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O S P S
R
D E E A
G V P G
P :G P
Copyright © 2016
Sem mimimi e sem bla bla bla. Prometemos ser diretos e evitar ao
máximo o papo do “seja você mesmo”. Vamos te explicar
detalhadamente o que as empresas esperam em cada etapa do
processo seletivo. Passaremos pelos testes online, montagem do
currículo, dinâmicas de grupo, entrevistas e muito mais. Queremos
te mostrar até como é possível conseguir ser aprovado em uma
empresa que não aceita o curso X ou a faculdade Y. Criamos todo o
material que você precisa para conquistar sua vaga dos sonhos em
um único livro.
Por que este livro foi escrito?
Prólogo
Introdução
O que esperar deste livro?
Atividades
Capítulo 0: Gestão de Tempo
Gestão de Prioridades
Gestão Simples do Tempo
Você já tem um emprego
Atividades
Capítulo 1: Definindo Objetivos
Você é Sniper ou Metralhadora?
Estágio X Trainee X Analista
Empresas Grandes X Empresas Pequenas
Descobrindo o que eu quero, ou o tal do Autoconhecimento
Atividades
Capítulo 2: Escolhendo os alvos
O que te leva ao sucesso nos processos seletivos?
Como stalkear aquela empresa que você quer entrar
Considerações
Atividades
Capítulo 3 – Montando o Currículo
Qual a importância do currículo?
As 3 lições que você precisa saber para montar um bom currículo
Tenho experiência? E se eu não tiver, o que coloco no currículo?
Atividades como centro acadêmico, empresa júnior, atlética e
voluntariado contam como experiência?
O que colocar no currículo e como deve ser a estrutura
Como organizar a informação no seu currículo
Os 12 erros mais comuns em currículos:
Vídeo-Currículos
Atividades
Capítulo 4 – Se Candidatando para as Vagas e Encarando os Testes
Online
Onde e Como se Candidatar
Descrição da Vaga
Testes Online
Informações Básicas
Considerações Sobre o Excel
Testes de Inglês
Teste de Fit Cultural
Testes de Lógica Resolvidos
Atividades
Capítulo 5 – As Dinâmicas de Grupo
Dinâmicas Puramente Sociais
Dinâmicas Estilo Case
O que o entrevistador quer ver na Dinâmica de Grupo
Atividades
Capítulo 6 – Entrevistas
Esportes e entrevista – O que uma final de campeonato pode te
ensinar sobre sua entrevista.
O que é uma entrevista? E o que esperar?
Como se preparar?
Se preparando para entrevistas em pequenas empresas e
startups:
Saiba se vender
Seja honesto
Algumas dicas pontuais sobre entrevistas de estágio:
A estrutura da entrevista e como começar
Me fale sobre você
Principais perguntas das entrevistas de emprego e como
respondê-las:
Como responder perguntas absurdas ou sem uma resposta exata
Cases
Você tem alguma dúvida?
Testes Psicológicos
E Depois da Entrevista?
Atividades
Capítulo 7 – Quem Indica?
Como ser indicado?
Atividades
Capítulo 8: Exige-se Experiência
Atividades
Capítulo 9 – Ah, mais algumas coisinhas
Linguagem Corporal e Oratória
Crenças Limitantes
Business Sense
Internet e Redes Sociais
Desenvolvimento Pessoal Sempre!
Atividades
Capítulo 10 – E se mesmo assim nada der certo?
Buscando Oportunidades no Linkedin
Oportunidades Através de Eventos
Conseguindo um Summer Job mandando e-mails
Oportunidade por participar de atividades extracurriculares
Oportunidade por já estar no mercado
Oportunidade Através de Feiras de Estágio
Oportunidade Demonstrando Proatividade
Oportunidade através de Laços Fracos
Como escrever um bom e-mail quando se está em busca de
estágio
Atividades
Capítulo 11 – Resumindo
Nosso Segredinho
Epílogo
Agradecimentos
Sobre os Autores
Uma última coisa...
Prólogo
O despertador do celular toca. Sofia sem querer levantar da cama
coloca o modo soneca para ter mais 10 minutos de sono.
O despertador toca de novo. Sabendo que seu professor não
permite que os alunos entrem atrasados na sala de aula, resolve
levantar-se. Troca de roupa, prepara uma xícara de café preto forte
junto com uma torrada e come rápido pois já está atrasada. Escova
os dentes, pega a bolsa com o material e sai correndo para a
universidade.
Chegando na aula de Física 3, eletromagnetismo, senta-se ao lado
de Rebeca e Lucas. Ela tenta prestar atenção na aula, mas parece
que aquilo simplesmente não entra em sua cabeça, ainda mais com
o sotaque russo do professor. Depois de alguns minutos, já
conformada, começa a puxar papo com Rebeca.
- Nossa, não aguento mais essas aulas maçantes e teóricas. Não
entendo nada, parece muito descontextualizado da realidade.
- Nem me fale, já tomei pau nessa matéria e mesmo fazendo a
segunda vez parece que não aprendi nada.
- Queria arranjar um estágio para começar a ganhar meu dinheiro e
poder ver como é aplicar tudo isso que vemos na prática.
- Pois é, mas o país está em crise, sempre vejo o pessoal
reclamando que está bem difícil conseguir emprego, principalmente
para a gente que não tem experiência.
Nisso Lucas entra no meio da conversa: Esse pessoal reclama
muito meninas. É só mimimi para todo o lado. Emprego sempre tem,
esses dias mesmo li uma reportagem sobre o como as empresas
tem dificuldade de achar bons candidatos para completar todas as
vagas. Na multinacional onde trabalho, estávamos com processo
seletivo aberto e quase não completamos as vagas. O pessoal
chega muito despreparado.
- Não é possível Lucas - Responde Rebeca - Sempre vejo gente
reclamando que não acha estágio. Essas empresas que são loucas
e já querem gente com experiência para Estágio! Estágio é para
aprender, é para estudante, não somos profissionais formados e as
empresas exigem cada vez mais. Esse mundo está doido mesmo...
- Rebeca, antigamente ter um diploma bastava para ter um
emprego, hoje em dia se formam quase 1 milhão de estudantes por
ano no Brasil! Isso já não diferencia mais ninguém. Ter diploma todo
mundo tem. A questão é o que você faz para se diferenciar desses
1milhão de estudantes.
- Falou o cara bonzão só por que trabalha em multinacional. Conta
aí então o que você fez para conseguir seu estágio.
Lucas faz uma careta pelo tom irônico, mas começa a explicar: O
primeiro passo é querer, mas querer de verdade. Muita gente fala
que quer um estágio, mas quando você pergunta para quais
empresas o cara se candidatou ele fala que ainda não se inscreveu
para nenhuma! Será que ele quer mesmo ou está só falando da
boca para fora?
É a mesma coisa de quem fala “Ah, meu sonho é viajar o mundo”.
Novamente, você pergunta o que a pessoa está fazendo para
realizar esse sonho e lá vem uma enxurrada de desculpas. A
pessoa fala que tem esse sonho, mas nunca foi atrás de ver
passagens aéreas, ela fica inventando desculpas que é caro, mas
nunca foi pesquisar os valores de fato.
O que quero dizer é que falar que quer estágio é fácil e reclamar da
crise é cômodo, afinal você tem uma excelente desculpa para
justificar o fato de não conseguir um estágio sem nem ao menos
tentar direito. Quando eu fui buscar estágio ano passado eu me
candidatei para pelo menos umas 20 empresas, sendo que cada
uma tinha seus próprios testes de perfil, de inglês, de lógica...
Foram horas e mais horas na frente do computador preenchendo
dados e fazendo testes, mas depois de quase seis meses
finalmente consegui uma vaga em uma boa empresa. Bom, mas
agora vou prestar atenção na aula, se quiserem depois posso
passar mais dicas para vocês.
Rebeca pareceu contrariada com a resposta, mas Sofia começou a
refletir sobre o que acabara de ouvir.
- Caramba, de fato eu falo que quero um estágio, mas até hoje só
me candidatei para 2 empresas. Nem na feira de estágios que teve
na faculdade eu fui... Talvez esteja na hora de eu focar nisso. Acho
que depois da aula vou começar a pesquisar sobre processos
seletivos...
Ainda perdida em pensamentos Sofia percebe que o restante dos
alunos já está guardando o material, a aula já está para acabar. Ela
recolhe suas coisas e antes que seus amigos saiam pergunta para
Lucas: “Lucas, você pode me ajudar com esse lance do estágio?
Realmente estou a fim de arranjar um antes do fim do ano”.
- Vamos andando comigo para o ponto de ônibus, se não vou
chegar atrasado no trabalho hoje.
- Claro, te acompanho até lá. – Tchau Rebeca, vou andando com o
Lucas.
- Então Sofia, quando comecei a procurar eu sofri bastante, acho
que demorei para conseguir algo pois fiz muitas coisas erradas. Na
primeira vez que fui chamado para uma dinâmica de grupo em uma
grande empresa, acabei indo depois de uma aula com a roupa do
dia a dia mesmo, uma calça jeans e camiseta. Passei vergonha
quando cheguei e vi todos os outros candidatos de camisa social,
alguns até de terno. Minha moral ficou lá embaixo e mal consegui
participar da dinâmica direito. Lógico que acabei reprovado.
Teve outra vez, depois dessa primeira dinâmica, que fui chamado
para uma entrevista em uma startup. Pensei comigo “não vou
cometer o mesmo erro”. Comprei uma camisa social bacana e um
terno, mas quando cheguei lá foi o contrário e todo mundo na
startup estava vestido bem informal, alguns até de bermuda,
acredita? De novo me senti deslocado logo no início e acabei
mandando mal.
- Nossa! É disso que eu estou falando, como que eu vou saber o
que vestir? Nem isso dá para saber, cada empresa quer uma coisa.
Se não sei nem o que vestir, imagina o resto do processo.
- Sabe Sofia, os processos seletivos têm muitas sutilezas que
precisamos aprender para mandar bem. Acertar na vestimenta é só
o básico, com uma rápida pesquisa na internet ou trocando ideia
com alguém que trabalha na empresa, você descobre o tipo de
roupa que os funcionários costumam usar e já chega sem parecer
completamente deslocado. Sem falar que isso passa uma melhor
impressão e mostra que você combina com a empresa, tem o tal do
“fit”.
- E como você pensou em conversar com alguém?
- Bom, eu fiquei uns quatro meses fazendo várias tentativas
frustrantes de arranjar um estágio, até que um amigo meu me
indicou um livro que me ajudou muito e cerca de um mês depois
estava com três propostas de estágio. Ó lá meu ônibus, tenho que
correr, depois nos falamos...
- Ei, que livro foi esse?
- Vou perder o busão, me manda mensagem no WhatsApp e
conversamos mais tarde. Beijo.
- Beijos.
AS REGRAS
1. Querer
Você precisa querer um estágio. Quando falamos querer, estamos
falando QUERER de verdade. Você precisa ter aquela vontade
intrínseca de conseguir um estágio, caso contrário irá desistir antes
de começar. Vamos deixar estabelecido que QUERER é diferente
de só falar que quer... Só querer é diferente de QUERER.
Quando você prestou vestibular não foi só estudar na véspera e
passar. Você estudou anos, acumulou conhecimento, para então
prestar a prova do vestibular e conquistar a sua aprovação. Com um
estágio é a mesma coisa, você não consegue um bom estágio do
dia para a noite. Conquistar um estágio implica dedicação.
Neste livro teremos uma série de exercícios práticos ao fim de cada
capítulo que devem ser realizados. Algumas vezes serão
trabalhosos, mas são essenciais à sua preparação. Lembre-se que
conseguir um bom estágio não é um tiro de 100 metros, é uma meia
maratona.
2. Parceria
Esse livro deve ser lido em duplas, trios ou grupo de quatro
pessoas.
Estes parceiros serão essenciais para a realização de algumas das
atividades aqui propostas, além de se ajudarem mutuamente para
manterem-se motivados durante os momentos em que dará vontade
de desistir.
Ler o livro sozinho implicará em possíveis perdas de conteúdo. Ler o
livro em mais de 4 pessoas implicará em dispersão.
As pessoas que você convidar para ler este livro devem seguir a
regra nº1 – QUERER – sem isso elas acabarão desistindo no meio
do caminho e te deixando na mão. Caso isso aconteça arranje logo
um parceiro substituto que já leu o livro, ou caso contrário indique o
livro para alguém e lhe ajude nos primeiros capítulos para chegar
onde você está.
3. Fazer
Se for só ler é melhor desistir aqui. Esse livro é essencialmente
prático. Teremos atividades ao fim de todos os capítulos que devem
ser feitas assim que acabar a leitura do mesmo. Você NÃO deve
avançar para o próximo capítulo sem concluir as atividades.
O que esperar deste livro?
Os capítulos deste livro são as fases envolvidas na busca de um
estágio, desde a preparação até o processo seletivo em si,
passando por alguns outros temas que podem te ajudar na
conquista de uma vaga.
Ao longo dos capítulos também buscaremos trabalhar uma
mudança de mindset em relação ao modo como você encara a
busca por um estágio. Ter o mindset correto na hora de buscar uma
vaga é essencial para ter sucesso nessa empreitada.
Além destas frentes vale falar que este é um livro interativo, que
exige sua participação e realização das atividades. Durante a leitura
indicaremos vídeos que devem ser vistos e websites que te
ajudarão na sua jornada.
Por conta desse formato dinâmico recomendamos ter a versão e-
book do livro no computador ou tablete.
Exemplo:
Minhas prioridades para os próximos 6 meses são:
#1: Ler o Livro Negro dos Estágios e completar todas as
atividades descritas
#2: Buscar me capacitar e melhorar meu currículo
#3: Ser aprovado em todas as matérias que estou cursando
na universidade
Lista de NÃO-Prioridades
Agora que você já possui sua lista de prioridades, está na hora de
deixar claro para você mesmo o que NÃO será prioridade nos
próximos meses. Isso é tão, ou até mais, importante que suas
prioridades.
Aqui não é para escrever uma lista infindável. Você deve focar em
coisas que você geralmente faz e terá que abrir mão durante os
próximos meses para atingir os objetivos estabelecidos na lista de
prioridades.
Algumas coisas você pode abrir mão completamente, outras você
pode estabelecer um limite de tempo dedicado a elas, uma vez que
não podemos simplesmente deixar de fazer determinadas
atividades.
Outro ponto importante é que a lista de prioridades é enumerada em
ordem de importância dos itens a serem cumpridos. A lista de Não-
Prioridades por sua vez não possui uma ordem.
Exemplo:
Lista de NÃO-Prioridades
Sair para festas - Limite de 1 festa a cada duas
semanas
Não assistirei uma série inteira do Netflix de uma vez, no
máximo um filme ou 2 episódios por semana
Acessar o Facebook e outras redes sociais – Limite de
30min pela manhã e 30min de noite
Outros projetos pessoais – Limite de 30min por dia
Atividade 3.1
Caso ache similaridades entre os locais e profissões, tente agrupá-
las em um grande grupo com um nome, por exemplo:
Você colocou que quer ser professor na USP ou na Unicamp. Tente
criar um grupo como por exemplo “Professor Universitário em
Universidades Públicas”
Você colocou que gostaria de trabalhar na área comercial ou
gerencial na AmBev, na Heinz ou no Burger King. Um possível
grupo seria “Cargo gerencial ou comercial em empresas de alimento
e bebida com cultura agressiva”
Atividade 3.2
Caso não consiga formar um único grupo e suas opções pareçam
mais abertas, como pode ter acontecido se você colocou:
Trabalhar como trader no mercado financeiro, como escritor de blog
ou professor de universidade.
Nesse caso tente entender o que te motiva em cada uma dessas
escolhas e veja se existe algo em comum.
Se ainda assim não encontrar, para expandir suas opções de
empresas olhe para outras empresas e cargos semelhantes. No
caso acima por exemplo, você pode listar várias corretoras/bancos
que te interessam, pode colocar como opção criar seu blog ou
trabalhar para algum grande portal, pode citar o nome de diversas
universidades onde gostaria de trabalhar.
A ideia aqui é ir de par para par, ou seja, partir de empresas
específicas para achar empresas pares/semelhantes e de cargos
específicos para achar cargos pares/semelhantes.
A1. Macroeconomia
Estrutura de análise fatores Macroeconômicos
Ao analisar o Brasil:
Estamos num momento em que economia e política estão
intimamente ligados, então é difícil separá-los em dois tópicos. Mas
tenha em mente que é necessário analisar os dois.
Qual é o trending topic da economia? Qual é o assunto do
momento? O país está crescendo? Diminuindo? Quanto? Qual é a
história disso, tem caído todos os anos? Quando é a expectativa de
mudança? O que precisa acontecer para mudar?
É legal quantificar as coisas, não precisa saber exatamente quanto
custa o dólar e nem o quanto é a queda do PIB, mas é preciso ter
uma noção da ordem de grandeza desses valores.
Outras perguntas: O que mais está rolando no Brasil? Como isso
pode impactar as vendas da Nike? Da Coca Cola? Da Ambev? Das
empresas que você escolheu? Acidentes? Grandes eventos?
Mudanças em indústrias?
Ao analisar o mundo:
Você deve seguir a mesma lógica do Brasil, você precisa entender o
que acontece à nível macro no mundo. O objetivo aqui é você não
ser pego de surpresa e não saber que existe uma corrida eleitoral
forte no USA, ou que recentemente a Grécia estava na iminência do
calote, China anda assustando, Reino Unido saindo da União
Europeia. Sabendo dos grandes eventos ocorrendo no mundo você
precisa saber como o Brasil e as empresas são impactadas por
esses eventos, principalmente as empresas para as quais você está
aplicando.
A2. Indústria
Framework para entender a Indústria e Setor onde sua empresa está inserida
Competição/Mercado
Aqui é onde você sabe qual briga sua empresa está disputando
(sim, SUA empresa, já vá moldando seu mindset para pensar como
se trabalhasse dentro da empresa desejada, isso vai te ajudar na
análise).
Qual o tamanho deste mercado?
Este mercado está em crescimento, estável ou declínio?
Qual a divisão deste mercado? (Market Share)[1]
Quantos concorrentes nós temos?
Quais são as barreiras de entrada neste mercado?
É um mercado que muda muito rápido ou não?
Houve grandes fusões ou aquisições nesse mercado
recentemente?
Clientes
Para quem as empresas estão gerando valor:
Quem são os nossos clientes? (Segmentos)
Qual o tamanho destes segmentos?
Existe alguma alteração nesta estrutura nos últimos tempos?
Quais canais de distribuição utilizamos para alcançar estes
clientes?
Quanto eles estão dispostos a pagar?
A3. Empresa
Agora que já vimos o que está acontecendo no mundo e em nosso
país, sabemos como a indústria tem se comportado e quem são
nossos clientes (e a nossa fonte de receita), então agora vamos
olhar para os fatores internos.
Este talvez seja o ponto que é mais adaptável de empresa para
empresa, você deve enfatizar mais onde acha que é o diferencial da
empresa.
Fatores Tangíveis
Neste ponto você procura entender:
Qual a divisão da empresa? (Áreas, geografia, etc)
Qual é o modelo de negócio dessa empresa?
Como ela distribui os produtos/serviços?
Ela possui alguma prática que é destaque no mercado? (Ex:
Custos da AmBev, excelência em atendimento da Disney,
logística da Amazon)
Quais são os benefícios dos produtos dessa empresa?
É uma commodity ou existe diferenciação?
Existem substitutos para este produto?
Além de quaisquer outros fatores que te deixem minimamente
confortável em "vender" a ideia da empresa/produto para uma
terceira pessoa.
Fatores Intangíveis
Cada empresa terá o seu, é uma parte difícil de encontrar, mas é
crucial:
Qual a missão, visão e valores da empresa?
O que as pessoas pensam dessa marca?
Qual é o posicionamento dessa empresa? O que ela quer
transmitir?
Como é a cultura dessa empresa? O que valorizam? O que
não valorizam?
Como seria uma "persona" de um funcionário típico dessa
empresa?
Essa cultura sempre foi assim? Como foi o processo para
chegar onde está hoje?
A4. Área/Função
Esta parte já é um pouco mais "tranquila". Você precisa entender
como funciona a área/função que você está aplicando.
O que essa área faz?
Onde ela se encaixa no business da empresa?
Qual será minha função?
Quais são as habilidades necessárias para isso?
Como é o dia a dia de uma pessoa dessa área?
Se você já tiver entendido o “todo” da empresa antes de chegar
aqui, essa parte será relativamente tranquila.
A5. Entrevistador
Se você gosta de stalkear e chegou até aqui, meus parabéns. Este
é o bônus, a cereja do bolo, que apesar de ser legal pode ser
desprezado caso você não tenha tempo/não queira fazê-lo.
Particularmente achamos necessário conhecer quem vai te
entrevistar. Afinal ele está procurando sobre você também, certo?
Então você deve fazer o mesmo.
Além disso, já conversamos sobre isso anteriormente no livro. A
cabeça de alguns entrevistadores é uma caixinha de surpresas,
você nunca sabe o que pode sair de lá. Ou seja, quanto mais
informações você tiver sobre seu entrevistador, maiores as chances
de entender como ele pensa e o que ele espera ver na entrevista.
As perguntas a serem respondidas aqui são:
Quem é o entrevistador?
Qual a área dele?
Quais decisões ele toma?
Qual é o seu background? O que já fez?
Como ele entrou na empresa?
O que ele procura?
B. Ferramentas – Como Procurar
Aqui é a hora de mostrar toda sua capacidade de pesquisa,
basicamente iremos usar os meios básicos e misturar as fontes:
Google, Linkedin, Google Groups, Google Scholar, Facebook,
Slideshare, Youtube, Site da Empresa, Site para Investidores,
amigos, clientes, desconhecidos e toda e qualquer fonte de
informação que você possa ter.
B1. Linkedin
Linkedin é ótimo para te dar informações sobre a empresa e seus
funcionários. A principal arma é achar quem são as pessoas que
poderão te entrevistar, pessoas que são/eram da empresa e podem
te dar aquela força sobre a área/empresa.
Não tenha medo de tentar entrar em contato com alguém que
trabalha onde você almeja e pedir um call, um Skype, para tirar
dúvidas, mas só faça isso depois de ter certeza que já fez toda a
pesquisa sobre a empresa, para não gastar o tempo da pessoa
perguntando coisas que você encontra facilmente no Google.
Grupos de discussão e artigos são legais para entender como as
pessoas de determinado lugar pensam, o que elas gostam.
B2. SlideShare
É incrível como no slideshare você acha milhões de coisas.
Experimente digitar um nome de uma determinada empresa lá e a
mágica é feita! Você acha vários trabalhos que alguém já fez
analisando a empresa, acha slides de eventos internos, acha slides
de tudo quanto é tipo de coisa relacionada à empresa. Ele é uma
fonte muito boa.
B5. Facebook
Olhe a relação da marca com o público no Facebook, preste
atenção na linguagem usada se é mais séria ou levada mais em tom
de brincadeira, isso pode te ajudar a entender o perfil da empresa.
Analise quais propagandas estão fazendo, o que você gosta nelas
ou como poderia ser possível melhorá-las, quais hashtags estão
usando e o que o povo tem comentado a respeito. É possível achar
grupos também, são mais raros mas podem te ajudar, porém o foco
principal deve ser nas fan pages.
B7. YouTube
Você acha muitos vídeos pertinentes à empresa, candidatos falando
do processo seletivo, vídeos oficiais da marca, clientes falando da
marca, propagandas antigas e outras coisas.
B8. Google
Tente começar a busca usando apenas o nome da empresa, depois
segmente por data (notícias do último ano, último mês), também
veja a parte só de notícias.
Outra dica é procurar por combinações como "estudo de caso Coca-
Cola", "estudo Coca-Cola", "distribuição logística Coca-Cola" e
várias outras informações relativas as perguntas que comentamos
acima e sobre possíveis perguntas que o entrevistador pode fazer.
O grande segredo é imaginar o documento que você está
procurando e quais palavras estarão contidas nele. Vale também
buscar por notícias em outros países (ex: o que estão falando da
sua empresa alvo nos Estados Unidos?).
Atividade 2
Apostamos que você já adivinhou qual será a atividade =)
Isso, você vai fazer uma pesquisa sobre as empresas que
selecionou no capítulo anterior. Caso sejam diversas empresas de
um mesmo setor, começar com informações macros semelhantes a
todas as empresas e depois aprofunde em cada uma.
Caso suas empresas sejam muito distintas entre si e seja um
número grande de empresas, comece com pesquisas mais
genéricas para entender cada uma e depois vá aprofundando
conforme for se identificando mais com uma ou com outra, assim
você começa a cortar as empresas que já percebeu que não se
encaixam com seu perfil. Lembre-se que hoje a maioria das
empresas buscam estagiários que têm match com a cultura e jeito
da empresa, então foque nisso.
Aproveite esse momento para exercitar o autoconhecimento e a
reflexão e pensar se gostaria de trabalhar nas empresas que está
buscando. Conforme for pesquisando, vá montando um ranking de
quais empresas mais te interessam.
Atividade 3
Quando tiver chegado no seu top 3 de empresas que você deseja
trabalhar, você deverá conversar com pessoas que trabalham lá,
preferencialmente na área que você está cobiçando. Aqui é o
momento de usar sua rede de amigos para ver se algum deles
conhece alguém que trabalha na empresa.
Caso não consiga encontrar ninguém, vá no Linkedin, procure
funcionários das empresas e mande uma mensagem pedindo para
bater um papo. Vários vão te ignorar, mas sempre tem alguns que
são muito solícitos e até gostam de ver a pró-atividade de alguém
buscando mais informações e vão topar um Skype contigo.
Outra coisa que você precisa saber sobre currículo, é que ele deve
ser uma forma resumida de você falar o que aprendeu em cada
oportunidade e, quanto mais você conseguir que ele seja orientado
a execuções e habilidades aprendidas ou desenvolvidas, mais
interessante ele será.
Nesse quesito acontece um erro muito comum das pessoas que é
listar grupos que participaram, ou experiências que tiveram e ficar
só nisso, achando que é o suficiente. No seu currículo as empresas
não querem que você liste apenas o seu curso de graduação, as
atividades que participou, os programas que você sabe usar, o seu
intercâmbio, entre outras coisas. No seu currículo, as empresas
esperaram que você vá além desse caminho comum e compartilhe
o que você aprendeu ou o que você fez de diferente nessa
experiência. Eles querem que você conte o que diferencia você dos
milhares de candidatos que estão concorrendo para essa mesma
vaga. Sendo assim, você deve falar não só dos projetos que
participou na faculdade, mas também do que fez em cada um
desses projetos. Vou compartilhar um exemplo com vocês.
Parte 2: Objetivo
Aqui acontece uma das maiores controvérsias do mundo dos
currículos. Muitos recrutadores dizem que você deve colocar um
objetivo e muitos dizem que ao mandar um currículo para uma
determinada vaga, você já está declarando o seu interesse por ela e
ter que escrever o “objetivo” tira um espaço precioso que você
poderia colocar outras informações. A decisão cabe a você!
Se optar por colocar, você precisa tomar cuidado com a tênue linha
existente entre ser muito específico ou muito genérico. Se você for
muito específico, como “Estagiário na área de vendas do produto X”,
isso pode acabar te excluindo de outras possíveis vagas existentes
em outros produtos. Por outro lado, se você foi muito genérico o
entrevistador pode pensar “ele não tem um objetivo claro e deve
estar mandando este mesmo currículo para várias empresas sem
nem mudar o objetivo.”
O que não pode acontecer de modo algum, pois é certeza de
reprovação automática, é colocar algo como “Objetivo: vaga na área
de engenharia” e se candidatar para uma vaga na área
administrativa.
Como você deve estruturar o seu currículo? Você deve listar as suas
experiências e habilidades, das mais relevantes para a vaga,
seguidas das menos relevantes. Dessa forma, você consegue
manter a atenção do recrutador que estará lendo muitos currículos.
Ele deve ser cativado a querer saber mais sobre você. E lembre-se
sempre, colocar exemplos de como você aplicou alguma habilidade
ou experiência aumenta muito a sua chance de chamar atenção do
recrutador.
Para fechar: Se depois de tudo isso você acredita que seu currículo
ainda está “vazio”, pois você tem poucas atividades para colocar,
uma opção é colocar as matérias que você fez na faculdade que
serão mais úteis para aquela vaga em específico. Enquanto isso
corra atrás de melhorar seu currículo para ficar competitivo para as
melhores vagas.
Os 12 erros mais comuns em currículos:
Quando escrevemos nosso currículo, muitas vezes não prestamos
atenção, mas existem coisas que podem destruí-lo. A maioria
desses erros pode ser que você já saiba. Nesse caso, fica aqui uma
oportunidade para você relembrar. Caso não saiba nada sobre eles,
preste atenção. O ideal é que sempre que você escrever o seu
currículo, você faça uma leitura rápida desta lista e faça uma
revisão, para saber se você não está cometendo nenhuma das
coisas que citaremos abaixo. Então, vamos aos 10 erros mais
comuns em currículos:
1º - Não colocar informações para contato/Não colocar informações
atualizadas: Pode ser um pouco óbvio, mas muitas pessoas
esquecem de colocar as informações de contato, ou esquecem de
enviar informações atualizadas. Então, preste muita atenção nisso;
2º - Falhas gramaticais: Já falamos sobre isso, mas é de suma
importância que seu currículo não tenha falhas gramaticais. O ideal
é sempre que você terminar um currículo, você revise-o novamente
procurando por erros. Não estamos falando apenas de erros como
escrever “concerteza”. É muito importante que as informações no
seu currículo estejam bem redigidas e para isso o uso de vírgulas e
pontos devem ser bem efetuados;
3º - Excesso de chavões: Nada de se descrever como um
profissional proativo, perfeccionista, dedicado, que gosta de
aprender, ou coisas do tipo. Quando precisar usar alguma dessas
palavras, procure utilizar palavras que não são chavões. E sempre
que quiser destacar uma habilidade desse tipo use exemplos
concretos;
4º - Tamanho exagerado: O tamanho do currículo é algo muito
importante. Muitos discutem se ele pode passar de uma página ou
não e a resposta dessa pergunta gera inúmeras controvérsias. Ficou
na dúvida? Para que seu currículo ultrapasse uma página, todas as
experiências e habilidades que você compartilha nele devem ser
muito ligadas com a vaga que você está se inscrevendo. Sempre se
pergunte, isso que estou colocando aqui é realmente relevante para
o meu currículo? Por mais que você tenha inúmeras experiências
nunca ultrapasse 3 páginas, a menos que a empresa peça! O
normal é algo entre 1 e 2;
5º - Excesso de dados pessoais: Não existe motivos para você
colocar o seu RG e o seu CPF no seu currículo;
6º - Mentiras: Nada de mentir sobre a fluência de alguns idiomas ou
falar de habilidades e experiências que você não tem. As empresas
com certeza vão te questionar durante uma entrevista sobre tudo
isso e fica muito feio para você quando eles descobrem;
7º - Foto no currículo: Você não precisa colocar uma foto sua em
seu currículo, a menos que a empresa deixe explícito no processo
seletivo que eles querem isso;
8º - E-mail pessoal inadequado: Novamente, nada de colocar aquele
e-mail que você fez quando tinha 10 anos, como opção de contato.
E-mails como sougatinho@hotmail.com ou
mestrepokemon@yahoo.com.br não são bem vistos pelas
empresas;
9º - Tópicos ou parágrafos: Quando descrever as atividades que
realizou dentro de uma experiência ou o que aprendeu nas
oportunidades que teve, use tópicos ou parágrafos, nunca use os
dois;
10º - Falar difícil: Não use palavras rebuscadas ou algo que seja
fora do vocabulário comum de uma pessoa. Os recrutadores não
perdem mais do que um minuto dando a primeira olhada no
currículo e isso pode fazer com que o seu vá para a pilha de
descarte;
11º - Poluição visual: Quando terminar seu currículo olhe para ele e
veja se não está muito poluído, lembre-se o entrevistador irá julgá-lo
em questão de poucos minutos. Ter um currículo bem organizado já
vai fazer com que ele olhe diferente para você;
12º - Letra ilegível: O recrutador está analisando centenas de
currículos e vai gastar pouco tempo em cada, se ele tiver que fazer
esforço para entender o que está escrito pode ser que ele não leia
algo importante. Quando terminar, imprima seu currículo e veja se
você consegue ler sem dificuldade alguma.
Por fim, lembre-se que o que é valorizado em um processo seletivo
não é se você participou ou não de atividades extracurriculares, fez
ou não intercâmbio, mas sim como você se envolveu, o quanto se
dedicou, o que realizou e o que aprendeu com cada uma dessas
atividades.
Vídeo-Currículos
Esse modelo de currículo está se tornando cada vez mais utilizado
pelas empresas, pela sua praticidade e por permitir que a empresa
conheça o candidato antes mesmo da dinâmica e da entrevista.
Geralmente a empresa pede, além do currículo tradicional, um vídeo
de mais ou menos 2 minutos onde você se apresenta e responde
algumas perguntas.
Todas as dicas sobre como se vender no currículo, ser específico
para a vaga e destacar suas principais características continuam
valendo aqui. Contudo, a empresa não espera que você
simplesmente leia seu currículo ou enumere suas habilidades e
diplomas.
Algumas dicas para um bom vídeo são:
Assim como você simplesmente não manda as primeiras
palavras que digita no Word para a empresa, o vídeo também
provavelmente não ficará bom de primeira. Regrave o vídeo
quantas vezes achar necessário até gostar do resultado;
Planeje o que você vai falar antes de gravar o vídeo;
Assim como no currículo, você provavelmente terá 1min antes
do recrutador descartar sua candidatura ou decidir ver o vídeo
todo. Portanto, se venda logo no começo, ressalte os pontos
mais importante e busque prender a atenção do recrutador;
Aproveite que o vídeo é mais informal para tentar passar a sua
personalidade. A maior informalidade do vídeo também
permite que você ouse um pouco, por exemplo, usando
analogias ou metáforas. Certa vez vimos o vídeo de um
candidatando comparando sua trajetória com uma montanha
russa enquanto descrevia alguns altos e baixos. Seja criativo;
Foque em poucos pontos principais. Seu currículo em papel já
detalha várias atividades. Aqui é o momento de ir mais fundo
no que você acredita que será importante para a vaga.
Escolha cerca de 2 ou 3 pontos para focar dependendo do
tamanho do vídeo;
Caso não tenha tanta experiência para passar, vale reforçar o
porquê quer a vaga e como é seu “relacionamento” com a
empresa, porque a escolheu, porque a admira, se usa seus
produtos, etc.;
Tudo bem ser um pouquinho mais subjetivo no vídeo, então
use essa oportunidade para mostrar sua adesão aos valores e
missão da empresa, destacando pontos que mostrem como
você “combina” com a ela;
Aproveitando que é um vídeo, caso se sinta à vontade use as
mãos, gestos, expressões faciais e tom de voz para reforçar
as partes mais importantes;
Você não precisa se preocupar em fazer uma mega gravação.
Gravar você falando com a webcam do computador é
suficiente, o importante é o conteúdo. O cuidado que você
deve ter é em relação ao áudio, tenha certeza que dá para
entender perfeitamente sua voz no vídeo, caso não dê,
regrave falando mais alto. O recrutador já vai ver 200 vídeos
por dia, não queira que ele tenha que ficar se esforçando para
ouvir você falar;
Se for gravar no seu quarto dê preferência para gravar com a
câmera virada para a parede ou em algum fundo neutro. Se
aparecer sua cama, ou outra parte do cômodo, tenha certeza
de que estará organizada;
Você não precisa estar vestido formalmente, porém não custa
colocar uma boa camisa e dar uma arrumada no cabelo;
Evite ler um texto na tela do computador, alguns recrutadores
não gostam disso. Porém, caso tenha dificuldade para falar,
deixar um arquivo Word aberto com alguns bullet points pode
ajudar;
Tente se mostrar espontâneo, sorria, mostre brilho no olho e
entusiasmo. As pessoas não contratam currículos, as pessoas
contratam pessoas.
Atividades
Atividade 1: Escreva todas as atividades interessante que você já
realizou durante a sua vida. Alguns exemplos de atividades para te
ajudar:
Fui atleta da universidade;
Fui membro da empresa júnior;
Fiz iniciação científica;
Publiquei um artigo;
Organizei uma palestra sobre produtividade;
Participei da organização da semana do curso;
Fui voluntário em uma ONG;
Participei de algum projeto de extensão;
Fui monitor de uma disciplina;
Trabalhei ou estagiei em alguma empresa;
Trabalhei em uma empresa familiar ou de um conhecido;
Faço dança por 8 anos;
Fiz parte do centro acadêmico;
Organizei festas na minha república;
Organizei um grupo de estudos sobre algo;
Etc....
Essa é só uma pequena lista das possíveis atividades que você
pode ter feito. O foco aqui não é lembrar o que você fez em cada
uma das atividades. Aqui você deve apenas lembrar as atividades
que já realizou.
Estamos combinados que ninguém que está lendo esse livro será
eliminado por simples falta de atenção, certo?
Vamos agora a outro ponto mais delicado no processo de cortes.
Solução: Esse tipo de questão tem sempre essa mesma cara, sendo
geralmente escrita assim “_____ está para ______ assim como
______ está para _____”
Basicamente você tem que entender qual a relação no exemplo
dado para deduzir a relação do que foi perguntado. Uma dica é
pensar em categorias ou grupos para facilitar a visualização da
lógica.
Nesse caso garfo está para talher, ou seja, garfo faz parte da
categoria talher, na qual existe outros elementos como faca e colher.
Agora que você entendeu o exemplo você tem que pensar de qual
categoria ou grupo leão faz parte. Se tiver dificuldade vá eliminando:
Não é rei da selva, pois rei da selva é só o leão, não tem mais
elementos
Juba, também não é, juba não é nem categoria
Não é Leopardo, pois é outro elemento e não uma categoria.
Para ser leopardo o exercício deveria ser algo do tipo “garfo
está para faca assim como leão está para leopardo”.
Savana é um ambiente, não uma categoria, logo não é a
resposta certa.
A resposta correta é “Felino”. Garfo está para Talher assim como
Leão está para Felino, ou seja, ambos, garfo e leão são elementos
de uma categoria maior.
Outra dica nesse tipo de exercício é tentar entender o que é o Macro
e o que é o Micro. Neste exemplo Garfo e Leão são o micro
apresentado e Talher e Felino são o macro.
Você leu o livro todo até aqui por que quer se inscrever e ser
aprovado nos processos seletivos. Então agora que você chegou
em uma atividade que é se candidatar, você não vai pular a
atividade, não é mesmo?
Sofia: E aí Rebeca, entendendo tudo de testes de lógica?
Rebeca: Alguns entendi rápido, outros são mais complicados
enxergar a lógica, o exemplo que ele deu das figuras eu nunca teria
pensado naquilo!
Lucas: Relaxa, é normal, isso acontece pois nunca fomos treinados
para fazer este tipo de exercício. Se você buscar resolver alguns na
internet em pouco tempo pegará o jeito
Sofia: Sim, joguei no Google para procurar mais testes resolvidos e
tem algumas páginas com mais exemplos
Lucas: Sim, é importante treinar, até porque no livro não tem como
cobrir todos os tipos de exercícios, as possibilidades são quase
infinitas, porém ele já dá uma boa noção e nos incentiva a buscar
mais =)
Rebeca: Uma coisa que me deixou bem chateada ao ler o livro foi
saber desses cortes automáticos. Entendo as exigências de excel e
inglês, mas realmente algumas empresas fazem papel de ridículas
cortando cursos e faculdades arbitrariamente, principalmente
quando a vaga de estágio não é técnica
Sofia: Nem me fale, dá vontade de nem se candidatar para estas
vagas, só de raiva da empresa!
Lucas: Pois é meninas, senti isso na pele. Tipo, eu domino o excel,
falo bem inglês, tenho atividades extracurriculares, estudo em uma
universidade top e mesmo assim era cortado logo de cara em
alguns processos seletivos e não entendia o porquê disso, quer
dizer, eu sabia que eles exigiam cursos específicos, mas achei que
ao analisarem meu currículo teria uma chance...
Lucas: Para vocês terem ideia, eu testei isso em dois processos que
havia sido eliminado nestes testes automáticos, eu criei um segundo
perfil e me candidatei de novo, igualzinho ao primeiro, mudando
apenas o curso de graduação e acredita que assim eu passei?!
Rebeca: Nossa, que filha da putagem!
Sofia: Pois é, não acredito que as empresas fazem isso!
Lucas: Sim, é algo que temos que batalhar para mudar, para que a
próxima geração que prestar processos seletivos não passe por isto
=/
Lucas: Ainda bem que o livro dá algumas ideias de como burlar este
sistema retrógrado, um dos últimos capítulos é só sobre métodos
alternativos para se conseguir um estágio, basicamente pegaram
vários depoimentos de pessoas reais que conseguiram estágios e
empregos de modo “diferente” e colocaram no livro. É muito bacana
ler casos reais de pessoas que conseguiram estágios fugindo do
modo tradicional =D
Sofia: Que bacana! Quero chegar logo nele, deve ser bem
interessante
Lucas: Vamos com calma e fazer cada etapa na sua hora. A maioria
das vagas ainda estão nos processos seletivos tradicionais, vamos
começar focando neles.
Rebeca: Sim! Estou ansiosa para começar a me candidatar para as
vagas!
Sofia: Go go go conseguir estágio!!!
Capítulo 5 – As Dinâmicas de Grupo
A primeira pergunta da maioria dos jovens ao sair da sua primeira
dinâmica de grupo é: Por que diabos eles fizeram isso?
Pergunta de uma boa parte dos jovens depois de participar de umas
3 ou 4 dinâmicas de grupo: Por que todo mundo parece ser falso
desse jeito nas dinâmicas? Será que tenho que ser falso para ser
aprovado?
Pergunta do jovem tímido na dinâmica de grupo: Será que devo
falar mais do que o normal para poder aparecer na dinâmica?
Neste capítulo iremos tentar responder estas perguntas e algumas
outras, além de te falar tudo o que você precisa ter em mente para
mandar bem nas dinâmicas.
De modo geral os processos seletivos seguem uma estrutura mais
ou menos parecida:
Questionário para se candidatar > Testes online > Análise de
Currículo > Dinâmica de grupo > Entrevista(s)
Isso ocorre dessa maneira visando facilitar o processo seletivo. Se a
empresa começa com 10.000 inscritos, seria impossível ela analisar
detalhadamente um por um, então como vimos, ela já faz um corte
automático nos testes online caindo para 1.000 pessoas. Esses vão
para as dinâmicas, pois a dinâmica de grupo permite você chamar
de 5 a 30 candidatos de uma única vez, facilitando a seleção.
Depois da dinâmica o número de candidatos já foi bastante
reduzido, tornando-se viável entrevistar um por um.
Cada uma destas fases tem uma finalidade específica. Os
questionários e testes online servem para ver se você está apto
para a vaga (ano de conclusão do curso, cidade onde mora, horas
disponíveis, etc.) e se aparentemente está no mesmo nível dos
demais candidatos, ou seja, possui habilidades específicas exigidas
de inglês, softwares, cursos específicos, raciocínio lógico, etc.
Uma vez que do total de inscritos foram selecionadas pessoas que
cumprem os requisitos mínimos da vaga, chega a hora de começar
a analisar outras habilidades. O foco da dinâmica de grupo pode
variar de acordo com o tipo de dinâmica, mas algo que todas
buscam ver são as chamadas Soft-Skills ou em outras palavras as
suas habilidades sociais como por exemplo: trabalho em grupo,
comunicação verbal, sustentação pessoal, liderança, empatia,
capacidade de entendimento, protagonismo, pró-atividade, entre
outras.
Como eles querem avaliar este tipo de habilidade, a avaliação já
começa antes mesmo da entrega da atividade em si, afinal a
atividade muitas vezes é só um pretexto, estão avaliando os
candidatos desde que entram na sala. Para mandar bem, o segredo
é pensar como o entrevistador pensa e entender o que ele busca
avaliar. Veja como você pode se destacar logo de cara:
Chegando no local: Primeira habilidade a ser demonstrada é a
pontualidade, você faz isso simplesmente chegando na hora.
Se você não tem capacidade de fazer isso um recrutador que
precisa contratar 30 pessoas entre 10.000 não vai nem olhar
pra ti, imagina ele pensando em você chegando atrasado em
uma reunião que pode trazer milhões de reais para a empresa.
Prefira sair bem antes de casa, nem que seja para você
chegar mais cedo e ficar dando um tempo em algum café
perto do local.
Chegando na sala: O formato de como a sala está disposta e
o que os recrutadores estão fazendo pode variar muito.
Dependendo de como estiver o ambiente você pode usar isso
como gancho para mostrar habilidades. Se os recrutadores
estão fazendo algo, por exemplo, organizando as cadeiras da
sala ou arrumando os papéis, chegue para eles, cumprimente-
os e pergunte se precisam de alguma ajuda (olha você
demonstrando pró-atividade). Lembre-se, você não pode
parecer forçado, se eles não estiverem arrumando nada não
há necessidade de querer se mostrar, você precisa ter
sensibilidade para “ler” o ambiente e conseguir achar brechas
para demonstrar suas soft-skills de maneira natural.
Pegadinhas: Alguns recrutadores já armam algumas
“pegadinhas” antes mesmo da dinâmica principal começar, por
exemplo, deixam a sala toda bagunçada propositalmente para
ver se algum dos candidatos é proativo para se mexer e
começar a organizar. Fica a dica.
Interação com recrutadores e outros candidatos: Quando
chegar no local se apresente aos entrevistadores e vá se
sentar. Se perceber que tem brecha, comece a puxar um papo
com outros candidatos, isso te permite já dar uma avaliada
neles antes de começar e algum recrutador pode perceber
vocês conversando (olha suas habilidades sociais aparecendo
naturalmente). Lembre-se de NÃO tentar se mostrar, isso tem
que ser natural, se sentir que a conversa está ficando forçada,
fique na sua.
Se ninguém tiver a fim de papo, ou se você chegou cedo e
está sozinho, pegue um livro e comece a ler. Olha você
demonstrando que é alguém que gosta de ler e aprender.
Apresentações: Em algumas dinâmicas (não em todas) os
entrevistadores pedirão para os candidatos se apresentarem
um por um. Os entrevistadores geralmente falam quais
perguntas vocês devem responder na apresentação e quanto
tempo possuem. Recomendo ficar mais ou menos na fileira do
meio para ver como os outros se apresentam e ter tempo para
pensar na sua apresentação. Se for algo curto de 20
segundos, só dizendo nome e curso, não há espaço para
inovação, mas se o entrevistador der espaço para falar sobre
o que você é bom ou porque está se candidatando para
aquela empresa, você tem uma oportunidade de ouro de se
destacar logo no começo. Isso é bom, pois fará eles prestarem
atenção em você durante a dinâmica. Treine em casa uma
apresentação de 30seg, outra de 2min e uma de 5min. Aqui
vale a máxima: NÃO PAREÇA FORÇADO, NÃO SE MOSTRE
ARROGANTE E PREPOTENTE. Para conseguir fazer isso
você precisar soar natural e isso você só faz quando tem
ciência do que está falando (autoconhecimento e pesquisa
sobre a empresa é essencial). E não cometa o erro crasso de
estourar o tempo dado para ficar falando de você.
Por que mandar bem no começo é tão importante? Por que as
pessoas constroem pré-conceitos da gente em questão de minutos.
Se você chamar a atenção de modo positivo logo no começo, os
recrutadores prestarão mais atenção em você ao longo da dinâmica,
te dando mais chance de se mostrar um bom candidato. Afinal,
lembre-se que geralmente eles são 2 ou 3 para avaliar até 30
candidatos em uma sala, ou seja, eles estarão dividindo o tempo e
atenção deles entre vocês.
Agora vamos falar dos principais tipos de dinâmicas e como elas
avaliam estas e outras habilidades.
Dinâmicas Puramente Sociais
Esse tipo de dinâmica não pretende focar em avaliar suas
habilidades técnicas e sim suas habilidades sociais, as tais soft-
skills que comentamos. Por isso não importa que tipo de atividades
eles peçam para você realizar, algumas aparentemente parecem
sem lógica e outras simplesmente não possuem resposta correta.
Sua resposta basicamente não importa, o que importa é como você
demonstra as suas soft-skills. Vamos a um exemplo já clássico em
processos seletivos e que vimos ser aplicado recentemente em
algumas dinâmicas de grupos reais de processos seletivos:
- Sobre você: Sabe tudo aquilo que você escreveu no seu currículo?
Uma boa coisa é rever cada ponto disso e tentar explicar cada
projeto e cada experiência. Saber explicar aquela experiência como
voluntário que você colocou, saber explicar como aquele projeto que
você realizou impactou, ou como aquela matéria da faculdade foi
importante para você. Faça esse exercício, tente explicar cada um
desses projetos para um amigo se quiser.
Para fechar, tenha as histórias do seu currículo prontas para serem
contadas. E não se esqueça que as suas experiências voluntárias
podem demonstrar habilidades. Se você ajudou a organizar eventos,
isso mostra liderança e habilidade de planejamento, se você foi
diretor financeiro de algo, isso mostra responsabilidade, mostra que
você é organizado, porém o recrutador não vai saber disso se você
não contar essas coisas na entrevista. Assim, pense nessas
histórias, tenha elas prontas na sua cabeça, assim, você ficará mais
confiante, mais calmo e dará show na entrevista. Lembre-se, não
adianta ter experiências fantásticas, você precisa saber vendê-las!
VOCÊ É FODA: Você leu o livro até aqui, fez os exercícios, dedicou
boa parte do seu tempo a essa jornada. Agora resta apenas uma
pequena tarefa, se preparar para entrevista. Sabemos que você tem
outros compromissos, tem provas para estudar, trabalhos para
entregar, séries no Netflix para terminar, mas pedimos para você, só
mais um pouquinho desse tempo. Se prepare, faça o seu dever de
casa. Afinal, VOCÊ É FODA! E vai conseguir essa vaga. Lembre-se
da sua lista de prioridades!
A estrutura da entrevista e como
começar
Geralmente as entrevistas seguem a seguinte estrutura:
Rápido quebra gelo
Você se apresenta e fala sobre você
O entrevistador faz algumas perguntas comuns em entrevistas
ou te dão um case para resolver
O entrevistador fala mais sobre a vaga e a empresa
Os entrevistadores abrem espaço para você fazer perguntas
Fechamento e despedida
Na maioria das entrevistas o entrevistador sabe que você está
nervoso então terá uma rápida conversa casual para te ajudar a
relaxar, perguntar se você chegou bem, se achou fácil a sede da
empresa, etc. Essa parte não tem segredo, seja cordial, sorria e
responda o que perguntarem de modo simpático.
Um único ponto de atenção é que se ele perguntar quanto tempo
você demorou para chegar e você mora em uma grande metrópole
e levou mais de 1h30min, vale a pena jogar esse tempo um pouco
para baixo, usando a menor estimativa em condições ideais. Isso é
importante, pois as empresas geralmente não gostam de contratar
pessoas que moram muito longe, pois historicamente uma hora
essas pessoas cansam de gastar tanto tempo no trânsito (ou
transporte público) e acabam saindo da empresa. Não é mentir e
falar que de 2h você demora 30min, é usar a melhor estimativa para
não os assustar.
Me fale sobre você
Me fale sobre você. 99% das entrevistas vão iniciar com esta frase.
Essa parte é crucial, pois é aqui que a avaliação começa de
verdade. Lembre-se que as pessoas, e isso inclui seus
entrevistadores, formam sua percepção sobre alguém nos primeiros
minutos de interação social, ou seja, a primeira impressão é
fundamental.
Nossa mente possui vários vieses cognitivos, um deles é que
tentamos enquadrar situações que vemos e vivemos para combinar
com o que pensamos. Portanto, se o entrevistador começar com
uma excelente primeira impressão de você (e lembre-se que isso
começa pelo currículo e troca de e-mails, indo até os primeiros
minutos de entrevista), caso você cometa algum deslize ele será
bem mais compreensível com isso. Por outro lado, se você não
passou uma boa primeira impressão, qualquer deslize poderá ser
visto como mais um motivo para não te contratar.
Reafirmando: Esta parte é essencial!
Ok, então agora como se preparar? Essa parte vai constituir um
“pitch” informal, ou seja, ele provavelmente vai deixar você falar por
cerca de 5minutos sem te interromper. Tenha a estrutura dessa
apresentação montada na sua mente.
Na hora de montar o seu pitch lembre-se que esse momento é
precioso demais para ser algo genérico. Seu discurso tem que ser
adaptado para aquela empresa e para aquela vaga. Se o
entrevistador não der um tempo específico, por exemplo, dizer que
você tem 2 minutos para falar, o ideal é focar em um pitch de
aproximadamente 5 minutos.
Para montar a sua apresentação, pegue uma folha e anote os
seguintes tópicos com sua resposta para cada um deles. Comece
por fazer um diagnóstico de como ela será:
Onde será a entrevista: Na sede da empresa, em um café, etc.
Isso define o quão informal será sua apresentação e como
será sua roupa.
Tempo: Quanto tempo você terá para falar?
Apresentador: Esse é você, obviamente, mas quem é você
para a empresa, o futuro estagiário que entende tudo de
computação, o estagiário ambicioso, o estagiário que adora
aprender. Se descreva como você espera ser visto pela
empresa.
Audiência: Quem estará te escutando/entrevistando? É
alguém do RH ou é o gestor da área? É sênior ou júnior dentro
da empresa? Novo ou velho? Tudo isso impacta seu discurso.
Objetivo: Ao final do seu pitch o que você espera que sua
“audiência” faça, pense e sinta?
Uma vez feito o diagnóstico, é hora de partir para a estruturação de
um roteiro de apresentação. O roteiro nada mais é do que o seu
discurso que fará sua audiência sair de um ponto A e ir até um
ponto B, ou seja, considerando as características atuais do seu
entrevistador (ponto A) o que ele deve pensar, sentir e fazer no final
do seu pitch (ponto B). O processo para montar seu roteiro é o
seguinte:
Coletar dados: Reúna toda a informação que você precisa
antes de começar, seu currículo, lista de todas as suas
atividades e habilidades, informações da empresa e da vaga;
Organizar: Organize esses dados em categorias, para que
você possa ter uma visão do macro e ver o que é mais
importante em cada categoria, afinal seu tempo é limitado;
Extrair: Agora que você tem toda a informação necessária é o
momento de extrair a essência, qual é a mensagem principal
que sua apresentação vai transmitir;
Estruturar: Tendo a mensagem principal em mãos construa a
estrutura da apresentação em tópicos, formando uma
sequência lógica para apresentar as informações.
Elaborar: Por fim acrescente o que for necessário e suficiente
para transmitir suas ideias. Aqui também é o momento de
incorporar evidências ao que você falou, exemplos ou
números.
Por mais que usemos essa estrutura lembre-se, isso não é um
discurso. É uma conversa informal! Ter essa estrutura de
apresentação vai te ajudar a manter a calma e saber o que falar,
mas nada de apresentar isso de forma robótica ou como se fosse
um palestrante. Trate como uma conversa a qual você está
contando algo para um conhecido.
Principais perguntas das entrevistas de
emprego e como respondê-las:
Quais são seus maiores defeitos? Você é muito perfeccionista? Ou
é muito organizado?
Essa é uma pergunta clichê para todas as entrevistas. Nesse
capítulo vamos falar sobre perguntas que sempre ocorrem nas
entrevistas, o que o entrevistador espera como resposta e como
você deve responder. Mas antes, como a coisa está muito séria, que
tal assistir a esse vídeo feito pelo comediante Murilo Gun,
mostrando uma entrevista de emprego ao contrário. Enquanto
assiste, aproveite o papel invertido para sentir empatia e começar a
ver como o entrevistador pode enxergar alguns candidatos.
www.youtube.com/watch?v=Ne3UbFo_64s
Pergunta #2: Quais são seus pontos fortes e seus pontos fracos?
Essa é a pergunta mais clichê de todas as entrevistas. Falar sobre
seus pontos fortes normalmente é bem fácil e não é um problema. O
desafio é falar sobre os pontos fracos. Aqui o recrutador quer saber
se você tem um certo grau de autoconhecimento e sabe refletir e
analisar suas qualidades e seus defeitos.
Nessa pergunta as respostas padrões são sempre mal vistas.
Quando falamos de respostas padrões estamos falando de pessoas
que dizem que seu defeito é ser perfeccionista, ou que seu defeito é
que trabalham demais e por aí vai.
Podemos passar horas discutindo sobre como devemos responder
essa pergunta. De uma maneira simples, você deve falar algum
defeito que você possui e junto com isso, falar alguma atividade que
vem fazendo para melhorar esse defeito e se quiser deixar a
resposta ainda melhor, você pode falar de algum projeto onde você
já teve uma certa melhora nesse defeito.
Um possível exemplo de resposta aqui, é dizer “meu maior defeito é
me considerar uma pessoa multitarefas. Porém, sei que isso
impacta minha forma de trabalhar.” Depois vem a parte de dizer o
que você vem fazendo para melhor isso. “Porém, desde que percebi
isso, eu comecei a quebrar meus dias em curtos períodos para
realizações de tarefas, assim, quando estou fazendo uma
determinada tarefa, eu foco completamente naquilo, durante aquele
período.” E se quiser deixar a resposta ainda melhor, você deve
colocar exemplos práticos. “Um exemplo de como estou melhorando
esse quesito, é que no último projeto que trabalhei separei blocos de
tempos específicos para trabalhar no projeto, apenas no projeto, e
consegui realizar as entregas necessárias bem antes do tempo
previsto.”
Uma observação: Nunca, nunca, nunca responda “não tenho
defeitos”.
Pergunta #6: Qual foi a decisão mais difícil que já tomou até hoje?
Nessa questão o recrutador quer saber se o candidato consegue
identificar algum momento em que ele foi confrontado em uma
decisão e saber como ele agiu com a pressão da escolha.
A melhor resposta aqui deve explicar a situação e explicar como foi
o processo para a tomada de decisão. O ideal é mostrar que você
soube analisar alternativas e as consequências e, mesmo com certa
pressão, conseguiu agir da melhor forma possível.
Mal sabia Lucas, que aquela noite mudaria muita coisa na sua vida.
Capítulo 8: Exige-se Experiência
Você provavelmente já trombou com alguma vaga de estágio onde
estava escrito “exige-se experiência” e ao ler isto pensou:
- Isso é uma vaga de estágio? Estou me candidatando justamente
por que quero ter experiências profissionais, é a porta de entrada do
mercado de trabalho. É óbvio que eu ainda não trabalhei para ter
experiência!
Concordamos contigo. O Estágio é a porta de entrada do mercado
de trabalho, porém existem outras formas de se ter “experiência”
antes de começar a estagiar e este capítulo é dedicado a te mostrar
como você pode ir acumulando experiências durante a universidade.
Porém, antes de começarmos gostaríamos de comentar duas
coisas:
No caso de vagas mais concorridas, ter um estágio anterior
pode sim ser um grande diferencial, porém de modo nenhum é
imprescindível.
Aqui estamos falando da maioria das empresas sérias e que
entendem que estágio é a porta de entrada do mercado de
trabalho. No entanto, sabemos que existem empresas que são
mais aproveitadoras e querem realmente alguém que já
trabalhou antes. Isso acontece geralmente quando a empresa
quer cortar gastos e substituir um analista por um estagiário.
Este tipo de empresa geralmente não é “séria”. Se a empresa
está realmente pedindo que você tenha um emprego anterior,
pesquise bastante para ter certeza de que é um bom ambiente
de trabalho e se existem possibilidades de crescimento.
Agora iremos detalhar os diversos meios de conquistar experiência
antes mesmo de entrar no mercado de trabalho.
Entidades Estudantis
A maioria das universidades hoje já conta com algum tipo de
entidade estudantil como Empresa júnior, Atlética, DCE/CA/DA,
Ligas Universitárias, entre outros. Todas estas entidades são uma
ótima fonte de obter experiência antes de ingressar no mercado de
trabalho em si.
Geralmente pessoas que participam desses grupos já tiveram uma
experiência prévia com hierarquia, relacionamento em grupo,
tomada de decisões, gestão de equipes, além de mostrar como
foram proativas em buscar um grupo destes para se desenvolver.
Abaixo citamos as principais organizações estudantis do Brasil e
como cada uma delas busca desenvolver o jovem universitário.
Empresas Juniores desenvolvem os alunos através de serviços
e projetos prestados ao mercado;
O Enactus desenvolve levando o empreendedorismo e
empoderamento para comunidades carentes;
O Movimento CHOICE desenvolve as pessoas através do
contato com o tema de negócios sociais e de palestras;
As Ligas Universitárias, permite um contato prévio com
determinada área do mercado de trabalho;
A AIESEC desenvolve líderes globais com foco no intercâmbio;
Os CAs, DAs e DCEs desenvolvem os estudantes por meio de
eventos, enquanto lutam por uma vida acadêmica melhor;
O LabX, da Fundação Estudar, permite que os jovens se
desenvolvam organizando e ministrando um programa de
liderança para outros jovens;
As Atléticas desenvolvem as pessoas através dos esportes (e
às vezes festas);
IEEE é um grupo com foco em tecnologia e engenharia.
Busque saber quais desses ou outros grupos estão presentes na
sua universidade e escolha pelo menos um para participar e se
dedicar. É sem dúvida uma excelente maneira de conhecer gente
nova, fazer amigos, fortalecer o network, aprender, adquirir
experiência e quem sabe até conseguir uma futura indicação, afinal
uma boa parte de pessoas que participam desses grupos, amanhã
estarão estagiando em ótimas empresas. Lembra da regra que você
é a média das 5 pessoas com quem mais convive? Olha aqui uma
oportunidade de começar a montar esse círculo de amigos.
Contudo, de nada adianta participar dessas organizações apenas
para colocar no currículo. Os entrevistadores são espertos e já
cruzaram com muitos jovens que participam desses grupos apenas
para colocar no CV e impressionar. Lembre-se, o entrevistador quer
ver EXPERIÊNCIA e não que você foi um sanguessuga desses
grupos. Sua mentalidade tem que estar em dar, em se dedicar ao
máximo, em querer fazer o grupo se desenvolver. Na hora da
entrevista não adianta falar “Eu participei da empresa júnior da
minha faculdade”. O entrevistador vai querer saber detalhes, o que
você fez lá, o que aprendeu, como isso pode ser útil na empresa
dele.
Cursos
É lógico que quando falamos de experiência, na hora pensamos em
coisas mais práticas e mão na massa como as citadas acima, porém
ter alguns cursos no seu currículo pode fazê-lo se destacar muito
mais. A ideia não é te indicar cursos específicos, pois cada carreira
exige diferentes habilidades, porém vamos te ajudar a achar esses
cursos.
Uma boa pedida para descobrir bons cursos é dar aquela stalkeada
no Linkedin de pessoas que trabalham na área que você deseja e
ver se eles colocaram algum curso que fizeram lá. Outro caminho
útil para descobrir bons cursos é conversar com professores sobre o
que eles acham que o curso não cobre e que você poderia se
aprofundar. Outra ideia é conversar com amigos que trabalham em
empresas que te interessam e ver se recomendam algo.
Além de adquirir mais conhecimento, cursos presenciais podem ser
uma excelente forma de construir network mais qualificado, pois
quem está fazendo cursos por fora geralmente são pessoas ou que
já trabalham ou que possuem ambições semelhantes às suas. Este
tipo de network costuma ser muito mais poderoso que apenas
amigos da universidade, pois pessoas que participam dos mesmos
cursos que você, demonstram interesses profissionais semelhantes
e se enquadram na Teoria dos Laços Fracos que discutimos no
capítulo sobre indicação.
Contudo, de modo algum devemos subestimar os cursos online, que
possuem diversas vantagens: Primeiro porque geralmente são mais
baratos que cursos presenciais, além de ter excelentes cursos que
são de graça; Segundo que são mais fáceis de fazer para quem tem
uma rotina corrida, já que você pode acessá-los a qualquer hora;
Terceiro que uma boa parte deles ficam disponíveis para sempre,
facilitando a revisão de conteúdo; Quarto que hoje em dia você
encontra cursos das melhores universidades do mundo como
Harvard e MIT de graça na web; Quinto, com dedicação você
consegue acabar um curso online em poucos dias e já colocá-lo no
currículo.
Abaixo estão alguns dos maiores, melhores e mais conhecidos sites
nos quais você encontra alguns cursos. Os que são gratuitos são:
Edx (www.edx.org/) – Você pode fazer aulas de grandes
universidades do mundo, como Harvard – Cursos quase todos
em inglês;
Coursera (https://pt.coursera.org/) - Você pode fazer aulas de
outras grandes universidades do mundo, como Stanford – Tem
cursos em português, mas a maioria é em inglês;
Veduca (www.veduca.com.br/) – Você pode fazer aulas de
grandes universidades, tem bastante cursos em português;
CodeAcademy (www.codecademy.com/pt) - Você pode
aprender sobre programação.
Algumas opções pagas que valem a pena:
Udemy (www.udemy.com/) - Nesse site você pode procurar
por diversos cursos, dos mais diversos temas. A grande
vantagem é que geralmente os professores são pessoas da
prática e focam nisso, diferente dos cursos online de
universidades que acabam ficando mais no teórico.
Lynda (www.lynda.com/) - É uma plataforma de cursos, que o
LinkedIn comprou em 2015. Tem diversos cursos e você paga
uma assinatura mensal para ter acesso. Ter cursos na área de
negócios, liderança, gerenciamento de projetos, entre outras
coisas. Tem um período gratuito de 10 dias.
Udacity (https://br.udacity.com/) - A Udacity fornece cursos
mais ligados à área de TI. Mas ela tem um diferencial bastante
“satisfatório”. Os cursos são criados em parceria com
empresas como o Google, Facebook, Twitter, entre outros.
Então você aprende, com quem já fez muito.
2. Entenda o básico
Caso você não tenha nenhum conhecimento sobre o mundo de
negócios, é interessante buscar fazer alguns cursos como
“Introdução a Economia”, “Introdução a Administração” e
“Empreendedorismo”. Alunos de universidades públicas geralmente
podem puxar matérias de outros cursos, portanto veja se sua
universidade oferece estes cursos e tente pegar algum deles no
próximo período da universidade. Se você estuda em uma
universidade que não te permite puxar outras disciplinas, tente
conversar diretamente com o professor para ver a matéria como
aluno ouvinte.
Por fim, caso mesmo assim não seja possível fazer estas matérias
não se preocupe, você pode encontra-las, ou matérias semelhantes,
de graça nas plataformas de cursos online que já citamos.
Se quiser pegar pesado no assunto ao mesmo tempo em que treina
o inglês, recomendamos este curso da Wharton, uma das melhores
escolas de negócios do mundo, que está disponível gratuitamente
no Coursera. Você só paga se quiser certificado.
http://goo.gl/HNEYqH
Se preferir cursos em português, você encontra alguns cursos
também gratuitos no Veduca como Fundamentos da Administração
e Gestão de Projetos - www.veduca.com.br/
Outra forma de aprender, além dos cursos, são livros.
Recomendamos alguns abaixo:
O Verdadeiro Poder – Vicente Falconi: http://amzn.to/29Mlevu
Empresas Feitas Para Vencer – Jim Collins: http://amzn.to/2a9Ifgk
A Startup Enxuta – Eric Ries: http://amzn.to/29TpGHL
Abraços,
Jovem Padawan (seu nome)
--------------------------
Rebeca: PASSEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Rebeca: PASSEEEEIIIIIII
Rebeca: CHUPA RH!!!!!
Lucas: Aeeeee! Parabéns! Deu certo a entrevista então?
Sofia: Parabéns amiga! Sabia que você ia conseguir! Agora vamos
trabalhar juntas então?
Rebeca: Ei, como você sabe de que empresa estou falando? O
Lucas te contou né!
Rebeca: Sabia que não podia ficar contando as coisas pra você!
Lucas: Sorry =/
Rebeca: Ah, vc vai ver só, deixa eu começar a contar seus segredos
pros outros
Sofia: Então estão cheio de segredinhos mesmo né hahahaha
Rebeca: Cala a boca Sofia kkkkkk
Sofia: Ta bom, mas conta aí como foi?
Rebeca: Eu tive uma entrevista com o gerente da área que eu
queria e que tinha encontrado no Linkedin, conversamos e ele disse
que adorou meu perfil e não entendia como havia sido reprovada e
disse que ia conversar com o pessoal do RH. Dois dias depois ele
me ligou e disse que o RH cometeu um erro e que eu havia sido
aprovada sim! Parece que na hora de mandar o e-mail de
aprovação enviaram para uma outra Rebeca! Acredita?!
Sofia: Mas e aí? Ele te chamou depois disso?
Rebeca: Como eu acabei perdendo a outra fase do processo
seletivo tive que fazer uma entrevista com o CFO da empresa, que é
o responsável por essa área.
Sofia: Nossa que foda!
Rebeca: Sim, aí conversei com ele e com o gerente que me
chamou. No outro dia me ligaram e disse que estava aprovada =)
Sofia: Nossa que bom! Vamos trabalhar juntas!!! Já imagino a gente
virando diretora!
Rebeca: Vamos mandar na porra toda kkkkkkkk
Lucas: E aí vão contratar minha empresa de consultoria
Sofia: hahaha, pode deixar!
Capítulo 11 – Resumindo
Estamos chegando ao fim da nossa jornada. Aproveitaremos este
último capítulo para fazer um resumo dos principais pontos e no final
dele revelarmos um pequeno segredo.
O resumo será feito no formato de tópicos para ser fácil de consultar
Capítulo 3: Currículo
Seu currículo precisa ter diferenciais
Melhores currículos são aqueles adaptados para cada vaga
Experiências várias pessoas têm, a questão é saber vendê-las
Se você não tem experiência no mercado de trabalho como se
vender? Atividades extracurriculares, esportes, matérias
interessantes na universidade, cursos online
Estrutura do currículo – ressaltar o que é mais importante para
aquela vaga em específico
Os 12 erros mais comuns nos currículos
Capítulo 6: Entrevistas
Stalkear a empresa no nível hard
Prepare a roupa no dia anterior. Se não souber como o
pessoal daquela empresa se veste prefira ir mais formal.
Lembre-se de cuidar da higiene, unha, cabelo, barba, etc.
Imprima três cópias do seu currículo
Treine seu pitch de apresentação
Treine para as perguntas mais comuns em entrevistas
PREPARAÇÃO
~FIM~
Agradecimentos
Primeiramente agradecemos ao Gabriel Pereira, que nos deu um
grande empurrão no começo deste projeto e que foi o responsável
por escrever uma boa parte do capítulo 2 deste livro.
Agradecemos a todos que aceitaram colaboram com algum
depoímento para este livro, seja como candidato, seja como
recrutador. Obrigado ao André Ferrira, Gabriel Araujo, José Júnior,
José Ronaldo Filho, Karimir Gorri, Leonardo Gomes, Luis dos Anjos
e Luis Vitor Mascarenhas.
Agradecemos também aos diversos recrutadores que aceitaram
conversar com a gente e contar mais sobre seu trabalho de seleção,
mas que preferiram não terem seus nomes citados devido a
políticas de suas empresas.
Agradecemos a Marisa pelas constantes revisões e toques finais
dados ao livro.
Agradecemos também nossas famílias pelo apoio incondicional. Por
fim agradecemos nossas companheiras, Rafaella e Beatriz, por todo
o apoio dado antes e durante esta empreita.
Sobre os Autores
Estag.io
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ainda mais no universo dos estágios e do mercado de trabalho,
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Abraços!
Uma última coisa...
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a diferença.
Lemos todos os comentários pessoalmente, então se tiver algo que
possamos melhorar, coloque lá também. Assim vamos melhorar nas
próximas versões.
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Obrigado!
[1]
Market Share é a fatia de mercado que cada empresa domina, por exemplo, a
Coca-Cola possui 42% do mercado de refrigerantes, enquanto a Pepsi possui
30% e outras empresas dividem os 28% restantes.
[2]
Nome trocado a pedido da pessoa.