Teoria da Arquitectura I Docente: Ilídio Sebastião
O Homem viu-se obrigado a reaviver estilos arquitectónicos passados ,entretanto enquadrou no tempo e espaço,novas Influências, daí surgiu por acidente os outros movimentos que procedeu em estilos. A dinâmica das artes maiores.!! Elimu Ankoma Akil arquitecto e urbanista. A grande diferença entre esses revivalismos – Neoclássico e Neogótico – e as práticas do Eclectismo, é que os primeiros são muito mais fundamentados, ideológica e arqueologicamente, exigindo dos arquitectos uma grande cultura específica, calcada em pesquisas dos edifícios antigos, e criando cânones estéticos bastante claros – uma atitude intelectual e especializada.
Com relação ao Eclectismo, não podemos falar literalmente de um revivalismo,
pois já não interessava a volta de um momento específico do passado e de sua arquitetura. Mais apropriado é falarmos de um “historicismo”. A História Ocidental, neste caso, é vista como um todo, acreditando-se que a solução para um determinado problema formal, técnico ou estilístico, já foi encontrada em algum momento passado. Não há, aí, a preocupação fundamentalista de princípios morais, éticos ou econômicos. A arquitectura historicista volta-se mais para a “poética” dos estilos.
A arquitetura Eclética baseia sua estética na Teoria do Associacionismo.
Segundo esta, o prazer estético estaria fundado em associações mentais que a figura observada provoca no observador, tornando presentes, na mente, princípios, idéias, imagens, símbolos e impressões já vividas ou experimentadas e, conseqüentemente, as emoções originais. A partir daí, criou-se um código estilístico para orientar as práticas ecléticas. A arte do Romantismo é formada por um feixe heterogéneo de estilos, como uma reacção ao equilíbrio, impessoalidade, racionalidade e sobriedade do classicismo.
O Romantismo afastou-se das frias regras da arquitectura neoclássica e dos
princípios da ordem, proporção, simetria e harmonia que a caracterizam e foi influenciado pelos valores do sentimento. Deu preferência aos aspectos mais de acordo com a mentalidade romântica, como a irregularidade da estrutura espacial e volumétrica, os efeitos de luz, o movimento dos planos, o colorido da decoração, enfim, características que provocassem o encantamento, estimulassem a imaginação, convidassem ao sonho, evocando realidades diferentes, distantes ou imaginárias. Burg Hohenzollern,Edifício neogótico Assim na época romântica houve a tendência para regressar aos estilos do passado, através da arquitectura historicista e ecléctica.
A arquitectura historicista (ou revivalista) é o nome dado a um conjunto de estilos
arquitectónicos que procurou recuperar e recriar a arquitectura dos tempos passados. Na arquitectura europeia a tendência revivalista surgiu no século XVIII, atingiu o seu apogeu no século XIX e prolongou-se até meados do século XX.
O romantismo literário evocava o espírito da idade média, despertando o
interesse pela arquitectura gótica. Casas do parlamento 1836/68 - Charles Barry. Londres Parlamento de Budapeste em estilo Neogótico O restauro viveu um período de intensa actividade, e construíram-se em estilo neogótico, não só igrejas como diversos edifícios civis, entre os quais estações de caminho de ferro.
Edifício da câmara de Stekene, Bélgica,em estilo
neogótico Igreja Votiva em Viena (Áustria) Rijksmuseum (Amesterdão), 1877 (um exemplo de arquitectura neogótica) O medievalismo da época romântica não constituiu só uma reacção contra a rigidez da arte neoclássica. Uma das significações mais profundas é a do protesto dos povos do Norte, em especial, Inglaterra e Alemanha, contra o domínio da arte mediterrânica e todos os estilos desenvolvidos a partir da antiguidade clássica. Munich - Marienplatz 1831–1839 Mas além do principal estilo historicista, o neogótico, surgiram muitos outros: o neo-românico, o neo-renascentista, o neobizantino, o neobarroco, o neo- islâmico e até o gosto pelas culturas exóticas orientais.
Neogótico: Town Hall, em Manchester.
Projeto: Alfred Waterhouse, 1868. Castelo de Neuschwanstein, um imponente palácio em estilo neo- Castelo de Neuschwanstein, um imponente palácio em estilo neo-românico J. L. Charles Garnier - Opéra, Paris, France, 1861–1874. Estilo neobarroco J. L. Charles Garnier - Opéra, Paris, France, 1861–1874. Estilo J. L. Charles Garnier - Opéra, Paris, France, 1861–1874. Estilo neobarroco Também se apontam outras razões para a implementação e difusão do historicismo, como a incapacidade de desenvolver uma arquitectura original e a necessidade que sentiam as novas instituições e as novas classes dominantes de enobrecer-se com o prestígio das formas arquitectónicas do passado. O movimento revivalista andou associado à arquitectura ecléctica, que incorporava vários estilos. O ecletismo arquitectónico caracterizou-se por misturar estilos antigos, sem a rigorosidade da arquitectura revivalista propriamente dita, que era mais fiel a um só estilo. Apesar de empregarem formas do passado, tanto a arquitectura historicista como a eclética usaram técnicas modernas como as estruturas de ferro e, depois de cimento. O recurso ao passado é assumido nos aspectos decorativos.
O ecletismo arquitectónico busca o
exótico e exaltação do passado, recorrendo aos estilos que achar mais adequados para esse fim.
Museu de História Natural de Londres em estilo
neogótico , com aspectos neo-românicos - 1880 - arquitecto Alfred Waterhouse JOHN NASH, Royal Pavilion, Brighton, England, 1815–1818. Este capricho oriental de Nash é uma fusão dos estilos chinês, hindu, islâmico e bizantino. O historicismo / ecletismo na arquitetura 1840-1900 Características principais A aparência dos edifícios e sua organização espacial interna e externa têm de estar de acordo com a importância e a finalidade da edificação. Desse modo, cria- se uma espécie de léxico arquitetônico que deveria ser adotado para que o projecto fosse feito usando o “estilo” que estivesse mais de acordo com o destino da edificação. Esse repertório arquitetônico é escolhido em cada país e região da Europa, e posteriormente em outros países, a partir de estilizações bastante modificadas dos exemplos de arquitetura do passado. As novas possibilidades técnicas da construção ficam escondidas atrás de formas estilísticas do passado. A técnica construtiva deve estar a serviço da aparência da arquitetura. A prática historicista tem início com a construção do Parlamento inglês, em 1840, no qual se aplicou extensivamente uma reprodução estilística da arquitectura gótica tardia, de linhas predominantemente perpendiculares e verticais. Já na época, e em vários países, houve críticas a essa prática arquitetônica: os edifícios não tinham a mesma qualidade das arquiteturas que os construtores se propunham reproduzir; as características estéticas originais eram muito alteradas. Os novos edifícios criados com a Revolução Industrial (fábricas, gares de trem, centrais elétricas ou hidráulicas) eram “revestidos” com fachadas de castelos, câmaras municipais ou igrejas. O ecletismo na arquitetura do século XIX O ecletismo na arquitetura no Brasil O ecletismo na arquitetura no Brasil O ecletismo na arquitetura no Brasil Muitas vezes os estilos historicistas integraram-se em movimentos de valorização e concepção da história nacional, adoptando um carácter nacionalista, com aconteceu em vários países da europa,por exemplo portugal.