
acarreta um malefício à saúde, lesionando, perfurando, atacando o psicológico,
perda da noção, sentido e memória, sendo leve ou grave, acarretando em morte ou
meses de internação, perdendo totalmente a capacidade da volta ao trabalho
14

variando de casos e também pelo esforço físico, posturas incorretas, trabalho


intenso e repetitivo.
Quando acontece um acidente de trabalho, inclusive no ambiente estético, ele
deve ser comunicado imediatamente após sua ocorrência, por meio da emissão
obrigatória da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT), que em seguida deve
ser encaminhada à Previdência Social, ao sindicato da categoria correspondente e
ao Ministério do Trabalho.
Os acidentes de trabalhos estão relacionados às suas atividades em
condições peculiares realizadas na assistência ao ser humano, destacando os
fatores biológicos, físicos, ergonômicos, químico e psicossocial.
Por isso os profissionais de estética devem ter em mente o objetivo de se
manterem sempre seguros e distantes de qualquer doença ocupacional ou acidente
de trabalho, permanecerem sempre atentos aos riscos e aos cuidados com a saúde,
levando em consideração a infraestrutura do ambiente de trabalho. E para isso é
fundamental que todo empregador conheça bem as implicações e as exigências
legais pertinentes, visando oferecer à sua equipe de profissionais a
proteção adequada para evitar a ocorrência de doenças e de possíveis acidentes.
Deste modo é necessário ampliar a percepção que assegura a proteção da
saúde desses profissionais, bem como a discussão recorrente sobre os riscos aos
quais estão expostos estes trabalhadores, proporcionando informações que levem
os profissionais a refletirem sobre o seu autocuidado, bem como reivindicarem por
melhores condições de trabalho.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivos gerais

A finalidade deste projeto é apresentar normas de biossegurança aplicada à


estética enfatizando a importância e o conhecimento das diversas normas e,
também, o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e
equipamentos de proteção coletiva (EPCs).

3.2 Objetivos específicos


15

A intenção é introduzir diferentes conceitos e abordar a importância da


biossegurança no contexto ocupacional, tendo em vista a preservação da saúde
pública e do meio ambiente. Pretende-se, também, oferecer conhecimentos sobre a
classificação dos riscos ocupacionais e os ricos envolvidos no gerenciamento de
resíduos obtidos nestes serviços e, ainda, contribuir para o desenvolvimento de
profissionais capacitados para os princípios da biossegurança nos mais diversos
setores relacionados à estética, adequando o ambiente de trabalho de forma a
contribuir para boas condições de saúde e segurança.

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Este projeto tem como foco principal apresentar as medidas de prevenção e


os riscos ocupacionais voltados para a estética. Através de pesquisas almeja-se
oferecer diversos conceitos de biossegurança com a finalidade de conscientizar os
profissionais de estética sobre os diversos riscos que podem comprometer a saúde.
Pretende-se também analisar diferentes estudos de caráter científico sobre testes
que demonstram os resultados da execução da Biossegurança em protocolos
estéticos.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante do exposto, sabe-se que o maior entrave para minimizar os riscos


biológicos não está nas tecnologias disponíveis, e sim no comportamento dos
profissionais de saúde, sendo importante então que esses profissionais estejam em
treinamento constante para correção de condutas inadequadas, pois a
biossegurança é um processo educacional, uma somatória de conhecimentos,
comportamento e práticas (COSTA; COSTA, 2002).
Vimos neste trabalho que a lavagem das mãos e a esterilização dos
equipamentos são exemplos dos procedimentos mais importantes para se prevenir
os riscos biológicos. O principal intuito da biossegurança incidiu em que todo
16

procedimento seja seguro tanto para os profissionais quanto para os clientes,


garantindo assim qualidade e resultados satisfatórios.
Todo profissional deve estar ciente dos riscos, é necessário apontar que os
equipamentos de proteção são sempre importantes para evitar e ou minimizar uma
possível lesão ou contaminação proveniente do ambiente ocupacional.

6. CONCLUSÃO

De maneira geral a biossegurança é um sistema que deve ser implantado em


todos os lugares, tanto para clientes quanto para os profissionais.
Sendo assim, se pararmos para analisar, o mercado da estética é o que tem
maior índice de crescimento, desta forma, trata-se de uma profissão que está, cada
vez mais, sendo procurada por profissionais que desejam se capacitar na área e
com essa demanda muito alta deve-se aplicar a biossegurança com total
responsabilidade para que tanto nós profissionais quanto nossos clientes tenham
segurança com aquilo que é para lhe trazer benefícios e autoestima, pois um passo
errado pode ocasionar consequências sem volta, desta forma ao apresentar esse
trabalho trazemos como e quando devemos agir e praticar a biossegurança para
estabelecer medidas que garantam um ambiente ocupacional saudável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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atividades profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure,
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Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_odonto.pdf.
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com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Brasília, 1978.
17

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