Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BELO HORIZONTE – MG
CDU 628.4
IN MEMORIAN: Médica Veterinária Maria Ângela de Moura Miranda, membro suplente do Conselho Regional de
Medicina Veterinária, CRMV – MG.
SUMÁRIO ........................................................................................................................................................... 3
LISTA DE SIGLAS ............................................................................................................................................ 4
MENSAGEM DO PREFEITO .......................................................................................................................... 5
1. COPAGRESS ............................................................................................................................................... 7
1.1. OBJETIVOS .......................................................................................................................................... 7
1.2. COMPOSIÇÃO ..................................................................................................................................... 7
1.3. ORGANIZAÇÃO .................................................................................................................................. 7
1.4. DIREÇÃO, REPRESENTAÇÃO E APOIO LOGÍSTICO ................................................................... 8
1.4.1. DIREÇÃO DA COPAGRESS ...................................................................................................... 8
1.4.2. REPRESENTAÇÃO DAS ENTIDADES E ÓRGÃOS ............................................................... 8
1.4.3. APOIO LOGÍSTICO .................................................................................................................... 9
2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ................................................................................................... 11
2.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11
2.2. ABRANGÊNCIA ................................................................................................................................ 11
2.3. OBJETIVOS DO MANUAL ............................................................................................................... 11
3. ASPECTOS GERAIS E ORGANIZACIONAIS DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE ............................................................................................................................. 13
3.1. COMPETÊNCIAS DO GERENCIAMENTO ..................................................................................... 13
3.2. FISCALIZAÇÃO ................................................................................................................................. 13
3.3. LICENCIAMENTO AMBIENTAL ..................................................................................................... 13
3.4. LEGISLAÇÃO ..................................................................................................................................... 14
3.4.1. LEGISLAÇÃO FEDERAL ......................................................................................................... 14
3.4.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL ...................................................................................................... 15
3.4.3. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL ..................................................................................................... 16
3.4.4. NORMAS TÉCNICAS ................................................................................................................ 16
4. ASPECTOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE ............................................................................................................................. 19
4.1. ETAPAS DO GERENCIAMENTO E FLUXOGRAMA .................................................................... 19
4.2. FASE INTRA-ESTABELECIMENTO DE SAÚDE ........................................................................... 21
4.2.1. GERAÇÃO .................................................................................................................................. 21
4.2.2. CLASSIFICAÇÃO ...................................................................................................................... 21
4.2.3. SEGREGAÇÃO .......................................................................................................................... 23
4.2.4. MINIMIZAÇÃO ......................................................................................................................... 24
4.2.5. TRATAMENTO PRÉVIO .......................................................................................................... 25
4.2.6. ACONDICIONAMENTO .......................................................................................................... 25
4.2.7. ARMAZENAMENTO INTERMEDIÁRIO ............................................................................... 31
4.2.8. COLETA E TRANSPORTE INTERNOS .................................................................................. 32
4.2.9. ARMAZENAMENTO FINAL ................................................................................................... 33
4.3. FASE EXTRA-ESTABELECIMENTO DE SAÚDE ......................................................................... 35
4.3.1. COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS ................................................................................. 35
4.3.2. TRANSBORDO .......................................................................................................................... 37
4.3.3. TRATAMENTO .......................................................................................................................... 37
4.3.4. DISPOSIÇÃO FINAL ................................................................................................................. 38
5. ASPECTOS DE RECURSOS HUMANOS ............................................................................................... 41
5.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 41
5.2. RISCOS OCUPACIONAIS NOS AMBIENTES DE TRABALHO .................................................... 41
5.2.1. RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE INTRA-ESTABELECIMENTO DE SAÚDE .... 41
5.2.2. RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE EXTRA-ESTABELECIMENTO DE SAÚDE . 44
5.3. ELEMENTOS DO PROGRAMA DE CONTROLE DE SAÚDE OCUPACIONAL NO AMBIENTE
INTRA E EXTRA-ESTABELECIMENTO DE SAÚDE .................................................................... 45
5.3.1. PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO COORDENADOS ................................................. 45
5.3.2. AVALIAÇÃO OCUPACIONAL PARA O POSTO DE TRABALHO ...................................... 45
5.3.3. SAÚDE OCUPACIONAL E EDUCAÇÃO EM SEGURANÇA DO TRABALHO .................. 47
5.3.4. EXPOSIÇÃO A RISCOS E DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO ............... 48
5.3.5. MANUTENÇÃO DOS REGISTROS E DAS INFORMAÇÕES ............................................... 48
5.3.6. IMUNIZAÇÃO DOS TRABALHADORES ............................................................................... 48
6. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................................... 51
7. GLOSÁRIO ................................................................................................................................................. 54
LISTA DE SIGLAS
Esta obra, pioneira no gênero, apresenta, de forma didática, uma concepção nova
e moderna para a gestão dos resíduos de serviços de saúde da Capital, com
economicidade e busca de qualidade, elegendo a segregação dos resíduos na
origem como procedimento necessário para o gerenciamento por grupo de
resíduos. Dessa forma, busca-se a redução de riscos nos processamentos e a
reciclagem de componentes em condições seguras, visando à manutenção do
equilíbrio ecológico e a preservação da saúde pública e do ambiente.
Célio de Castro
Prefeito de Belo Horizonte
1 – COPAGRESS
1.1 – OBJETIVOS
1.2 – COMPOSIÇÃO
A COPAGRESS é composta por representantes, titulares e suplentes dos seguintes Órgãos de Saúde,
Saneamento, Meio Ambiente, Pesquisa e Conselhos Profissionais:
1.3 – ORGANIZAÇÃO
A COPAGRESS, conforme disposições de seu Regimento Interno, tem estrutura organizacional composta por
um Presidente, um Vice-Presidente, um 1º Secretário e um 2º Secretário, eleitos entre os membros, com mandato
de 2 anos e direito a uma recondução por igual período.
A representação das entidades e órgãos é efetivada pela indicação de um Membro Titular e de um Membro
Suplente.
Para as atividades de apoio logístico, a COPAGRESS conta com uma Secretária Digitadora, cedida pela SLU.
1.4 – DIREÇÃO, REPRESENTAÇÃO E APOIO LOGÍSTICO
Vice-Presidente:
Ana Flávia Heilbuth do Amaral, representante titular da SLU.
1ª Secretária:
Izabela de Siqueira Reis Regueira, representante suplente da SLU.
2ª Secretária:
Noil Amorim de Menezes Cussiol, representante suplente da CNEN/CDTN.
2.1 – INTRODUÇÃO
Os dispositivos normativos e legais vigentes no país que orientam o gerenciamento de resíduos de serviços de
saúde – RSS são apresentados em legislação esparsa das várias esferas de governo, inclusive com alguns
aspectos até conflitantes.
Em decorrência desse quadro atual, a COPAGRESS, no seu plano de trabalho, priorizou a análise e avaliação da
legislação normativa em vigor, acompanhadas de exposições e discussões de temas específicos em ciclos de
palestras, visando à consolidação, em formato de manual, dos critérios principais norteadores da elaboração do
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS e da formulação de uma política de
gerenciamento de RSS para Belo Horizonte.
2.2 – ABRANGÊNCIA
Este manual se aplica a todos os serviços que prestam atendimento à saúde humana ou veterinária, bem como
aos serviços de apoio à preservação da vida e inerentes à indústria e à pesquisa.
Incluem-se como público-alvo os hospitais, centros e postos de saúde, serviços médicos, clínicas médicas,
odontológicas, veterinárias, cirúrgicas e obstétricas, maternidades, laboratórios clínicos e patológicos,
necrotérios, farmácias, drogarias, estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde, centros de controle de
zoonoses, unidades móveis de atendimento à saúde e similares.
Foi elaborado com a finalidade de divulgar os procedimentos para reduzir e eliminar os riscos para a saúde e
para o meio ambiente e incentivar a minimização segura e econômica da geração de resíduos e as soluções,
preferencialmente integradas ou consorciadas, para os sistemas de tratamento e disposição final.
• criar diretrizes para o estabelecimento de uma política de gerenciamento de RSS, intra e extra-
estabelecimentos de saúde, e orientar sua implementação no município de Belo Horizonte, de modo a
assegurar a proteção da saúde da população e do meio ambiente;
• estabelecer condições de gerenciamento e critérios técnicos, operacionais e de recursos humanos para
subsidiar a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, exigido para os
estabelecimentos de saúde, conforme a Resolução CONAMA nº 5, de 05 de agosto de 1993, e o Decreto
Municipal nº 9.859, de 02 de março de 1999;
• disponibilizar bibliografia para consulta e para a elaboração de material didático ou de divulgação,
especialmente de uso da COPAGRESS no desempenho de suas atribuições.
3 – ASPECTOS GERAIS E ORGANIZACIONAIS DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE
O gerenciamento de RSS envolve duas fases: uma, intra-estabelecimento de saúde, iniciada com a geração
dos RSS; e outra, extra-estabelecimento de saúde, terminando com a disposição final.
Nas duas fases, cabe ao gerador dos RSS a responsabilidade pelo gerenciamento.
Cabe à CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear receber os rejeitos radioativos que requerem
instalações especiais para disposição final, conforme a legislação vigente.
O Poder Público Municipal pode gerenciar, em caráter facultativo, a fase extra-estabelecimento de saúde,
desde que haja definição de competência na Lei Orgânica do Município ou em legislação específica.
Em Belo Horizonte, a Superintendência de Limpeza Urbana – SLU pode executar o gerenciamento da fase
extra-estabelecimento de saúde, desde que seja em caráter facultativo, a seu exclusivo critério e cobrando
preço público pelos serviços prestados.
3.2 – FISCALIZAÇÃO
A fiscalização do gerenciamento de RSS torna-se uma atividade complexa uma vez que a ação
fiscalizadora é abrangente, contemplando tanto a fase extra-estabelecimento de saúde quanto as etapas de
gerenciamento dentro do próprio estabelecimento gerador dos resíduos.
Ressalta-se ainda que a competência para fiscalizar o gerenciamento de RSS não se restringe a um único
órgão específico. A fiscalização do gerenciamento de RSS envolve a atuação das Secretarias de Saúde, da
Secretaria de Meio Ambiente e da Superintendência de Limpeza Urbana, respectivamente, nas suas áreas
de competência.
O PGRSS, a ser apresentado pelo estabelecimento de saúde, deve ser submetido à aprovação das
Secretarias de Saúde e de Meio Ambiente, da SLU e, quando for o caso, da CNEN, dentro das suas
respectivas esferas de competências, de acordo com a legislação vigente.
Para gerenciar o PGRSS será exigido responsável técnico, de nível superior, com habilitação em áreas
afins, devidamente inscrito em Conselho Profissional e com carga horária compatível com a função.
3.4 – LEGISLAÇÃO
A Legislação estadual não é específica sobre RSS, mas fixa normas e padrões a serem observados também
no gerenciamento dos RSS.
• Lei nº 7.772, de 08 de setembro de 1980 – Dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio
ambiente no Estado de Minas Gerais.
• Decreto nº 21.228, de 10 de março de 1981 – Regulamenta a Lei nº 7.772, de 08 de setembro de
1980.
• Decreto nº 32.566, de 04 de março de 1991 – Dá nova redação ao Decreto nº 21.228, de 10 de
março de 1981.
• Deliberação Normativa COPAM - 01/81 - Fixa normas e padrões para qualidade do ar.
• Deliberação Normativa COPAM – 07/81 – Fixa normas para disposição de resíduos no solo.
• Deliberação Normativa COPAM – 010/86 – Fixa normas e padrões para qualidade das águas e para
lançamento de efluentes.
• Deliberação Normativa COPAM – 011/86 – Estabelece normas e padrões para emissões
atmosféricas.
• Resolução SES nº 637, de 09 de abril de 1997 – Institui Relatório Mensal de Controle de Infecções
Hospitalares.
• Resolução 534/93 – Normas para concessão de Alvará de Funcionamento de estabelecimentos que
prestam serviços odontológicos no Estado de Minas Gerais.
• Norma Técnica T. 187/0, da COPASA MG – Lançamento de efluentes líquidos de indústria na rede
pública coletora de esgoto.
Em Belo Horizonte, os dispositivos legais sobre RSS contemplam apenas alguns aspectos de interesse para
o gerenciamento. Embora não consolidados em legislação específica, integram a legislação de limpeza
urbana, de saúde e de meio ambiente, a saber:
• Lei nº 2.968, de 03 de agosto de 1978 – Aprova o Regulamento de Limpeza Urbana do Município de
Belo Horizonte.
• Lei nº 4.253, de 04 de dezembro de 1985 – Dispõe sobre a política de proteção do controle e da
conservação do meio ambiente e da melhoria da qualidade de vida no município de Belo Horizonte.
• Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, de 21 de março de 1990.
• Lei nº 7.031, de 12 de janeiro de 1996 – Dispõe sobre a normatização complementar dos
procedimentos relativos à Saúde pelo Código Sanitário Municipal e dá outras providências.
• Lei nº 7.594, de 06 de novembro de 1998 – Dispõe sobre procedimentos para a esterilização dos
equipamentos e instrumentos odontológicos e dá outras providências.
• Decreto nº 2.839, de 19 de janeiro de 1976 – Dispõe sobre acondicionamento de lixo hospitalar.
• Decreto nº 5.893, de 16 de março de 1988 – Regulamenta a Lei nº 4.253, de 04 de dezembro de 1985.
• Decreto nº 9.859, de 02 de março de 1999 – Regulamenta o art. 13 da Lei 4.253/85 e modifica
dispositivos do Decreto nº 5.893/88.
• Decreto nº 10.064, de 16 de novembro de 1999 – Altera normas de procedimentos gerais e de rotina
para aprovação de projetos de edificação.
• Portaria nº 3.602, de 13 de agosto de 1998 – Institui a Comissão Permanente de Apoio ao
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.
• Portaria nº 3.693, de 04 de maio de 1999 Rerratifica a Portaria nº 3.602, de 13/08/98.
• Portaria SMSA/SUS – BH nº 017/99, de 03/03/99 – Aprova Norma Técnica Especial nº 001/99
visando a fiscalização dos Laboratórios Clínicos.
• Portaria SMSA/SUS – BH nº 024, de 24/03/99 – Aprova Norma Técnica Especial nº 002/99 –
Fiscalização e Vigilância Sanitária dos Estabelecimentos de Assistência à Saúde.
• Portaria SMSA/SUS – BH nº 038/99, de 06/07/99 – Aprova Norma Técnica Especial nº 005/99
visando a fiscalização de Laboratórios de Citopatologia, Histopatologia, Anatomia Patológica e
congêneres.
• Portaria SMSA/SUS – BH nº 054/99, de 28/10/99 – Dispõe sobre inspeção fiscal sanitária em
transportadora de medicamentos, correlatos e insumos farmacêuticos.
• Deliberação Normativa COMAM nº 19/98 – Regulamenta os procedimentos administrativos para o
licenciamento ambiental.
As etapas que compõem um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS devem ser
elaboradas pelo prestador de serviço, de acordo com as características de cada estabelecimento de saúde,
conforme determinam a Resolução CONAMA nº 5, de 1993, o Decreto Municipal nº 9.859, de 02/03/1999,
normas técnicas, resoluções e legislação pertinentes.
Para fins de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, devem ser consideradas duas fases: a intra-
estabelecimento de saúde e a extra-estabelecimento de saúde, sendo compostas de etapas sucessivas, abrangendo
desde a geração dos RSS até o tratamento e disposição final, conforme fluxograma básico apresentado a seguir,
excluindo-se o gerenciamento de rejeito radioativo, que terá abordagem em volume próprio, tendo como
referência a Publicação CDTN – 857/99 – Gerência de Rejeitos Radioativos de Serviços de Saúde.
FLUXOGRAMA:
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
Geração
Classificação
Segregação
Fase Intra-Estabelecimento de Saúde
Minimização:
Redução, Reutilização, Reciclagem Tratamento Prévio
Acondicionamento
Armazenamento Intermediário
Armazenamento Final
Fase Extra-Estabelecimento de Saúde
Transbordo
Tratamento
Disposição Final
Resíduos Tratados
4.2 – FASE INTRA-ESTABELECIMENTO DE SAÚDE
4.2.1 – GERAÇÃO
Como etapa inicial do processo de gerenciamento, a geração de resíduos de serviços de saúde, sempre que
possível, deve contemplar sua minimização, com adoção de práticas sanitariamente adequadas de redução, de
reutilização, de reciclagem ou recuperação dos RSS ou a substituição do processo gerador por outro que gere
resíduos recicláveis ou menos perigosos.
A identificação das unidades geradoras de RSS deve ocorrer considerando-se os serviços especializados, de
apoio técnico, administrativos e de apoio logístico, que, dependendo das características da arquitetura hospitalar,
já apresentam setorização física definida.
Os serviços de apoio técnico são considerados serviços complementares, compreendendo farmácia, central de
esterilização, nutrição e dietética, imaginologia, laboratórios, banco de sangue, arquivo médico, serviço social,
relações públicas e outros.
4.2.2 – CLASSIFICAÇÃO
A classificação de resíduos de serviços de saúde consiste no agrupamento das classes de resíduos, em função dos
riscos potenciais à saúde pública e ao meio ambiente, para que tenham gerenciamento adequado.
Tendo como referência a norma técnica da ABNT, NBR – 12.808, os resíduos de serviços de saúde humana e
animal são classificados em 3 tipos: A – resíduo infectante, B – resíduo especial e C – resíduo comum; já
conforme a Resolução CONAMA nº 5, de 1993, em 4 grupos, sendo: A – resíduo biológico, B – resíduo
químico, C – resíduo radioativo e D – resíduo comum.
A Resolução CONAMA nº 5, de 1993, adotada pelo Ministério da Saúde, será referência para este manual.
Classificação de resíduos de serviços de saúde, tendo como referência a Resolução
CONAMA nº 5, de 1993.
A2: Sangue e hemoderivados Bolsa de sangue após transfusão, com prazo de validade vencido ou
sorologia positiva, amostra de sangue para análise, soro, plasma e
outros subprodutos.
A3: Cirúrgico, Tecido, órgão, feto, membros, peça anatômica, sangue e outros
anatomopatológico e exsudato líquidos orgânicos resultantes de cirurgia, necropsia e resíduos
contaminados por esses materiais.
A4: Material Perfurocortante Materiais pontiagudos, perfurantes ou cortantes, como: agulha,
broca, ponta diamantada, lima endodôntica, ampola, pipeta,
escalpes, lâmina de barbear, bisturi, vidro e outros.
A5: Animais contaminados Carcaça ou parte de animal inoculado, exposto a microorganismos
patogênicos ou portador de doença infectocontagiosa, bem como
resíduos que tenham estado em contato com esses animais.
A6: Resíduos de assistência Secreções, excreções e demais líquidos orgânicos procedentes de
ao paciente e de assistência pacientes, bem como os materiais contaminados por esses resíduos,
ao animal internado restos alimentares considerados contaminados, filtros de sistema de
ar condicionado. Resíduos com secreções, excreções e líquidos
orgânicos procedentes de animais internados, bem como forração e
restos de alimentos desses animais.
a) adotar a classificação dos RSS proposta por este manual, com base na Resolução CONAMA nº 5, de 1993;
b) identificar, em planta baixa do estabelecimento na qual conste a nomenclatura das atividades dos diversos
compartimentos, os tipos de RSS gerados em cada ambiente;
c) elaborar uma planilha contendo a relação de todos os compartimentos onde há geração de RSS, os grupos
neles gerados e, posteriormente, quantificar o volume diário de geração, com amostragem mínima de 7 dias
consecutivos e, no caso de novos estabelecimentos, quantificar o volume diário de geração, com base em
estimativas;
d) adotar a quantificação dos RSS como parâmetro para previsão do número suficiente de recipientes (lixeiras)
por unidade geradora e por grupo de RSS, para o dimensionamento de abrigos interno e externo de
armazenamento, assim como para dimensionamento de equipamentos para tratamento.
4.2.3 – SEGREGAÇÃO
A segregação consiste na separação ou seleção apropriada dos resíduos de serviços de saúde, na unidade
geradora, segundo a classificação adotada.
• impedir que os resíduos infectantes e químicos, que geralmente são frações menores, contaminem os resíduos
comuns;
• racionalizar recursos e reduzir custos financeiros, já que apenas as frações correspondentes aos resíduos
infectantes e químicos demandarão tratamento especial;
• prevenir acidentes ocupacionais ocasionados pela inadequada segregação e acondicionamento dos resíduos e
materiais perfurocortantes;
• intensificar as medidas de segurança apenas onde forem necessárias e facilitar a ação simultânea de limpeza e
descontaminação, em caso de acidente ou emergência;
• possibilitar a reciclagem direta de alguns componentes inertes de resíduos comuns.
a) segregar os RSS, conforme classificação vigente, no momento e local de sua geração, acondicionando-os de
acordo com instruções deste manual;
b) separar, com exclusividade, o resíduo químico, identificando cada embalagem, e outros RSS que necessitem
de tratamentos prévios ou diferenciados;
c) considerar como resíduo infectante, na sua totalidade, os que não tiverem assegurada a sua devida
segregação e o resíduo comum proveniente de ambientes considerados endêmicos, definidos pelas
autoridades competentes de saúde pública;
d) classificar e separar, em recipientes ou embalagens recomendadas por normas técnicas, cada grupo de RSS
gerado;
e) separar, na origem, os componentes inertes de resíduos comuns com possibilidade de reciclagem,
transportando-os de forma segura e estocando-os corretamente em local próprio e de uso exclusivo;
f) capacitar os funcionários responsáveis pela limpeza quanto aos procedimentos de identificação,
classificação e manuseio dos RSS;
g) manter responsável técnico, conforme estabelecido no item 3.3, devidamente inscrito em Conselho
Profissional, para coordenação e supervisão das ações de gerenciamento dos RSS e pela capacitação da
equipe de serviço, sendo que o treinamento poderá também ser ministrado pela Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar – CCIH;
h) nos estabelecimentos pequenos geradores cuja quantidade diária não exceda 100 (cem) litros de RSS, será
exigido responsável técnico, nas condições do item anterior, com tempo parcial de trabalho;
i) atribuir ao responsável técnico por determinados serviços geradores de resíduo químico o encargo da
identificação e da separação dos resíduos, bem como de qualquer tratamento prévio que deva ser realizado
na própria unidade;
j) devem os funcionários portar os equipamentos de proteção individual adequados (EPI) ao manusearem
qualquer grupo de RSS, conforme especificações deste manual e da norma técnica da ABNT, NBR-12.810,
e ser capacitados para segregar adequadamente os RSS, com conhecimento do sistema de identificação.
4.2.4 – MINIMIZAÇÃO
A minimização de resíduos de serviços de saúde pode ser efetivada pela adoção de práticas que visem à redução,
à reutilização, à recuperação ou à reciclagem dos RSS.
O gerenciamento da minimização, especialmente de componentes recicláveis, deve ser realizado em condições
seguras, de modo a preservar a saúde e integridade física do pessoal de serviço e da população.
Para fins de reciclagem, somente será permitida a coleta seletiva após a liberação pelos órgãos de saúde e de
meio ambiente competentes, dos licenciamentos do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
do estabelecimento gerador, conforme disposições da Resolução CONAMA nº 5, de 1993, do Decreto Municipal
9.859, de 02 de março de 1999 e da legislação pertinente.
• descontaminar, desinfetar ou esterilizar material infectante e vasilhames, para controlar riscos e facilitar as
operações de gerenciamento interno e externo dos RSS;
• tratar resíduo infectante ou químico com tecnologia apropriada, para reduzir ou eliminar os riscos para a
saúde e para o ambiente e os gastos com transporte, tratamento e disposição final.
a) adotar, para resíduo químico, tratamento específico em função de suas características, composição, volume
gerado e grau de risco;
b) usar, para resíduos citostáticos ou antineoplásicos, inativadores específicos antes de desprezar as excretas na
rede de esgoto, pois as excretas de pacientes em tratamento podem conter grandes concentrações de
citostáticos ou de seus metabólicos ativos;
c) adotar plano de tratamento de excretas, tendo em vista que o tempo necessário para que as drogas sejam
excretadas nas fezes, urina, suor e saliva é diferente para cada caso e para cada droga;
d) usar câmara de fluxo laminar do tipo vertical para o manuseio/diluição de resíduo citostático ou
antineoplásico e filtrar o ar aspirado na câmara;
e) não devem os resíduos citostáticos ou antineoplásicos, sem descontaminação prévia, ser enterrados,
aterrados, eliminados através do esgoto ou na atmosfera ou, durante o tratamento, gerar outros produtos
cancerígenos ou tóxicos.
4.2.6 – ACONDICIONAMENTO
Considera-se como manuseio a manipulação realizada dentro da unidade geradora, consistindo na identificação e
recolhimento de resíduos das lixeiras, fechamento do saco plástico e sua remoção por funcionários devidamente
paramentados e capacitados, da unidade geradora até a sala de resíduos para armazenamento intermediário.
O acondicionamento tem como objetivos principais:
• controlar os riscos para a saúde, facilitar o manuseio, o armazenamento e as ações de gerenciamento intra e
extra-estabelecimento de saúde;
• possibilitar a coleta diferenciada por tipo de RSS para atender ao processo de tratamento ou disposição final
exigidos;
• garantir a movimentação segura do RSS da unidade geradora até a sala de resíduos para armazenamento
intermediário ou abrigo externo de armazenamento final e até o tratamento ou disposição final.
Acondicionar os resíduos infectantes observando as normas técnicas da SLU e da ABNT, em especial NBR-
9.190, NBR-9.191, NBR-7.500, NBR-12.809, NBR-13.853, legislação específica e instruções deste manual.
Grupo A: A1: Material Biológico Sólido: após tratamento prévio dos resíduos, usar saco plástico,
Resíduo impermeável e resistente, de cor branca leitosa, com simbologia
Infectante ou de resíduo infectante.
Biológico Líquido e semilíquido: acondicionar em recipiente apropriado
para autoclavação e, após tratamento prévio, identificar e
acondicionar em saco plástico de cor branca leitosa, com
simbologia de resíduo infectante; ou conter os resíduos em frasco
inquebrável e, caso o recipiente seja de vidro, protegê-lo dentro
de outra embalagem inquebrável e acondicioná-lo em saco
plástico de cor branca leitosa, com identificação e simbologia de
resíduo infectante.
a) adotar o uso obrigatório de equipamentos de proteção individual para os funcionários, que devem lavar as
mãos antes de calçar as luvas e depois de retirá-las e, após o manuseio dos RSS, lavar as mãos ainda
enluvadas, em seguida, retirar as luvas e colocá-las em local apropriado;
b) capacitar previamente todos os funcionários para segregar adequadamente os RSS e reconhecer o sistema de
identificação e a forma de acondicionamento;
c) remover imediatamente os RSS acondicionados para a sala de resíduos para armazenamento intermediário e,
no que se refere à freqüência, ao horário e às demais exigências do serviço, proceder de acordo com as
necessidades da unidade geradora;
d) proceder à remoção de forma a não permitir o rompimento das embalagens e, no caso de acidente ou
derramamento, realizar imediatamente a limpeza e desinfecção simultâneas do local, notificando a chefia da
unidade;
e) realizar a remoção das embalagens até a sala de resíduos para armazenamento intermediário, sem esforço
excessivo ou risco de acidente para o funcionário;
f) limitar ao máximo de 20 litros a capacidade da embalagem contendo resíduos (embalagem lacrada), para
deslocamento manual até a sala de resíduos para armazenamento intermediário e, quando a capacidade for
superior a 20 litros, usar o carro especial de coleta interna especificado neste manual e na norma técnica da
ABNT, NBR – 12.810.
a) adotar um padrão de cor (cor clara, exceto a branca leitosa), conforme normas técnicas da SLU e da ABNT,
NBR-9.190, para facilitar a identificação e o manuseio do resíduo comum;
b) manusear o resíduo comum, separadamente, com seleção prévia dos componentes inertes recicláveis, de
modo a evitar qualquer possibilidade de contaminação e acomodá-los em contenedores estocados em abrigo
próprio e exclusivo
4.2.7 – ARMAZENAMENTO INTERMEDIÁRIO
• realizar o armazenamento intermediário para o resíduo infectante e químico em sala de resíduos própria e de
uso exclusivo;
• não permitir o armazenamento intermediário, na sala de resíduos infectantes, dos resíduos comuns ou
componentes inertes recicláveis.
a) manter, em cada unidade geradora, quando exigido, sala de resíduos apropriada para armazenamento
intermediário dos recipientes e carro especial de coleta interna, sem causar acúmulo na própria unidade
geradora, localizada, construída e mantida conforme normas técnicas da SLU, da ABNT e Normas e
Padrões de Construções e Instalações de Serviços de Saúde do Ministério da Saúde;
b) adotar os seguintes critérios construtivos, de localização e uso:
• área dimensionada para atender ao armazenamento e à movimentação de recipientes e carro especial de
coleta interna, com capacidade de absorção total dos resíduos infectantes gerados, prevendo-se espaço
suficiente para entrada completa dos carros especiais de coleta interna;
• revestimento de paredes e teto com material liso, resistente, lavável e impermeável;
• revestimento de piso com material resistente, antiderrapante, lavável, impermeável e que permita fácil
limpeza e desinfecção;
• abertura de ventilação com tela, tipo mosquiteiro, de modo a permitir a ventilação natural mínima de 1/10
(um décimo) da área do piso ou ventilação mecânica que proporcione pressão negativa;
• lavatório e torneira de lavação;
• ponto de luz;
• sistema de drenagem interno (ralo sifonado), interligado à rede coletora de esgoto sanitário;
• porta com abertura para fora, com tranca e ostentando simbologia de resíduo infectante;
• localização da sala de resíduos próxima da unidade geradora, o mais isolada possível de áreas de circulação
de população, dispensa e cozinha;
• utilização de uma mesma sala de resíduos por duas ou mais unidades geradoras, desde que sejam contíguas;
• é facultativo o uso da sala de resíduos para os pequenos geradores cuja quantidade diária de resíduos for
inferior a 100 (cem) litros e quando a unidade geradora não ultrapassar 80 m², devendo os recipientes ou
carro especial de coleta interna serem encaminhados diretamente ao abrigo externo de armazenamento final,
à exceção dos estabelecimentos com atividades de internação e nas unidades onde for indispensável seu uso;
• a sala de resíduos deve ser de uso exclusivo e sofrer limpeza e desinfecção simultâneas e diárias;
• na sala de resíduos, o recipiente ou carro especial de coleta interna tem que ser armazenado de acordo com as
normas de segregação, de forma ordenada, pelo período mais curto possível (máximo de 8 horas);
• a sala de resíduos é indispensável nas unidades de internação geral, isolamento, berçário, unidade de
tratamento intensivo, emergência, centro cirúrgico, centro obstétrico, laboratório de patologia clínica,
hemoterapia, hemodiálise e anatomia patológica.
a) não usar, em nenhuma hipótese, a sala de resíduos (infectante) para o armazenamento intermediário de
resíduo comum;
b) usar, para restos de preparo de alimentos, quando necessário, o armazenamento em câmaras refrigeradas
exclusivas;
c) encaminhar o resíduo comum diretamente para o abrigo externo de armazenamento final, próprio e
destinado exclusivamente para resíduo comum.
A coleta e o transporte internos consistem no recolhimento e remoção dos resíduos de serviços de saúde da
unidade geradora ou da sala de resíduos até o abrigo externo de armazenamento final.
• garantir a movimentação planejada dos RSS nas áreas de circulação do estabelecimento de saúde, sem
oferecer riscos à integridade física e à saúde dos funcionários e da população.
a) planejar a coleta e o transporte internos de resíduo infectante com o menor percurso, sempre no mesmo
sentido, sem provocar ruído, evitando coincidência de horário com o fluxo de pessoas (público), a
distribuição de roupa limpa, de alimentos, de medicamentos e de outros materiais;
b) recolher os resíduos infectantes da unidade geradora ou da sala de resíduos para armazenamento
intermediário, em intervalos regulares, duas vezes ao dia ou, no mínimo, diariamente, em carro especial de
coleta interna, sendo terminantemente vedado que os sacos plásticos sejam deixados no corredor,
transportados abertos ou arrastados pelo piso;
c) manter a freqüência do transporte interno de resíduo da sala de resíduos para armazenamento intermediário
até o abrigo externo de armazenamento final, obedecendo à condição de não acumulação do RSS por
período superior a 24 horas, assim como de não sobrecarregar a sala de resíduos com o volume armazenado;
d) utilizar recipientes que não excedam 20 (vinte) litros quando o transporte for realizado manualmente e
observar as instruções de manuseio;
e) utilizar, para geração acima de 20 (vinte) litros ou mais de um recipiente, o transporte interno em carro
especial de coleta interna com as características: ser fechado, leve e de material rígido; ter capacidade
limitada a 100 litros para coleta e remoção até a sala de resíduos e de 500 litros para a coleta e transporte
internos até o abrigo externo de armazenamento final; ter cantos arredondados e paredes impermeáveis, lisas
e fáceis de lavar e desinfetar; ter abertura em toda a face superior; com tampa impermeável, leve e de fácil
manejo; ter fundo com caimento para o dreno, com tampa tipo válvula de pia, para facilitar o escoamento de
líquidos e a lavação; ser provido de rodas revestidas de material que impeça ruído; ser dotado de simbologia
de resíduo infectante; ser mantido limpo e desinfetado, no mínimo, diariamente, e ser de uso exclusivo para
a coleta e transporte internos de RSS;
f) usar o elevador só no caso de o uso ser em horário exclusivo para o transporte de RSS, devendo o mesmo,
após o uso, ser submetido à limpeza e desinfecção;
g) não permitir, em nenhuma hipótese, o despejo do conteúdo de um recipiente em outro recipiente, a
compactação dos RSS e a utilização de tubos de queda (shootes) para o transporte interno;
h) evitar o armazenamento interno de pequenos animais, de resíduo perecível ou facilmente degradável, a
exemplo de membros amputados, fetos e tecidos humanos, que devem ser armazenados em câmara
refrigerada, no serviço de anatomia patológica.
a) adotar as disposições da norma técnica da ABNT, NBR-12.235, e legislação pertinente para o resíduo
químico perigoso.
a) coletar e transportar resíduo comum, separadamente, até o abrigo externo de armazenamento final para
resíduo comum, estocando-o em contenedores especiais até a coleta externa;
b) coletar e transportar os componentes inertes de resíduos comuns, considerados recicláveis, separadamente,
em condições de segurança e sem risco de contaminá-los, até o local de armazenamento para aguardar a
coleta seletiva.
O armazenamento final de resíduos de serviços de saúde consiste no armazenamento externo de RSS, em abrigos
distintos e exclusivos, um para resíduo infectante e/ou químico, conforme norma técnica da SLU e da ABNT,
NBR-12.809, e outro para resíduo comum e/ou componentes inertes recicláveis.
• garantir a guarda dos RSS em condições seguras e sanitariamente adequadas até a realização da coleta
externa.
Critérios para armazenamento final de resíduo químico e rejeito radioativo de serviços de saúde:
a) armazenar o resíduo químico perigoso, em local apropriado na unidade geradora, ou em local exclusivo para
este fim, junto ao abrigo externo para armazenamento final de resíduo infectante, mantendo-o devidamente
identificado com o nome da substância ou resíduo, sua concentração e principais características físico-
químicas;
b) adotar, para rejeito radioativo, as instruções referenciadas na Publicação CDTN nº 857/99;
a) armazenar o resíduo comum, acondicionado em sacos plásticos de cores claras, com exceção da cor branca
leitosa, em contenedores mantidos no abrigo externo de armazenamento final de uso exclusivo;
b) armazenar os resíduos recicláveis, separadamente, em ambiente seguro e exclusivo, até a coleta seletiva.
A coleta e o transporte externos de resíduos de serviços de saúde, do abrigo externo de armazenamento final até
a etapa de tratamento e/ou disposição final, consistem nas operações de remoção e transporte dos RSS, de forma
planejada e exclusiva, com uso de veículos próprios e específicos, observando-se as normas técnicas, a
legislação pertinente e as instruções deste manual.
• garantir a movimentação dos RSS em condições de segurança e sem oferecer riscos à saúde e à
integridade física dos funcionários e da população;
• facilitar o tratamento específico e/ou disposição final, pela adoção da coleta diferenciada dos RSS,
devidamente segregados na origem.
a) executar a coleta e o transporte externos de RSS, conforme planejamento específico constante do PGRSS,
com definição de itinerários a serem percorridos, freqüência e horário de coleta, jornada de trabalho,
composição da equipe de coleta, definição do tipo de veículo e contenedores necessários e estimativa da
geração por grupo de RSS;
b) incluir no planejamento um plano de contingência para solucionar situações de emergência, como acidentes,
contemplando as medidas necessárias a serem tomadas, de caráter efetivo, de fácil e rápida execução;
c) adotar itinerários de transporte com redução de percursos, preferencialmente por vias de menor trânsito;
d) adotar freqüência diária de coleta ou em dias alternados se os recipientes contendo os resíduos infectantes
(grupo A) e os restos de preparo de alimentos forem armazenados à temperatura máxima de 4ºC;
e) adotar horário noturno ou diurno de coleta, em função das condições e conveniências locais;
f) cumprir jornada máxima de trabalho de 08 (oito) horas por equipe, por ser a coleta de RSS atividade
insalubre de grau máximo;
g) adotar o dimensionamento da equipe de coleta em função do tipo de veículo e da quantidade de RSS a ser
coletada por jornada;
h) definir o tipo de veículo e contenedores, conforme especificações da normas técnicas da SLU e da ABNT,
NBR-12.810, observando as instruções e especificações para o veículo:
• ter compartimento de carga resistente, estanque, com superfícies internas de material liso, lavável, de
cantos arredondados para facilitar a descarga e a higienização;
• ser dotado de descarga mecânica quando o veículo tiver capacidade superior a 1,0 tonelada, podendo ser
também manual quando o veículo tiver capacidade inferior;
• ser provido de ventilação adequada quando o sistema de carga e descarga for manual;
• ter altura de carga inferior a 1,20 metros sempre que a forma de carregamento for manual;
• ser dotado de dispositivo hidráulico para basculamento de contenedores, quando os mesmos forem
exigidos;
• operar de forma a não permitir vazamento de líquidos ou rompimento dos recipientes, quando possuir
sistema de carga e descarga automática;
• ser de cor branca;
• ter identificação em local visível, constando o nome da municipalidade e da empresa coletora (endereço e
telefone), a especificação dos resíduos transportáveis, com o número ou código da norma técnica da
ABNT, NBR-10.004, e o número do veículo coletor;
i) cadastrar o veículo na SLU;
j) adotar coleta exclusiva por grupo de RSS, coletando-o diretamente no abrigo externo de armazenamento
final;
k) manter, para os veículos e contenedores, serviço de higienização por lavação com jato d’água,
preferencialmente quente e sob pressão, e de desinfecção simultânea diária, ao final de cada jornada de
trabalho, direcionando o efluente líquido para a rede coletora e tratamento público de esgoto, atendidos os
padrões de lançamento estabelecidos pelo órgão competente. Na inexistência do sistema público, direcionar
os líquidos para tratamento no próprio estabelecimento, obedecida a legislação vigente;
l) manter serviço de lavação e desinfecção de uniformes e de equipamentos de proteção individual – EPI;
m) capacitar a equipe de coleta, inclusive quanto à segurança, à higiene e aos riscos ocupacionais;
n) submeter a equipe de coleta a exame médico pré-admissional, exame médico periódico, pelo menos duas
vezes ao ano, e vacinação adequada, incluindo-se as vacinas contra tétano e difteria, hepatite B e
tuberculose;
o) manter sede de apoio operacional para atendimento de conforto e higienização corporal da equipe de coleta,
dimensionada conforme a NR 24 do Ministério do Trabalho, contemplando refeitório, vestiários com
armários, chuveiros e instalações sanitárias.
4.3.2 – TRANSBORDO
O transbordo de resíduos de serviços de saúde consiste na transferência dos RSS de um sistema de transporte
para outro, mantendo-se as características originais do acondicionamento, sem abrir ou transferir conteúdo de
uma embalagem para outra.
• possibilitar a transferência de RSS de um sistema de transporte para outro, com segurança, inviolabilidade
das embalagens e otimização do sistema operacional;
• possibilitar racionalização do uso dos veículos de coleta de RSS, com redução de percursos de transporte.
a) realizar o transbordo somente em instalações apropriadas, exclusivas, licenciadas pelos órgãos de saúde e de
meio ambiente, em conformidade com a legislação vigente;
b) executar a transferência dos RSS mantendo-se a integridade do acondicionamento, que deve ser feita em
embalagens rígidas, resistentes a punção e a vazamentos, impermeável à umidade e resistente o suficiente
para evitar rompimento durante o transbordo e transporte;
c) não permitir acumulação de RSS nas instalações, que devem funcionar apenas para a transferência imediata
de um sistema de transporte para outro.
4.3.3 – TRATAMENTO
O tratamento de RSS deve compor o PGRSS e ser submetido à aprovação das Secretarias de Saúde, Meio
Ambiente e da SLU para fins de licenciamentos, em conformidade com a legislação vigente.
a) condicionar ao licenciamento pelo órgão de saúde e de meio ambiente competentes, em conformidade com a
legislação vigente, a implantação e operação de processo de tratamento e disposição final de RSS;
b) considerar, na seleção do tipo de tratamento, a adequabilidade do processo para os grupos de RSS, a redução
de riscos, a eficácia, a qualidade e o custo do gerenciamento;
c) adotar, para os resíduos comuns, os mesmos processos sanitariamente aceitos de manejo de resíduos
domiciliares;
d) adotar, para os resíduos químicos, tratamento e disposição final específicos, segundo exigências dos órgãos
de saúde e de meio ambiente;
e) adotar, para os resíduos infectantes, processos de tratamento aprovados e cadastrados pelos órgãos de saúde
e de meio ambiente, em conformidade com a legislação vigente;
f) manter, na operação de tratamento de RSS, os padrões de emissão atmosférica com limites definidos no
âmbito do PRONAR – Programa Nacional de Qualidade do Ar, nas normas técnicas, resoluções e legislação
específica;
g) permitir a disposição de cinzas no solo somente quando esta for considerada resíduo comum, inerte, sem
contaminação de qualquer natureza, com características dentro dos padrões aceitos para disposição final;
h) permitir a disposição de resíduo infectante no solo somente quando este for submetido a tratamento prévio,
que assegure a eliminação das características de periculosidade do resíduo, tornando-o com características
de resíduo comum;
i) garantir a preservação dos recursos naturais e o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e de saúde
pública;
j) direcionar o efluente líquido de processo de tratamento de RSS ou da lavação e higienização de veículos e
contenedores para a rede coletora e tratamento público de esgoto, atendidos os padrões de lançamentos
estabelecidos pelo órgão competente. Na inexistência do sistema público, direcionar os líquidos para
tratamento no próprio estabelecimento, obedecida a legislação vigente;
k) manter monitoramento permanente do processo de tratamento por meio de indicadores biológicos, químicos
e físicos, que garantam a segurança dos resultados, conforme condicionantes exigidos nos licenciamentos;
l) monitorar a qualidade dos efluentes líquido e gasoso, dos resíduos tratados e das cinzas, verificando a
conformidade com os padrões da legislação vigente.
A disposição final de resíduos de serviços de saúde integra o PGRSS, o qual deve ser aprovado pelas Secretarias
de Saúde e de Meio Ambiente, para fins de licenciamentos.
A disposição final de resíduos de serviços de saúde consiste no uso de procedimentos técnicos que visam à
disposição de RSS, geralmente no solo, associados a um determinado tratamento prévio que impeça a
disseminação de agentes patogênicos ou de qualquer outra forma de contaminação, garantindo-se a proteção da
saúde e da qualidade do meio ambiente.
A disposição final de resíduos infectantes e químicos, no solo, após tratamento prévio, deve contemplar resíduos
tratados, incombustíveis e cinzas, com características físicas, químicas e biológicas ajustadas aos padrões aceitos
para disposição em aterros sanitários.
• reduzir a padrões aceitáveis os riscos de poluição do ar, do solo, de recursos hídricos e da ocorrência ou
transmissão de doenças, já que apenas os resíduos com tratamento prévio, seguro e de eficiência comprovada
serão dispostos no solo;
• destinar sanitariamente os rejeitos e cinzas gerados nos processos de tratamento.
5.1 – INTRODUÇÃO
Os trabalhadores da área de saúde e de limpeza urbana estão potencialmente expostos a uma diversidade de
riscos ocupacionais, com probabilidade de diferentes agravos ao seu organismo.
Para promoção e preservação da saúde desses trabalhadores, os empregadores devem elaborar e implementar o
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, como parte integrante do conjunto mais amplo
de iniciativas da instituição, no campo da saúde dos trabalhadores, observando-se as normas regulamentadoras e
a Portaria nº 8, de 08/05/1996, do Ministério do Trabalho – MTb.
O PCMSO deve ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os
identificados nas avaliações das normas regulamentadoras do MTb, Portaria nº 3.214, de 08/06/78, privilegiando
a prática de exames médicos direcionados para as correlações entre os riscos das atividades e possíveis agravos à
saúde.
Como medida preventiva na preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, devem ser
reconhecidos, avaliados e mantidos os controles da ocorrência de riscos ocupacionais existentes ou com
possibilidade de existência, no ambiente de trabalho, consolidados no Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA e em programas específicos de Segurança e Medicina do Trabalho.
Os riscos ocupacionais a que estão expostos os trabalhadores da área de saúde e de limpeza urbana que podem
causar danos a sua saúde e integridade física são: biológicos, químicos, físicos, ergonômicos e mecânicos.
Os principais riscos ocupacionais no ambiente intra-estabelecimento de saúde são registrados no quadro a seguir,
devendo ser considerado para cada risco o grau de exposição e, se pertinente, o grau de concentração ambiental.
Critérios propostos:
a) oferecer aos trabalhadores, anualmente, ou sempre que se fizer necessário, treinamento em serviço e
educação em controle de infecção e técnicas de segurança pertinente às suas atividades, de forma que esses
trabalhadores se mantenham atualizados;
b) assegurar que, também no treinamento inicial, sejam incluídos os seguintes tópicos:
• informações sobre o cronograma de trabalho, sua natureza e responsabilidades, assim como os riscos da
exposição aos possíveis agentes químicos, biológicos ou físicos, seus danos à saúde, e técnicas seguras de
segregação e manuseio;
• modos de transmissão de infecções e importância da total adesão às normas das precauções padrão;
• importância da informação de riscos específicos para a funcionária grávida
• importância dos programas de vacinação;
• importância da lavação das mãos e do uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI;
• procedimentos preconizados no manejo de RSS, desde a segregação até a disposição final.
c) elaborar políticas e procedimentos escritos específicos para o controle de doenças e prevenção de acidentes
do trabalho, que sejam de fácil acesso e disponíveis a todos os trabalhadores;
d) prover um sistema de informação educacional apropriado ao nível de escolaridade de cada trabalhador;
e) assegurar que o trabalhador faça uso adequado dos equipamentos de proteção individual preconizados;
f) proibir fumar no ambiente intra-estabelecimento de saúde.
Critérios propostos:
a) manter um registro dos trabalhadores, que inclua informações obtidas durante a avaliação médica, dados de
imunização, resultados de exames complementares e relato de doenças ou exposições ocupacionais de
acordo com a legislação vigente;
b) estabelecer mecanismo de fácil acesso do trabalhador às informações sobre doenças que ele possa adquirir
ou transmitir;
c) desenvolver protocolos escritos sobre o manuseio de doenças infecciosas ocupacionais ou comunitárias e de
exposições importantes;
d) registrar a ocorrência de doença infecciosa ocupacional ou a exposição a riscos, no prontuário médico
funcional e, quando indicado, notificar o controle de infecção hospitalar a membros do serviço de saúde
ocupacional.
Critérios propostos:
a) estabelecer e manter registro atualizado de todos os trabalhadores, de forma confidencial, assegurando que
os mesmos sejam corretamente instruídos sobre a doença ou exposição ocupacional;
b) assegurar que seja mantido o caráter confidencial individual durante a divulgação pública dos dados sobre as
condições de saúde dos trabalhadores
Para os trabalhadores da limpeza urbana com atividades extra-estabelecimento de saúde, são propostas as
imunizações:
• tétano e difteria;
• hepatite B;
• tuberculose;
• influenza.
!
6 – BIBLIOGRAFIA
1. ALVES, Gilberto, SIMÕES, J.C. O armazenamento do lixo no hospital: uma solução. Revista Paulista de
Hospitais, (27): 188 e (26): 194. São Paulo: junho, 1979.
2. AMARAL, A.F.H do, REGUEIRA, I.S.R. Resíduos das Unidades de Serviços de Saúde em Belo Horizonte.
São Paulo: ABLP - Revista Limpeza Pública, n.48, ago. 1998. p.25 - 32.
3. AMARAL, Ana Flávia Heilbuth do. Coleta e Destinação Final de Resíduos de Serviços de Saúde. In:
Congresso Mineiro de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar, 3, 1999. Belo Horizonte:
SOMICIH E AMECIH, 1999. 29 p.
4. ARMOND, G.A, OLIVEIRA, A.C. Resíduos de Serviços de Saúde. In: MARTINS, M.A. (Coord.) Manual
de Infecções Hospitalares: Prevenção e Controle. Rio de Janeiro: MEDSI, 1993. p.93 - 108.
5. BELBA – Engenheiros Consultores Ltda. Cartilha sobre Gerenciamento dos Resíduos Sólidos de
Estabelecimentos de Assistência à Saúde. Belo Horizonte: Fundação Nacional de Saúde, 1997. 35 p.
6. BORGES, Maeli Estrêla. Resíduos hospitalares: produção, riscos, acondicionamento, remoção e disposição
final. In: SIMPÓSIO PARANAENSE SOBRE DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS, 1,
1983. Curitiba: Federação das Indústrias do Estado Paraná, 1983. 18 p. Mimeo.
7. BORGES, Maeli Estrêla. Curso Nacional de Planejamento de Aterro Sanitário. In: ECOLATINA’98,1, 1998.
Belo Horizonte: Instituto de Educação Tecnológica Ltda, 1998. 33 p.
8. BORGES, Maeli Estrêla. Curso Gerenciamento de Limpeza Urbana. Belo Horizonte: Instituto de Educação
Tecnológica Ltda, 1999. 117 p.
9. BORGES, M.E., CABRAL, L.S. Segurança do Trabalho na Limpeza Urbana. São Paulo: ABLP - Revista
Limpeza Pública, n.13, nov/dez 1978. p.21 - 27.
10. BRANDT, W., FONSECA, D.C. Curso Internacional de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. In:
ECOLATINA’98, 1, 1998. Belo Horizonte: Instituto de Educação Tecnológica Ltda, 1998. 51 p.
11. BERTUSSI FILHO, L.A. Curso de Resíduos de Serviços de Saúde: Gerenciamento, Tratamento e
Destinação Final. Curitiba: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, 1994. 61 p.
12. BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde. Normas para Projetos Físicos de
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. Brasília: Impressa Nacional, 1994. 144 p.
13. BUSCH, Olívia M. Savi, KOVALIXZN, Rosilda A, SANTI, Valmir. Lixo Hospitalar: Normas de
Manuseio. Universidade Estadual de Ponta Grossa. Departamento de Biologia. Paraná: Ponta Grossa,
1991.
16. FERMAGEO. Projeto de resíduos dos serviços de saúde do município de Curitiba: versão final. Curitiba,
1993. 101 p.
17. FORMAGGIA, D.M.E, GÜNTER, W.M.R, RIBEIRO FILHO, V.D., RODRIGUES F.L. Curso sobre
Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. São Paulo: Associação Brasileira de Limpeza
Pública, 1998. 48 p.
18. GOODMAN e GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica, 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1991. p.288 - 302.
19. Guia de orientação e manuseio de agentes antineoplásicos. Serviço de farmácia da Fundação Antônio
Prudente.
20. JOÃO PESSOA. Prefeitura Municipal. EMLUR. Lixo Hospitalar - Normas Técnicas de Manuseio,
Transporte, Armazenamento e Incineração. 11 p.
22. Manual de Preparo de Drogas Antineoplásicas do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Setembro, 1994.
23. MINAS GERAIS. Fundação João Pinheiro. Fiscalização Ambiental. Belo Horizonte: MTb / FAT /
CODEFAT, 1997. 148 p.
24. ORTH, M. H.A., MOTTA, F.S. Administração de Resíduos Sólidos Industriais. In: ECOLATINA’99, 2,
1999. Belo Horizonte: Instituto de Educação Tecnológica Ltda, 1999. 133 p.
25. ORTH, Maria Helena de Andrade. Administração de Resíduos Sólidos Industriais. Belo Horizonte:
Instituto de Educação Tecnológica Ltda, 1999. 121 p.
26. PIRES DO RIO, Rodrigo. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Ed. HEALTH, 1996.
27. ROCHA, Aristides Almeida. Aspectos epidemiológicos e poluidores, vetores, sumeiros, percolados. São
Paulo: Revista DAE, V. 42, n.128, março 1982. p.63 – 68.
28. Segurança e Medicina do Trabalho. Manuais de Legislação Atlas. 34ª edição, 1996.
30. STEHLING, Mônica Campolina, CUNHA, Amedorina Ferreira da. Resíduos das Unidades de Serviços
Veterinários. Belo Horizonte, 1999. 4 p. Mimeo.
" #
7 – GLOSSÁRIO
Abrigo de Armanezamento Final – é o local apropriado, construído de acordo com as Normas Técnicas da
SLU, para armazenar os contenedores até a realização da coleta externa.
Coleta Externa – é a remoção e o transporte de resíduos do estabelecimento de serviços de saúde para o local de
tratamento ou disposição final.
Coleta Interna – é a remoção e o transporte de resíduos de serviços de saúde das áreas de geração para guarda
temporária dos mesmos.
Estabelecimento de Serviço de Saúde – nome genérico dado às instituições que prestam atendimento à saúde
humana ou veterinária, em regime de internação ou não, independente do nível de complexidade dos serviços
prestados.
Esterilização – é o tratamento de resíduos de serviços de saúde, com neutralização ou eliminação total de todos
os microrganismos, na forma vegetativa ou esporulada (autoclavação).
Tratamento térmico – são os processos de neutralização ou eliminação total dos agentes nocivos à saúde e ao
meio ambiente, existentes nos resíduos, pelo uso dos processos: incineração, pirólise, microondas, autoclavação
e outros similares.
Permitida a reprodução, desde que citada a fonte.
Endereço da COPAGRESS:
Rua Tenente Garro, 118 – 8º andar – Bairro Santa Efigênia
30240-360 – Belo Horizonte – MG
Fone: (0xx31) 3277-9367 (SLU) Fax: (0xx31) 3277-9400