Você está na página 1de 67

FACULDADE MERIDIONAL - IMED

ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO

LUCAS TEBALDI FERRÃO

HOSPITAL CARDIOLÓGICO SÃO LUCAS:


UNIDADE CARDIOLÓGICA DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO

Passo Fundo
2017
LUCAS TEBALDI FERRÃO

HOSPITAL CARDIOLÓGICO SÃO LUCAS:


UNIDADE CARDIOLÓGICA DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO

Relatório do Processo Metodológico de Concepção do


Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar de
Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo
da Faculdade Meridional - IMED, como requisito parcial
para a aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de
Curso I, sob orientação da Professora Mestre Mariana
Mattei.

Passo Fundo
2017
LUCAS TEBALDI FERRÃO

HOSPITAL CARDIOLÓGICO SÃO LUCAS:


UNIDADE CARDIOLÓGICA DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO

Banca Examinadora

Prof. Me. Mariana Mattei


Orientadora

Prof. Me. Amanda Schuler Bertini


Membro avaliador

Prof. Dra. Caliane Almeida


Membro avaliador

Passo Fundo
2017
RESUMO:
O presente trabalho propõe um projeto de hospital cardiológico que atenda a pacientes da rede
privada de Passo Fundo-RS, filiado ao Hospital São Vicente de Paulo. O projeto parte da
necessidade que a cidade tem de receber, diagnosticar e tratar um número expressivo de
pacientes cardiológicos, da defasagem considerável de leitos cardiológicos no citado hospital
e da ausência de estrutura adequada para isso. O projeto propõe a criação de um centro
hospitalar inteiramente planejado com vistas às necessidades da Cardiologia, construindo um
ambiente ideal para o acompanhamento dos pacientes cardiológicos, desde a prevenção, até o
tratamento definitivo das doenças cardiovasculares. O conceito do projeto é baseado no
próprio sistema circulatório, definindo os fluxos de forma organizada, a partir de um grande
átrio central. Em todo a elaboração do projeto, houve preocupação em priorizar a
humanização do atendimento, o conforto e a satisfação dos usuários.

PALAVRA CHAVE:
Arquitetura Hospitalar
Cardiologia
Inovação
ABSTRACT:
The presente paper proposes a project of cardiological hospital that serves private patients of
Passo Fundo-RS, affiliated to Hospital São Vicente de Paulo. The project starts from the need
that the city has to receive, diagnose and treat an expressive number of cardiological patients,
the considerable lag of cardiac beds in the mentioned hospital and the lack of adequate
structure for this. The project proposes the creation of a fully planned hospital with a view to
the needs of Cardiology, building an ideal environment for monitoring cardiology patients,
from prevention to definitive treatment of cardiovascular diseases. The concept of the project
is based on the circulatory system, defining flows in an organized way, from a large central
atrium. Throughout the elaboration of the project, there was concern in prioritizing the
humanization of service, comfort and user’s satisfaction.

KEYWORD:
Hospital Architecture
Cardiology
Innovation
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................3
1.1 Introduçao ao Capítulo .............................................................................................................3
1.2 Tema do Projeto .......................................................................................................................3
1.3 Justificativa e Relevância do Projeto ........................................................................................4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..........................................................................................6
2.1 Introdução ao Capítulo .............................................................................................................6
2.2.1 Breve Histórico .........................................................................................................6
2.2.2 Hospital cardiológico e suas particularidades ..........................................................7
2.2.3 Equipamentos mais utilizados em avaliações cardiológicas ....................................9
2.2.4 Conforto lumínico ....................................................................................................9
2.2.5 Conforto térmico ....................................................................................................12
2.2.6 Hotelaria .................................................................................................................14
2.2.7 Materiais e Revestimentos ......................................................................................16
2.3 Estudos de Caso ......................................................................................................................19
2.3.1 Hospital Cardiológico Hisham Ahager ...................................................................19
2.3.2 Hospital do Rocio ...................................................................................................21
2.3.3 Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul ......................................................26
3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ............................................................30
3.1 Introdução ao capítulo ............................................................................................................30
3.2 Contextualização regional ......................................................................................................30
3.3 Mapeamento dos Hospitais do Entorno .................................................................................31
3.4 Mapa Nolli ..............................................................................................................................32
3.5 Mapa do uso do solo ...............................................................................................................33
3.6 Mapa de alturas .......................................................................................................................34
3.7 Infraestrutura urbana .............................................................................................................35
3.7.1 Sistema Viário ........................................................................................................35
3.7.2 Transporte coletivo .................................................................................................36
3.7.3 Rede de energia ......................................................................................................37
3.7.4 Vegetações Urbanas ...............................................................................................38
3.7.5 Rede de esgoto ........................................................................................................39
3.7.6 Rede de água ...........................................................................................................39

1
3.7.7 Rede de água pluvial ...............................................................................................40
3.8 Características Específicas do Terreno ...................................................................................40
3.8.1 Skyline ....................................................................................................................42
3.9 Síntese de Legislações e Normativas ......................................................................................45
3.9.1 Plano diretor ...........................................................................................................45
4 CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS ......................................................................46
4.1 Introdução .................................................................................................................46
4.2 Conceito do Projeto ...................................................................................................46
4.3 Diretrizes de Arquitetura ...........................................................................................46
4.4 Diretrizes Urbanísticas ..............................................................................................46
5. PARTIDO GERAL.................................................................................................................47
5.1 Introdução .................................................................................................................47
5.2 Programa de Necessidades ........................................................................................47
5.3 Organograma .............................................................................................................54
5.4 Fluxograma ...............................................................................................................55
5.5 Zoneamento ...............................................................................................................56
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................59

2
CAPITULO 1: INTRODUÇÃO

1.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO

O tema da monografia é centrado nas informações necessárias para o desenvolvimento


de um centro de saúde, voltado à cardiologia na cidade de Passo Fundo-RS. Logo, seu
objetivo geral é criar um centro hospitalar de referência ao atendimento global de pacientes
cardiológicos adultos e idosos, da rede privada (particular e convênios), de Passo Fundo e
região, filiado à estrutura hospitalar do Hospital São Vicente de Paulo. Enquanto os objetivos
específicos são: a) projetar uma unidade de Pronto Atendimento especialmente estruturada
para a assistência as urgências e emergências cardiovasculares, organizando o fluxo dos
pacientes conforme a gravidade do quadro clínico; b) planejar um centro diagnóstico e de
medicina preventiva às doenças cardiovasculares; c) criar uma estrutura hospitalar de alto
padrão para o atendimento às diversas patologias do sistema cardiovascular, priorizando a
qualidade técnica da assistência prestada, a humanização do atendimento, o conforto e a
satisfação dos usuários e colaboradores e d) planejar um centro especializado em reabilitação
aos portadores de doenças cardiovasculares.

1.2 TEMA DO PROJETO

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam as doenças


cardiovasculares como a principal causa de óbito no mundo inteiro. E estima-se que 17,5
milhões de pessoas morrerão devido a estas patologias em 2012, representando 31% de todas
as mortes em nível global. Desses óbitos, estima-se que 7,4 milhões ocorram devido às
doenças coronarianas e 6,7 milhões devido às doenças cerebrovasculares. Mais de três quartos
das mortes por esse tipo de doença ocorre em países subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento, como o Brasil Ao passo que países desenvolvidos vêm experimentando
quedas nas estatísticas de mortalidade cardiovascular nas últimas décadas, reflexo de medidas
populacionais de controle de fatores de risco e do desenvolvimento de centros especializados
em tratamento cardiológico clínico e intervencionista (MANSUR, 2016).

3
No Brasil, 28% dos óbitos registrados nos últimos cinco anos são devido a doenças
cardiovasculares, esse número atinge 38% se consideradas apenas pessoas em idade produtiva
(18 a 65 anos), sendo o infarto agudo do miocárdio a principal causa isolada do óbitos entre
adultos no país (SIQUEIRA, 2017). Estima-se um número anual superior a quatro milhões de
atendimentos por dor torácica em unidades de pronto atendimento do Brasil (NICOLAU,
2014). Doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 1.137.575 internações
hospitalares no ano de 2012, sendo que a insuficiência cardíaca é a principal causa isolada de
internação no país (ALBUQUERQUE, 2014).
Da mesma forma, o impacto socioeconômico das doenças crônicas de origem
cardiovascular é crescente, sendo considerado um problema para a saúde pública em nível
mundial, uma vez que, além dos gastos diretos com consultas, medicamentos e internações,
gera significativo absenteísmo ao trabalho e elevado custo previdenciário, devido à
incapacidade laboral (SIQUEIRA, 2017).

1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO

Passo Fundo, cidade localizada na região norte do estado do Rio Grande do Sul,
possui, conforme estimativa do IBGE (2017), uma população de aproximadamente 199.000
habitantes (IBGE, 2017). É considerada polo em saúde, dispondo de várias clínicas e unidades
de saúde, nove centros hospitalares e atualmente três faculdades de Medicina. Faz parte da 6
CRS (Coordenadoria Regional de Saúde), sendo referência de outros 62 municípios para
atendimento de patologias de moderada e alta complexidade, com uma abrangência
populacional de cerca de 626.000 pessoas (6ª CRS, Passo Fundo).
Entre os hospitais da cidade, destaca-se a estrutura do Hospital São Vicente de Paulo,
que foi fundado em 1918. Hoje conta com mais de 600 leitos de internação e cerca de 800
médicos no corpo clínico. É reconhecido nacionalmente como terceiro centro de saúde do sul
do Brasil, possuindo um dos mais modernos centros de radiologia e radioterapia do país, o
único banco de tecidos musculoesqueléticos do Rio Grande do Sul e sendo destaque positivo
em diversas especialidades, como é o caso da cardiologia (Hospital São Vicente de Paulo,
2017).

4
O Departamento de Cardiologia do Hospital São Vicente de Paulo conta hoje com 58
médicos cardiologistas, além de um amplo programa de residência médica (em conjunto com
a Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS), dispondo de oitos médicos residentes em
cardiologia clínica, dois em cardiologia intervencionista, dois em ecocardiografia e um fellow
em arritmologia e eletrofisiologia invasiva (Hospital São Vicente de Paulo, 20170.
As Portarias de habilitação PT SAS/MS 404/06, 715/06, 719/06 e 302/07 do
Departamento de Assistência Ambulatorial e Hospitalar da Secretaria de Saúde do Estado do
Rio Grande do Sul, definem o Hospital São Vicente de Paulo como referência de alta
complexidade em cardiologia para toda a macrorregião norte; formada pelas 6 ª, 11 ª, 15 ª e
19ª coordenadorias regionais de saúde, abrangendo um contingente populacional de 1.168.334
pessoas.
Apesar de contar com estrutura humana abundante e qualificada, como descrito acima, o
Hospital São Vicente de Paulo não conta, hoje, com uma estrutura física capaz de atender de
forma adequada a todo esse contingente populacional. O setor de emergência passou
recentemente por ampliação, mas persiste com problema de superlotação, com uma média de
duzentos atendimentos diários, o que gera atrasos no atendimento dos pacientes cardiológicos,
que necessitam de assistência imediata. Da mesma forma, o hospital conta atualmente com
apenas uma unidade tratamento intensivo cardiológico com dez leitos; número muito
defasado em relação ao número de pacientes cardiopatas atendidos na instituição,
prejudicando a qualidade da assistência prestada. Além disso, no atual sistema de internação,
não há leitos de enfermaria reservados para a especialidade, sendo frequente a queixa de
carência de leitos por parte dos cardiologistas, principalmente para pacientes de convênios e
particulares.
Diante do exposto e, visando qualificar e humanizar o atendimento aos pacientes
cardiológicos, propõe-se a criação de um centro hospitalar privado, especializado em
cardiologia (clínica e intervencionista), filiado ao Hospital São Vicente de Paulo, na cidade de
Passo Fundo.

5
CAPITULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO

Nesta parte será apresentada a revisão de literatura que apresenta os principais


assuntos pertinentes à compreensão do tema escolhido para o projeto. Assim, são
apresentados os seguintes assuntos: Resolução – RDC no 50, de 21 de fevereiro de 2002,
breve relato histórico da Cardiologia, particularidades do hospital cardiológico, conforto
lumínico, conforto térmico, materiais e revestimentos.

2.2.1 BREVE HISTÓRICO

O interesse do ser humano pelo estudo do coração e do sistema circulatório é tão


remoto quanto seu conceito de humanidade. Há registros de documentos tentando decifrar a
mecânica circulatória do corpo humano no Egito Antigo (3000 A.C.) (MASCIARELLI,
2007). Na Grécia Clássica, tais conhecimentos tomaram forma sob a luz do pensamento
lógico e da observação clínica; sob a óptica dos filósofos gregos, o coração seria o órgão com
mais importância para o perfeito funcionamento do corpo humano e seu adoecimento geraria
uma incompatibilidade com a vida (MASCIARELLI, 2007).

As intensas transformações socioeconômicas experimentadas a partir do século XIX,


fizeram a incidência de doenças cardiovasculares aumentar de forma muito expressiva,
superando as patologias infecciosas como principal causa de morbi-mortalidade no mundo
(MASCIARELLI, 2007). Nesse contexto, o estudo da Cardiologia ganhou grande interesse
clínico e políticas de saúde voltadas para essa nova realidade. Surgiram por todo o mundo,
visando o conhecimento e o controle dos fatores de risco cardiovascular e o surgimento de
tecnologia apropriada para diagnóstico e tratamento dessas patologias (MASCIARELLI,
2007). Dessa forma, foram criados os primeiros centros hospitalares especializados em
cardiologia (MASCIARELLI, 2007).

6
No Brasil, até o início do século XX, eram quatro áreas básicas na medicina: Clínica,
Obstetrícia, Cirurgia e Pediatria (CELENO, 1998). Na década de 1920, a Cardiologia, em
virtude do seu desenvolvimento e complexidade crescente, separou-se em definitivo da
Clínica Médica, passando a constituir especialidade autônoma e bem definida (CELENO,
1998). Somente no ano de 1943, os alunos do 3º Curso do Serviço de Cardiologia do Hospital
Municipal de São Paulo, chefiado por Dante Pazzanese, fundaram a "Sociedade Brasileira de
Cardiologia", a quinta sociedade nacional do continente americano e a décima terceira no
mundo; que, desde então, congregou e conduziu os cardiologistas do Brasil (CELENO, 1998).

No Rio Grande do Sul, a origem e o desenvolvimento da cardiologia está intimamente


correlacionada à criação e ao desenvolvimento do Instituto de Cardiologia, partir de 1946.
Desde então, o hospital desenvolveu-se nas áreas de assistência clínica e pesquisa, sendo
ainda hoje a maior referência do estado no atendimento terciário de pacientes cardiológicos
(SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 2005).

Já na cidade de Passo Fundo, conforme Grigoletti (2007), o primeiro hospital foi


criado em 1910, chamado de Hospital de Caridade, e gerenciado por poderes locais (maçons,
católicos e protestantes). Em 1918, por diferenças ideológicas, foi criado o Hospital São
Vicente de Paulo, gerenciado somente por católicos (GRIGOLETTI, 2007). Desde então,
muitos outros centros hospitalares foram surgindo na cidade devido ao, já estigmatizado,
título de polo em saúde. Inclusive com o desenvolvimento de estruturas hospitalares voltadas
ao atendimento especializado, como o caso da ortopedia, da oftalmologia e da psiquiatria. O
atendimento cardiológico. No entanto, mantem-se atrelado aos hospitais generalistas.

2.2.2 HOSPITAL CARDIOLÓGICO E SUAS PARTICULARIDADES:

Segundo o Ministério da Saúde (1977):

Hospital é parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica
consiste em proporcionar à população assistência médica integral, curativa e
preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar,
constituindo-se também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e
de pesquisas em saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe
supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados
tecnicamente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1977, p.11).

Ronald Góes (2010) fez um estudo no fluxo de uma clínica cardiológica que se
assemelha com o fluxo do hospital cardiológico proposto. As principais diferenças entre um
hospital generalista e um hospital cardiológico são estabelecidas ao nível operacional, no

7
atendimento seleto e planos de saúde, na melhora dos procedimentos e sofisticação de
equipamentos (GÓES, 2010).

Ainda conforme Ronald Góes (2010), as diferenças na parte estrutural se estabelecem


nos fluxos bem resolvidos, na organização dos ambientes internos, na sofisticação do
mobiliário, no conforto térmico e na integração com o espaço urbano. Tais características da
parte estrutural deveriam ser encontradas na rede privada quanto nas unidades públicas de
saúde; o que não é viável diante da organização social e econômica vigente no Brasil (GÓES,
2010). A imagem 01 exemplifica a estrutura de uma clínica cardiológica através de seu
fluxograma.

Imagem 01: Fluxograma.

Fonte: Manual prático de arquitetura para clínicas e laboratórios

8
2.2.3 EQUIPAMENTOS MAIS UTILIZADOS EM AVALIAÇÕES CARDIOLÓGICAS:

A cardiologia, enquanto especialidade médica, ocupa-se de muitos equipamentos


específicos, entre eles destacam-se: ecocardiógrafo, eletrocardiógrafo, balança
antropométrica, bicicleta e esteira ergométricas, computadores com programas de avaliação
cardiológica, esfigmomanômetro de pedestal, desfibrilador, negatoscópio, exames de
estimulação transesofágica, fluoroscopia e avaliação de marcapasso; além de estrutura
especialmente adaptada de ambulatórios, enfermarias, unidades intensivas e salas cirúrgicas
(GÓES, 2010).

2.2.4 CONFORTO LUMÍNICO

O ser humano inicia seu desenvolvimento ao entrar em contato contínuo com a


iluminação natural (ARCOLINI, 2016). Em hospitais e outros ambientes voltados para o
atendimento em saúde, torna-se extremamente necessário que os mesmos sejam limpos,
arejados, dotados de boa iluminação (natural e/ou artificial), além de proporcionar bem-estar e
tranquilidade aos pacientes e demais usuários (GÓES, 2010). Espaços hospitalares
confortáveis e agradáveis, incontestavelmente, interferem beneficamente no processo de cura
dos pacientes e contribuem com o melhor desempenho dos funcionários (GÓES, 2010). A
iluminação tem um dos papeis mais importantes para tornar realidade estas necessidades ditas
acima (GÓES, 2010).

Ainda que um cômodo seja extremamente funcional, como é o caso do ambiente


hospital, não se pode projetar a luz de um espaço pensando apenas nas tarefas visuais
(TREGENZA, PETER, 2015). O desenvolvimento de um projeto lumínico deve contemplar
igualmente o caráter e as necessidades do local, as sensações por ele despertadas e a bagagem
sentimental que ele gera nos usuários (TREGENZA, PETER, 2015). É necessário reestudar as
temperaturas de cor necessária para cada cômodo de um hospital, pois sabidamente ambientes
com luz fria “branca azulada” provocam inquietação e irritação, enquanto o tom de luz quente
“amarela”, cria uma atmosfera aconchegante e de relaxamento (GÓES, 2010).

9
No Brasil, a legislação para projetos de iluminação em ambientes hospitalares refere-
se à Norma 5413, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que dispõe que a
iluminância é o limite do fluxo luminoso que entra em contato com a superfície. Na tabela 01,
encontra-se o índice de iluminância (em lux), por tipo de atividade. Para cada local ou
atividade, três iluminâncias são indicadas, o valor recomendado deve ser determinado
considerando:

a) utilizar o valor intermediário de iluminância para todos os casos; b) utilizar o maior


valor das três iluminâncias quando refletância e contraste estejam baixos; o ambiente exija
trabalho visual crítico, exista alta produtividade e/ou precisão ou a capacidade visual do
observador esteja abaixo da média; e c) utilizar o valor mais baixo das três iluminâncias
quando refletâncias ou contrastes estejam altos; ambientes que exijam baixa velocidade e/ou
precisão, tarefa executada ocasionalmente (NBR 5413, 1982).

Tabela 01: Iluminância em hospitais conforme NBR 5413/1982

Iluminância em Hospitais LUX LUX LUX

Sala médicos ou enfermarias

geral 100 150 200

mesa de trabalho 300 500 750

quarto de preparação 150 200 300

arquivo 100 150 200

FARMÁCIA

geral 150 150 300

mesa de trabalho 300 500 750

PRONTO-SOCORRO

pronto-socorro 300 500 750

AUTÓPSIAS

geral 300 500 750

depósito de cadáveres 100 150 200

TERAPIA

física 150 200 300

aplicada 150 200 300

TRABALHO COM RADIOISÓTOPOS

10
laboratório radioquímico 300 300 750

salão de medidas 150 200 300

mesa de trabalho 300 500 750

DISPENSÁRIO

geral 100 150 200

mesa 300 500 750

depósito de medicamentos 100 150 300

RAIO-X

radiografias, fluoroscopia e câmara 100 150 200

radioterapia profunda e superficial 100 150 200

exames de provas 150 200 300

arquivos de filmes revelados 150 200 300

estocarem de filmes 100 150 200

DEPARTAMENTO CIRÚRGICO

sala de operação (iluminação geral) 300 500 750

sala de esterilização 300 500 750

BANHEIROS

geral 100 150 200

espelhos iluminação 200 200 500

LABORATÓRIOS DE ANÁLISE

sala de pesquisa 150 200 300

mesa de trabalho 300 500 750

SALA DE DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICAS

geral 150 200 300

mesa de diagnóstico 300 500 750

BIBLIOTECA 300 500 750

CORREDORES E ESCADAS 75 100 150

COZINHAS 150 150 300

LAVABOS 100 150 200

ESCRITÓRIOS 750 1000 1500

Fonte: NBR 5413/1982

(Adaptada pelo autor)

11
2.2.5 CONFORTO TÉRMICO

O hospital é o local onde se reestabelece a saúde, sendo assim, seus ambientes


necessitam estar termicamente adequados e confortáveis (COMIRAN, 2014). Na proposta da
economia de energia e preservação do meio ambiente, encontra-se a necessidade de estudar o
conforto térmico das edificações hospitalares, afim de estabelecer uma arquitetura com
desenvolvimento sustentável e ambientes aptos para o desenvolvimento humano (COMIRAN,
2014). O arquiteto Lelé ressalta que “ninguém se cura somente da dor física, tem de curar a
dor espiritual também” (LUKIANTCHUKI, 2010), os aspectos físicos do ambiente e entorno
tem, portanto, impacto na recuperação global do paciente.

A arquitetura deve servir ao homem e ao seu conforto, o que abrange o seu conforto
térmico. O homem tem melhores condições de vida e de saúde quando seu
organismo pode funcionar sem ser submetido a fadiga ou estresse, inclusive térmico.
A arquitetura, como uma de suas funções, deve oferecer condições térmicas
compatíveis ao conforto térmico humano no interior dos edifícios, sejam quais
forem as condições climáticas externas (FROTA, 2001).

As condições de conforto térmico de um espaço são influenciadas por diversos fatores,


a se destacar: os mecanismos de equilíbrio térmico, os modos de transferência de calor, as
condições climáticas e de atividade. Além disso, é importante analisar fatores individuais,
relacionados às pessoas que utilizam o ambiente, como a interferência dos hábitos alimentares
sobre o metabolismo basal, idade, sexo, constituição corporal, estado de saúde e vestuário
(LIMEIRA, 2006).

Soluções bioclimáticas da arquitetura moderna e seu impacto do conforto no contexto


hospitalar foram abordados por Mascarello (2005). Com base no relato de pacientes e
funcionários, observou-se que a construção se beneficia da orientação solar, elementos
estruturais, ventilação cruzada, permeabilidade e iluminação natural, concluindo que os
princípios da arquitetura moderna e o conforto hospitalar são possíveis e compatíveis com a
eficiência energética (MASCARELLO, 2005).

12
Na atualidade encontrasse duas normas brasileiras voltadas ao desempenho térmico de
edificações: a NBR 15.220 (2005) e a NBR 15.575 (2013). Nenhuma das duas, no entanto, as
dispõe sobre as edificações destinadas ao atendimento hospitalar. A NBR 15.220, de 2005,
trata do desempenho térmico das edificações unifamiliares de interesse social, aqui encontra-
se os métodos de cálculo da transmitância térmica, capacidade térmica, atraso térmico, fator
solar de elementos, zoneamento bioclimático brasileiro, diretrizes construtivas para
habitações de interesse social, métodos para medição da resistência e condutividade térmica
(NBR 15.220, 2005). Já a NBR 15.575, de 2013, trata do desempenho de edificações
habitacionais e foi definida com o intuito de atender às exigências dos ocupantes, tendo como
princípio incentivar o desenvolvimento tecnológico orientando a avaliação da eficiência
técnica e econômica e gerando a globalização dos sistemas que compõem as edificações
(NBR 15.575, 2013).

A cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, localiza-se na zona bioclimática nº 2,


como visto na figura 02, adaptada da NBR 15.220-3, de 2003. As recomendações construtivas
para esta área são: adoção de aberturas com dimensões médias que preferencialmente
contenham sombreamento no verão e permitam a incidência solar no inverno; utilização de
ventilação cruzada, paredes e coberturas com matérias de baixa inércia térmica e utilização de
isolantes térmicos nas coberturas (NBR 15.220-3, 2003). Nos períodos mais frios do ano, o
condicionamento passivo dos ambientes não é suficiente para manter a sensação térmica
agradável (NBR 15.220-3, 2003).

Como visto anteriormente na norma NBR 15.220-3, de 2003, nos meses mais frios do
ano será necessário utilizar aparelhos de ar-condicionado para readequar a sensação térmica
para cada uso. A norma ABNT NBR 7256, de 2005, determina os requisitos necessários para a
instalação e funcionamento do sistema de tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais
de saúde, que devem ter sendo a manutenção periódica e seguir um rigoroso padrão de
funcionamento (NBR 7256, 2005).

13
[...] quanto mais se fecha o ambiente, não deixando as bactérias de fora entrarem,
mais se propicia o fortalecimento das que estão lá dentro. [...] O ar-condicionado,
portanto, não é bom. É lógico que existem sistemas de esterilização do ar, mas tudo
isso vai encarecendo, e às vezes eles não são eficientes porque exigem uma
manutenção maior. Resumindo: defender iluminação e ventilação naturais não é só
por esse aspecto da economia de energia, não é só para tornar o ambiente mais
natural, mais humano, mas, no caso do hospital, também é para proteger contra a
infecção hospitalar (MENEZES, 2004, p. 69).

Figura 02: Zoneamento bioclimática brasileiro.

Fonte: NBR 15.220-3 (2003)12.

2.2.6 HOTELARIA

A arquitetura hospitalar deve ser encarada não somente pela beleza de suas formas ou
o repertório arquitetônico adotado, mas, principalmente, por sua capacidade de atender as
demandas funcionais, dimensionais e de infraestrutura dos procedimentos terapêuticos e de
apoio, bem como, ao conforto físico e psicológico dos usuários do edifício hospitalar (GOES,
2010).

14
É comum encontrar ambientes hospitalares com espaços inóspitos e desumanos,
gerados pela falta de recursos, direcionados a aquisição de equipamentos, cada vez mais
tecnológicos e consequentemente mais onerosos (COMIRAN, 2014). Na contrapartida da
desumanização proporcionada pela predileção pela alta tecnologia, novos sistemas
administrativos hospitalares estão sendo propostos, onde o atendimento hospitalar vêm sendo
redefinido com humanização e uma nova proposta de hotelaria hospitalar (COMIRAN, 2014).

A função do hospital não é apenas curativa, mas envolve atendimento à comunidade,


prevenção, acolhimento, conforto e bem-estar aos usuários, aproximando sua
estrutura a de um hotel. A hotelaria hospitalar busca desmistificar a frieza e a falta de
identidade dos clientes e colaboradores com a instituição. “Os pacientes são vistos
como hóspedes enfermos [...] requerem atenção especial, conciliando a saúde e o ato
de hospedar bem, tornando o ambiente mais acolhedor para a família e o paciente,
humanizando o ambiente e o seu atendimento (GUIMARÃES, 2007)” .

Nesse sentido, se insere a importância da hotelaria hospitalar, que busca desmistificar


a frieza e a falta de identidade dos clientes e colaboradores com a instituição (COMIRAN,
2014). O papel do arquiteto nesse contexto é o de projetar ambientes que desviem o foco do
paciente de sua doença, proporcionando conforto, privacidade e, quando possível, alguma
atividade de lazer e descontração. Da mesma forma, estabelecer uma rede de insumos e infra-
estrutura logística para cuidadores e familiares, a se destacar, restaurantes, centro bancário e
algumas atividades comerciais.

15
2.2.7 MATERIAIS E REVESTIMENTOS

Os ambientes hospitalares diferem de outras contruções por apresentar áreas críticas e


semicríticas (RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002). As áreas críticas são ambientes que contêm
grande risco na transmissão de infecções, onde é realizado procedimentos de risco ou onde há
permanência de pacientes imunodeprimidos, enquanto as áreas semicríticas são todos os
compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade
e doenças não infecciosas (RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002).

Os acabamentos de paredes, pisos, tetos e bancadas devem seguir padrões citados na


RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, de 2002. Em áreas críticas e semicríticas devesse sempre utilizar
preferencialmente materiais com acabamento que torne a superfície monolíticas, tendo o
menor número possível de ranhuras ou frestas, mesmo com constante limpeza e utilização de
produtos químicos (RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002). A limpeza dos mesmos deve seguir os
requisitos de limpeza e sanitização contidas no manual da Anvisa - Processamento de Artigos
e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde segunda edição, Ministério da Saúde /
Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, de 1994.

No piso o revestimento vinílico é uma das opções mais indicadas. Este revestimento é
encontrado em inúmeros formatos e tamanhos, muito útil, por exemplo, em áreas críticas,
onde existe a necessidade da superfície não ter emendas (KHOURI, 2010). Neste caso é
utilizado o piso vinílico em manta, cuja instalação soldada transforma a superfície em piso
monolítico (KHOURI, 2010). Atualmente, o maior desafio encontrado no momento da
escolha dos revestimentos é a sua correta aplicação, cabendo ao arquiteto conhecer as normas
e determinar o material mais adequado conforme as atividades realizadas em cada ambiente,
considerando fluxo operacional, equipamentos, serviços e circulação de cada espaço
(RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002).

Todos os materiais, cerâmicos ou não, quando empregados em áreas críticas, não


poderão contém absorção de líquidos superior a 4% e, quando presentes, os rejuntes também
devem respeitar este índice (RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002). Só será aceita a utilização de
cimento para rejunte de peças em paredes e pisos das áreas criticas se houver adição de
materiais anti-absorventes em sua formulação (RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002).

16
A Imagem 03 descreve as características de alguns revestimentos utilizados em áreas
semicríticas (SOARES, 2009).

Imagem 03: Especificações de revestimentos.

Fonte: (SAYEGH, 2007).

Quanto à pintura, as tintas utilizadas nas aéreas críticas devem ser elaboradas a base
de epoxi, poliuretano, PVC ou outras destinadas a áreas molhadas (RESOLUÇÃO-RDC Nº
50, 2002). A aplicação não deve ser realizada com pincel e as mesmas podem ser utilizadas no
teto, paredes e pisos, devendo resistir a contínua lavagem e uso de desinfetantes
(RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002). Ao serem utilizadas no piso, devem resistir a abrasão e os
impactos provenientes do uso (RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002).

Nos acabamentos, a junção entre o rodapé e o piso deve permitir uma completa
limpeza do ângulo formado. Na união entre o rodapé e parede os mesmos devem ser
alinhados, não existindo o tradicional ressalto, que proporciona acúmulo de pó e dificulta a
limpeza (RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002). Dessa maneira, o material mais indicado para se
utilizar como rodapé seria o piso vinílico, pois o próprio piso ao entrar em contato com a
parede formaria um rodapé arredondado como pode ser visto na imagem 4.

17
Imagem 04: Rodapé Hospital São Vicente, Passo fundo.

Fonte: Autor (2017).

O fechamento de forro das áreas críticas deve ser contínuo, especialmente em


ambientes destinados à realização de procedimentos cirúrgicos ou similares, tornando
proibido a utilização de forros removíveis, que interfiram na assepsia dos ambientes
(RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002). Em áreas semicríticas pode-se utilizar forros removíveis
desde que os mesmos resistam aos constantes processos de limpeza, descontaminação e
desinfecção (RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002). É interessante utilizar este sistema de forro
removível por serem de fácil manutenção (RESOLUÇÃO-RDC Nº 50, 2002).

18
2.3 ESTUDO DE CASO

2.3.1 HOSPITAL CARDIOLÓGICO HISHAM A. ALSAGER

Arquitetos - AGi Architects

Localização - Sabah Medical Region, Kuwait

Arquitetos Responsáveis - Nasser B. Abulhasan, Joaquin Pérez-Goicoechea

Área - 15000.0 m2

Ano do projeto - 2015

IMPLANTAÇÃO:

Com a ideia de integrar paciente, arquitetura e o entorno. O primeiro fator a ser


observado foi a parte externa do edifício, tendo isto em mente ao realizar o estudo da
volumetria não foi levado em consideração o fator hospital (volumes contidos meramente
funcionais) e sim um tratamento mais sócio-cultural voltado para o bem estar dos pacientes.
Para o revestimento externo de todo o edifício foi utilizado uma pedra local, gerando um
vinculo com a população trazendo uma identidade natural retirando o aspecto de hospital
como um ambiente frio. Além disso este material contem proteção necessária para enfrentar
as severas condições climáticas do país, priorizando a sustentabilidade e baixos custos de
manutenção (ArchDaily, 2016).

Imagem 05: Implantação Hospital Hisham. Imagem 06: Academia Hospital Hisham.

Autor: Nelson Garrido Autor: Nelson Garrido

Fonte: ArchDaily Fonte: ArchDaily

19
PROGRAMA DE NECESSIDADES:

Tabela 02: Áreas, dimensões e mobiliário - Hospital cardiológico Hisham

Área Dimensões Mobiliário essencial


(em m²)
Pavimento térreo
Recepção geral 253m² bancos, bancada
Clinica 597m² bancos, bancada
Banheiro funcionários 12m² Equipamentos sanotários
Estar médico 12m² Duas camas, armário, bancada, sofá
Enfermaria 19m² Bancada, cadeiras, mesa
Sala de espera 26m² bancos, poltronas, bancada
Capela 9m² Bancos
Sala de emergencia 80m² leitos macas, bancadas, poltronas
Vestiário 15m² Armários, bancos
Academia 165m² mobiliario academia
Eletroterapia 13m² Maca, cadeira, poltrona, mesa, balança,
equipamentos hospitalares
PCD Masculino 8m² Equipamentos sanitários
PCD Feminino 8m² Equipamentos sanitários
Telemetria 14m² Maca, cadeira, poltrona, mesa, balança,
equipamentos hospitalares

Primeiro Pavimento
Entrada principal 23m² ———————————————-
Hall 165m² bancos, bancada, poltronas
Sala de Segurança 17m² cadeira, bancada
Cafeteria 104m² bancos, bancada
Sala de espera 51m² poltronas
Auditório 153m² Poltronas
Dispensário 88m² armários

20
Salas de consulta 17m² Maca, cadeira, poltrona, mesa, balança,
equipamentos hospitalares
Déposito 20m² armários
PCD Funcionários 18m² Equipamentos sanotários
Capela 24m² Bancos
Enfermaria 60m² Bancada, cadeiras, mesa
Escritório 52m² Bancada, cadeiras, mesa
Sala de pacientes 20m² Maca, cadeira, poltrona, mesa, balança,
equipamentos hospitalares
PCD feminino 26m² Equipamentos sanotários
PCD masculino 26m² Equipamentos sanotários
Sala de espera 231m² poltronas
Laboratórios 78m² Bancada, cadeiras, mesa
Sala de observação 41m² Maca, cadeira, poltrona, mesa
Raio - X 46m² Maca, cadeira, poltrona, mesa
ECG 78m² Maca, cadeira, poltrona, mesa
Ecostress 65m² Maca, cadeira, poltrona, mesa
Sala holter 68m² Maca, cadeira, poltrona, mesa
Diretoria 152m² Bancada, cadeiras, mesa

Fonte: Autor (2017).

FUNCIONALIDADE E FORMA:

Para a elaboração deste projeto se levou em consideração o esquema anatômico do


coração e seu funcionamento em conjunto com o corpo humano. O coração é a cavidade
central do sistema gerando o bombeamento do sangue. Deste modo o coração é encontrado
neste projeto sendo o grande átrio central do prédio, como pode-se observar na figura 1 e 2 ,
que contém um pé-direito triplo onde se localizam as salas de espera e a circulação, um local
amplo com grande iluminação natural e contendo uma paleta de cor bem específica para se
remeter ainda mais a ideia de estar na parte interna de um coração (ArchDaily, 2016).

21
Imagem 07: Vista interna - Hospital Hisham Imagem 08: Vista interna - Hospital Hisham

Autor: Nelson Garrido Autor: Nelson Garrido

Fonte: ArchDaily Fonte: ArchDaily

2.3.2 HOSPITAL DO ROCIO

Arquitetos - Manoel Coelho Arquitetura e Design

Localização - Campo Largo - Paraná, Brasil

Arquitetos Responsáveis - Manoel Coelho, Antonio Abrão

Área - 55300.0 m2

Ano do projeto - 2014

IMPLANTAÇÃO:

O conceito deste projeto buscou a qualificação na setorização e nos fluxos hospitalar,


levando em consideração a qualificação e a humanização dos ambientes internos, criando uma
melhor atendimento, permanecia e recuperação dos pacientes. Na implantação, o hospital
considerou utilizar intensamente a iluminação natural e relacionar ao máximo os ambientes
internos com o exterior do edifício. Além dessas visuais externas também se propôs 5 mil
metros de lajes jardins que valorizam as circulações internas e visuais dos ambientes de
trabalho e internamento (ArchDaily, 2017).

22
Imagem 09: Implantação Hospital do Rocio Imagem 10: Volumetria externa

Autor: Nelson Kon Autor: Nelson Kon

Fonte: ArchDaily Fonte: ArchDaily

Imagem 11: Volumetria externa

Autor: Nelson Kon

Fonte: ArchDaily

PROGRAMA DE NECESSIDADES:

Tabela 03: Áreas, dimensões e mobiliário - Hospital do Rocio

Área Dimensões Mobiliário essencial


(em m²)
Pavimento térreo
Recepção geral 434m² bancos, bancada
Café 133m² bancos, bancada
Recepção imagem e 284m² Poltronas
diagnostico

23
Recepção enfermarias 337m² Poltronas
Recepção pronto socorro 300m² Poltronas
Recepção UTI 576m² leitos macas, bancadas, poltronas
UTI 1 geral 1.145m² leitos macas, bancadas, poltronas
UTI 2 geral 1.145m² leitos macas, bancadas, poltronas
UTI 3 geral 1.145m² leitos macas, bancadas, poltronas
UTI coronariana 1.010m² leitos macas, bancadas, poltronas
Estar médico UTI's 147m² Duas camas, armário, bancada, sofá
UTI pediátrica 261m² encubadoras, bancadas, poltronas
UTI neonatal 389m² encubadoras, bancadas, poltronas
Centro cirúrgico 1.875m² Maca, cadeira, poltrona, mesa,
balança, equipamentos hospitalares
Farmácia 88m² Mobiliário farmácia armários,
cadeiras, bancadas
Cozinha 147m² Mobiliário cozinha, mesas, cadeiras,
bancadas
Refeitório 398m² Mobiliário cozinha, mesas, cadeiras,
bancadas
Ambulâncias 210m² ———————————————-
Pronto socorro 795m² Macas, bancadas, poltronas
Centro imagem - 53m² Maca, bancada, cadeira, poltrona
Diagnostico
Centro de materiais 101m² Macas, maquinas de esterilização
esterilizados
Jardins - Área total 789m² ———————————————-
Primeiro pavimento
Foyer 516m² ———————————————-
Auditório 290m² Poltronas
Suítes 39m² Duas camas, poltronas, armário,
bancada
Nutrição parenteral 100m² Bancadas, geladeira, equipamentos
cozinha
Laboratório 208m² Bancada, cadeiras, mesa
Enfermaria ala B - total 1.145m² Bancada, cadeiras, mesa

24
Enfermaria ala C - total 1.145m² Bancada, cadeiras, mesa
Enfermaria ala D - total 1.145m² Bancada, cadeiras, mesa
Enfermaria ala E - total 1.000m² Bancada, cadeiras, mesa
Área técnica - total 1.430m² ———————————————-
Depósito 98m² Armarios
Laje jardin - total 4.080m² ———————————————-
Segundo pavimento
Foyer 524m² ———————————————-
Auditório 517m² Poltronas
Direção 699m² Bancada, cadeiras, mesa
Estar médico 275m² Duas camas, armário, bancada, sofá
Faturamento 422m² Bancada, cadeiras, mesa
Espaço académico 699m² Mesas, cadeiras, bancadas
Lactário 73m² Mobiliário cozinha, mesas, cadeiras,
bancadas
Almoxarifado 423m² Armarios
Enfermarias B - total 1.145m² Bancada, cadeiras, mesa
Enfermarias C - total 1.145m² Bancada, cadeiras, mesa
Enfermarias D - total 1.145m² Bancada, cadeiras, mesa
Enfermarias E - total 1.000m² Bancada, cadeiras, mesa

Fonte: Autor (2017).

FUNCIONALIDADE:

O projeto se estrutura a partir de duas circulações paralelas, que cortam o complexo


dividindo e organizando as circulações de público, serviços, médicos e funcionários
separadamente. O projeto teve principal foco na setorização e controle de fluxos, entradas
independentes distribuem os usuários para todos os setores do hospital, com áreas de recepção
e salas de espera. 

25
FORMA:

Volume se configura em um grande bloco com subtrações a partir do segundo


pavimento . Todos os blocos se interligam através deste bloco inferior com estes recuos em
cobertura de laje jardim com visual para um bosque existente no terreno.

2.3.3 INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL

Localização - Porto Alegre - Rio Grande do Sul, Brasil


Área aproximada - 55300.0 m2
Ano do projeto - 1946

O Instituto de Cardiologia foi construído em 1946, não foi encontrado informações


sobre quem o projetou e suas plantas, não estão disponíveis para o público. Porém, foi levado
em consideração o fato de ter sido visitado em loco, proporcionando um maio conhecimento
na elaboração dos fluxos e compartimentação, tornando este estudo um grande aliado na
elaboração da criação deste projeto.

ÁREAS ANALISADAS EM LOCO:


Recepção geral/hall, cafeteria, banco, recepção emergencia, sala de espera, sala de


triagem, dormitório e estar médico, consultoria médico, sala de observação baixa gravidade,
sala de observação média gravidade, sala de observação alta gravidade, posto de enfermagem,
copa, DML, expurgo, depósito, sala de espera clínica, sala de ergometria, sala de
ecocardiografia, sala TILT, sala métodos gráficos, sala de ressonância, sala de tomografia,
cintilografia, sala de máquinas, leitos de UTI, sala prescrição médica e enfermaria.

26
Imagem 12: Sala de Triagem.

Fonte: Autor (2017).

Imagem 13: Sala de Hemodinâmica

Fonte: Autor (2017).

27
Imagem 14: Sala de hemodinâmica e eletrofisiologia.

Fonte: Autor (2017).

Imagem 15: Sala observação hemodinâmica e eletrofisiologia

Fonte: Autor (2017).

28
Imagem 16: Leito de UTI

Fonte: Autor (2017).

Imagem 17: Corredor

Fonte: Autor (2017).

29
CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

3.1 INTRODUÇÃO AO CAPÍTULO


Nesta parte será apresentado o diagnóstico da área de implantação.

3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL

Passo Fundo é um município brasileiro localizado na região nordeste do estado do Rio


Grande do Sul, sendo considerada a maior cidade do norte do estado, contendo uma área
territorial de 783,421 km² e população estimada em 198.799 habitantes (IBGE, 2017). É
caracterizada por ser uma cidade universitária, sendo referência na área da saúde com amplo
desenvolvimento na área industrial e agrícola (IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, 2017). A cidade de Passo Fundo é a 12 cidade mais populosa do Rio Grande do
Sul (IBGE - Censo Demográfico, 2010).
Imagem 18: Localização Brasil, Rio grande do Sul e Passo Fundo.

Fonte: Google Maps (2017).

Modificado pelo Autor.

O terreno escolhido para criação do projeto encontra-se na região central de Passo


Fundo e foi escolhido por proporcionar um fácil deslocamento para os outros destinos
voltados à saúde, hotéis e restaurantes. Suas ruas de entorno fazem ligação quase que direta
com os principais hospitais da cidade. Com base nestes fatores foi analisado o entorno do
terreno pontuando os principais centros de saúde. O terreno escolhido esta localizado em
Passo Fundo, Rua Paissandú, Bairro Centro.

30
3.3 MAPEAMENTO DOS HOSPITAIS NO ENTORNO:

A Figura 19 à baixo destaca os principais hospitais da cidade de Passo Fundo com


relação ao local de implantação do projeto. Também pode-se analizar o tempo de trajeto
percorrido de carro, bicicleta e a pé, para locomoção entre os hospitais ja existentes com o
hospital proposto.

Fonte: Autor (2017).

Tabela 04: Tempo de trajeto carro, bicicleta e a pé.

Hospital Pronto Socorro de Fraturas 🚖 6min. 🚲 7min. # 18min.


Hospital Prontoclínica 🚖 6min. 🚲 7min. # 18min.
Hospital da Cidade 🚖 7min. 🚲 12min. # 26min.
Hospital São Vicente de Paulo 🚖 4min. 🚲 6min. # 12min.
Hospital São Vicente de Paulo - Unidade 2 🚖 3min. 🚲 2min. # 6min.
Futuras instalações Hospital São Vicente de Paulo 🚖 2min. 🚲 4min. # 9min.

Fonte: Autor (2017).


*Considerar trajeto feito as 15:00 horas da tarde.
31
3.4 MAPA NOLLI

Sequencialmente, a figura 20 apresenta o mapa Nolli, cheios e vazios da área de


implantação do projeto e seu entorno. Conforme orientado, foi trabalhado um raio retangular
abrangendo mais a área central contendo a maior parte dos hospitais na cidade de Passo
Fundo. Em preto observa-se os cheios e em branco os vazios.

Imagem 20: Mapa nolli

N
MAPA NOLLI CHEIOS VAZIOS

Fonte: autor (2017).

32
3.5 MAPA DE USO DO SOLO

Conforme analisado a seguir na figura 21, o uso do solo da área de implantação do


projeto é bem variado, com predominância de uso residencial que abrange a maior parte das
edificações, além de uma considerável parcela de usos misto e comercial, seguido por
institucional e áreas verdes (parques e praças).

Imagem 21: Mapa de uso do solo.

Área de implantação

Fonte: Autor (2017).

33
3.6 MAPA DE ALTURAS:

Na Figura 22, observa-se as alturas de cada edificação divididas em número de


pavimentos. Pode-se verificar que as maiores alturas encontram-se nos eixos da Avenida
Brasil, Rua Paissandú, Rua Capitão Araújo e Rua Moron.

Imagem 22: Mapa de alturas.

Área de implantação

Fonte: Autor (2017).

34
3.7 INFRAESTRUTURA URBANA

3.7.1 SISTEMA VIÁRIO

Terreno proposto tem vias de ligação com fluxo bairro centro e centro bairro.

Imagem 23: Sistema viário.

N
SISTEMA VIA DE MÃO ÚNICA VIA DEVAZIOS
MÃO DUPLA
MAPA NOLLI CHEIOS
VIÁRIO
SENTIDO DE VIAS ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

Fonte: Autor (2017).

35
3.7.2 TRANSPORTE COLETIVO

As rotas de transporte coletivo que passam pela área analisada são: (TA03: Vila Fátima
- Lucas Araújo, L01: Vera Cruz - São Cristóvão, L05: Operária - Petrópolis, TA04: Nenê
Graeff - Vila Rodrigues, L07: Planaltina - Hípica, L03: São José (Via Túnel) - Edmundo Trein,
L04: Jerônimo Coelho - Universidade, L06: Vila Luiza - Universidade, L08: Lot. Umbú - Bom
Recreio, L10: Ricci - Garden, L12: Santa Marta - Entre Rios, L31: Menino Deus - Prefeitura ( Via
Rodoviária), L32: São Cristóvão - Nossa Sª Aparecida).

Imagem 24: Mapa de transporte coletivo.

TA03 L03, L04, L06, L08, L10, L12, L31, L32 N


TRANSPORTE
MAPA NOLLI L01, L05 ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
CHEIOS VAZIOS
COLETIVO
TA04 PONTOS DE TRANSPORTE COLETIVO
L07
Fonte: Autor (2017).

36
3.7.3 REDE DE ENERGIA

Todas as quadras contém postes de energia elétrica.

Imagem 25: Mapa de rede de energia.

N
REDE DE POSTES COM ILUMMINAÇÃO POSTES SEM ILUMINAÇÃO
MAPA NOLLI CHEIOS VAZIOS
ENERGIA
Fonte: Autor (2017).

37
3.7.4 VEGETAÇÕES URBANAS

Como analisado observa-se que existe pouca vegetação nas quadras do eixo da
Avenida Brasil, salvo a presença de vegetação no interior das quadras e canteiros. As demais
quadras por estarem afastadas da avenida estão mais arborizadas.

Imagem 26: Mapa de vegetação urbana.

MANCHAS DE VEGETAÇÃO URBANA N


VEGETAÇÃO
MAPA NOLLI ÁREACHEIOS
DE IMPLANTAÇÃOVAZIOS
URBANA
Fonte: Autor (2017).

38
3.7.5 REDE DE ESGOTO

Como pode ser observado no mapa a rede de tratamento de esgoto existente em Passo
Fundo se inicia a partir do marco zero para a direção leste, após desenvolverem toda a região
leste da cidade começarão a implementação desse sistema para as demais regiões. A região
estudada utiliza o modo (fossa filtro) para o tratamento de esgoto.
PVC

Imagem 27: Mapa de rede de esgoto.

DN 200 DN 200

DN 200
DN 200
DN 300

DN 200
DN 200
P=2,15
DN 200
P=3,30 DN 200 P=3,20

P=1,85 P=1,85 P=1,40


P=1,80
P=1,80

P=1,40

DN 200
P=1,30 P=1,20
P=1,00 P=1,60
P=1,60
P=1,50 P=1,80

DN 200
DN 200
Fonte: Corsan (2017).

3.7.6 REDE DE ÁGUA

Neste mapa pode-se analizar que todas as quadras recebem abastecimento de água
feita pela empresa Corsan.

Imagem 28: Mapa de rede abastecimento de água.

Fonte: Prefeitura de Passo Fundo (2017).

39
3.7.7 REDE DE ÁGUA PLUVIAL

Pode-se observar que todas as quadras contém coleta de água pluvial, com uma média
de uma cabeceira por rua de cada quadra.

Imagem 29: Mapa de rede pluvial.

Fonte: Prefeitura de Passo Fundo (2017).

3.8 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO

A seguir podemos observar a planta da área de implantação, que demonstra as


dimensões do terreno, sua área, os ventos nordeste, ventos sudeste, orientação solar de verão e
inverno, postes, placas e vegetações. Neste caso pela analise se tratar de uma quadra inteira,
juntamente com a questão de não haver edifícios com altura necessárias para projetar sombra
no terreno, não houve necessidade de representar as projeções de sombra.

40
Imagem 30: Planta de implantação do terreno

129,21 0,50
104,97
3,8

125,38
1,8

125,38 9,50

VENTOS INVERNO ORIENTAÇÃO SOLAR INVERNO


MAPA ÁREA DE VENTOS VERÃO N
POSTES E PLACAS
IMPLANTAÇÃO
VEGETAÇÃO EXISTENTE TOPOGRAFIA

ORIENTAÇÃO SOLAR VERÃO


Fonte: Autor (2017).

41
3.8.1 SKYLINE

O estudo do skyline a seguir demonstra as visuais do entorno imediato do terreno,


mostrando as vistas de dentro para fora do terreno e vise-versa. Pode-se observar que nas
Ruas Paissandú e Uruguai encontrasse pouca inclinação e nas Ruas Das Andradas e Coronel
Miranda os desníveis se tornam maiores, podendo chegar a até 10.5 metros.

Imagem 31: Vistas para skyline.

V5

V6

V4

V3
3,8
V7

V8

1,8

V2

V1

VISTAS DA SKYLINE
N

Fonte: Autor (2017).

42
Imagem 32: Skylines.

V1 - Rua Paissandú

V2 - Rua Paissandú

V3 - Rua Das Andradas

V4 - Rua Das Andradas


Fonte: Autor (2017).

43
V4 - Rua Das Andradas
Imagen 33: Skylines

V5 - Rua Uruguai

V6 - Rua Uruguai

V7 - Rua Cel. Miranda

V8 - Rua Cel. Mirando


Fonte: Autor (20170.

44
3.9 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS

Para o município de Passo Fundo, se levou em consideração legislações específicas, o


Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e Código de Obras de Passo Fundo, NBR 9050
(Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos), NBR 15.575
(Norma de desempenho), RTCBMRS N°11 (Resolução técnica do corpo de bombeiro militar
do Rio Grande do Sul número 11 – Saídas de emergência), NBR 9077 (Saídas de emergência
em edifícios), NBR 9050 (Norma de Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e
Equipamentos Urbanos), Resolução RDC n°50 (Regulamento técnico para planejamento,
programação e elaboração de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde EAS)
e Resolução RDC n°307, que altera a Resolução RDC n° 50).

3.9.1 PLANO DIRETOR

Segundo Lei Complementar n°170 de 09 de outubro de 2006, com alterações feitas


ateá19/06/2015, Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado – PDDI – de Passo Fundo/RS,
o terreno proposto esta inserido na zona ZT, seguirá os seguintes índices: Taxa de Ocupação
(TO) - 60%, Coeficiente de Aproveitamento (CA) - 2,8, Cota Ideal Por Dormitório (CID)
15m2, Lote Mínimo (LM) - 300m2. O projeto terá uso CS.27 e 28 de acordo com o PDDI de
Passo Fundo, o uso CS.27 é considerado conforme e o CS.28 é permissível. Sobre as vagas de
estacionamento deve-se considerar uma vaga a cada 80m2 de área construída.

45
CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS

4.1 INTRODUÇÃO
Nesta parte será apresentado o conceito de projeto e suas principais diretrizes ...

4.2 CONCEITO DO PROJETO


O coração foi metafórica e extensamente usado como matéria-prima de muitos poetas. Do contrário,
para esse projeto arquitetônico, busco utilizar a literal anatomia e fisiologia do sistema cardiovascular,
tendo como centro o próprio coração, principal órgão do corpo humano capaz, por si só, de manter a
vitalidade de todo o organismo.
fluxo

4.3 DIRETRIZES DE ARQUITETURA


Levando em consideração o conceito máximo da anatomia de que toda forma é determinada
pela sua função, no projeto arquitetônico proposto faz-se primeiramente analogia a localização do
coração na caixa torácica, posicionado entre os dois pulmões. No projeto, pode-se observar esse
conjunto em um grande hall central, com pé direito triplo, para onde convergem, da direita e da
esquerda, as demais estruturas da construção, em formato de U. Nas estruturas laterais, encontram-se a
unidade de pronto-atendimento, o centro diagnóstico, o centro de cardiologia invasiva, os centros de
medicina intensiva, as unidades de internação e os centros de convivência. No hall central fica
localizada uma grande recepção, que faz as vias de coração, para onde convergem todas as demais
estruturas.
O zoneamento do hospital foi planejado de forma similar a circulação sanguínea, criando
fluxos bem resolvidos, que não se misturam até chegarem ao coração (hall central). Dessa forma,
pacientes admitidos pelo pronto-atendimento não se confundem com pacientes ambulantes e
familiares, que circulem pelas demais alas do hospital, de modo a tornar mais privativas e cômodas as
transferências de pacientes entre setores.

4.4 DIRETRIZES URBANÍSTICAS

As intervenções propostas serão a implementação de faixas elevadas que auxiliam a


locomoção de deficientes físicos e auxiliam como redutores de velocidade para veículos. Será deixado
uma faixa maior de calçamento com vegetação na frente e nas laterais do hospital, proporcionando
uma acessibilidade universal no arredor do edifício. Também será implementado recuos laterais
especiais para ônibus e taxis de modo que não atrapalhe no fluxo das vias.

46
CAPÍTULO 5: PARTIDO GERAL

5.1 INTRODUÇÃO

Nesta parte será apresentado o partido geral do projeto.

5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Tabela 05: Programa de Necessidades

Área Dimensões Mobiliário essencial


(em m²)
Área Convivência Térreo
Recepção geral - Hall 276m2 bancos, bancada
Cafeteria 46m2 mesas, cadeiras, mobiliário cozinha,
poltronas
Farmácia 88m2 Mobiliário farmácia, cadeiras,
PCD masculino 12.18m2 Equipamentos sanitários
PCD feminino 12.18m2 Equipamentos sanitários
Banco 10m2 Caixas eletrônicos

Pronto Atendimento
Recepção emergencia 145m2 Poltronas
Sala de triagem 8.50m2 Maca, poltrona, balança, equipamentos
hospitalares
Sala de espera 17m2 Poltronas
DML 8.55m2 Armarios
Depósito 13m2 Armarios
Consultório médico I 18.42m2 Maca, cadeira, poltrona, mesa, balança,
equipamentos hospitalares
Consultório médico II 18.42m2 Maca, cadeira, poltrona, mesa, balança,
equipamentos hospitalares
Dormitório/ estar médico 23.71m2 Duas camas, armário, bancada, sofá

47
Banheiro dormitorio 7m2 Equipamentos sanitários
médico
PCD masculino 12.57m2 Equipamentos sanitários
PCD feminino 12.57m2 Equipamentos sanitários
Sanitários masculinos 9.50m2 Equipamentos sanitários
funcionários
Sanitários feminino 9.50m2 Equipamentos sanitários
funcionários
Sala observação baixa e 132.31m2 Poltronas, macas, bancadas,
média gravidade equipamentos hospitalares
Posto de enfermagem 33.57m2 Poltronas, bancadas, equipamentos
hospitalares
Copa 18.72m2 Bancadas, geladeira, equipamentos
cozinha
Sala observação alta 178.87m2 Poltronas, macas, bancadas,
gravidade equipamentos hospitalares
Circulação vertical I 76.44m2 ———————————————-
Estacionamento 143.2m2 ———————————————-
ambulancias
Depósito 7.78m2 Armarios
DML 4m2 Armarios
Expurgo 4m2 Lixo

Centro de Diagnóstico
Circulação vertical II 76.44m2 ———————————————-
PCD masculino 12.57m2 Equipamentos sanitários
PCD feminino 12.57m2 Equipamentos sanitários
Sala espera clinica 129,52m2 Poltronas, mesas, bancos
Recepção 32.64m2 Bancada, cadeiras, mesa
3 - Salas ergometria 14m2 Bancada, cadeira, esteira, poltrona
4 - Salas ecocardiografia 16.24m2 Maca, bancada, cadeira, poltrona
Sala TILT 22.58m2 Maca, bancada, cadeira, poltrona
Sala métodos gráficos 22.58m2 Maca, bancada, cadeira, poltrona

48
3 - Salas punção e preparo 16.18m2 Maca, bancada, cadeira, equipamentos
hospitalares
Sala resonância 35m2 Aparelho de ressonância, maca, bancada
Sala de tomografia 41.18m2 Aparelho de tomografia, maca, bancada
PCD masculino 24m2 Equipamentos sanitários
PCD feminino 13.90m2 Equipamentos sanitários
PCD masculino 14.57m2 Equipamentos sanitários
funcionarios
PCD feminino 14.57m2 Equipamentos sanitários
funcionarios
2 - Salas observação 14.55m2 Cadeiras, bancada
Sala cintilografia 49.09m2 Aparelho, maca, bancada
2 - Salas maquinas/ 9m2 Computadores
computadores
Recepção/ espera com 29.07m2 Bancada, cadeiras, poltronas,
PCD para cintilografia equipamentos sanitários

Serviço
Vestiario funcionários 27.83m2 Banco, armario, bancada
masculino
Vestiario funcionários 27.83m2 Banco, armario, bancada
feminino
Centro administrativo 168.68m2 Mesas, poltronas, cadeiras, armários
Cozinha e refeitório 126.91m2 Mobiliário cozinha, mesas, cadeiras,
bancadas
Farmácia interna hospital 99.27m2 Mobiliário farmácia armários, cadeiras,
bancadas
Depósito 21.50m2 Armarios
Circulação vertical III 76.44m2 ———————————————-

Área 2º Pavimento Dimensões Mobiliário essencial


(em m²)
Área Convivencia 2 PAV.
Auditório 272.80m2 Poltronas, bancadas

49
Sala estudos I 29.86m2 Cadeiras, mesas, bancada
Sala estudos II 44.83m2 Cadeiras, mesas, bancada
PCD masculino 12.57m2 Equipamentos sanitários
PCD feminino 12.57m2 Equipamentos sanitários

Centro Cardiologia
Invasiva
Área escovação 9.67m2 Equipamentos sanitários
Vestiário enfermagem 20.7m2 Banco, armario, bancada
masc.
Vestiário enfermagem fem. 20.7m2 Banco, armario, bancada
Sala prescrição médica 9.67m2 Poltrona, bancada
Vestiário médico masc. 20.70m2 Banco, armario, bancada
Vestiário médico fem. 20.70m2 Banco, armario, bancada
Circulação vertical I 76.44m2 ———————————————-
Sala recuperação 97.86m2 Macas, bancadas, poltronas
hemodinâmica e híbrida
Sala híbrida 54m2 Aparelho de cirurgia, bancadas, bancos
Depósito 17.32m2 Armarios
Expurgo 4.19m2 Lixo
DML 4.85m2 Armario
Sala prescrição médica/ 9.3m2 Poltrona, bancada
controle
Área escovação 8.4m2 Equipamentos sanitários
CME 32.49m2 Macas, maquinas de esterilização
Sanitários masculinos 3.9m2 Equipamentos sanitários
funcionários
Sanitários feminino 3.9m2 Equipamentos sanitários
funcionários
Sala grande de cirurgia I 62.2m2 Maquinário cirúrgico, bancada, cadeiras
Sala grande de cirurgia II 62.2m2 Maquinário cirúrgico, bancada, cadeiras
Sala apoio cirurgia 23m2 Maquinário cirúrgico, bancada, cadeiras

50
Sala apoio cirurgia 23m2 Maquinário cirúrgico, bancada, cadeiras
Sala hemodinâmica / 66.3m2 Maquinário cirúrgico, bancada, cadeiras
eletrofisiologia
2 - Salas maquinas 12.49m2 Computadores
Sala prescrição médica/ 21.55m2 Maca, bancada, cadeira, poltrona
controle
Sala hemodinâmica 66.30m2 Maquinário cirúrgico, bancada, cadeiras
Sala espera pacientes 116.88M2 Maca, bancada, cadeira, poltrona
cirúrgicos
Vestiário cirúrgico 13.35m2 Poltrona, bancada, armário
PCD feminino 13.90m2 Equipamentos sanitários
PCD masculino 13.90m2 Equipamentos sanitários
Sala espera cirúrgica 172.90m2 Poltronas, mesas, bancos
Circulação vertical II 76.44m2 ———————————————-
Recepção 32.64m2 Cadeiras, bancada
PCD masculino 12.57m2 Equipamentos sanitários
PCD feminino 12.57m2 Equipamentos sanitários

UTI Geral e Pós Cirurgica


UTI pos cirúrgica 21 leitos 448.26m2 leitos de 3x4, macas, bancadas, poltronas
Copa 11.45m2 Bancadas, geladeira, equipamentos
cozinha
Expurgo 2.5m2 Lixo
Sanitários feminino 3.5m2 Equipamentos sanitários
funcionários
Sanitários masculinos 3.5m2 Equipamentos sanitários
funcionários
Médicos 10.8m2 Bancada, cadeiras, mesa
Enfermagem 19.26m2 Bancada, cadeiras, mesa
2 - PCD masculino 8.32m2 Equipamentos sanitários
2 - PCD feminino 8.32m2 Equipamentos sanitários
2- Depósito 11.65m2 Armarios

51
2 - Dormitório/ estar 15.81m2 Duas camas, armário, bancada, sofá
médico
Circulação vertical III 76.44m2 ———————————————-
UTI pos cirúrgica 21 leitos 516.23m2 leitos de 3x4, macas, bancadas, poltronas
Copa 11.45m2 Bancadas, geladeira, equipamentos
cozinha
Expurgo 2.5m2 Lixo
Sanitários feminino 3.5m2 Equipamentos sanitários
funcionários
Sanitários masculinos 3.5m2 Equipamentos sanitários
funcionários
Médicos 10.8m2 Bancada, cadeiras, mesa
Enfermagem 19.26m2 Bancada, cadeiras, mesa

Área 3º Pavimento Dimensões Mobiliário essencial


(em m²)
Área Convivencia 3 PAV.
PCD feminino 12.18m2 Equipamentos sanitários
PCD masculino 12.18m2 Equipamentos sanitários

Leitos Duplos
Circulação vertical II 76.44m2 ———————————————
PCD feminino 12.57m2 Equipamentos sanitários
PCD masculino 12.57m2 Equipamentos sanitários
13 - Quartos internação 34.46m2 Duas camas, poltronas, armário, bancada
duplo com PCD
8 - Quartos internação duplo 30.61m2 Duas camas, poltronas, armário, bancada
com PCD
Circulação vertical III 76.44m2 ———————————————
2 -salas procedimentos 15.52m2 Maca, bancada, poltrona, equipamentos
hospitalares
2 - salas enfermagem 11.25m2 Bancada, cadeiras, mesa

52
2 - copas 9.45m2 Bancadas, geladeira, equipamentos cozinha

2 - Sanitários feminino 4.09m2 Equipamentos sanitários


funcionários
2 - Sanitários masculinos 4.09m2 Equipamentos sanitários
funcionários
DML 2m2 Armario
Expurgo 2m2 Lixo
Depósito 6.88m2 Armarios

Leitos Privativos
11 - Quartos internação 26.85m2 cama, poltronas, armário, bancada, sofá
privativa com PCD cama
7 - Quartos internação 34.17m2 cama, poltronas, armário, bancada, sofá
privativa com PCD cama
2 -salas procedimentos 15m2 Maca, bancada, poltrona, equipamentos
hospitalares
2 - salas enfermagem 11.25m2 Bancada, cadeiras, mesa
2 - copas 9.45m2 Bancadas, geladeira, equipamentos cozinha

2 - Sanitários feminino 4.09m2 Equipamentos sanitários


funcionários
2 - Sanitários masculinos 4.09m2 Equipamentos sanitários
funcionários
DML 2m2 Armario
Expurgo 2m2 Lixo
Depósito 6.88m2 Armarios

Fonte: Autor (2017).

53
5.3 ORGANOGRAMA

O organograma do hospital cardiológico representado na figura 33 foi organizado por


pavimentos, sendo subsolo voltado ao estacionamento e maquinário hospitalar, pavimento
térreo com o pronto atendimento e centro de diagnóstico, primeiro pavimento com centro de
cardiologia invasiva, centro de convivência e unidade de terapia intensiva e o segundo
pavimento contendo as unidades de internação.

Imagem 33: Organograma.


SUBSOLO

ESTACIONAMENTO

CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO


VERTICAL VERTICAL VERTICAL

PAVIMENTO TÉRREO

PRONTO ATENDIEMNTO HALL CENTRO DE DIAGNÓSTICO

CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO


VERTICAL VERTICAL VERTICAL

PRIMEIRO PAVIMENTO

CENTRO DE CARDIOLOGIA CENTRO DE UNIDADE DE TERAPIA


INVASIVA CONVIVENCIAS INTENSIVA

CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO


VERTICAL VERTICAL VERTICAL

SEGUNDO PAVIMENTO

UNIDADES DE CENTRO DE UNIDADES DE


INTERNAÇÃO CONVIVENCIAS INTERNAÇÃO

CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO


VERTICAL VERTICAL VERTICAL

Fonte: Autor (2017).


54
5.4 FLUXOGRAMA

O fluxograma disposto a seguir na Figura 34, demonstra a divisão entre os setores


público livre (roxo), pacientes e serviço (rosa), serviço (azul), público, pacientes interno e
serviço (amarelo) e circulação vertical (verde), além dos acessos (laranja).

Imagem 34: Fluxograma.


SUBSOLO

circulação vertical I circulação vertical Il circulação vertical III

maquinário hospitalar estacionamento

PAVIMENTO TÉRREO

ACESSO ACESSO
ACESSO EMERGÊNCIA ACESSO PRINCIPAL recepção centro de
recepção pronto atendimento recepção geral diagnóstico

sala de triagem sala de observação baixa e farmácia salas de ergometria sala de resonância
média gravidade
sala de espera PCD salas de ecocardiografia sala de tomografia
sala de observação alta
consultório médico I gravidade banco PCD espera/ recepção com PCD
consultório médico II posto de infermagem café sanitários funcionarios farmácia interna
dormitório médico copa PCD
sala métodos graficos depósito
DML PCD circulação
sala TILT vestiários funcionários
vertical II
depósito sanitários funcionarios salas de observsação centro administrativo
DML
circulação vertical I salas de pulção cozinha e refeitório
depósito estacionamento
sala cintilografia circulação vertical III
expurgo ambulâncias
maquinas computadores

PRIMEIRO PAVIMENTO

circulação vertical II sala espera pacientes


vestiário pacientes
cardiologia invasiva
PCD
PCD UTI cirurgica
área de escovação
sala estudo UTI geral
sala de prescrição
II espera/ recepção com PCD salas grande cirurgia
vestiários médicos
sala estudo salas apoio cirurgia
circulação vertical III vestiários funcionarios
II
depósitos CME
auditório sala de hemodinâmica
dormitórios médico sala de eletrofisiologia sanitários funcionarios

posto enfermagem sala de recuperação circulação vertical I


PCD
posto médico sala hibrida depósito
recepção e espera de cirurgia
sanitários funcionarios salas de maquinas expurgo
expugos sala de controle DML

SEGUNDO PAVIMENTO

leitos internação privativa circulação vertical II leitos internação convenio

leitos privativos expurgo PCD leitos duplos expurgo

postos enfermagem DML café postos enfermagem DML


copas sanitários funcionarios PCD copas sanitários funcionarios
depósito salas de procedimentos depósito salas de procedimentos

circulação vertical I circulação vertical III

Fonte: Autor (2017).

55
5.5 ZONEAMENTO

A seguir, nas imagens 35, 36 e 37 foi representado em forma de perspectiva o


zoneamento por setores, cada um com seus acessos e orientação solar.

A primeira proposta gerada definiu a necessidade de existir dois blocos separados onde
se faria uma organização dos fluxos em circulações verticais e horizontais. Porém, nesta
analise observou-se a necessidade de aumentar a metragem quadrada.

Imagem 35: Primeira proposta de zoneamento.

uai
ug
a Ur
Ru

du
san
ais
aP
Ru

PACIENTES E SERVIÇO PÚBLICO ACESSO N


PÚBLICO, PACIENTES SERVIÇO ORIENTAÇÃO SOLAR
INTERNOS E SERVIÇO

Fonte: Autor (2017).

56
Na segunda proposta, a forma do projeto se assemelha com a escolhida. Porém existia
um conflito de fluxos no lado direito do edifício e sua implantação na quadra deixaria a
fachada voltada para o norte e grande parte dos leitos de internação com suas aberturas
voltadas para o sul, não aproveitando as melhores orientações solares do terreno.

Imagem 36: Segunda proposta de zoneamento.

i
ua
rug
aU
Ru

du
an
a iss
aP
Ru

PACIENTES E SERVIÇO PÚBLICO ACESSO N


PÚBLICO, PACIENTES SERVIÇO ORIENTAÇÃO SOLAR
INTERNOS E SERVIÇO

Fonte: Autor (2017).

57
A terceira proposta foi a escolhida. Se solucionou o conflito existente na proposta
anterior e sua fachada foi readequada para o lado sul, deixando grande parte dos leitos de
internação com aberturas voltadas para norte, leste e oeste. Esta proposta tem melhor fluxo
pois ao analizar o programa de necessidades mais profundamente, ela se adequa melhor com
as necessidades de cada ambiente.

Imagem 37: Terceira proposta de zoneamento.

i
ua
ug
a Ur
Ru

du
san
ais
aP
Ru

PACIENTES E SERVIÇO PÚBLICO ACESSO N


PÚBLICO, PACIENTES SERVIÇO ORIENTAÇÃO SOLAR
INTERNOS E SERVIÇO

Fonte: Autor (2017).

58
6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALBUQUERQUE, Denilson Campos de et al. I Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca


– Aspectos Clínicos, Qualidade Assistencial e Desfechos Hospitalares. Scielo, Rio de Janeiro,
p.1-10, jan. 2015.

ARCHDAILY. Hospital Cardiológico Hisham A. Alsager / AGi Architects.


2016. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/795731/hospital-cardiologico-hisham-
a-alsager-agi-architects>. Acesso em: 9 set. 2017.

ARCHDAILY. Hospital do Rocio / Manoel Coelho Arquitetura e Design. Disponível em:


<http://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-
design>. Acesso em: 9 set. 2017.

ARCOLINI, Tatiana.   Iluminação de hospitais deve proporcionar conforto aos


pacientes. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/iluminacao-de-hospitais-
deve-proporcionar-conforto-aos-pacientes_6438_0_1>. Acesso em: 15 set. 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.   NBR 5413: Iluminância de


interiores. Rio de Janeiro, 1992. Disponível em: <http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM802/
NBR5413.pdf>. Acesso em: 9 set. 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7256: Tratamento de ar em


estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) - Requisitos para projetos e execuções das
instalações. [s.l.], 2005. 22 p. Disponível em: <http://www.ductbusters.com.br/normas/
NBR_7256.pdf>. Acesso em: 7 out. 2017.

BIOCLIMÁTICA, Blog de Arquitetura (Org.).   Zoneamento Bioclimático


Brasileiro.   Disponível em: <http://bioclimatismo.com.br/bioclimatismo/zoneamento-
bioclimatico-brasileiro/>. Acesso em: 5 set. 2017.

BRASIL. Constituição (2002). Resolução – Rdc nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe


sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de

59
projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Disponível em: <http://www.redeblh.fiocruz.br/media/50_02rdc.pdf>. Acesso em:
15 out. 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar.


Processamento de Artigos e Superficies em Estabelecimentos de Saúde. -- 2. ed. --
Brasília,1994. 50 p.

CEMIN, Gustavo Fluckseder. Centro Oncológico do Hospital Santa Cruz. 2014. 28 f. TCC


(Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2014. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/109113>.
Acesso em: 11 out. 2017.

COMIRAN, Sheila. Conforto e desempenho térmico em hospitais: estudo de caso na área


de internação do hospital universitário de Santa Maria/RS.   2014. 156 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade Federal de Santa Maria,
Santa Maria, 2014. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/tede//tde_arquivos/20/
TDE-2015-03-12T094222Z-6039/Publico/COMIRAN, SHEILA.pdf>. Acesso em: 5 out.
2017.

  E-CONSTRUMARKET, Aecweb / (Ed.).   Pisos para hospitais: um tipo para cada


ambiente. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/pisos-para-hospitais-um-
tipo-para-cada-ambiente_6436_0_1>. Acesso em: 9 set. 2017.

HOSPITAL São Vicente de Paulo. Disponível em: <http://www.hsvp.com.br/corpoclinico>.


Acesso em: 5 out. 2017.

IBGE. Brasil / Rio Grande do Sul / Passo Fundo. Disponível em: <https://
cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/passo-fundo/panorama>. Acesso em: 01 out. 2017.

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA (Rio Grande do Sul). Pioneirismo. Disponível em: <http://


www.cardiologia.org.br/institucional/pioneirismo.aspx>. Acesso em: 9 out. 2017.

60
JC, Nicolau et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e
Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST (II Edição, 2007). Revista
da Sociedade Brasileira de Cardiologia, [s.l], p.1-78, mar. 2014. Disponível em: <http://
publicacoes.cardiol.br/consenso/2014/Diretriz_de_IAM.pdf>. Acesso em: 5 out. 2017.

LUKIANTCHUKI, Marieli Azoia; SOUZA, Gisela Barcellos de. Humanização da


arquitetura hospitalar: Entre ensaios de definições e materializações
híbridas.   Arquitextos, São Paulo, ano 10, n. 118.01, Vitruvius, mar. 2010 <http://
www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.118/3372>.

MANSUR, Antonio de Padua; FAVARATO, Desidério. Tendências da Taxa de Mortalidade


por Doenças Cardiovasculares no Brasil, 1980-2012.   Scielo,   São Paulo, p.1-6, fev. 2016.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abc/2016nahead/pt_0066-782X-
abc-20160077.pdf>. Acesso em: 6 set. 2017.

MORAES, Margarete Farias de. Algumas Considerações sobre a História dos Hospitais


Privados no Rio de Janeiro: o caso Clínica São Vicente.   2005. 89 f. Monografia
(Especialização) - Curso de Pós-graduação em História das Ciências da Saúde, Fundação
Osvaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: <https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/
icict/6123/2/51.pdf>. Acesso em: 22 out. 2017.

PECCIN, Adriana. Iluminação Hospitalar. 2002. 185 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de


Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002.
Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/3213/000333963.pdf?
sequee=1>. Acesso em: 20 set. 2017.

PINTO, Dr. Ibraim Masciarelli Francisco. SOCESP 30 anos: História da cardiologia. São


Paulo: Congresso de Socesp, 2007. 18 p. Disponível em: <http://www.socesp.org.br/
publicacoes/livros-30anos.asp#.WgNrBManHIU>. Acesso em: 22 out. 2017.

PMPF. Lei Complementar nº 170, de 9 de outubro de 2006. Dispõe Sobre O Plano Diretor
de Desenvolvimento Integrado - PDDI do Município de Passo Fundo. Passo Fundo, 2015.

61
ROSA, Luísa Grigoletti dalla.   História, saúde e poder em Passo Fundo - Instituições
hospitalares entre as décadas de 1910 e 1920. [s.l.]: Méritos Editora, 2007. 226 p.

SIQUEIRA, Alessandra de Sá Earp; SIQUEIRA-FILHO, Aristarco Gonçalves de; LAND,


Marcelo Gerardin Poirot. Análise do Impacto Econômico das Doenças Cardiovasculares nos
Últimos Cinco Anos no Brasil.   Scielo,   Rio de Janeiro, p.1-8, mar. 2017. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/abc/v109n1/pt_0066-782X-abc-20170068.pdf>. Acesso em: 9 set.
2017.

SECRETARIA DA SAðDE.   6ª CRS (Passo Fundo).   Disponível em: <http://


www.hsvp.com.br/corpoclinico>. Acesso em: 9 set. 2017.

SOARES, Tanísia Negrello. Revestimentos de pisos de pisos hospitalares: avaliação das


condições de usos em Porto Alegre. 2009. 87 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia
Civil, Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2009. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/
10183/24125/000741862.pdf?sequence=1>. Acesso em: 8 set. 2017.

62

Você também pode gostar