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CONTRASTE
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
BIOLÓGICOS 7
4. LIMPEZA 14
5. ESTERILIZAÇÃO 15
6. DESINFECÇÃO 16
7. TIPOS DE RESÍDUOS 22
9. GESTÃO DE RESÍDUOS 28
CONCLUSÃO 61
REFERÊNCIAS 62
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NOSSA HISTÓRIA
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1. INTRODUÇÃO
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entre os empregados, empregadores e seus afazeres. Quando umcolaborador
percebe que há melhorias no ambiente de trabalho que atua, este,passa a sentir mais
integrado a empresa, passa a confiar mais nos propósitos,objetivos e missão da
empresa e, ainda, a ter mais carinho e respeito com relaçãoaos seus líderes. Tais
fatores possivelmente contribuíram para a aquisição deresultados mais favoráveis,
distanciando a existência do insucesso.
Antes de abordarmos especificamente as questões acerca da
biossegurança,faz-se necessário enfatizarmos a existência de uma reflexão sobre a
relevância daatual inovação. A capacidade de se inovar diariamente, diante das
necessidadesde mercado, independente do segmento que venhamos a atuar, assume
o papelcentral na definição do sucesso ou insucesso das empresas e instituições.
Inovaré gerar, produzir, transmitir uma mensagem, propiciar a facilitação para algoe
explorar de modo sustentável e seguro, novas ideias e/ou ideologias e
novosconceitos. A inovação é demandada em todas as áreas do conhecimento
esegmentos e/ou ramos de atividade.
Para garantir um ou vários diferenciais estratégicos, todas as
empresas,independente do seu segmento, devem seguir as tendências de mercado
einvestir maciçamente em treinamentos, equipamentos e na segurança de
seuscolaboradores. A produção de novas tecnologias é mais rápida a cada dia e
aavaliação de sua utilidade e segurança se torna mais complexa, onerosa e extensano
tempo. Para decidir sobre a utilidade e a segurança de novas tecnologias,
asinformações não podem mais serem tratadas individualmente, sendo
necessárioconstruir redes de informações multidisciplinares, abrangentes,
redundantes, interligadas e, sobretudo, confiáveis do ponto de alta qualidade. Nascem
assim, as redes de laboratórios, que precisam ter procedimentos padronizados e
seguros, para que não haja riscos à saúde e ao ambiente.
Figura 1
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anos, bem como não há formação de recursos humanos sem o amparo
deinformações e atualizações, sendo estas fundamentais, atualmente, em quehá uma
profusão de saberes sobre praticamente tudo. As obras de referência,produzidas por
autores e editores experientes, devem ter, como missão, ir alémda informação. A
construção do conhecimento, envolve a seleção e o descarte deinformações. Por isso,
deve ser conduzido por pessoas e instituições qualificadase imparciais que tenham
por objetivo único, contribuir para o desenvolvimentoeconômico, social e sustentável,
perfeitamente aplicáveis na biossegurança.
Com o aumento de complexidade, quanto aos procedimentos diversosem
atividades técnicas, as quais exigem cuidados especiais e equipamentoscompatíveis
para a proteção dos colaboradores, a fim de evitar danos e aos queutilizam do serviço
circunstantes (pacientes/clientes), bem como ao próprioambiente em geral, a
Biossegurança torna-se uma disciplina cada vez maispresente e necessária. Embora
a palavra Biossegurança, seja usada pelo leigoquase como sendo um sinônimo de
atividades a organismos geneticamentemodificados, o termo é aplicável a todas as
atividades humanas, laboratoriais ouindustriais que envolvam riscos, mínimos ou
aqueles de grande significância, nasegurança alimentar, na manipulação de micro-
organismos, células em cultivo,substâncias químicas, substância tóxicas, explosivos,
investigações clínicas pormeio de laboratórios de imagens, dentre outros (BOSI,
2015).
O autor, supracitado, ainda descreve que o termo risco, é função
daprobabilidade de ocorrência de efeito adverso e da severidade do respectivo
efeito,este efeito pode ser compreendido como dano. Não há atividade alguma em
queo risco seja zero. Por isso, a adoção de medidas preventivas que minimizem
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aincerteza e a educação em serviço, se fazem necessária a fim de identificar,
medir,mitigar e minimizar os riscos e suas ocorrências.
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2. GERENCIAMENTO DE RISCO E DESCARTE DE PRODUTOS
BIOLÓGICOS
RISCOS BIOLÓGICOS
Rambauske, Cardoso e Navarro (2014) e Machi Junior et al. (2014)descrevem
que os riscos biológicos são decorrentes da exposição aos agentesdo reino animal e
vegetal e, ainda, proveniente de micro-organismo ou de seussubprodutos. Entre os
agentes de risco biológico, é possível citar, como sendoos mais importantes:
bactérias, fungos, vírus, protozoários, metazoários, dentreoutros. Tais agentes e/ou
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micro-organismos podem estar presentes sob diversasformas, as quais oferecem
risco biológico às pessoas que entram em contatocom estes, tais como aerossóis,
poeira, alimentos, instrumentos de laboratório,água, cultura celulares, amostras
biológicas (sangue, urina, escarro, secreções),equipamentos médicos, dentre outros.
Os autores supracitados mencionam queos respectivos agentes ou micro-organismos
infecciosos podem ser divididos emgrupos de risco, tais como:
• Grupo de risco 1 (nenhum ou baixo risco individual e coletivo): microrganismo
com muito baixa probabilidade de causar doenças no homem ouem animais.
• Grupo de risco 2 (risco individual moderado ou risco coletivo baixo):
agentepatogênico que pode causar doença no homem ou em animais, mas que
éimprovável que constituam perigo grave às equipes que atuam nos ambientesde
investigação clínica (laboratorial e de imagens), aos animais ou ao ambiente.
A exposição aos agentes infecciosos nesses ambientes, podem causar ougerar
infecção grave, entretanto, existe tratamento eficaz para tal, além danecessidade de
aplicação de medidas de prevenção contínua, e o risco depropagação infecção tornar-
se-á limitado.
• Grupo de risco 3 (alto risco individual baixo risco coletivo): agente patogênicoque,
geralmente, causa doença grave no homem ou no animal, mas que não sepropaga
habitualmente de uma pessoa para a outra. Existe tratamento eficaz,podendo ser
aplicadas medidas de prevenção.
• Grupo de risco 4 (alto risco individual e coletivo): agente patogênico que,geralmente,
causa uma doença grave no homem ou no animal e que pode sertransmitido
facilmente de uma pessoa para outra, direta ou indiretamente.
Nem sempre está disponível tratamento eficaz ou medidas de prevenção.
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derequisitos necessários para impedir que essa transmissão ocorra. Esse evento
édenominado cadeia de infecção, em geral, determinado por: presença de
patógenode virulência suficiente, dose infectante elevada do patógeno. É um
mecanismode transmissão do patógeno a partir do ambiente para o hospedeiro, ou
seja, aexistência de uma porta de entrada correta para um hospedeiro suscetível.
Para que a transmissão de uma fonte ambiental seja bem-sucedida, Aranteset
al. (2015), apontam dizendo que todos os requisitos da cadeia de infecção devemestar
presentes. A ausência de qualquer elemento impede a transmissão. Alémdisso, os
agentes patogênicos, em questão, devem superar estresses ambientaispara manter
sua viabilidade, virulência e capacidade de iniciar infecção nohospedeiro.
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Os principais agentes que podem causar ou ocasionar infecção
aostrabalhadores de laboratório de ensino e pesquisa, assim como indústrias
quemanipulam organismos vivos para a produção de medicamentos ou insumos,são
apresentados a seguir, de forma sucinta. Os agentes patogênicos, muitasvezes, estão
em níveis elevados no ambiente de saúde, porém, o processo delimpeza
convencional, muitas vezes, já é suficiente para evitar que ocorra atransmissão
mediada pelo ambiente, bem como a aplicação de hábitos comoa higienização das
mãos que são benéficos. No entanto, é prática geral emserviços investigativos de
saúde usar métodos de esterilização para a remoçãoda transmissão em potencial de
agentes infecciosos dos seus utensílios, comoinstrumentais (ARANTES et al., 2015).
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Campylobacter(Bactérias entéricas que causam diarreia), Mycobacterium
tuberculosis.Staphylococcus spp.
Os estafilococos são bactérias piogênicas altamente adaptáveis quese
apresentam em várias espécies, principalmente o Staphylococcus
aureus,considerado como o mais patogênico, com via de entrada por meio da pele
lesadaou mucosa, sobretudo por profissionais que atuam em laboratórios e
profissionaisda área de assistência à saúde. Os estafilococos podem causar a
chamadasíndrome do choque tóxico, na qual envolve bacteremia, septicemia e
pneumoniaem um terço das vítimas. O estafilococo piogênico está presente na pele
normalàs margens de tecidos lesados. O S. saprophyticus, ao contrário, encontra-se
maisrelacionada a infecções do trato urinário. O S. aureus pode causar lesões
bastantegraves no homem como a osteomielite e a endocardite, em casos de
bacteremias.
Além disso, produz toxinas e enzimas, incluindo as coagulases associadas a
suapatogenia (BORETTI et al., 2014).
Segundo os autores supracitados, os estafilococos podem sobreviveràs
condições ambientais de forma resistente, podendo alojar-se em alimentos,o que se
justifica a utilização de proteção das mãos daqueles que trabalhamna manipulação de
alimentos. As bactérias podem ser carregadas por contatomanual, secreções de
pessoas contaminadas ou portadores nasais. A EnterotoxinaEstafilocócica (SE), é um
grupo de toxinas intimamente relacionada à proteínaextracelular, produzidas por
conjuntos distintos de genes encontrados em umaampla variedade de linhagens de
S. aureus. As toxinas SE ativas, podem estarpresentes em amostras clínicas, fluidos
de lesão, secreções respiratórias ou tecidosde animais de experimentação infectados.
A intoxicação por SE poderá ocorrer com resultado da auto exposiçãoacidental,
tanto das mucosas como pelo contato das mãos contaminadas norosto e nos olhos.
Dessa forma, as mãos devem ser lavadas com frequência ecom cuidado e, ainda, o
ambiente de trabalho deve passar por rigorosa limpeza(descontaminação) das
superfícies onde os pacientes entraram em contato.
Dependendo da avaliação de risco da operação, o uso de máscaras
descartáveispode ser uma medida interessante e necessária para evitar ingestão
acidental(BORETTI et al., 2014).
Streptococcus spp.
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Estreptococos segundo Rossi et al. (2012), são um grupo de bactérias
quepodem ser facilmente carregadas pelas mãos e pela boca e, ainda, transmitidas
poraerossóis e por alimentos contaminados. Os Streptococcus pneumoniase
produzeminfecções localizadas e/ou sistêmicas, principalmente em crianças,
caracterizadaspor resposta inflamatória aguda. Os pneumococos são responsáveis
por cerca de1,5 milhão de casos de pneumonia por ano nos Estados Unidos,
sobretudo entreos que estão acima dos 40 e abaixo de 5 anos de idade.
O ser humano é reservatório do S. pneumoniae. A colonização ocorrena
nasofaringe de indivíduos que o carregam como portadores sadios, nãoapresentando
sinais clássicos de infecção. Os micro-organismos se disseminamde pessoa para
pessoa, sendo os pacientes com anemia falciforme, tumoreslinfáticos, alcoolista,
esplenectomizados (removeram o baço) ou infectados pelovírus da imunodeficiência
humana (HIV), aqueles que ficam mais suscetíveis ainfecções mais graves (FIOLO et
al., 2012; ROSSI et al., 2012)
Mycobacterium tuberculosis
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Mycobacterium tuberculosis é transmitida de forma mais comum de pessoaa
pessoa por aerossóis ou, mais casualmente, por ingestão e via percutânea. Éuma
bactéria intracelular que se multiplica nos macrófagos. A tuberculose em sipode ser
primária ou secundária. A primária é mais limitada, sendo a secundária,recrudescente
de uma tuberculose primária. Profissionais que atuam nos maisvariados serviços da
área da saúde como ambulatórios, hospitais, clínicas,farmácias, consultórios e outros,
estão intimamente expostos a contaminação porM. tuberculosis, se não tomarem os
devidos cuidados e não se protegerem comtodos os EPIs recomendados e, desde
que estejam íntegros (ROGERIO et al., 2015).
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elástico no punho, luvas resistentes e em duplicata, máscara, gorro, óculos
deproteção. Tomar cuidado ao manusear materiais perfurocortantes e descarta-los
em recipientes adequados e jamais reencapar agulhas, bisturis e outrosmateriais
perfurocortantes. Orientações e instruções como estas devem serreforçadas pela
comissão que compõem a equipe da Biossegurança do serviço(NUNES et al., 2017).
4. LIMPEZA
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proliferação demicro-organismos residuais, protegendo-os dos efeitos da desinfecção
e daesterilização total (FROTA et al., 2017).
A limpeza manual, quando aplicada de forma minuciosa junto aosinstrumentos,
com água e detergente (sabão neutro) para eliminar todo o materialorgânico, depois
de descontaminação na solução de cloro a 0,5% durante 10 minutosou deve ser
aplicado posteriormente solução alcóolica 70% por meio de flanelas oucompressas,
contribuindo na eliminação dos germes existentes nas superfícies e/ou bancadas,
bem como em equipamentos administrativos, como computadores,os quais são
altamente manipulados. Com relação aos instrumentais, estes devemreceber pré-
lavagem e, posteriormente, devem ser encaminhados a Central deMateriais
Esterilizados para receberem processamento autoclavado, visando aeliminação total
dos germes existentes nestes instrumentos. Deve-se usar umaescova para esfregar
os instrumentos e remover a matéria orgânica, devendoser limpos o quanto antes e
depois do uso, uma vez que estes criam um meiopropício para a proliferação de micro-
organismos. Para lavar os instrumentos,devem ser utilizados EPI adequados para
autoproteção, como luvas, óculos deproteção, avental e outros. Os instrumentos
devem ser enxutos para eliminaçãodos resíduos detergentes (SANTOS JUNIOR et
al., 2018).
5. ESTERILIZAÇÃO
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éfundamental para reutilização e inócua dos instrumentos usados na atençãoclínica.
Quando não existe equipamento de esterilização disponível ou oinstrumento não pode
ser esterilizado, usa-se a esterilização química (desinfecçãode alto nível)
(OURIQUES; MACHADO, 2013).
Qualquer item, dispositivo ou solução é considerado estéril quandoestiver
completamente livre de todos os micro-organismos, incluindo os vírus.
A definição é categórica e absoluta, ou seja, um item é estéril ou não é.
Oprocedimento de esterilização é aquele que elimina todos os micro-
organismos,incluindo um elevado número de endósporos bacterianos (processo que
visagarantir a sobrevivência da bactéria por períodos de estresse ambiental “falha
noprocesso de limpeza e esterilização”) (OURIQUES; MACHADO, 2013).
A esterilização pode ser realizada por calor, gás óxido de etileno, gás,
águaoxigenada, plasma, ozônio e radiação (na indústria ou em produtos químicos).
Em contraste, o procedimento é definido como um processo que é aplicado
eminstrumentos os quais possuem a probabilidade da existência de algum
microorganismo, a fim de evitar que estes germes sobrevivam em algum artigo. Isso
éconhecido como nível de garantia de “esterilidade”. Outro meio de esterilizaçãoé a
esterilização química, a qual poderá ser feita pela imersão de dispositivos,que não
toleram altas temperaturas, em soluções contendo glutaraldeído a 2-4%,por 8 a 10
horas ou em formaldeído a 8%, por um período de 24 horas, podendoser uma opção,
a esterilização a vapor. Ela requer manuseio especial com luvase, assim, os
instrumentos esterilizados devem ser enxaguados com água estérilantes do uso, já
que esses produtos químicos deixam resíduos nos instrumentos(GIL; CAMELO;
LAUS, 2013).
6. DESINFECÇÃO
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Referenteao significado de objetos inanimados, estes são os que podem carregar
algumagente ou micro-organismo infeccioso que é capaz de possibilitar a colonização
einfecção aos pacientes. Essas fontes podem ser consideradas como um
potencialimportante de riscos microbiológicos para os profissionais da saúde. São
exemplosdesses meios: bancadas, aparelhos telefônicos, teclados de
computadores,glicosímetros, aparelho de eletrocardiograma, estetoscópios,
aparelhos depressão arterial, termômetros, prontuários físicos (pranchetas), dentre
outros. Adesinfecção não garante o exagero e, portanto, não tem a margem de
segurançaobtida por meio de processos de esterilização (FERREIRA et al., 2015).
Os autores supracitados reforçam dizendo que o processo de desinfecção,é
um procedimento que reduz o nível de contaminação microbiana, mas há amploleque
de atividades que se estendem desde a esterilidade em um extremo a umaredução
mínima do número de agentes contaminantes microbianos. Desinfetantesnão
esporicidas podem diferir em sua capacidade de realizar desinfecção
oudescontaminação.
Alguns germicidas podem matar rapidamente apenas as formas vegetativasde
uma bactéria comum, como estafilococos e estreptococos, algumas formas defungos
e lipídios que possam conter vírus, enquanto outros, são eficazes contraos micro-
organismos relativamente resistentes, como Mycobacterium tuberculosisvar. bovis,
vírus não lipídico e a maioria dos fungos. Quanto ao processo dedesinfecção, este
pode ser subdividido em: desinfecção de nível alto; desinfecçãode nível intermediário;
e desinfecção de nível baixo
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Desinfecção de nível intermediário
Referente à desinfecção de nível intermediário, este procedimento visaeliminar
micro-organismos vegetativos, incluindo M. tuberculosis e fungos e,ainda, inativa a
maioria dos vírus. Germicidas químicos utilizados neste processo, muitas vezes, são
aprovados pela Environmental ProtectionAgency (EPA) para usocomo desinfetantes
hospitalares, que são também tuberculocidas. Comumente,são usados para
desinfecção de bancadas de laboratório e como parte dacomposição de germicidas e
detergentes utilizados para fins de limpeza.
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Esse setor atua visando à prevenção de infecções, mesmo que
indiretamente,articulando ciência, segurança e qualidade, por meio da equipe de
enfermagem.
O paciente internado dificilmente não necessitará de um procedimentoinvasivo.
A maioria dos micro-organismos que penetra na ferida operatória étransmitida nos
setores críticos, como o Centro Cirúrgico (CC), provenientede um reservatório ou fonte
presente no campo operatório. Dessa forma,quase toda infecção é adquirida durante
o período do transoperatório onde,consequentemente, existe maior exposição do
paciente.
Percebe-se a importância do CME no controle das infecções hospitalares,tendo
em vista que a infecção de sítio cirúrgico é uma das principais complicaçõescausadas
em pacientes que necessitam de procedimentos cirúrgicos, representandoum desafio
para os hospitais no controle e na prevenção. Assim, o instrumentala ser utilizado no
paciente deve ser processado adequadamente, a fim de queesse material não se
torne uma fonte de contaminação e transmissão de microorganismos.
Para que se possam processar adequadamente os artigos – de forma agarantir
a segurança do paciente – é necessário implementar programas deeducação
permanente em saúde que alcancem todos os profissionais queatuam nessa área,
buscando mudanças no processo de trabalho por meio dasensibilização,
engajamento, compartilhamento e aplicação do conhecimentocientífico na prática
profissional, como fator fundamental para o reconhecimentoe a valorização dos
profissionais e no combate à infecção, pois a saúde tem sidoinfluenciada pelos
avanços tecnológicos e indicadores da qualidade dos processos,sendo que os
trabalhadores precisam acompanhar essas mudanças e se tornaremmais
capacitados, subsidiados por valores políticos, culturais e éticos.
A educação permanente em saúde é uma proposta essencial para mudançanos
processos de trabalho e suas relações no setor, oferecendo melhorias naassistência
de enfermagem, buscando o desenvolvimento e o aperfeiçoamentodos profissionais.
Este projeto amplia os espaços de aprendizagem para o própriosetor de trabalho. O
trabalho do enfermeiro do CME é bastante complexo, poisacumula características
técnico assistenciais, como a gestão de pessoas e da áreafísica, atividades privativas
ao setor, manuseio de novas tecnologias, além dacapacidade de visualizar as
necessidades de outras áreas que dependem do seutrabalho.
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A comunicação e a colaboração da equipe são indispensáveis parao
desenvolvimento de práticas seguras de trabalho. Neste sentido, osprofissionais
devem assumir papéis complementares, compartilhando saberes eresponsabilidades
na resolução de problemas e tomada de decisão.
O desenvolvimento de ações de educação permanente em saúde visadiminuir
possíveis falhas ocorridas nos processos de trabalho, pois a capacitaçãotécnica em
uma área específica facilita a inserção dos trabalhadores e desenvolvea prática
profissional no ambiente de trabalho, contribuindo para a reflexão sobrea importância
de seu trabalho. Compreende-se que a educação permanente é umaestratégia para
que os indivíduos reflitam sobre suas ações e as possibilidades deexercer o cuidado
sem fragmentá-lo em tarefas. Através da educação permanenteem saúde é possível
maior capacitação construída dentro do mundo do trabalho,mediado por valores
políticos, culturais e éticos.
Através da educação permanente em saúde é possível maior
capacitaçãoconstruída dentro do mundo do trabalho, mediado por valores políticos,
culturaise éticos. A educação permanente torna-se parte do processo de cuidado
dosujeito-cuidador. Assim, é necessário existir adesão das instituições de saúde
paraessa proposta, bem como o envolvimento pessoal e profissional de cada sujeito.
Nesse sentido, refletirá na qualidade de vida desse profissional e despertaráos
potenciais de cada sujeito, resultando em produtividade com qualidade esatisfação do
trabalho desenvolvido.
O CME é um setor com diversas peculiaridades, sendo difícil manter aequipe
em sincronia, e uma forma de prevenir essa situação é o desenvolvimentode
programas contínuos de treinamento e aperfeiçoamento dos trabalhadores.
Diante disso, evidencia-se que as atividades envolvidas no trabalho em CME,
podem ser simples, contudo, é essencial para a prestação da assistência dequalidade,
e requer a união de vários conhecimentos, tais como: microbiologia, fisiologia e
química. Para que o material esteja adequadamente preparado precisa-se pensar
como aquele cuidado será́ realizado.
O trabalho da enfermagem em CME tem por objetivo o cuidado indireto,ao
processar, armazenar e distribuir artigos a quem presta o cuidado direto aospacientes.
Para que isso ocorra, precisa- se de instrumentos de trabalho, taiscomo:
equipamentos, materiais, técnicas, normas, capacidade de
comunicação,gerenciamento e conhecimentos científicos, visando disponibilizar
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artigosseguros. O enfermeiro, como responsável pelo setor e pela sua equipe, deve
realizarações de educação permanente em saúde, a fim de minimizar possíveis falhas
noprocesso de limpeza, preparo, desinfecção, esterilização e acondicionamento
dosartigos, pois influenciam em riscos de infecção hospitalar aos pacientes.
A participação qualificada do enfermeiro no CME é fundamental parafomentar
a produção de conhecimento na área, a fim de promover a transformaçãoe
crescimento profissional, sendo necessário ter base teórica, pedagógica ede
relacionamento interpessoal. Entretanto, a produção científica em CMEnos últimos
anos é escassa, ao passo que os avanços tecnológicos e científicosaumentam a
qualidade e complexidade de informações a todo o momento. Diantedo exposto, é
importante refletir que para o enfermeiro alcançar a valorizaçãoprofissional,
transformar seu espaço de trabalho em um ambiente agradável, ondetoda a equipe
possa sentir-se segura, deve ter seu olhar voltado para valorizaçãodo cuidado,
humanização e estar fundamentado em pesquisas científicas e açõesefetivas de
educação permanente em saúde.
O CME tem papel fundamental no combate às infecções hospitalares.
Paratanto, é necessária a operacionalização adequada desse setor para que se
garantaa qualidade da assistência indireta prestada ao paciente. Assim, esse
estudopermitiu a análise do processo de trabalho dos profissionais de
enfermagematuantes no CC e CME, quanto à esterilização de material cirúrgico e à
valorizaçãoprofissional.
Considerando o processo de esterilização do material cirúrgico é
possívelperceber que alguns profissionais mostram ter algumas informações sobre
asetapas envolvidas no processo, pois não souberam detalhá-las. Nota-se
queemergem dúvidas e inseguranças durante o processo, assim como a certeza de
queo ambiente não é adequado para o desenvolvimento do trabalho,
comprometendoseriamente a eficácia da esterilização.
A importância do enfermeiro na qualificação do trabalho de esterilizaçãode
materiais e na identificação das necessidades de sua equipe, quanto as suasdúvidas
sobre o processo de trabalho no CME, garantem a eficácia dos processos,além de
contribuir para a prevenção de infecções hospitalares.
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7. TIPOS DE RESÍDUOS
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Grupo A, podem conter agentes biológicos que, por suas características
eespecificidades, possivelmente apresentam risco de infecção. O gerenciamento
deresíduos de serviços de saúde (RSS) constitui-se em um conjunto de
procedimentosde gestão, planejados e implantados com base em dados científicos e
técnicos, normativos e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos
eproporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de formaeficiente,
visando à proteção dos trabalhadores e à preservação da saúde pública,dos recursos
naturais e do meio ambiente (BRASIL, 2004b).
Sanches et al. (2018) descrevem que o gerenciamento de
resíduos,provenientes dos ambientes de saúde, devem abranger todas as etapas
deplanejamento dos recursos físicos e materiais, e da capacitação dos
recursoshumanos envolvidos no manejo dos RSS. Todo gerador deve elaborar um
planode gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS), baseado nas
suascaracterísticas e na classificação dos resíduos gerados, estabelecendo as
diretrizesde manejo dos RSS. O PGRSS a ser elaborado, deve ser compatível com
as normaslocais relativas à coleta, ao transporte e à disposição final dos RSS, de
acordo coma legislação vigente.
Sanches et al. (2018) apontam que o manejo do RSS é entendido comoa ação
de gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra estabelecimento,desde a
geração até a disposição final, devendo ser incluso as seguintes etapas:
Segregação, Acondicionamento e Identificação. Os respectivos termos
encontram-se descritos a seguir, para que possamos melhor compreendê-los.
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• Segregação: consiste na separação dos resíduos no momento e no local desua
geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, seuestado
físico e os riscos envolvidos.
• Acondicionamento: consiste no ato de embalar os resíduos segregados em sacosou
recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura
(punção,perfurante. abertura cortante com profundidade, entretanto, com diâmetro
mínimo) e ruptura. A capacidade de acondicionamento dos recipientes deveser
compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em saco, constituído
dematerial resistente à ruptura e vazamento, impermeável, baseado naNBR
9.919/2000 da ABNT, respeitados os limites de peso de cada saco(embalagem),
sendo proibido seu esvaziamento e/ou seu reaproveitamento.
Os sacos (embalagens), devem estar contidos em recipientes de
materiallavável, resistente a punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida
desistema de abertura sem contato manual, com os cantos arredondados, e
serresistente ao tombamento.
Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e
nassalas de parto, não necessitam de tampa para vedação, conforme sinalizadona
legislação de 13/11/2009.
Os resíduos, quando líquidos, devem ser acondicionados em
recipientesconstituídos de material compatível com o líquido armazenado, resistentes,
rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante;
• Identificação: consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimentodos
resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações para ocorreto
manejo dos RSS.
A identificação deve estar visível nos sacos de acondicionamento,
nosrecipientes de coleta interna e externa, nos recipientes de transporte internoe
externo e nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização,de forma
indelével, utilizando-se símbolos, cores e frases, atendendo aosparâmetros
referenciados na norma NBR 7.500 da ABNT, além de outrasexigências relacionadas
à identificação de conteúdo e ao risco específico decada grupo de resíduos.
A identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de
transportepoderá ser feita por adesivos, desde que seja garantida sua resistência
aosprocessos normais de manuseio dos sacos (embalagens) e dos recipientes.
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O grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante constantena
NBR 7.500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornospretos.
Figura 2: Símbolos
Figura 3
25
Quanto à segregação dos resíduos biológicos, potencialmente infecciosos,
devem ser considerados a partir dos seguintes critérios, a saber:
• Qualquer material que contenha ou esteja contaminado com patógenoshumanos.
• Qualquer material que contenha ou esteja contaminado com agentespatogênicos de
origem animal.
• Qualquer material que contenha ou esteja contaminado com patógenos deplantas.
• Qualquer material que contenha ou esteja contaminado com DNA recombinanteou
organismos recombinantes.
Para tanto, resíduos laboratoriais e clínicos contendo produtos derivadosdo
sangue e de tecido, culturas de células e outro material potencialmenteinfeccioso
humano ou de primatas, incluindo todas as culturas contendo resíduosinfecciosos de
laboratório potencialmente infecciosos, deverão ser inativados. Ummétodo
recomendado é a esterilização a vapor via autoclave. Apesar da incineraçãoser usada
para peças anatômicas e animais infectados ou inativação químicacomo o tratamento
do lixo doméstico. O armazenamento de resíduo infectantenão inativados, deverá
estar restrito apenas a laboratórios geradores. Resíduosinfecciosos ou patogênicos,
devem ser apenas armazenados em recipientesfechados ou cobertos como
biorresíduos e não podem ser armazenados por umperíodo maior do que 24h.
Recipientes contendo resíduo biológico e caixas cheias,ou parcialmente cheias, não
devem ser mantidas por mais de 30 dias (MENDESet al., 2015).
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9. GESTÃO DE RESÍDUOS
Com relação ao termo resíduo, este pode ser caracterizado por resíduossólidos
e resíduos biológicos. A gestão dos resíduos sólidos urbanos nas cidadesbrasileiras
elaboradas pelo homem, vem se tornando um desafio do ponto devista ambiental em
largas proporções, uma vez que é perceptível a presença deexaustão quanto à vida
útil dos aterros sanitários utilizados, geração de poluiçãoe contaminação do ar,
crescente presença de catadores autônomos em lixões, osquais ficam expostos e
vulneráveis a acidentes, a multiplicação de vetores comoratos, cães e gatos,
tornando-se proliferadores de doenças, a escassez quanto àdisponibilidade de áreas
para a utilização e/ou criação de aterros alternativos,bem como a falta de consciência
para o não desperdício, dentre outros. Osexemplos citados anteriormente, são alguns
dos indicativos palpáveis quesinalizam a necessidade de revisão quanto ao modo do
agir e da forma comodevemos direcionar os resíduos produzidos nos lares (domicílios)
ou mesmo,aqueles produzidos pelas indústrias (RIBEIRO et al., 2014).
Quanto ao atendimento de resíduos biológicos, autores como Ribeiroet al.
(2014) descrevem que tais produtos podem ser considerados como sendouma
importante fonte de contaminação, capazes de gerar e desencadear doenças,
comprometendo a integridade do meio ambiente e a saúde pública. Dessa forma,são
necessários a instituição de procedimentos especiais para o seu controle,tratamento
e eliminação. Geralmente, os resíduos biológicos são oriundosde hospitais, clínicas
de atendimento em saúde, laboratórios, dentre outros
estabelecimentos.
O gerenciamento dos resíduos biológicos requer um conjunto deprocedimentos
que devem ser cuidadosamente planejados e implementados.
Dessa forma, é possível prevenir a propagação de doenças, minimizar os
impactosambientais e permanecer em conformidade aos regulamentos e as leis
aplicáveis.
28
10. BIOSSEGURANÇA NO USOS DE RADIOISÓTOPOS
Usos, aplicações e efeitos das radiações, têm sido muito estudados desdefim
do Século XIX, com a descoberta da radioatividade. Assim, o Século XXpresenciou
desde os horrores da bomba atômica até a multiplicação da utilizaçãode
radioisótopos, tanto em diagnósticos in vitro como nos Ensaios de Ligação
Competitiva e/ou chamados de Imunoensaios (são baseados nos princípios
deque antígenos específicos estimularão reações imunológicas muito específicas ede
que proteínas serão produzidas pela reação e ação imunológica), in vitro emmedicina
nuclear e em tratamentos (especialmente na área de cancerologia).
Em consequência disso, os efeitos biológicos das radiações foramidentificados,
e medidas de proteção radiológica foram adotadas nas váriassituações no uso de
radioisótopos. Uma postura profissional que envolvao conhecimento das normas e as
razões pelas quais foram estabelecidas, éfundamental para que possamos usufruir
dos benefícios desse uso e reduzir, aomáximo, seu risco (SILVEIRA; GUILAM;
OLIVEIRA, 2013).
A medicina nuclear é uma especialidade médica que abrange e
empregamateriais radioativos, tendo como finalidade a realização de diagnósticos e
finsterapêuticos. A quantidade de materiais radioativos empregados (radiofármacos),
são consideradas mínimas e seu uso é bastante seguro desde que respeitadosalguns
preceitos que regulam tais serviços. No caso da medicina nucleardiagnóstica, os
radiofármacos são introduzidos no corpo do paciente/cliente poringestão (oral),
inalação (inspiração) ou injeção (administração parenteral). Estesradiofármacos
(emissores de raios gama ou pósitrons), produzem raios gama comenergias
suficientes para atravessar o corpo do paciente/cliente e chegara um conjunto de
detectores externos ao paciente, por exemplo, a câmara gamaou câmera de cintilação
(Figura 9). O radiofármaco é processado por algum órgãoou tecido específico e,
portanto, fornece informação sobre a função do órgão enão especificamente sobre
sua anatomia. Além disso, os radiofármacos possuemmeias-vidas física e biológica
curtas, de forma a serem rapidamente eliminadosdo corpo do paciente (SAPIENZA;
MARONE; CHIATTONE, 2001).
Cintilômetro:
29
Figura 4
30
radiofarmacêuticos e equipe de enfermagem treinadapara o trabalho com fontes de
radiação não seladas.
31
11. FUNDAMENTOS FÍSICOS
EMISSÕES RADIOATIVAS
As emissões dos núcleos radioativos podem ser de três tipos: partícula
α,partícula β e radiação gama. A partícula α, constituída por 2 prótons e 2
nêutrons,tem carga 2+ e massa igual ao núcleo do átomo de hélio, é representada
como 42 αou 42 He. A partícula beta é um elétron criado no núcleo, no momento da
32
emissão.Pode ter carga negativa (0-1 β) ou positiva (0+1 β). Quando o pósitron é
emitido eencontra um elétron do meio, ocorre a reação de aniquilação. Há
transformaçãode massa em energia e o aparecimento de duas radiações gama de
mesma direçãoe sentidos opostos e de energia igual a 0,51 Mev, resultante da
transformação damassa do elétron em repouso, na equação E = mc2. Normalmente,
uma emissão deradiação gama. A radiação gama é de natureza eletromagnética e
comprimentode onda, geralmente menor do que os raios X. Sua emissão acompanha
as daspartículas alfa e beta (XAVIER et al., 2007).
33
introduzir um átomo radioativo nela. O tipo e a energia de emissão sãotambém
importantes. Quando se pensa na utilização de um radioisótopo parauso in vitro,
procura-se um com T1/2 longa e que não tenha energia muito altapara não levar a
exposições desnecessárias. Exemplos de isótopos com essascaracterísticas são o
14C (beta menos, T1/2 5700 a) e 3H (beta menos, T1/2 12 a).
Para o mapeamento de um órgão, procuram-se elementos T1/2 curta e
emissoresde radiação gama com energia suficiente para que sejam detectados fora
doorganismo (OLIVEIRA et al., 2006).
34
Em 1953, foi introduzida a unidade rad (radiationabsorbed dose) equivalenteà
absorção de 100 erg de energia por grama de material irradiado, medindo,portanto, a
dose absorvida pelo tecido e abrangendo todos os tipos de radiações.
As unidades Roentgen e rad consideram, respectivamente, a energia absorvida
noar e no tecido, mas não dão a dimensão dos danos biológicos produzidos.
Emborahoje já existam estudos que descrevem acerca de procedimentos realizados
pormecanismos robóticos em cirurgia endovascular, por exemplo, o que sinaliza
apresença de uma importante evolução. Entretanto, tal método ainda necessita
sermais bem explorado (desenvolvido), bem como carece de ajustes acerca do
seucusto, o que provavelmente será muito mais elevado, logo, no futuro. Sem
contarque levará anos para que seja implantado como rotina em todos os ambientes
quepromovem ações de cuidado assistencial. Da mesma forma, cabe destacar
quepoucos artigos em nosso meio científico, são publicados discutindo sobre os
riscosda radiação provocados pelos equipamentos radiológicos, tanto os de
angiografia
como os da angiotomografia (LEYTON et al., 2014; MOURA; BACCHIM
NETO,2015). Os mesmos autores, ainda indagam o seguinte questionamento: Até
queponto devemos nos preocupar com isso?
Foi necessária a introdução da unidade rem (Roentgen equivalent in man)que,
além de considerar a dose absorvida, leva em conta fatores como o tipo e aenergia
da radiação e sua distribuição em diferentes tecidos, para que os possíveisdanos
biológicos possam ser inferidos. O conceito de fator de qualidade “Q” foiintroduzido e,
assim, o rem é igual à dose em rad multiplicada pelo Q. Para aradiação
eletromagnética esse fator é igual a 1 e, para a partícula alfa, é igual a10. Se tivermos
a mesma dose em rad de um emissor alfa e de um emissor gama,teremos doses, em
rem, 10 vezes maiores no caso de exposição à partícula alfa(LIMA; AFONSO;
PIMENTEL, 2009).
Segundo Brasil (2019), há três parâmetros fundamentais quando se pensaem
proteção radiológica (CNEN NE- 3.01), a saber:
• distância da fonte radioativa ao operador;
• tempo de exposição do operador à radiação;
• blindagem interposta entre a fonte e o operador.
Da mesma forma, Brasil (2014c) descreve que a proteção radiológicaabrange
um campo muito vasto que inclui desde, por exemplo, o estudo dolocal adequado de
35
construir uma usina nuclear até a disposição final de resíduosradioativos, devendo
existir adequada distribuição dos espaços que prestamcuidados em saúde, por meio
da instituição de exames e intervenções radiológicas(CNEN NE 6.02).
Trabalhos que envolvam níveis altos de atividade radioativa (da ordemde 10 4
Bq), como a produção de radiofármacos para uso em Medicina Nuclear oua marcação
de moléculas para radioimunoensaios, devem ser desenvolvidos emcabines de
segurança especialmente destinadas para esse fim, com as seguintescaracterísticas
conforme orienta Brasil (2019):
• Blindagem – adequada para o radioisótopo que está sendo manuseado. Devemanter
a exposição do operador abaixo de 1 mSv/semana.
• Exaustão – a cabine deve ter compressão menor do que a do ambiente do
laboratório. O ar exaurido, deve passar por filtros adequados e ser monitoradoantes
de ser liberado no meio ambiente.
• Manuseio – com ferramentas adequadas que permitam o trabalho a distânciae não
prejudiquem a sua precisão.
• Resíduos – precisam ser retirados sem que entrem em contato com o meioambiente.
e, dependendo do seu resultado, cuidados ou exames médicos posteriores.
36
atingidos,considera-se ideal e necessário que exista um programa de qualidade
adequadoe que seja implantado, baseado em princípios e valores previamente
definidospela empresa. Em situações em que a implantação formal não esteja
cogitada,princípios que regem programas de qualidade devem, ao menos, ser
aproveitadoscomo base e benefício para o cumprimento de metas e objetivos da
biossegurançapelo menos, para que a equipe não fique ou esteja exposta. Vários
programas dequalidade existentes, possuem graus diferentes de complexidade
durante a suaimplantação e manutenção. A implantação desses programas, qualquer
que sejao ramo de atividade ou segmento de organização das empresas devem
possuircomo base algumas vertentes, tais como a educação, o treinamento, a
motivaçãoe o engajamento deliberado de todas as pessoas envolvidas (líderes e
liderados),em todos os níveis hierárquicos, a começar pelo mais alto mandatário
(PINTO;CARVALHO; HO, 2006).
Cabe destacar que a matéria-prima mais importante é a humana, dessaforma,
as lideranças devem sempre manter seus colaboradores participativos eativos nas
decisões da empresa ou pelo menos, devem ser ouvidos.
Figura 5
37
frente aos seus problemas de saúde e na radiologia,em particular, esperam receber o
que há de melhor, seja um resultado laboratorialeficaz, pontual e fidedigno, e ainda,
aguardam receber por parte destes serviços,o que há de melhor quanto ao
atendimento humano e níveis de qualidade emtodos os locais.
38
Para cumprir tais objetivos, Costa e Costa (2010) discorrem que asinstituições
devem contar com atividades, como as que se encontram descritas,contando com
ações intermediadas pela Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA) e das Comissões de Biossegurança (CB). Essas duas
comissõespossuem como papel principal e fundamental, atuar na guarda da conduta
éticarelacionada à definição da política e de efetiva prática para a melhoria da saúdeno
ambiente de trabalho, viabilizando e potencializando a proteção de todos osseus
colaboradores.
Relacionado ao investimento em treinamentos, formações e emequipamentos,
por parte de muitas empresas que seguem os preceitos debiossegurança de forma
adequada, é perceptível que estas têm alcançadoresultados bem-sucedidos,
apresentando maiores taxas de manutenção dosfuncionários e menores
distanciamentos das suas jornadas laborais, o que permitea produtividade. Há que se
considerar que os custos investidos maciçamentena prevenção, são menores quando
comparados aos custos em decorrência deacidentes. Visto que, relacionado a
acidentes, estes não se tornam negativosapenas pelo distanciamento do colaborador,
mas nos efeitos psicológicos queestes também podem acarretar a estes sujeitos.
Ribeiro, Pires e Scherer (2016)descrevem que essas consequências, relacionadas à
presença de acidentes noambiente de trabalho, tornam-se onerosas por gerarem as
chamadas violaçõeslegais, refletindo na falta de investimentos na saúde do
trabalhador.
Com o advento da nova era da comunicação, possibilitando que
noscomuniquemos de Norte a Sul em tempo real, a biossegurança deve ser
adaptadaàs necessidades de prevenção perante os novos riscos em termos práticos,
ou seja,o meio digital pode ser usado como uma ferramenta integradora e
multiplicadorade saberes diante das novidades relacionadas a proteção dos
integrantes deuma empresa. Em consequência, a exposição a riscos ergométricos e
o impactode fatores psicológicos têm aumentado, como a angústia pelo trabalho não
terminado, pela menor demanda de tempo para finalizar determinada atividadee o uso
de horário de trabalho irregular para o cumprimento de tarefas, o quetorna o controle
complexo, propicia a elevação de índices de acidentes, gerando adesmotivação de
colaboradores, desertando a presença do estresse e o surgimentode doenças mentais
como a depressão, dificultando o gerenciamento.
39
No campo da exposição há produtos e materiais biológicos, também
éperceptível a mudança no perfil de agentes infecciosos, os quais, cada vez mais,
tornam-se resistentes ao tratamento medicamentoso que, até então, não
eracomplexo, exigindo de tratamentos coadjuvantes para eliminar determinadogerme
e viabilizar a recuperação daqueles que se encontravam enfermos oucolonizados,
exigindo, assim, a necessidade de reclassificação de risco, instigando,nos dias atuais,
que estes sejam realizados de forma dinâmica e proporcional àevolução das diversas
espécies com relação a presença de risco.
Portanto, o ensino e a pesquisa possuem, como responsabilidade, estarà
frentedessas demandas e, sem dúvida, colaborar com o estabelecimento denovas
diretrizes da biossegurança. Por essa razão, os profissionais dessas áreasou aqueles
que atuam junto a arte do cuidar, são sempre as equipes que exercemfunções
fronteiriças, seja como professor, seja como cientista ou técnico, dentreoutros
profissionais e agentes de apoio, os quais necessitam ter criatividade,flexibilidade,
mente aberta e alto poder de improvisação, visão para aplicar ocuidado e a
sensibilidade. Na prática, estes atores criam, estabelecem metas,gerenciam,
executam, concluem e, finalmente, modificam através das suasexperiências as
condutas para melhores condições de saúde da equipe quelevam adiante, também, a
evolução na qualificação profissional. Têm, em suasatividades, a verdadeira arte de
induzir novos raciocínios e propor despertares,estabelecer mudanças em paradigmas
e abrir a mente para algo novo e melhorpara a saúde da humanidade.
Considerando um profissional que cuida, independente do seu segmento,é
bem mais fácil deduzir que a organização deve ser muito bem estabelecida,planejada
e descrita de forma clara, com detalhes. Os materiais a serem utilizadospor estes,
devem ser muito bem identificados e ter organização cronológica bemestabelecida.
Assim, o termo biossegurança deve ser adotado como a ciênciavoltada para o controle
e a minimização de riscos advindos da prática de diferentestecnologias, seja em
laboratórios de análises clínicas, unidades de saúde, sejaem biotérios, no meio
ambiente, ou ainda, em laboratórios de investigação porimagens (MONTENEGRO et
al., 2016).
O fundamento básico da biossegurança é assegurar o avanço dos
processostecnológicos e proteger a saúde humana, animal e o meio ambiente
(Ministério doMeio Ambiente). Em função desta atividade dinâmica, alguns fatores
importantesocasionam certa preocupação, tais como: pouco investimento em
40
pesquisadoresna educação e formação continuada, poucas pesquisas e publicações
embiossegurança, assim como a ausência de discussões acerca do referido tema
emfóruns nas universidades, como a contaminação ambiental e o estresse do
trabalhona sociedade contemporânea. Cabe aos gestores das empresas, a execução
deadequado planejamento, por meio da concepção de projetos preventivos até
oestabelecimento de todas as etapas (prevenção, notificação, avaliação e
suporte),propondo a educação continuada e preocupando-se com a saúde como um
únicouniverso.
Acredita-se que a integração do setor administrativo com as áreasespecíficas,
possam trazer benefícios a todos os envolvidos, pois o alvo de todoo trabalho
preventivo está dirigido tanto para a segurança de núcleos menoresquanto maiores,
como laboratórios, departamentos, unidades, universidades,municípios, estados e
federações. Com relação a infraestrutura física, quandobem planejada e
construída,condiciona trabalho mais organizado e de formaadequada, prevenindo a
existência de exposição indevida a agentes consideradosde risco à saúde, certamente
reduzindo intercorrências e a acidentes ocupacionais.
Esses procedimentos, no campo da pesquisa experimental, são denominados
Boas Práticas (BP) (BRASIL, 2004; NEIVA, 2018; KUNSCH, 2011).
As práticas de biossegurança baseiam-se na necessidade de proteçãodo
operador, de seus auxiliares e da comunidade local, contando com o localde trabalho
seguro, dos instrumentos e equipamentos e do meio ambiente,contra riscos que
possam prejudicar a saúde. O manuseio com biossegurançade produtos químicos que
prejudicam a saúde e dos organismos consideradoscontaminantes, é regido por leis
federais, estaduais e municipais. Como exemplo,
cita-se a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) que regula o
manuseiode radioisótopos, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)
e aAgência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que normatiza o manuseiode
agentes infecciosos de alta periculosidade, tais como: os vírus da Hepatite B(HBV),
Hepatite C (HCV), da Imunodeficiência Humana (HIV) e Ebola, assimcomo as
bactérias resistentes e/ou multirresistentes ao tratamento por falta de usoracional de
antibióticos, dentre outros (MOLENTO, 2017).
Os órgãos internacionais também se preocupam com o risco de exposiçõesa
tais agentes, por isso se empenham em estabelecer normativas e diretrizes sobreo
manuseio de agentes de risco e instituem os mecanismos de proteção à
41
saúdehumana, animal e ambiental, além de oferecer treinamentos de forma contínua.
Aidentificação correta é uma forma importante de prevenir o manuseio inadequadode
agentes infecciosos e substâncias químicas perigosas. Existem normas
bemestabelecidas de rótulo, transporte e armazenamento para todas as
substânciasquímicas, medicamentos, agentes infecciosos e materiais biológicos,
assim comopara as fontes potenciais de contaminação (MOLENTO, 2017).
A necessidade e o hábito de ler o rótulo de todo material de trabalho,assim
como a constante utilização de equipamento de proteção individuale coletiva
adequados para cada procedimento, são as principais formas deprevenir acidentes e
se proteger e, sem dúvida, o treinamento sistemático éprimordial e muito importante.
Por exemplo, segundo Molento (2017), o corretoarmazenamento de solventes,
reagentes e vidrarias, utilizando locais previamentedefinidos e adequadamente
identificados com simbologia preconizada, minimizaos riscos inerentes aos acidentes
de trabalho. Sem dúvida, o controle de descarte deprodutos considerados agressores
ao meio ambiente, devem ser cuidadosamentemonitorados para preservar o meio
ambiente em que se vive, evitando o descarteinadequado de materiais passíveis de
reciclagem, adotando a coleta seletivaconsciente, possibilitando economia e proteção
ambiental para o bem-estar dapopulação e humanidade.
42
Figura 6
43
massa em energia e o aparecimento de duas radiações gama de mesma direçãoe
sentidos opostos e de energia igual a 0,51 Mev, resultante da transformação
damassado elétron em repouso, na equação E = mc2. Normalmente, uma emissão
deradiação gama. A radiação gama é de natureza eletromagnética e comprimentode
onda,geralmente menor do que os raios X. Sua emissão acompanha as daspartículas
alfa e beta (XAVIER et al., 2007).
44
introduzir um átomo radioativo nela. O tipo e a energia de emissão sãotambém
importantes. Quando se pensa na utilização de um radioisótopo parauso in vitro,
procura-se um com T1/2 longa e que não tenha energia muito altapara não levar a
exposições desnecessárias. Exemplos de isótopos com essascaracterísticas são o
14C (beta menos, T1/2 5700 a) e 3H (beta menos, T1/2 12 a).
Para o mapeamento de um órgão, procuram-se elementos T1/2 curta e
emissoresde radiação gama com energia suficiente para que sejam detectados fora
doorganismo (OLIVEIRA et al., 2006).
45
pode provocar certa ionização num volumebem definido de ar nas condições normais
de temperatura e pressão (CNTP).
Paralelamente, veio a recomendação de que a exposição de um profissional
semantivesse em um nível de 1R/d (MOURA; BACCHIM NETO, 2015).Moura e
Bacchim Neto (2015) apontam que a evolução dos estudos dosefeitos biológicos de
radiação (EBR), mostrou que os níveis máximos de 1 R/deram muito altos e que
existiam outros fatores que alteravam a relação dose xefeito: tipo de radiação, volume
irradiado e outros. A unidade Roentgen (R),sendo definida apenas para o ar, não
servia de parâmetro para inferir os efeitosbiológicos advindos de determinada dose
de exposição.
Em 1953, foi introduzida a unidade rad (radiationabsorbed dose) equivalente à
absorção de 100 erg de energia por grama de material irradiado, medindo,portanto, a
dose absorvida pelo tecido e abrangendo todos os tipos de radiações.
As unidades Roentgen e rad consideram, respectivamente, a energia absorvida
noar e no tecido, mas não dão a dimensão dos danos biológicos produzidos.
Emborahoje já existem estudos que descrevem acerca de procedimentos realizados
por mecanismos robóticos em cirurgia endovascular, por exemplo, o que sinaliza
apresença de uma importante evolução. Entretanto, tal método ainda necessita ser
mais bem explorado (desenvolvido), bem como carece de ajustes acerca do seucusto,
o que provavelmente será muito mais elevado, logo, no futuro. Sem contarque levará
anos para que seja implantado como rotina em todos os ambientes quepromovem
ações de cuidado assistencial. Da mesma forma, cabe destacar quepoucos artigos
em nosso meio científico, são publicados discutindo sobre os riscosda radiação
provocados pelos equipamentos radiológicos, tanto os de angiografiacomo os da
angiotomografia (LEYTON et al., 2014; MOURA; BACCHIM NETO,2015). Os mesmos
autores, ainda indagam o seguinte questionamento: Até queponto devemos nos
preocupar com isso?
Foi necessária a introdução da unidade rem (Roentgen equivalent in man)que,
além de considerar a dose absorvida, leva em conta fatores como o tipo e aenergia
da radiação e sua distribuição em diferentes tecidos, para que os possíveisdanos
biológicos possam ser inferidos. O conceito de fator de qualidade “Q” foiintroduzido e,
assim, o rem é igual à dose em rad multiplicada pelo Q. Para aradiação
eletromagnética esse fator é igual a 1 e, para a partícula alfa, é igual a10. Se tivermos
a mesma dose em rad de um emissor alfa e de um emissor gama,teremos doses, em
46
rem, 10 vezes maiores no caso de exposição à partícula alfa(LIMA; AFONSO;
PIMENTEL, 2009).
Segundo Brasil (2019), há três parâmetros fundamentais quando se pensaem
proteção radiológica (CNEN NE- 3.01), a saber:
• distância da fonte radioativa ao operador;
• tempo de exposição do operador à radiação;
• blindagem interposta entre a fonte e o operador.
Da mesma forma, Brasil (2014c) descreve que a proteção radiológicaabrange
um campo muito vasto que inclui desde, por exemplo, o estudo dolocal adequado de
construir uma usina nuclear até a disposição final de resíduosradioativos, devendo
existir adequada distribuição dos espaços que prestamcuidados em saúde, por meio
da instituição de exames e intervenções radiológicas(CNEN NE 6.02).
Trabalhos que envolvam níveis altos de atividade radioativa (da ordemde 10 4
Bq), como a produção de radiofármacos para uso em Medicina Nuclear oua marcação
de moléculas para radioimunoensaios, devem ser desenvolvidos emcabines de
segurança especialmente destinadas para esse fim, com as seguintescaracterísticas
conforme orienta Brasil (2019):
• Blindagem – adequada para o radioisótopo que está sendo manuseado. Devemanter
a exposição do operador abaixo de 1 mSv/semana.
• Exaustão – a cabine deve ter compressão menor do que a do ambiente dolaboratório.
O ar exaurido, deve passar por filtros adequados e ser monitoradoantes de ser
liberado no meio ambiente.
• Manuseio – com ferramentas adequadas que permitam o trabalho a distânciae não
prejudiquem a sua precisão.
• Resíduos – precisam ser retirados sem que entrem em contato com o meioambiente.
DOSIMETRIA
A facilidade em medir a radioatividade com precisão e a sensibilidadeque
permite a avaliação de sua distribuição nos vários compartimentos orgânicos,fazem
dos traçadores radioativos, um potente instrumento de investigaçãocientífica. Os
radioisótopos são amplamente utilizados em medicina nuclear, emestudos de
bioquímica, nutrição, fisiologia e de biologia em geral. Entretanto, ouso dos
radioisótopos exige algumas precauções, que têm de ser consideradasquanto a sua
manipulação e a seu armazenamento. As partículase radiações dissipam sua energia
47
ao interagirem com moléculas da estruturacelular e provocam danos que podem
comprometer a saúde de quem se expõea elas, porém o conhecimento desses riscos
permite o seu uso seguro (LEYTONet al., 2014). Moura e Bacchim Neto (2015, p. 167),
ainda fortalecem dizendo que:
A limitação da dose é uma prática bem definida na proteção radiológicados
indivíduosocupacionalmente expostos (IOEs). Cada IOE deve sermonitorado
mensalmente para assegurar que não irá receber dosesocupacionais acima dos
limites. A monitoração frequente das dosesrecebidas pelos profissionais pode indicar
práticas relacionadas a altasexposições ocupacionais e, assim, determinar estratégias
de proteçãoradiológica mais eficientes e objetivas. Para aumentar a acurácia
dadosimetria pessoal, a Comissão Internacional de Proteção Radiológica(ICRP)
recomenda que sejam usados dois dosímetros na altura dotórax, sendo um sobre as
proteções e outro por baixo destas. Destamaneira, será proporcionada uma estimativa
mais segura das dosesrecebidas por esses profissionais. Dosímetros adicionais
podem serutilizados para medir as doses recebidas pelos cristalinos e
pelasextremidades dos profissionais.
Dados provenientes da radioterapia, dos acidentes nucleares ou
dacontaminação, devido à ocupação profissional, mostram que as
radiaçõesproduzem alterações gênicas e cromossômicas que aumentam a taxa de
mutaçõesde células dos indivíduos das gerações subsequentes. Por outro lado, as
mutaçõesinduzidas pelasradiações ionizantes podem, também, ocorrer em células
somáticae essas não são transmitidas à descendência dos indivíduos irradiados
(LEYTONet al., 2014).
Figura 8
48
A radiação ionizante pode provocar malformações congênitas,esterilidade,
reduzir a fertilidade, provocar câncer, leucemia, catarata; aceleraro envelhecimento e
causar a morte. No entanto, como qualquer outro agentea que o ser humano está
exposto, os riscos da exposição à radiação devem serdimensionados. Riscos
genéticos e somáticos associados às radiações ionizantes,mostram que os efeitos
produzidos dependem de fatores que serão discutidos aseguir (VALVERDE et al.,
2000).
QUALIDADE DA RADIAÇÃO
A intensidade dos efeitos biológicos das radiações ionizantes dependedo tipo
de radiação (se particulada ou eletromagnética), de sua energia, desua massa ou de
sua carga e, principalmente, do rendimento de transferêncialinear da energia por
milímetro de percurso (LET) no tecido orgânico. Radiaçõeseletromagnéticas, como os
raios X e os raios gama, são pouco eficientes paratransferir sua energia para o tecido,
sendo, por isso, menos mutagênicas quea partícula alfa. Esta, mostra alta eficiência
na transferência de energia para oscompostos orgânicos (VALVERDE et al., 2000;
LEYTON et al., 2014).
49
INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO NOS TECIDOS E A PRODUÇÃO DE RADICAIS
LIVRES
A ação deletéria da radiação sobre as células ocorre, predominantemente,por
processos indiretos, ou seja, não é o impacto direto da radiação que danifica acélula,
mas os produtos tóxicos gerados secundariamente no seu interior. Sendoa água o
principal constituinte do corpo humano e da célula, correspondendoa cerca de ¾ da
massa corpórea, é nesse compartimento que ocorre a maiorquantidade das
interações primárias da radiação. Quando a radiação interage commoléculas da água,
desencadeia-se uma série de fenômenos físico-químicos quegeram os radicais livres
ionizados e, energeticamente excitados (spins elevadosa níveis singletos e tripletos),
os quais produzem os danos celulares irreparáveis
(TEIXEIRA; GUARIENTO, 2010).A radiação, interage, inicialmente, por
processos físicos com os átomos dostecidos orgânicos e, na sequência, ocorre a
transferência da energia da radiaçãopara os constituintes do corpo.
50
Áreas restritas têm de ser claramente identificadas, monitoradas,
conformenorma específica da CNEN. Devem ser sinalizadas com o símbolo
internacionalde radiação, bem como todas as blindagens ou embalagens das
fontesradioativas, e providas, para orientação em caso de acidente, de
instrumentaçãoe procedimentos apropriados sempre afixados em paredes, quadros e
outroslugares bem visíveis (BRASIL, 2014c).
Figura 9
51
2. Exame periódico: de acordo com a natureza da função e com a dose recebidapelo
trabalhador.
3. Exame especial: para trabalhadores que tenham recebido doses superiores
aoslimites primários estabelecidos na norma CNEN n° 3.01, ou quando o médicojulgar
necessário
4. Exame pós – ocupacional: logo após o término da ocupação e, dependendo doseu
resultado, cuidados ou exames médicos posteriores.
QUALIDADE TOTAL
Para tanto, recomenda-se que as unidades de radiologia evoluam deprogramas
de controle da qualidade para programas de gestão da qualidadetotal. A qualidade no
setor saúde é entendida como a sistematização de todos osprocessos, em todas as
áreas e esferas da gestão, na busca da perfeição ao nívelético e técnico. A qualidade
deixa de ser um aspecto de um produto ou serviço,tornando-se a base para um
sistema de gestão abrangente e dinâmico, o qualconta com alguns setores, tornando-
se os pilares para o sucesso de uma empresa.
São estes: sistema de gestão da qualidade e inserção da biossegurança.
EVOLUÇÃO DA QUALIDADE
O controle da qualidade era exercido, antigamente, somente comrelação ao
produto acabado. Havia apenas inspeção ou fiscalização final que,na concepção
atual, é de resultado insatisfatório. Após, houve a evolução para o
Controle Estatístico de Processo – cuja ênfase era a segurança e o “zero
defeito”,em seguida, para a Garantia da Qualidade ou Controle de Qualidade –
baseada emnormas e procedimentos formais – e, finalmente, para a Qualidade Total
– a qualcontempla a satisfação dos clientes e a competitividade (PINTO;
CARVALHO;HO, 2006; MACEDO; RODRIGUES, 2009). Qualidade Total é o conceito
expressoem princípios pelos quais uma organização pode sobreviver e desenvolver-
se emum ambiente competitivo.
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serimplantada em qualquer situação, independentemente do tamanho da
organização– micro, pequena, média ou grande (Figura 14). Para atender ao
consumidor demaneira adequada e eficaz, as empresas vêm buscando desenvolver
programase estratégias que primam pela qualidade. Esses programas passaram a ser
umadas estratégias capazes de gerar competitividade por meio da diferenciação
eagregação de valor aos produtos e serviços, fornecendo vantagem competitiva
aquem tem sucesso em sua implementação (PERTENCE; MELLEIRO, 2010).
Os 5S são derivados de palavras japonesas, iniciadas pela letra “S” eque
expressam princípios fundamentais de uma determinada organização quea utiliza.
Inicialmente, integravam o método 9 “esses”: SEIRI, SEITON, SEISO,SEIKETSU e
SHITSUKE, SETSUYAKO, SEKININ, SHITSUKOKU e SHUKAN.
Entretanto, Lapa (1998), descreve que os cinco primeiros “S” já expressam
osprincípios de um determinado segmento, os quais são definidos a seguir:
1. SEIRI – Senso de utilização, arrumação, organização, seleção.
2. SEITON – Senso de ordenação, sistematização, classificação.
3. SEISO – Senso de limpeza, zelo.
4. SEIKETSU – Senso de asseio, higiene, saúde, integridade.
5. SHITSUKE – Senso de autodisciplina, educação, compromisso.
O sucesso na implementação dos programas de qualidade depende de
se fazer adequada Gestão Eficiente de Qualidade. Para tanto, deve-se
preparara organização para a implantação de um Sistema de Gestão da
Qualidade,tendo o Programa 5S como uma boa opção e um forte aliado para
preparaçãodas organizações que pretendem iniciar tal processo. A Qualidade Total é
umsistema gerencial para atender, principalmente, à sobrevivência e à
prosperidadeda organização, mediante a satisfação das necessidades das pessoas.
Comopessoas, devem ser estendidos os clientes, os acionistas, o governo e a
sociedade como um todo.
Figura 10
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Essa gestão da qualidade se faz em todos os processos, por meio deações
científicas sistemáticas desenvolvidas por toda a organização. A tendênciaatual é que
as organizações – micros, pequenas, médias ou grandes – adotema Qualidade Total
como filosofia de trabalho, para garantir a qualidade dosprodutos e /ou serviços que
produzem. As que vierem a ficar à margem dessemovimento, correm o risco de deixar
o mercado por falta de competitividade. AGestão pela Qualidade Total implica que
todos os processos estejam monitoradose sob controle. Essa é a base para que tudo
o que é produzido, não apresentedefeito (ARENA et al., 2011).
A implantação da Qualidade Total é iniciada pela vontade explícita demudanças
daadministração da organização, visando melhorias. Os fundamentosdo programa
devem ser introduzidos de forma orientada, tendo as pessoas –administradores e
funcionários – como alvo, vindo depois da fase de treinamento(REGO; PORTO, 2005).
Arena et al. (2011) descrevem que é possível avaliar oestágio em que determinada
organização se encontra com relação à qualidade e,com isso, indicar o caminho da
obtenção da Qualidade Total. Desse modo, faz-senecessárias mudanças e busca de
melhoria na qualidade do produto ou serviçoquando:
• os clientes não são ouvidos, por não serem considerados importantes;
• não há estímulo ao trabalho em equipe, a solução de problemas e a tomada
dedecisões são de competência exclusiva de chefias;
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• os recursos humanos não são valorizados e as necessidades das pessoas,
emtermos de manifestação de suas opiniões, não são satisfeitas;
• faltam objetivos claros e isso resulta em esforços dispersos e ações descontínuas;
• em virtude de estar dando certo, não há aperfeiçoamento contínuo;
• cada setor atua isolado dos demais, não fazendo parte do processo que compõeo
todo;
• a decisão é centralizada e falta autonomia para as pessoas;
• os objetivos da organização não são informados e disseminados internamente
e, por isso, cada pessoa conhece só aquilo com que trabalha;
• não há padronização e documentação dos processos;
• os erros gerados nos processos e transferidos para os produtos e /ou serviçossão
apontados, principalmente, pelo consumidor final.
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13. MEIOS DE CONTRASTE
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No presente trabalho foi investigada a influência da radiação ionizante de raios
X e gama sobre a estabilidade da estrutura molecular de diversos meios de contraste
comerciais amplamente usados na radiologia em exames de diagnóstico por imagem
de raios X e tomografia computadorizada, por meio da espectroscopia de ressonância
magnética nuclear (RMN) de 1H e 13C. Buscou-se avaliar possíveis alterações nas
estruturas moleculares dos meios de contraste, pela incidência da radiação, o que
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poderia causar mudanças nas suas propriedades físico-químicas e biológicas, bem
como na toxicidade, comprovando assim os resultados presentes da literatura.
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14. MATERIAIS E MÉTODOS
Amostras
Oito diferentes meios de contraste iodados, sendo três iônicos e cinco não
iônicos, foram cedidos por quatro fabricantes que os disponibilizam no Brasil. Os
contrastes, e respectivos fabricantes, são: Iopamiron 300 e Pielograf 76% (Bayer
Schering Pharma; Berlim, Alemanha), Ominipaque e Visipaque (Farmasa; São Paulo,
Brasil), Henetix e Telebrix (Guerbet; Paris, França), Optiray 320 e Optiray 350
(Mallinckrodt; Saint Louis, EUA). De cada meio de contraste, oito alíquotas foram
tomadas, das quais quatro foram submetidas à radiação por raios X, duas à radiação
por raios gama e duas foram mantidas para controle, não sendo expostas a nenhuma
radiação. Para proceder a irradiação dos meios de contraste, estes foram dispostos
em tubos de microcentrífuga contendo 1,7 ml de cada meio, identificados por letras,
para evitar que o operador dos instrumentos soubesse a origem deles. O preparo das
amostras foi realizado no Laboratório de Química da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná (UTFPR), seguindo normas de assepsia para cada frasco aberto e
aspirado.
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A irradiação das amostras por raios gama foi realizada utilizando-se a energia
média de 1,25 MeV, proveniente de uma fonte de cobalto-60 instalada em uma
máquina de teleterapiaTheratron 780 C (MDS Nordion; Ontário, Canadá),
empregando bolus de 0,5 cm de espessura de gel sobre as amostras. A distância
fonte–superfície adotada foi de 50 cm e o rendimento a esta distância foi de 5 Gy/min.
As amostras foram expostas a duas doses de radiação: 0,1 e 10 Gy. Em ambos os
equipamentos as amostras foram irradiadas em um campo de 8 × 8 cm2.
Análises de RMN
Os espectros de RMN de 1H e 13C{1H} foram adquiridos em um espectrômetro
Bruker Avance 400 (Bruker; Karlsruhe, Alemanha) de campo magnético de 9,4 tesla,
instalado no Laboratório de RMN da Universidade Federal do Paraná, observando-se
os núcleos de 1H e 13C a 400,13 e 100,62 MHz, respectivamente, em D2O (água
deuterada) à temperatura ambiente de aproximadamente 22ºC em uma sonda
multinuclear de observação direta de 5 mm. Para isso, alíquotas de 0,2 ml de cada
meio de contraste foram filtradas em algodão diretamente para tubos de RMN de 5
mm, com auxílio de pipetas Pasteur, os quais foram completados com 0,4 ml de D2O
contendo 2,2,3,3-tetradeutério-3-trimetilsililpropionato (TMSP-d4 – referência
interna)(11). Os espectros de RMN de 1H foram adquiridos com a sequência de pulsos
zg, acumulando-se quatro varreduras, 64 K pontos (1 K = 1.024) e janela espectral de
~13 ppm. Em algumas amostras foi necessária a pré--saturação do sinal da água,
utilizando-se a sequência de pulsos zgpr. Por sua vez, os espectros de RMN de
13C{1H} foram adquiridos com a sequência de pulsos zgpg30, acumulando-se 1.024
varreduras, 32 K pontos e janela espectral de ~255 ppm. Ambos os espectros de RMN
de 1H e 13C{1H} foram processados com auxílio do programa TopSpin (Bruker;
Karlsruhe, Alemanha), aplicando-se multiplicações exponenciais dos
freeinductiondecays (FIDs) por fatores de 0,3 e 3,0 Hz para a construção dos
espectros de RMN de 1H e 13C com 64 K e 32 K pontos, respectivamente. Os
deslocamentos químicos em ambos os espectros de RMN de 1H e 13C{1H} foram
calibrados em relação ao sinal do TMSP-d4 em 0,0 ppm.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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McGinley, P. H. and James, J.K., Maze design methods for 6- and 10-MeV
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