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A Revolução Industrial, analisada nos dois capítulos anteriores, aumentou de forma gradual e acelerada a demanda
global por energia, sobretudo a partir de meados do século XX. Esse crescimento, que persiste até a década atual,
se deve à retomada do crescimento econômico e da produção industrial nos países pioneiros da industrialização
após a Segunda Guerra Mundial, à industrialização dos países emergentes e à expansão do comércio mundial.
A utilização de fontes de energia fóssil é a principal causa da emissão de poluentes atmosféricos por atividades
humanas, cujos efeitos no clima e na saúde de pessoas e animais têm feito parte das discussões ambientais,
principalmente em razão da provável participação no aumento das temperaturas globais nas últimas décadas.
No mapa a seguir, sobre as emissões de dióxido de carbono, nota-se o crescimento das emissões a partir de 1960
e que os maiores volumes de liberação desse gás provêm dos países mais industrializados.
Em relação à produção de resíduos industriais, outra questão deve ainda ser considerada: a transferência de
unidades fabris poluidoras dos países industrializados para os emergentes ou subdesenvolvidos. China, Índia,
México, Brasil, África do Sul e países da Ásia Central, como o Cazaquistão, receberam, a partir da segunda metade
do século XX, dezenas de fábricas de empresas transnacionais (de origem europeia, estadunidense e japonesa,
principalmente) que atuam em setores considerados críticos do ponto de vista ambiental, como indústrias
químicas, petroquímicas, de fertilizantes e de agrotóxicos, entre outras.
Além do controle da produção, utilização e descarte de resíduos dos produtos tóxicos, é urgente reduzir as
emissões de dióxido de carbono e dos demais gases do efeito estufa na produção industrial e no transporte de
mercadorias e matérias-primas.
FONTE: GOETTENS, Arno Aloísio; JOIA, Antônio Luís. Geografia: leituras e interação. Vol. 2. 2 ed. São Paulo: Leya, 2016, p. 56-63.