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EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO

PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

2018-2019

0
PÁGINA DE CONTROLE DE REVISÃO
Data da Nº de
Versão Responsável
Revisão páginas

Comissão PGRSS
10/10/2018 02.2018 PORTARIA, N°. 141, 08 de agosto de 51
2018.

Comissão de Elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos


de Serviço de Saúde do Hospital Universitário Walter Cantídio
PORTARIA, N°. 141, 08 de agosto de 2018, publicada no Boletim de Serviço nº 127
de 13 de agosto de 2018.

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Sumário
SIGLAS ......................................................................................................................................... 4
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 5
2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 6
3.1. OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 7
3. OBJETIVO ............................................................................................................................ 7
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: ............................................................................................ 7
4. DADOS SOBRE O ESTABELECIMENTO ........................................................................ 8
4.1 Dados gerais do estabelecimento ........................................................................................ 8
4.2 Caracterização do estabelecimento ..................................................................................... 8
4.3 Caracterização das atividades e serviços do estabelecimento ............................................. 9
4.4 Organograma do estabelecimento ..................................................................................... 11
4.4 Componentes da equipe de elaboração do PGRSS ........................................................... 14
5. TIPOS E QUANTIDADES DE RESÍDUOS GERADOS .................................................. 16
5.1 Classificações dos Resíduos por Grupo ............................................................................ 16
5.2 Tipos de resíduos gerados por setor, unidade ou serviço ............................................ 20
5.2.1 Quantidade de resíduos estimados por grupo de resíduos ....................................... 23
5.3 Segregação e acondicionamento dos resíduos................................................................... 25
5.3.1 Identificação ................................................................................................................... 28
5.3.2 Considerações finais sobre o acondicionamento:.......................................................... 30
5.4 Coleta e transporte interno dos RSS .................................................................................. 30
6. Outras avaliações de riscos ................................................................................................. 35
7. Serviços especializados ....................................................................................................... 37
8. Capacitação ......................................................................................................................... 39
9. Controle de insetos e roedores ............................................................................................ 39
10. Situações de emergência e de acidentes .......................................................................... 40
10.1 Derramamento de material biológico .......................................................................... 40
10.3 Derramamento de material químico ............................................................................ 40
11. Indicadores de execução e avaliação ............................................................................... 41
ANEXOS..................................................................................................................................... 43
ANEXO A – FLUXO DE DESFAZIMENTO DE BENS .......................................................... 44
ANEXO B – FLUXO DE DESCARTE DE MEDICAMENTOS VENCIDOS ......................... 45
ANEXO C – FLUXO DE DESCARTE DE EXPLANTES ........................................................ 46
ANEXO D – FLUXO DE DESCARTE DE PILHAS, E BATERIAS ........................................ 47
ANEXO E – DADOS DAS EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS ........................... 48

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ANEXO F – FLUXO DE CONDUTA DO PROFISSIONAL VÍTIMA DO ACIDENTE COM
MATERIAL BIOLÓGICO OU PERFUROCORTANTE .......................................................... 49
ANEXO G – FLUXO DE INTERCORRÊNCIA CLÍNICA DE PESSOAS, EXCETO
PACIENTE, NAS DEPENDÊNCIAS DO HUWC AO ATENDIMENTO ................................ 50
ANEXO H – FLUXO PARA USO E DESCARTE DE MATERIAL PERFUROCORTANTE 51

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SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


ARE – Abrigo de Resíduos Externo
SCIH - Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente
EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva
EPI - Equipamento de Proteção Individual
FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos
MEAC – Maternidade Escola Assis Chateaubriand
NBR - Norma Brasileira
NR - Norma Regulamentadora
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PGRSS - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
RDC - Resolução de Diretoria Colegiada
RSS - Resíduos de serviços de saúde
USOST – Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho
UFC – Universidade Federal do Ceará

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1. APRESENTAÇÃO

O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) foi


concebido com o intuito de apresentar a toda a comunidade do Hospital Universitário
Walter Cantídio, e aos órgãos de controle, como estão organizadas as políticas de
gerenciamento de resíduos gerados pela Unidade Hospitalar.
Assim, foi criado a Comissão de Elaboração do PGRSS, a qual realizou um
diagnóstico em cada unidade, relatando como são praticadas as ações de segregação,
acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte e destinação final dos resíduos.
Esses diagnósticos, bem como as melhorias necessárias, serviram como base para a
construção desse documento.
Portanto, o PGRSS visa não somente relatar a situação atual, mas orientar sobre as
boas práticas necessárias ao desenvolvimento sustentável do órgão frente à necessidade
de tratar adequamente os resíduos gerados, de modo que a atividade hospitalar tenha o
menor impacto possível ao Meio Ambiente.
Como sabemos, os resíduos gerados em Serviços de Saúde são altamente perigosos
devido à possibilidade de contaminação biológica e propagação de doenças contagiosas
no ambiente, o que faria com que mais pessoas adoecessem, e se difundir-se vetores em
proporções incontroláveis. Por isso, é tão importante segregar e destinar adequadamente
os resíduos produzidos para que possamos conservar o meio em que vivemos.
Desse modo, as informações contidas nesse documento contribuirão para que todos
se familiarizem com a aplicação do PGRSS - desenvolvimento, implementação e
monitoramento, e seja um agente facilitador, permitindo um gerenciamento de resíduos
efetivo.

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2. INTRODUÇÃO

A partir da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010,


foi exigida, dos setores públicos e privados, maior transparência no gerenciamento de
seus resíduos através da elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos.
Considerando a quantidade de resíduos gerados pelo Hospital Universitário Walter
Cantídio (HUWC), que requerem soluções técnicas e ambientalmente seguras de coleta,
tratamento e disposição final. O presente Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde (PGRSS) pretende contribuir para desenvolver na comunidade do
HUWC uma mentalidade voltada para a preservação ambiental, através da discussão e
conscientização em torno dos resíduos gerados por esta comunidade.
O Plano está estruturado para assim descrever:
a) O estabelecimento: O HUWC como Hospital de Ensino, Pesquisa e
Assistência, que integra o Complexo Hospitalar da UFC, oferece 156
consultórios para atendimento de 37 especialidades, 198 leitos, centro cirúrgico
com 07 (sete) salas, Unidade de Tratamento Intensivo com 16 leitos e sala de
recuperação pós- anestésica.
b) Os tipos de resíduos: conforme classificação da RDC n.º 306 de 07.12.04 da
ANVISA, os resíduos de Serviços de Saúde podem ser classificados em tipo A
(A1, A2, A3, A4 e A5), B, C, D, e E. Assim, após diagnóstico serão
apresentados os tipos de resíduos gerados em cada unidade.
c) A segregação e acondicionamento: todo o gerenciamento de resíduos se inicia
com a segregação correta dos resíduos, sendo assim, esse documento
padronizará como serão segregados, identificados e acondicionados os resíduos,
de acordo com a legislação vigente, e práticas desenvolvidas no âmbito do
HUWC.
d) A coleta, transporte e destinação final: considerando a responsabilidade do
estabelecimento perante o tratamento e destinação adequada dos resíduos serão
descriminados os fluxos de coleta, e empresas responsáveis pelo transporte e
destinação final dos resíduos.
Assim, o PGRSS visa ainda contribuir para o crescimento sustentável e a
segurança dos colaboradores e toda a sociedade. O plano busca principalmente a
minimização de resíduos, baseado nos princípios dos 3Rs: Redução de consumo e
desperdício, Reutilização e Reciclagem.
Desse modo, são responsabilidades apontadas no Plano a racionalização do
consumo de material, diminuição da quantidade de resíduos gerados, incentivo as
pessoas para aderirem ao programa de coleta seletiva, e prevenção e redução dos riscos
à saúde e/ou ao meio ambiente.

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3.1. OBJETIVO GERAL

Minimizar a produção de resíduos gerados no âmbito do Hospital Universitário


Walter Cantídio, garantir o manejo seguro dos resíduos gerados, e destinação adequada,
através de gerenciamento eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação
da saúde pública, dos recursos naturais, do meio ambiente, e pautado no princípio dos
3Rs: Redução de consumo e desperdício, Reutilização e Reciclagem.

3. OBJETIVO

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Através da equipe de trabalho que compõem o Plano de Gerenciamento dos


Resíduos do Hospital Universitário, visa-se:
• informar a comunidade do HU quanto aos procedimentos corretos de gerenciamento
dos RSS e as implicações deste na preservação ambiental;
• minimizar a geração de resíduos na fonte;
• adequar a segregação na origem;
• controlar e reduzir acidentes de trabalho;
• maximizar os programas de reuso e reciclagem;
• incentivar as pessoas para aderirem ao programa de coleta seletiva;
• promover a educação ambiental e sanitária;
• prevenir e reduzir os riscos à saúde e/ou ao meio ambiente
• cumprir a legislação vigente (RDC 306/04 e 222/18, e CONAMA 358/05).
• garantir que os resíduos gerados tenham uma correta disposição final, além de
armazenamentos intermediários;

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4. DADOS SOBRE O ESTABELECIMENTO
4.1 Dados gerais do estabelecimento

Quadro 01 - Dados gerais do estabelecimento


Razão Social UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Nome Fantasia HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER
CANTÍDIO
Tipo de Estabelecimento Hospitalar
Propriedade Pública
CNPJ 07.272.636/0002-12
Atividade Principal Atividades de atendimento hospitalar, exceto pronto-
socorro e unidades para atendimento a urgências
Natureza Jurídica Autarquia Federal
Endereço Rua Capitão Francisco Pedro, 1290
Bairro Rodolfo Teófilo
Município Fortaleza
Estado Ceará
Fone (85) 3366-8170
Site http://www.ebserh.gov.br/web/huwc-ufc
E-mail superchufc@gmail.com
Horários de 24 horas
funcionamento
Responsável legal José Luciano Bezerra Moreira
CPF 045.096.413-20
Contatos (85) 3366-8600 – superchufc@gmail.com
Data de fundação 1959

4.2 Caracterização do estabelecimento

Quadro 02 - Caracterização do estabelecimento


Número total de RJU: 717 colaboradores
funcionários EBSERH: 1030 colaboradores
RESIDENTES: 298 colaboradores
*Dados 18/07/18 (intranet TERCEIRIZADOS: 590 colaboradores
HUWC) TOTAL: 2635 colaboradores
Condição de
funcionamento do Em atividade
estabelecimento
Tipo de serviço Limpeza, Vigilância, manutenção e Apoio
terceirizado administrativo
Número total de
funcionários em empresa 590
terceirizada
Área total construída 30.525,90m²
Área total do terreno 29.151,38m²
Licença Sanitária Nº 3652.2018/06-596 Data de validade: 05/06/2019

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Horários de 24 horas
funcionamento
Estrutura física Tipo de construção: Mista (alvenaria, alvenaria
estrutural e concreto)
Número de pavimentos: Edificações térreas;
Bloco cirúrgico 5 pavimentos;
Bloco central 3 pavimentos;
Centro de pesquisa: 2 pavimentos;
Ambulatórios: cirurgia, traumatologia, geriatria,
pediatria, transplante hepático, e oftalmologia: 1
pavimento.
Abastecimento de água Tipo: Concessionária-CAGECE
Consumo interno (quantidade): 4.095m³
Número de reservatórios: 6 (2 cisternas + 4 caixas
d’água)
- É feita aplicação de hipoclorito de sódio a 10%.
- Existe controle interno diário.
- Existe controle externo mensal pela concessionária.
Condições urbanas do Condições de acesso: Boa (ruas asfaltadas)
entorno Risco de enchentes: Não existe
Risco de deslizamentos: Não existe
Coleta de esgoto sanitário Coleta e tratamento público: Saneamento público
Tratamento próprio: Não existe

4.3 Caracterização das atividades e serviços do estabelecimento

O HUWC é um Hospital de Ensino, Pesquisa e Assistência, que integra o


Complexo Hospitalar da UFC, composto também pela Maternidade Escola Assis
Chateaubriand (MEAC). Localiza-se na Rua Capitão Francisco Pedro, nº1290, no
Bairro Rodolfo Teófilo, Fortaleza-CE, em área do campus de Porangabuçu, que abriga
todos os cursos da área da saúde da UFC. Atualmente suas atividades são vinculadas ao
ensino, pesquisa e extensão, bem como à assistência à saúde e sua atuação está
distribuída em diversos blocos espalhados no Complexo Hospitalar e em seu entorno.
O HUWC com foco na sua missão tem se dedicado às áreas clínicas e cirúrgicas
ligadas à atenção terciária. O hospital oferece 212 consultórios para atendimento de
diversas especialidades. No total oferece 195 leitos para internação, centro cirúrgico
com 08 (oito) salas, Unidade de Tratamento Intensivo com 16 leitos e salas de
recuperação pós- anestésica. Conta ainda com 02 salas de cirurgia ambulatorial,
laboratório de análises clínicas, radiologia, hemodinâmica e Central de Material
Esterilizado - CME.
Em 2017, foram realizadas 251.609 consultas, 5.114 cirurgias, 1.141.013 de
procedimentos com finalidade diagnóstica e 6.530 internações. Nos primeiros sete
meses de 2018, já foram realizadas um total de 149.227 consultas, 3.025 cirurgias,
713.536 procedimentos com finalidade diagnóstica e 3.909 internações.

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Nos últimos anos, o hospital tem apresentado como diferencial o atendimento
aos transplantes de fígado, rim, medula óssea, córnea e pâncreas. Somente no ano
passado já foram realizados 201 transplantes no HUWC, conforme Tabela abaixo:
Tabela 1 – Número de Transplantes Realizados em 2016-2018
Transplantes Medula
Ano
geral Córnea Óssea Renal Hepático Pâncreas
2016 214 6 70 92 46 0
2017 201 25 67 74 34 1
2018* 126 4 42 55 25 0
*Número de Transplantes realizados até julho/2018

No quadro abaixo, poderemos observar algumas informações adicionais


pertinentes a caracterização das atividades e serviços do HUWC:
Quadro 03 - Caracterização do estabelecimento
Cancerologia Cirúrgica; Cardiologia; Cirurgia
Cardiovascular; Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial;
Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Cirurgia do Aparelho
Digestivo; Cirurgia Geral; Cirurgia Plástica; Cirurgia
Torácica; Cirurgia Vascular; Clínica Médica;
Coloproctologia; Dermatologia; Endocrinologia e
Metabologia; Gastroenterologia; Geriatria;
Tipo de especialidades
Hematologia; Hematologia e Hemoterapia;
médicas e/ou assistenciais
Infectologia; Medicina Intensiva; Nefrologia;
Neurocirurgia; Neurologia; Oftalmologia; Ortopedia e
Traumatologia; Otorrinolaringologia; Pediatria;
Pneumologia; Psiquiatria; Reumatologia; Transplante
de Medula; Transplante Hepático; Transplante Renal;
Urologia; Dor; Linha de Cuidado Obesidade; Linha de
Cuidado Diabetes.
Número de 2017: 20.967/mês
atendimentos/mês 2018*: 12.435 /mês
Capacidade Instalada: 245
Número de leitos
Ativos: 195
Nº de médicos: 401, sendo:
163 da UFC
238 da EBSERH
Nº Outros Profissionais de Nível Superior: 484,
sendo:
Número dos profissionais:
161 da UFC
323 da EBSERH
Nº de Profissionais de Nível Médio: 879, sendo
413 da UFC
466 da EBSERH
*Atualizado até 07/2018

O HUWC conta, também, com uma equipe multiprofissional competente e


estrutura privilegiada para o desenvolvimento de pesquisas e atividades de ensino. A
Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) dos Hospitais Universitários da Universidade

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Federal do Ceará (UFC) é composta pelo Setor de Gestão do Ensino do Hospital
Universitário Walter Cantídio (HUWC), Maternidade Escola Assis Chateaubriand
(MEAC) e Setor de Gestão da Pesquisa e Inovação Tecnológica, além da Unidade de
Telessaúde. O Setor de Ensino é composto por 04 unidades: Residência médica,
Residência multiprofissional, Unidade de Graduação e Ensino Técnico e Unidade de
Extensão. O Setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica possui a Unidade de Pesquisa
Clínica e o Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS).
O Setor de Ensino desempenha uma série de atividades, dentre elas destacam-se
as relacionadas aos programas de residências médicas. Atualmente são 30 programas e
11 áreas de atuação do HUWC, dentre áreas básicas e de especialidades, responsáveis
por uma média de 210 residentes em curso/ano. Ainda nessa perspectiva de ensino, o
HUWC também se destaca no pioneirismo na formação de residentes multiprofissionais
no Ceará. A Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar à Saúde
(RESMULTI) forma profissionais em sete áreas diferentes: enfermagem, fisioterapia,
farmácia, psicologia, nutrição, serviço social e terapia ocupacional.
No que se refere às pesquisas científicas, somente no período entre 2015 a 2017,
o complexo dos Hospitais Universitários da UFC foi responsável pelo desenvolvimento
de 541 pesquisas de diferentes classificações institucionais, como acadêmicas e de
desenvolvimento tecnológico. O número rende ao complexo a segunda posição dentre
os hospitais universitários vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
(EBSERH) que mais realizaram pesquisas científicas no período de dois anos.

4.4 Organograma do estabelecimento

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4.4 Componentes da equipe de elaboração do PGRSS

Quadro 04 - Componentes da equipe de elaboração do PGRSS


Responsável pelo PGRSS Grasiela Maria Alves Sampaio
Identificação ART do responsável
Número do conselho de classe 128.323
Equipe:

______________________________________
Vinicios Ramon Santos Serafim
Cargo: Assistente Administrativo
SIAPE: 2241951

______________________________________
Hérica Queiroz Oliveira
Cargo: Analista Administrativo
SIAPE: 2224340

______________________________________
Jonata Guimarães de Sousa
Cargo: Assistente Administrativo
SIAPE: 2224345

______________________________________
Rubem Silva Oliveira
Cargo: Técnico de Segurança do Trabalho
SIAPE: 2254170

______________________________________
Mona Lisa Menezes Bruno
Cargo: Chefe da Unidade de Gestão de Riscos Assistenciais
SIAPE: 1455984

______________________________________
Andreína Fontenele Teixeira
Cargo: Farmacêutica
SIAPE: 2173923

______________________________________
Paulo José Silva da Costa
Cargo: Assistente Administrativo
SIAPE: 2238658

______________________________________
José Martins de Alcântara Neto
Cargo: Farmacêutico
SIAPE: 1839170

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______________________________________
Natália Costa Bezerra Freire
Cargo: Enfermeira em Hematologia e Hemoterapia
SIAPE: 1839135

______________________________________
Denise Maria dos Santos Teodoro
Cargo: Chefe da Unidade de Hotelaria Hospitalar HUWC
SIAPE: 2203996

______________________________________
Nirlanda de Oliveira Viana
Cargo: Chefe do Setor de Hotelaria Hospitalar
SIAPE: 2254173

______________________________________
Ila Fernanda Nunes Lima
Cargo: Farmacêutica
SIAPE: 2174102

______________________________________
Fábio Francisco Evangelista
Cargo: Chefe da Unidade de Engenharia Clínica do HUWC
SIAPE: 2780441

______________________________________
Clarisse Gracielle Santos de Oliveira
Cargo: Enfermeira
SIAPE: 2173968

______________________________________
Anaíza Diógenes Soares
Cargo: Chefe da Unidade Ambulatorial do Serviço de Enfermagem
SIAPE: 1421897

______________________________________
Grasiela Maria Alves Sampaio
Cargo: Enfermeira
SIAPE: 2166666

______________________________________
Sayonara Sousa Lima
Cargo: Enfermeira
SIAPE: 2419586

______________________________________
Helcio Fonteles Tavares da Silveira
Cargo: Chefe da Unidade de Diagnóstico por Imagem
SIAPE: 2166669

15
______________________________________
Alice de Brito Costa Maia
Cargo: Nutricionista
SIAPE: 2215104

______________________________________
Suzanna Araújo Tavares Barbosa
Cargo: Médica Hematologista
SIAPE: 2412559

______________________________________
Rita Paiva Pereira Honório
Cargo: Chefe da Divisão de Enfermagem
SIAPE: 1166335

______________________________________
Maria Airtes Vieira Vitoriano
Cargo: Chefe da Divisão de Gestão do Cuidado
SIAPE: 1165456

______________________________________
Michelle Pinheiro Rodrigues
Cargo: Médica CCIH
SIAPE: 1560431

_______________________________________
Gleiciane Moreira Dantas
Cargo: Farmacêutica
SIAPE: 2174089

5. TIPOS E QUANTIDADES DE RESÍDUOS GERADOS

5.1 Classificações dos Resíduos por Grupo


Os resíduos do Serviço de Saúde gerados nas dependências do Hospital, foram
caracterizados conforme RDC Nº 222, DE 28 DE MARÇO DE 2018 da ANVISA.
GRUPO A – Resíduos potencialmente infectantes
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção. Enquadram-se nesse grupo, dentre
outros:
A1
- Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos
biológicos, exceto os medicamentos hemoderivados; descarte de vacinas de
microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais
utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios
de manipulação genética.

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- Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de
indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes
classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de
disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente
importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido.
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas
oriundas de coleta incompleta.
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes
e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre.
A2
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem
como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de
microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram
submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.
A3
Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais,
com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade
gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha
havido requisição pelo paciente ou seus familiares.

A4
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções,
provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes
classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação,
ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente
importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de
contaminação com príons.
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

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- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos
provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de
confirmação diagnóstica.
- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de
animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de
microrganismos.
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós transfusão.
A5
- Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos
suspeitos ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde
de indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos,
tecidos e fluidos de alta infectividade para príons.
- Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos
oficiais pelos órgãos sanitários competentes.

GRUPO B - Resíduos Químicos


Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade,
mutagenicidade e quantidade.
- Produtos farmacêuticos
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais
pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
- Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e
reativos.

GRUPO C
Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de
dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou
não prevista.
- Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa e
ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e
radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de Proteção Radiológica aprovado
para a instalação radiativa.

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GRUPO D
Resíduos Comuns
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou
ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário,
gorros e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material utilizado em
antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não entraram em
contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de língua e
outros similares não classificados como A1.
- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
- Resto alimentar de refeitório.
- Resíduos provenientes das áreas administrativas.
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
- Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado.
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada.
- Pelos de animais.
Resíduos recicláveis
- Classifica-se como reciclável os papéis (exceto de uso sanitário), papelões, plásticos,
metal, e vidro.
Resíduos Específicos
São classificados assim, os resíduos comuns gerados por obras ou reformas
(entulhos e restos de materiais, exceto tintas e solventes), madeiras e outras peças
provenientes de móveis, artigos eletrônicos (retirada a bateria) e mobiliário inutilizado.

GRUPO E
Resíduos Perfurocortantes e Escarificantes
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de
bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas;
espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de
coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

19
5.2 Tipos de resíduos gerados por setor, unidade ou serviço

Quadro 05 - Tipos de resíduos gerados por setor, unidade ou serviço


Grupo de resíduos
Setor ou A
Unidade A1 A2 A3 A4 A5 B C D E RE ES

BLOCO CENTRAL
Divisão de Administração
X X
Financeira
Divisão de Gestão de Pessoas X X
Unidade de Contratos X X
Unidade de Compras X X
Gerência Administrativa X X
Setor de Hotelaria Hospitalar X X
Setor Jurídico X X
Gerência de Assistência à Saúde X X
Superintendência X X
Linha do cuidado X X
Serviço Social X
Portaria Principal X
Serviço de Abertura de
X
prontuários
Serviço de Internação X
BLOCO CENTRAL
SAME X
Hemodiálise X X X X
CIDHOT X X
Clínica Cirúrgica III – Transplante X X X X X
Clínica Médica IV - Pediatria X X X X X
Ouvidoria X
Unidade de desenvolvimento de
X X
Pessoas
Unidade de Processamento da
X X
Informação Assistencial
Sala de Estudos - Sidrião X X
Unidade de Nutrição Clínica e
X X
Refeitório
Unidade de Produtos para a Saúde X
Unidade de farmácia X X
Farmácia de manipulação de
X X X
quimioterápicos
Almoxarifado X X
Unidade de patrimônio X X X
Serviço de higienização e limpeza
X X
hospitalar
Serviço de rouparia X X
Unidade de Infraestrutura física X X

20
Grupo de resíduos
Setor ou A
Unidade A1 A2 A3 A4 A5 B C D E RE ES

Unidade de Engenharia Clínica X X


Serviço de transporte X
Velório X X X
Arquivo administrativo X
Supervisão de Terceirizados X
USOST X
Setor de Infraestrutura Física
X
(Casa de Pedras)
Residências e internato X
Comissão permanente de
X X
acumulação de cargos
Unidade de comunicação social X
Auditoria de prontuários e
X
Nutrição Enteral
Capela X
Coordenação de Enfermagem X X
Ensino e pesquisa - Secretaria X X
Banco de sangue X X
Setor de vigilância em saúde /
X X
CCIH
TMO X X X X X X
Clínica I X X X X X X
Clínica II-A X X X X X X
Clínica II-B X X X X X X
Salas de apoio acadêmico X
Copa II-A/II-B X
Ambulatório de cardiologia X X X X X
Ambulatório psiquiatria X X X
Ambulatório de pneumologia X X X X
Ambulatórios especializados:
X
gastro.
Ambulatório de pulsoterapia X X X X X
Ambulatório do servidor X X
Ambulatório de neurologia – sala
X X
EEG
Sala resmulti/psicologia X
Centro de Estudos, copa,
X
banheiros
Linha do Cuidado X X X X X
BLOCO CIRÚRGICO
UTI clínica X X X X X X
UTI cirúrgica X X X X X X
Sala de recuperação X X X X X X
Centro cirúrgico X X X X X X

21
Grupo de resíduos
Setor ou A
Unidade A1 A2 A3 A4 A5 B C D E RE ES

CME X X
Gerência de Risco X
Clínica cirúrgica – posto I X X X X X X
Clínica Cirúrgica – posto II X X X X X X
Hemodinâmica X X X X X X
Setor de serviços diagnósticos -
X
administração
Serviço de Ultrassonografia X X X X X
Serviço de Raio-X X X X X X
Serviço de Tomografia X X X X X
Serviço de Ressonância X X X X X
Serviço de endoscopia X X X X X
Laboratório de análises clínicas X X X X X
SGPTI X X
Ambulatórios e Externos
Ambulatório de atenção ao idoso X X X X X
Ambulatório de pediatria X X X X X
Ambulatório de cirurgia geral X X X X X
Ambulatório transplante renal X X X X X
Ambulatório de
X X X X X
traumato/ortopedia
Ambulatório de Dermatologia X X X X X
Ambulatório de endocrinologia X X X X X
Ambulatório Gastroenterologia /
X X X X
Clínica Médica / Nefrologia
Ambulatório de Infectologia X X X X X
Ambulatório de Neurologia X X X X X
Ambulatório urologia X X X X X
Ambulatório proctologia X X X X X
Ambulatório de Otorrino X X X X X
Ambulatório de reumatologia X X X X X
Ambulatório Hospital – Dia X X X X X
Ambulatório transplante hepático X X X X X
Ambulatório de Oftalmologia X X X
Ambulatório de Hematologia X X X X X
Ambulatório de
X X X X X
quimioterapia/oncologia
USOST X X
Setor de Infraestrutura física X X X X
Unidade de Laboratório de
X X X X
Análises Clínicas
Anexo UPS – Galpão Vila União X
Anexo SAME – Rua Machado de
X
Assis

22
Grupo de resíduos
Setor ou A
Unidade A1 A2 A3 A4 A5 B C D E RE ES

Estacionamentos X
Áreas Externas: Praças, calçadas e
X X
passeios

5.2.1 Quantidade de resíduos estimados por grupo de resíduos

Quadro 06 - Quantidade de resíduos estimados por grupo de resíduos


Grupo Detalhamento Total Total
(L/Dia) (L/Mês)
Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de
fabricação de produtos biológicos, exceto os
hemoderivados; descarte de vacinas de micro-
organismos vivos ou atenuados; meios de cultura e 5 150
instrumentais utilizados para transferência, inoculação
ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de
manipulação genética.
Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos
ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação
biológica por agentes da classe de risco 4, micro-
organismos com relevância epidemiológica e risco de - -
disseminação ou causadores de doença emergente que
A1 se torne epidemiologicamente importante ou cujo
mecanismo de transmissão seja desconhecido.
Bolsas transfusionais contendo sangue ou
hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por
- -
má conservação, ou com prazo de validade vencido, e
aquelas oriundas de coleta incompleta.
Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou
líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes
20 600
do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou
líquidos corpóreos na forma livre.
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos
que, por suas características, podem apresentar risco de 900 27.000
infecção.
Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de micro-organismos,
Resíduos não
bem como suas forrações, e os cadáveres de animais
A2 produzidos no
suspeitos de serem portadores de micro-organismos de
HUWC
relevância epidemiológica e com risco de disseminação
que foram submetidos ou não a estudo
anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.
Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto
A3 - -
de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que

23
500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou
idade gestacional menor que 20 semanas, que não
tenham valor científico ou legal e não tenha havido
requisição pelo paciente ou familiares.
Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores,
2 60
quando descartados.
Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada;
membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e 2 60
de pesquisa, entre outros similares.
Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes
contendo fezes, urina e secreções, provenientes de
pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de
conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem
relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou 20 600
micro-organismo causador de doença emergente que se
torne epidemiologicamente importante ou cujo
mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com
suspeita de contaminação com príons.
A4 Resíduos de tecido adiposo proveniente de
lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de 5 150
cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
Recipientes e materiais resultantes do processo de
assistência à saúde, que não contenham sangue ou 3600 108000
líquidos corpóreos na forma livre.
Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos
provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos 2 60
anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.
Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
Resíduos não
provenientes de animais não submetidos a processos de
produzidos no
experimentação com inoculação de micro-organismos,
HUWC
bem como suas forrações.
Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual
- -
pós-transfusão.
Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais
perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais
A5 resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, 1 30
com suspeita ou certeza de contaminação com príons.

Produtos hormonais e produtos antimicrobianos;


citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores;
digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando
descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias
e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os
resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos
B 0,5 15
controlados pela Portaria MS 344/98 e suas
atualizações.
Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestastes;
resíduos contendo metais pesados; reagentes para
laboratório, inclusive os recipientes contaminados por
estes.

24
Efluentes de processadores de imagem (reveladores e Resíduos não
fixadores). produzidos no
HUWC
Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados
- -
em análises clínicas.
Demais produtos considerados perigosos, conforme
classificação da NBR 10004 da ABNT (tóxicos, - 200
corrosivos, inflamáveis e reativos).
Rejeitos radioativos ou contaminados com
Resíduos não
radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises
C produzidos no
clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia,
HUWC
segundo a Resolução CNEN-6.05.
Metal, plásticos, vidro, madeira, resíduos de varrição e
restos de jardins, restos alimentares, papel, gorro,
12.260 367.800
D máscara e outros resíduos que não entraram em contato
com o paciente.
Recicláveis 350 10.500
Objetos perfurantes ou cortantes, capazes de causar
punctura ou cortes, tais como lâminas e lamínulas,
E brocas, lancetas, tubos capilares, bisturis, agulhas, 400 12.000
escalpes, vidros quebrados, etc., provenientes de
estabelecimento prestador de serviços de saúde.
*Valores estimados de acordo com a produção média observada em 2017 (Resíduos infectantes: 149.325
L/Mês, Resíduos comuns não recicláveis 367.800, Resíduos recicláveis 10.500 L/Mês, Resíduos perigosos
(medicamentos vencidos): 15 L/mês).

5.3 Segregação e acondicionamento dos resíduos

A segregação corresponde à operação de separação dos resíduos e deve ser feita


no momento e local de sua geração, conforme as características físicas, químicas,
biológicas, seu estado físico e riscos envolvidos, acondicionando-os imediatamente, de
acordo com a sua espécie e grupo.
Importância da separação dos resíduos de serviços de saúde:
• impede a contaminação dos resíduos comuns pelos resíduos infectantes;
• redução do volume de resíduos contaminados pelo contato por outros;
• diminui os recursos necessários a adequada coleta, tratamento e destinação final
tanto dos resíduos infectantes como dos resíduos comuns;
• facilita o socorro em caso de acidentes;
• permite melhor identificação dos resíduos perigosos, proporcionando melhores
condições de segurança no trabalho.
Após a segregação dos resíduos, estes serão acondicionados conforme Grupo e
Classificação a que pertencem satisfazendo as exigências da legislação vigente.

25
Grupo A – Infectantes.
Os resíduos sólidos pertencentes ao Grupo A, serão acondicionados em sacos
plásticos de cor branca, leitoso, ou saco vermelho de acordo com a classificação dos
resíduos, identificados com simbologia de “substância infectante”.
Os sacos para acondicionamento dos resíduos do grupo A devem estar contidos
em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura e vazamento,
impermeável, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com
cantos arredondados. Devem ser resistentes a tombamento e devem ser respeitados os
limites de peso de cada invólucro. Os sacos devem estar identificados com a simbologia
da substância infectante. Sendo proibido o esvaziamento dos sacos ou seu
reaproveitamento.
Quadro 07 – Colorações dos sacos para acondicionamento dos resíduos do grupo A.
Colorações possíveis para acondicionamento de resíduos do grupo A
Grupo Saco branco leitoso Saco vermelho
A1 X X
A2 X
A3 X
A4 X
A5 X
Grupo B – Químicos.
Substâncias perigosas (corrosivas, reativas, tóxicas, explosivas e inflamáveis) -
devem ser acondicionados com base nas recomendações específicas do fabricante para
acondicioná-los e descartá-los. Elas se encontram nas etiquetas de cada produto, ou na
FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos.
Resíduos sólidos - devem ser acondicionados em recipientes de material rígido,
adequados para cada tipo de substância química, respeitadas as suas características
físico-químicas e seu estado físico, devendo ser identificados de acordo com suas
especificações.
Resíduos líquidos - devem ser acondicionados em recipientes constituídos de
material compatível com o líquido armazenado, resistente, rígido e estanque, com tampa
rosqueada e vedante. Devem ser identificados de acordo com suas especificações.
O acondicionamento deve observar as exigências de compatibilidade química
dos componentes entre si, assim como de cada resíduo com os materiais das
embalagens, de modo a evitar reação química entre eles, tanto quanto o
enfraquecimento ou deterioração de tal embalagem, ou a possibilidade de que seu
material seja permeável aos componentes do resíduo. Quando os recipientes de
acondicionamento forem constituídos de polietileno de alta densidade - PEAD, deverá
ser observada a compatibilidade entre as substâncias.
Os resíduos que irão ser encaminhados para reciclagem ou reaproveitamento
devem ser acondicionados em recipientes individualizados, observadas as exigências de
compatibilidade química do resíduo com os materiais das embalagens, de forma a evitar
reação química entre seus componentes e os da embalagem, tanto quanto o
enfraquecimento ou deterioração da mesma.
26
Não se deve permitir que o material da embalagem seja permeável aos
componentes do resíduo.
Devem ser acondicionados em recipientes de material rígido, adequados para
cada tipo de substância química, respeitadas as suas características físico-químicas e seu
estado físico, e identificados de acordo com o item 1.3.4 da RDC ANVISA no 306/04.
As embalagens secundárias, que não entraram em contato com o produto, devem
ser fisicamente descaracterizadas e acondicionadas como resíduo do grupo D. Devem
ser preferencialmente encaminhadas para processo de reciclagem.
As embalagens primárias, secundárias e os materiais contaminados por
substância química devem ter o mesmo tratamento das substâncias químicas que as
contaminaram.
Os medicamentos e outros produtos químicos vencidos ou deteriorados deverão
ser enviados da unidade ao serviço responsável pela dispensação, e este deverá
encaminhar mediante caracterização e informação de substância, lote, validade,
apresentação e quantidade, conforme formulário próprio, para a Unidade de Hotelaria
Hospitalar do HUWC para o descarte. Nesta última será realizada conferência e
pesagem dos produtos encaminhados com atesto da listagem enviada, e armazenamento
temporário até a coleta pela empresa contratada.
As lâmpadas fluorescentes usadas devem ser acondicionadas em sua embalagem
original, ou idêntica a esta, e ser depositada em contêiner próprio, separadamente do
restante dos resíduos, para que sejam enviadas para o processo de descontaminação.
As pilhas, e baterias usadas devem ser devolvidas ao almoxarifado, e este
acondicionará em contêiner específico para estes resíduos, devendo solicitar a coleta e
descarte sempre o depósito atinja 2/3 do volume.
Medicamentos vencidos devem ser segregados, mantidos em sua embalagem
original, e encaminhados para abrigo próprio para resíduos químicos; as embalagens
secundárias que não entraram em contato com as substâncias químicas, poderão serem
encaminhadas para reciclagem, após descaracterização.
Grupo D – Comuns.
Os resíduos tidos como comuns e que não são provenientes de áreas endêmicas
serão acondicionados em sacos pretos resistentes de modo a evitar derramamento
durante seu manuseio. Exceto resíduos vegetais, quando produzidos a partir de podas de
árvores serão cortados em tamanho reduzido, ou provenientes de varrições, poderão ser
acondicionados em container metálico sem uso do saco.
Materiais hospitalares vencidos, e que não foram utilizados, poderão ser doados
as faculdades de enfermagem, fisioterapia, farmácia, química, e outras que tiverem
interesse para fins didáticos, e uso exclusivo para prática em laboratório/ou sala de aula,
sendo vedado o uso em humanos, conforme fluxo de doação de materiais instituído.
Os materiais médicos hospitalares vencidos que não tiverem demanda
acadêmica, deverão ser descaracterizados, e descartados como resíduo comum. Somente

27
quando não for possível a sua descaracterização, os resíduos serão encaminhados para a
incineração.
Restos de construção civil, tais como madeiras, forros PVC, pisos, rebocos,
tijolos, entre outros, deverão ser recolhidos e depositados em container exclusivo,
solicitado e instalado próximo ao local de geração dos resíduos.
Os resíduos recicláveis deverão ser acondicionados em contêiner específico para
cada tipo de material, papelão, papel, plástico, vidro e metal, e disponibilizados para a
coleta seletiva.
Quanto aos bens de caráter permanente, mesmo com o desuso destes, não podem
ser classificados como resíduos, por isso, devem ser encaminhados para processo de
desfazimento por leilão. Para descarte destes materiais deverá ser seguido o fluxo de
desfazimento de bens, conforme anexo A deste PGRSS.
Grupo E – Perfurocortante.
No acondicionamento dos perfurantes ou cortantes, serão usados previamente
recipiente rígido, estanque, vedado e identificado com inscrição de “Perfurocortantes” e
a inscrição de acordo com a sua contaminação, “Resíduo Biológico”, se a contaminação
for biológica; “Resíduo Tóxico”, se a contaminação for química e, posteriormente o
recipiente será colocado em saco plástico na cor branca, leitoso.
O material do recipiente deverá ser de plástico rígido para materiais químicos,
provenientes da manipulação de medicamentos quimioterápicos.

5.3.1 Identificação
Os resíduos serão identificados, com o símbolo da substância correspondente, e
conforme descriminado abaixo:
Os resíduos do
Os resíduos do grupo B são
grupo A são identificados
identificados pelo através do
símbolo de substância símbolo de risco
infectante, com rótulos associado e com
de fundo branco, discriminação de
desenho e contornos substância
pretos. química e frases
de risco.

28
Resíduos
Os rejeitos do Comuns – Não
grupo C são recicláveis deve
representados pelo ser utilizada a cor
símbolo internacional cinza ou preta nos
de presença de radiação recipientes. Caso
ionizante (trifólio de não exista
cor magenta) em processo de
rótulos de fundo segregação para
amarelo e contornos reciclagem, não há
pretos, acrescido da exigência para a
expressão MATERIAL RADIOATIVO. padronização de cor destes recipientes.

Resíduos Comuns – Recicláveis: Os resíduos do grupo D podem ser destinados à reciclagem


ou à reutilização. Quando adotada a reciclagem, sua identificação deve ser feita nos
recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando código de cores e suas
correspondentes nomeações, baseadas na Resolução CONAMA no 275/01, e símbolos de tipo
de material reciclável.

Resíduos Perfurocortantes -
Os produtos do grupo E são identificados pelo símbolo de substância
infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos,
acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE,
indicando o risco que apresenta o resíduo.

29
5.3.2 Considerações finais sobre o acondicionamento:

No uso dos sacos plásticos para acondicionamento dos resíduos, devem ser
preenchidos até 2/3 (dois terços) do volume da embalagem, possibilitando que esta seja
amarrada acima do seu conteúdo, de modo a evitar o transbordo na hora da coleta.
Quando do acondicionamento dos resíduos com quantidade excessiva de
umidade, deve utilizar saco duplo de forma a evitar rompimento da embalagem.
Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes
resistentes, reforçados e grandes o suficiente para receber o material de uso diário no
local. As agulhas não devem ser destacadas das seringas ou manuseadas, afim de evitar
contaminação e acidentes. Os recipientes não devem ser sobrecarregados e, quando
cheios, têm que ser devidamente fechados, e ser acondicionados em sacos brancos,
leitoso ou laranja, de acordo com o tipo de resíduo armazenado.
Os resíduos infectantes compostos por membros, fetos, órgãos e tecidos
humanos, serão acondicionados separadamente, em sacos plásticos, de cor vermelha,
com simbologia de “substância infectante”.
Peças anatômicas e produtos de fecundação sem sinais vitais, após
procedimentos de registro, devem ser acondicionados, por espécie, no próprio local
onde se efetuou o ato, em saco branco leitoso, resistente, impermeável e posteriormente
colocado em outro saco com as mesmas características do primeiro, recebendo a
inscrição de “peças anatômicas”, e a identificação do conteúdo com data de geração, e
que por sua vez será mantido em refrigeração ou formalizados, para disposição final
caso não sejam utilizados para fins científicos ou requisitados pelos seus proprietários.
Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e nas salas
de parto não necessitam de tampa para vedação, devendo os resíduos serem recolhidos
imediatamente após o término dos procedimentos.

5.4 Coleta e transporte interno dos RSS

Coleta interna
O transporte interno consiste no translado dos resíduos do local de geração até o
abrigo de contêineres de resíduos, destinados à apresentação para a coleta externa.
A coleta interna tem que ser planejada com o menor percurso possível, sempre
no mesmo sentido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas limpas,
alimentos e medicamentos, período de visita ou de maior fluxo de pessoas.
Os resíduos são retirados do local da geração, no mínimo três vezes ao dia, ou
sempre que atingirem dois terços da capacidade volumétrica da lixeira. Com exceção
das caixas de perfurocortantes que devem ser trocadas sempre que atingirem a marca
recomendada pelo fabricante.

30
Os auxiliares de serviços gerais retiram os sacos, conforme rotina, depositam no
saco hamper do carrinho de limpeza, e levam posteriormente até a sala de
armazenamento temporário, denominado expurgo, da própria unidade ou mais próxima.
As caixas de perfurocortantes, após fechadas pela equipe de enfermagem, devem ser
acondicionadas em saco branco leitoso, e também levadas para o expurgo.
Em horários pré-estabelecidos, é realizada a coleta dos resíduos dos expurgos ao
abrigo de resíduos para coleta externa. A coleta deve ser realizada por dois profissionais
com jornada diurna de 7h às 19h, e um profissional com jornada noturna de 19h às 7h,
devidamente equipados com EPI’s próprios para a realização da atividade, sendo no
período diurno um coletor para a coleta de resíduos comuns (grupo D), e outro para a
coleta de resíduos infectantes (Grupos A e E), e químicos (Grupo B), e no período
noturno, devido a redução da frequência e quantidade de coletas, apenas um profissional
coletará todos os tipos de resíduos, em carros de transporte diferentes para cada tipo de
resíduos.
Segue relação dos locais destinados ao armazenamento temporário de resíduos,
frequência e horários das coletas:
Quadro 08 – Lista de expurgos por clínicas
LOCAL /
Frequên
Unidade que Coletores Quanti-
Tipo de Resíduo cia das Horários
depositam (Capacidade) dade
coletas
resíduos
360 litros 01 Resíduos Infectantes
30 litros 01
Expurgo Clínica
360 litros 01 Resíduos Comuns
I
30 litros 01
30 litros 01 Resíduos Químicos 6:00 / 9:20
TMO 240 litros 01 Resíduos Comum 10:40/14:00 /
7x ao dia
240 litros 01 Resíduos Infectantes 16:00 / 18:30
Expurgo Clínica 360 litros 01 Resíduos Comum / 21:00
II-A 100 litros 01 Resíduos Infectantes
Expurgo Clínica 360 litros 01 Resíduos Comum
II-B 360 litros 01 Resíduos Infectantes
100 litros 01
Expurgo 240 litros 02 Resíduos Comum
Administrativo
Expurgo Clínica 360 litros 01 Resíduos Comum
III 100 litros 01 Resíduos Infectantes
Expurgo Clínica 360 litros 01 Resíduos Comum 6:00 / 9:20 /
IV 360 litros 01 Resíduos Infectantes 10:40/14:00 /
100 litros 02 7x ao dia
16:00 / 18:30
Expurgo Centro 360 litros 01 Resíduos Comum / 21:00
Cirúrgico 360 litros 02 Resíduos Infectantes

Expurgo UTI 240 litros 01 Resíduos Infectantes


100 litros 01

31
360 litros 01
Resíduos Comum
100 litros 01
Expurgo Posto I
360 litros 01
Resíduos Infectantes
100 litros 01
Expurgo Posto 360 litros 01
Resíduos Infectantes
II 100 litros 01
360 litros 01 Resíduos Comum
Expurgo 360 litros 01 Resíduos Comum
Ambulatório 240 litros 01 1x 18:30
Resíduos Infectantes
Cardiologia
Expurgo 360 litros 01 Resíduos Infectantes
Hemodinâmica 360 litros 01 Resíduos Comum 9:20 / 14:00 /
4x
Expurgo 360 litros 01 Resíduos Infectantes 16:00 / 18:30
Endoscopia 360 litros 01 Resíduos Comum
Expurgo 360 litros 01 Resíduos Infectantes
Ambulatório de 360 litros 03 Resíduos Comum 2x
Cirurgia
Expurgo 360 litros 01 Resíduos Infectantes
14:00 / 18:30
Ambulatório 360 litros 02 Resíduos Comum 2x
Especializados
Expurgo 240 litros 01 Resíduos Infectantes
3x
Hemodiálise 240 litros 01 Resíduos Comum

Diariamente, os expurgos são higienizados, conforme programação de limpeza


terminal do setor ou unidade.
As lâmpadas usadas serão transportadas manualmente pelo mesmo funcionário
que realizou a troca e armazenadas em container próprio.
As pilhas e baterias após usadas serão devolvidas a unidade de almoxarifado, e
recolhidas mensalmente para descarte.
Quando a ocorrência de paciente com suspeita de contaminação por príons, os
resíduos infectados serão encaminhados diretamente para o abrigo externo.
A coleta deve ser realizada com carros coletores específicos para cada grupo de
resíduos:
 Grupo A e E: Contenedor de 600 litros, com tampa, cor branca, com símbolo e
inscrição de “Resíduos Infectantes”.
 Grupo B: Contenedor de 360 litros ou 600 litros, com tampa, cor branca ou
laranja, com símbolo e inscrição de “substância tóxica”.
 Grupo D: Contenedor de 600 litros, com tampa, cor cinza ou preta, com símbolo
e inscrição de “Resíduos Comuns”.
 Outras características dos carros coletores: ser providos de rodas revestidas de
material que impeça ruído; ser provido de tampa basculante; ser provido de
válvula com dreno no fundo para os carros pesados; ter cantos e arestas
arredondados; ser de uso exclusivo para a coleta de resíduos

32
Do equipamento de proteção individual – EPI
Na coleta interna é obrigatório o uso do equipamento de proteção individual –
EPI, de acordo com as recomendações da NBR 12810/1993, devendo conter as
características mínimas listadas a seguir:
 uniforme, deve ser composto por calça comprida e camisa com manga, no mínimo
de ¾, de tecido resistente e de cor clara, específico para o uso do funcionário do
serviço, de forma a identificá-lo de acordo com sua função;
 luvas, devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara, preferencialmente
branca, antiderrapante e de cano longo. Só é admitido o uso da luva flexível, com as
mesmas características da anterior no manuseio dos resíduos do local de geração até
o armazenamento temporário;
 botas, devem ser de PVC, impermeável, resistente, de cor clara, preferencialmente
branca, com cano longo e antiderrapante. Sendo permitido o uso de sapatos
impermeáveis ou botas de cano curto, com as demais características da primeira, no
manuseio dos resíduos do local de geração até o armazenamento temporário;
 gorro, deve ser de cor branca, e de forma a proteger os cabelos;
 máscara, deve ser respiratória, tipo semifacial e impermeável;
 óculos, deve ter lente panorâmica, incolor, ser de plástico resistente, com armação
em plástico flexível, com proteção lateral e válvulas para ventilação;
 avental, deve ser de PVC, impermeável e de médio comprimento
Dos cuidados no uso dos EPIs:
 os EPIs são de uso individuais e não se admite a utilização comunitária entre os
envolvidos no processo de coleta;
 os EPIs têm que ser lavados e desinfetados diariamente;
 no caso de contaminação dos EPIs, estes deverão ser substituídos imediatamente e
encaminhados para lavagem e higienização.
Armazenamento para a coleta externa dos RSS
Os resíduos após coleta interna são depositados em abrigo temporário para
coleta externa pela empresa contratada para o transporte, e destinação final.
Existem dois abrigos, sendo um para resíduos comuns (grupo D), e outro para
resíduos infectantes (Grupo A). O primeiro contém dois contêineres de capacidade para
7 M³, e o segundo contém 32 bombonas de capacidade para 200 litros cada.
Os abrigos são higienizados diariamente, após o recolhimento dos resíduos,
conforme rotina e POP estabelecidos.
Os EPI’s utilizados durante a limpeza dos abrigos, são os mesmos recomendados
para a coleta interna.

33
Coleta e transporte externo dos RSS
A coleta, e o transporte dos resíduos dos grupos A, e D, tem frequência diária. Já
os resíduos dos grupos B e A4, resíduos são coletados por demanda e agendamento
prévio por empresa transportadora terceirizada, devidamente licenciada, e são
encaminhados para tratamento externo e destinação final.
Para os resíduos especiais, lâmpadas e baterias e pilhas, a coleta é realizada por
demanda.
Segue quadro descritivo por cada tipo de resíduo:
Quadro 09 – Empresa responsável pela coleta por tipo de resíduos.
Tipo de Empresa Frequênci Tipo de veículo
Destinação
resíduos Contratada a coletor
Grupo A1 TRANSAGUA
TRANSPORTE DE DIÁRIA COMPACTADOR INCINERAÇÃO
AGUAS LTDA
Grupo A4 TRANSAGUA
POR
TRANSPORTE DE COMPACTADOR INCINERAÇÃO
DEMANDA
AGUAS LTDA
Grupo B TRANSAGUA
POR COMPACTADOR
(medicamentos) TRANSPORTE DE INCINERAÇÃO
DEMANDA / BAÚ
AGUAS LTDA
Grupo B TRANSAGUA
POR COMPACTADOR
(químicos) TRANSPORTE DE INCINERAÇÃO
DEMANDA / BAÚ
AGUAS LTDA
Grupo D (não- ECO + SERVIÇOS
recicláveis) AMBIENTAIS E ATERRO
DIÁRIA COMPACTADOR
IMOBILIÁRIA SANITÁRIO
LTDA
Grupo D COOPERATIVA
REDE
(recicláveis) SEMANAL- KOMBI/ E/OU
ESTADUAL DE
MENTE CAMINHÃO ASSOCIAÇÃO DE
CATADORES
CATADORES
Grupo D (podas POR ATERRO
A CONTRATAR POLIGUINDASTE
e vegetais) DEMANDA SANITÁRIO
Resíduos de TRANSAGUA
POR ATERRO
construção civil TRANSPORTE DE POLIGUINDASTE
DEMANDA SANITÁRIO
AGUAS LTDA
Grupo E TRANSAGUA
TRANSPORTE DE DIÁRIA COMPACTADOR INCINERAÇÃO
AGUAS LTDA
Lâmpadas TRANSAGUA
POR DESCONTAMINA-
TRANSPORTE DE BAÚ
DEMANDA ÇÃO
AGUAS LTDA
Pilhas e baterias POR DESCONTAMINA-
A CONTRATAR BAÚ
DEMANDA ÇÃO

A relação detalhada, e informações das empresas prestadoras de serviços


contratadas constam no anexo E.

34
Tratamento e disposição final dos RSS
Cada tipo de resíduos é encaminhado pelas empresas contratadas para a
tratamento ou destinação final, de acordo com as leis, e resoluções sobre resíduos
sólidos. Segue quadro, por tipo de resíduo:
Quadro 10 –Destinação final por grupo de resíduos
Local de tratamento e/ou
Tipo de resíduos Endereço
destinação final
GRUPO A1
ESTRADA DO ITAPERI,
GRUPO A4
CENTRO DE Nº 725, JANGURUSSU,
GRUPO B TRATAMENTO DE FORTALEZA/CE –
(MEDICAMENTOS) RESÍDUOS PERIGOSOS - CEP 60862-220
GRUPO B CTRP FONE: (85) 3291-4000
(QUÍMICOS)
GRUPO E
ATERRO SANITÁRIO
GRUPO D (NÃO- RODOVIA BR 020, KM
METROPOLITANO OESTE
RECICLÁVEIS) 14, CAUCAIA – CE.
DE CAUCAIA - ASMOC
EUA VALDEMAR
GRUPO D REDE ESTADUAL DE
HOLANDA, SN – JOÃO
(RECICLÁVEIS) CATADORES
XXIII – CEP 60.525-622
GRUPO D (PODAS E
A CONTRATAR -
VEGETAIS)
RESÍDUOS DE
CONSTRUÇÃO A CONTRATAR -
CIVIL
TRANSAGUA RUA SOUSA PINTO,
LÂMPADAS TRANSPORTE DE AGUAS 139, AEROLANDIA, CEP
LTDA 60.851-190

PILHAS E BATERIAS A CONTRATAR -

6. Outras avaliações de riscos


O Mapa de riscos do HUWC é elaborado e atualizado pela Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA) com assessoria da Unidade de Saúde Ocupacional e
Segurança do Trabalho (USOST) e será disponibilizado nos diversos locais de trabalho.
Tais mapas de risco são predominantemente instalados em pontos estratégicos para
facilitar aspectos de visibilidade aos colaboradores e visitantes do ambiente.
O manuseio dos resíduos envolve risco potencial de acidente, principalmente
para os profissionais que atuam na coleta, no transporte, no tratamento e na disposição
final dos resíduos. O potencial de risco dos RSS aumenta quando os mesmos são
manuseados de forma inadequada ou não são apropriadamente segregados,
acondicionados e descartados, especialmente em situações que favorecem a penetração

35
de agentes de risco no organismo. Os principais riscos a que os trabalhadores do HU e
da empresa de higienização estão sujeitos são:

• RISCO BIOLÓGICO: Considera-se risco biológico considera-se Risco Biológico a


probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos, bem como da ocorrência
de um evento adverso em virtude da presença de um agente biológico. Os pré-requisitos
necessários para o desenvolvimento de uma doença infecciosa são: presença do agente
infeccioso; número suficiente do agente; hospedeiro suscetível; porta de entrada do
agente no hospedeiro, que deve estar presente ou ser criada. Na literatura, há registros
de muitos acidentes envolvendo resíduos perfurocortantes (criação da porta de entrada)
com sangue e outros fluidos orgânicos (possíveis presença e concentração do agente
infectante), envolvendo tanto o pessoal da atenção à saúde como o da limpeza e coleta
dos resíduos, muitas vezes, com baixa resistência e sem imunização.

• RISCO FÍSICO: São considerados aqueles em que há a exposição dos profissionais a


agentes físicos como, por exemplo, ruído, vibração, radiação não ionizante, iluminação
deficiente ou excessiva e umidade.

• RISCO QUÍMICO: Consideram-se agentes de risco químico as substâncias,


compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, nevoas ou vapores, ou que
seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo
organismo através da pele ou por ingestão. Os principais causadores desse risco no
ambiente hospitalar são: quimioterápicos (citostáticos, antineoplásicos, etc.),
amalgamadores, desinfetantes químicos (álcool, glutaraldeido, hipoclorito de sódio,
ácido peracético, clorexidina, etc.) e os gases medicinais (óxido nitroso e outros). A
exposição aos resíduos químicos perigosos mal acondicionados ou submetidos a
tratamento em instalações inadequadas também é danosa à saúde do trabalhador e da
população do entorno da área de tratamento. O risco químico pode ser minimizado
utilizando-se Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) adequados para o manuseio
de produtos químicos, inclusive os desinfetantes, de acordo com boas práticas a fim de
garantir a manutenção da saúde e a segurança das pessoas, além de evitar impactos ao
meio ambiente.

• RISCO ERGONÔMICO: São considerados riscos ergonômicos: esforço físico,


levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, cargas
excessivas, que podem resultar em transtornos músculo-articulares (osteomusculares)
diversos, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho
prolongada, monotonia e repetitividade e imposição de rotina intensa.

No manuseio dos resíduos esse risco é oriundo de esforço repetitivo no recolhimento e


atividades de limpeza e higienização; trabalho na posição de pé e transporte manual de
cargas; para minimizar o risco ergonômico, são recomendadas as seguintes ações:
a) Organizar o ambiente de trabalho;
b) Planejar a frequência da coleta interna dos resíduos;
c) Promover capacitações permanentes da equipe de limpeza.

• RISCO DE ACIDENTE: Exposição da equipe a agentes mecânicos perfurocortantes:


escalpes, seringas, bisturis e tesouras são, constantemente, encontrados junto aos lençóis
e roupas de centro cirúrgico nas lavanderias (como não deveriam estar no meio dessas

36
roupas, acabam causando ferimento nos profissionais de saúde que trabalham no local).
Para minimizar o risco de acidentes, devem ser observadas as seguintes recomendações:
a) Adquirir equipamentos de proteção individual de qualidade, com desenhos
respeitando a ergonomia e em número suficiente para a utilização do pessoal da
limpeza;
b) Segregar e acondicionar corretamente os resíduos, principalmente os que podem
resultar em danos ao trabalhador que faz a higienização e coleta;
c) Instalar extintores de incêndio obedecendo ao preconizado pela NR-23 e capacitar a
equipe para sua utilização;
d) Realizar manutenção preventiva e corretiva da estrutura física da sala e do abrigo de
resíduos, incluindo instalações hidráulicas e elétricas, dos recipientes de
acondicionamento, do carro de coleta interna e, também, dos contêineres de
armazenamento;
e) Implantar o programa de prevenção de riscos ambientais, de acordo com a NR-9.

Outros riscos são:


• Abrigo de resíduos com espaço físico subdimensionado ou arranjo físico inadequado;
• Acesso inadequado ao abrigo de resíduos pelo pessoal da coleta externa, contêineres
sem condições de uso;
• Ausência de EPI;
• Agulhas no chão e improvisações diversas na disposição de caixa coletoras de
materiais perfurocortantes.

7. Serviços especializados
O Complexo Hospitalar formado pelo (HUWC e MEAC) dispõe de uma equipe
técnica especializada em matéria de segurança e medicina do trabalho instituído pela
USOST (Unidade de Saúde de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho), acrescido
por uma comissão prevencionista denominada de CIPA (Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes), conforme composição abaixo:
Quadro 11 – Componentes do USOST

USOST
NOME DO
CARGO FORMAÇÃO
FUNCIONÁRIO
Alexandre Monteiro Eng. de
Engenheiro de segurança do trabalho
Pacheco alimentos
Aurora Maria Bento De
Enfermeiro - saúde do trabalhador Enfermagem
Oliveira
Dionisio Muniz Trajano Técnico em enfermagem – saúde do Téc. de
Junior trabalhador enfermagem
Francisco Das Chagas Dos
Técnico em segurança do trabalho Téc de segurança
Santos
Igor Andrade Azevedo Técnico em segurança do trabalho Téc de segurança
Joiciney Das Chagas Silva Engenheiro de segurança do trabalho Eng. Industrial
Josimar Pereira Da Rocha Técnico em segurança do trabalho Téc de segurança
Luciando Cabral Moreira Médico – medicina do trabalho Medico
Paula Andréa Araújo
Técnico em segurança do trabalho Téc de segurança
Teixeira

37
Técnico em enfermagem – saúde do Téc. de
Rosilene Pereira Oliveira
trabalhador enfermagem
Téc. de
Rubem Silva Oliveira Técnico em segurança do trabalho
segurança
Silvia Helena Soares Téc. de
Técnico em segurança do trabalho
Bezerra segurança
Téc. de
Tiago Morais Da Costa Técnico em segurança do trabalho
segurança
Vera Nunes De Melo Médico – medicina do trabalho Médico
Virginia Maia Do Téc. de
Técnico em segurança do trabalho
Nascimento segurança
Quadro 12 – Componentes da CIPA

CIPA
NOME DO
CARGO FORMAÇÃO
FUNCIONÁRIO
Aline Roberta Mazzier de Técnico em laboratório de patologia Téc. em
Souza clínica laboratório
Ana Beatriz Diógenes
Enfermeira - assistencial Enfermagem
Cavalcante
André Luis Bandeira da
Assistente administrativo -
Silva
Andrea De Sousa Quintela Enfermeiro - assistencial Enfermagem
Barbara Osorio Xavier
Farmacêutico Farmácia
Montezuma
Elba Paiva Rodrigues e Téc. De
Técnico em enfermagem
Silva enfermagem
Emanuella Carneiro Melo Enfermeiro - assistencial Enfermagem
Fabricia Alves Galvão Enfermeiro - vigilância Enfermagem
Felipe Lopes de Oliveira
Assistente administrativo -
Vasconcelos
Francisca Edla Santos Leite
Enfermeiro - assistencial Enfermagem
Gurgel
Francisca Gerina Gomes Téc. De
Técnico em enfermagem
Braga enfermagem
Geisa Maria Evangelista
Médico - clínica médica Medicina
Leal
Jairo Santiago Gurgel Médico - ginecologia e obstetrícia Medicina
Joao Marcos de Meneses e
Médico - ginecologia e obstetrícia Medicina
Silva
Técnico em
Jose Edson da Silva Costa Técnico em radiologia
radiologia
Joseana Taumaturgo
Enfermeiro - cardiologia Enfermagem
Magalhaes Falcao
Lara Carla e Silva Lacerda Assistente administrativo -
Lia Vale de Queiroz Farmacêutico Farmácia
Luciana Albuquerque Técnico em enfermagem Téc. de

38
Santos enfermagem
Macileide da Silva Bandeira Nutricionista Nutrição
Magno do Carmo e Silva Assistente administrativo -
Maria da Piedade
Enfermeiro - assistencial Enfermagem
Albuquerque
Maria Teresa de Morais Técnico em laboratório de patologia Téc. em
Fernandes clínica laboratório
Téc. de
Nachielle da Silva Pinheiro Técnico em enfermagem
enfermagem
Paula Daiane Silva de Souza Enfermeiro - assistencial Enfermagem
Paulo Jose Soares de Freitas Assistente administrativo -
Paulo Nei Barbosa de Téc. de
Técnico em enfermagem
Almeida enfermagem
Samilla Ferreira Dantas Assistente administrativo -
Susanne Soares Monteiro Assistente administrativo -
Téc. de
Suzete da Silva Melo Técnico em enfermagem
enfermagem

8. Capacitação
Todos os envolvidos com o manejo dos resíduos em qualquer etapa, tais como:
geração, segregação, acondicionamento, e/ ou transporte até o armazenamento em
abrigo temporário para a coleta externa, deverão ser capacitados quando do início de
suas funções e periodicamente, sobre os seguintes assuntos:
a) segregação, acondicionamento e transporte dos resíduos;
b) definições, classificação e potencial de risco dos resíduos;
c) sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;
d) formas de reduzir a geração de resíduos;
e) conhecimento das responsabilidades e de tarefas;
f) reconhecimento dos símbolos de identificação das classes de resíduos;
g) conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta;
h) orientações quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs.

9. Controle de insetos e roedores


O Controle de Insetos e Roedores é realizado semanalmente pela empresa
Contratada para controle de pragas, de acordo com cronograma elaborado pela unidade
de Hotelaria do HUWC em conjunto com todos os setores, para melhor execução do
trabalho de dedetização.
As medidas corretivas compreendem a instalação de barreiras químicas que
impeçam o acesso das pragas e a colocação de armadilhas para captura e identificação
das espécies infestantes.

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O controle químico, apesar da ênfase maior em ações preventivas, também está
presente com um papel coadjuvante de complementar as orientações de limpeza e
higiene. As medidas preventivas também compreendem trabalhos de educação das
pessoas.
A empresa contratada é responsável pelo recolhimento das embalagens residuais
dos produtos utilizados após a aplicação dos mesmos, dando destinação final adequada
a estes resíduos.

10. Situações de emergência e de acidentes

Na área de saúde ou em qualquer área de atuação os acidentes podem acontecer,


com isso devemos estar cientes dos riscos e dos procedimentos a serem realizados caso
ocorra um acidente com o manuseio dos materiais, existindo para tanto, fluxogramas e
procedimentos operacionais disponíveis na intranet da instituição.

10.1 Derramamento de material biológico

Quando houver pequeno derramamento de substâncias corporais ou sangue,


incluindo respingos em pisos, paredes ou mobiliários, deve-se remover a matéria
orgânica com papel absorvente ou pano limpo descartável, remover o excesso com
água, ensaboar a superfície com sabão ou detergente, enxaguar e secar e aplicar
desinfetante apropriado com pano descartável álcool a 70% (para área semicrítica) ou
glucoprotamina (para área crítica). Em mobiliários, aplicar desinfetante em movimento
unidirecional, por três vezes consecutivas.
Quando houver grande derramamento de substâncias corporais ou sangue, deve-
se remover a matéria orgânica com o auxílio de rodo e pá, desprezar a matéria orgânica,
líquida, no tanque do expurgo ou vaso sanitário. Caso a matéria orgânica esteja no
estado sólido, acondicionar em saco plástico para resíduos biológicos (branco leitoso),
conforme PGRSS, utilizando EPI apropriado. Depois, continuar procedimento como o
descrito para pequeno derramamento de substâncias corporais ou sangue.
Há empresa prestadora de serviços contratada para realização de serviços gerais e
limpeza dos ambientes que é responsável pelo procedimento acima.
10.2 Acidente com material perfurocortante contaminado
Acidentes envolvendo o manuseio, transporte e acondicionamento de resíduos
perfurocortantes devem seguir o fluxo definido e divulgado na intranet (em anexo).

10.3 Derramamento de material químico


Limpar o local imediatamente, utilizando os equipamentos de proteção individual
adequados, ventilar o local e se o produto for tóxico evacuar a área. O material
contaminado com o resíduo químico utilizado na limpeza deverá ser descartado como
resíduo químico. Caso o acidente com a substância química atinja a mucosa ocular, não

40
friccionar, lavá-los imediatamente no lava-olhos com muita água por 15 minutos ou até
que a substância seja totalmente removida. Para os casos que envolver intercorrências
clínicas deverá ser seguido o fluxo (em anexo).
Há empresa prestadora de serviços contratada para realização de serviços gerais e
limpeza dos ambientes que é responsável pelo procedimento acima.
Caso o acidentado use lentes de contato, retira-las somente após fazer a lavagem,
e em seguida procurar o oftalmologista se possível com o nome do produto químico que
ocasionou o acidente.
Se o acidente for sobre o corpo entrar imediatamente debaixo do chuveiro de
emergência, por no mínimo quinze minutos ou até que a substância seja totalmente
removida, caso ocorra queimaduras, cobrir o local e procurar o médico. Proceder da
mesma forma caso o material seja também biológico.
A lista de produtos químicos, detalhada por setor, está disponível na intranet da
HUWC.

11. Indicadores de execução e avaliação

O monitoramento visa checar e avaliar periodicamente se o PGRSS está sendo


executado conforme o planejado, consolidando as informações por meio de indicadores
e eventualmente elaborando relatórios, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e
eficácia, aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas.
Os resíduos serão quantificados anualmente, conforme preconizado na RDC nº
306/2004 da ANVISA (Itens 4.2.2 e 4.2.3 do Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde), assim como a taxa de acidentes com
resíduos perfurocortantes em profissionais da limpeza.
Assim, serão monitorados, no mínimo, os seguintes indicadores:
1. Taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes
2. Variação da geração de resíduos
3. Variação da proporção de resíduos do grupo A
4. Variação da proporção de resíduos do grupo B
5. Variação da proporção de resíduos do grupo C
6. Variação da proporção de resíduos do grupo D
7. Variação da proporção de resíduos do grupo E
8. Variação do percentual de resíduos encaminhados para a reciclagem
9. Pessoas capacitadas em gerenciamento de resíduos
10. Custo com RSS

41
A ANVISA para facilitar a execução da elaboração dos indicadores sugeriu a
seguinte tabela que consta do modelo 12, na página 94 do Manual de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde da ANVISA.

Quadro 13 – Indicadores de monitoramento do PGRSS


Item a ser avaliado Indicadores Resultado
Taxa de acidentes com perfurocortantes em
profissionais de limpeza
Acidentes com
Total de acidentes com perfurocortantes em
perfurocortantes
profissionais de limpeza
Total de acidentes
Variação da geração de resíduos
Geração de resíduos Total de resíduos gerados no período X
Total de resíduos gerados atualmente
Variação da proporção dos resíduos do
grupo A
Resíduos do Grupo A
Total de resíduos do grupo A gerados
Total de resíduos gerados
Variação da proporção dos resíduos do
grupo B
Resíduos do Grupo B
Total de resíduos do grupo B gerados
Total de resíduos gerados
Variação da proporção dos resíduos do
grupo D
Resíduos do Grupo D
Total de resíduos do grupo D gerados
Total de resíduos gerados
Variação da proporção dos resíduos do
grupo E
Resíduos do Grupo E
Total de resíduos do grupo E gerados
Total de resíduos gerados
Variação da proporção dos resíduos
recicláveis A
Resíduos recicláveis
Total de resíduos recicláveis
Total de resíduos gerados
Variação do percentual de pessoas
Pessoas capacitadas
capacitadas em gerenciamento de resíduos
em gerenciamento de
Total de pessoas capacitadas em
resíduos
gerenciamento de resíduos
Variação da proporção de custo com RSS
Custo com RSS
Custo do gerenciamento do RSS

Esses indicadores, e outros que poderão ser acrescidos para fins de análise e
monitoramento do plano serão disponibilizados na intranet do HUWC.

42
ANEXOS

43
ANEXO A – FLUXO DE DESFAZIMENTO DE BENS

44
ANEXO B – FLUXO DE DESCARTE DE MEDICAMENTOS VENCIDOS

45
ANEXO C – FLUXO DE DESCARTE DE EXPLANTES

46
ANEXO D – FLUXO DE DESCARTE DE PILHAS, E BATERIAS

47
ANEXO E – DADOS DAS EMPRESAS PRESTADORAS DE
SERVIÇOS

Empresa Coleta e transporte de


Endereço Contrato
Contratada resíduos
Grupo A1, A4, Grupo
B (medicamentos, e 59/2015
químicos), Grupo E
TRANSAGUA
Rua Sousa Pinto, 139,
TRANSPORTE Resíduos de
Bairro Aerolândia – 17/2018
DE AGUAS construção civil
Fortaleza/CE
LTDA

Lâmpadas 14/2015

ECO +
Rua Manuel Jucá, Nº
SERVIÇOS
75, Loteamento PQ Grupo D (não-
AMBIENTAIS E 16/2018
Elisabeth – Coaçu – recicláveis)
IMOBILIÁRIA
Eusébio/CE
LTDA

48
ANEXO F – FLUXO DE CONDUTA DO PROFISSIONAL VÍTIMA
DO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO OU
PERFUROCORTANTE

49
ANEXO G – FLUXO DE INTERCORRÊNCIA CLÍNICA DE PESSOAS, EXCETO PACIENTE, NAS
DEPENDÊNCIAS DO HUWC AO ATENDIMENTO

50
ANEXO H – FLUXO PARA USO E DESCARTE DE MATERIAL
PERFUROCORTANTE

51

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