As inovações e rapidez que a Revolução Industrial trouxe ao mundo
provocou enorme mudanças no cotidiano, tanto no quesito social, quanto no quesito ambiental. Para criarem fabricas com alta utilidade, mudou-se as formas de exploração do ambiente, com proporcionalidade no tamanho da fábrica e os recursos explorados. A grande competição de mercado e crescimento da tecnologia, fez uma pressão sobre as indústrias para que produzissem o máximo, não havendo cuidado e prevenção com o meio ambiente. Porém ao longo prazo isso afetou a vida e saúde popular, como o conhecido “O grande fedor em Londres”.
A partir da Revolução Industrial, o trabalhador do campo se tornou
assalariado e as atividades artesanais viraram máquinas. No século XIX, ápice da revolução, as atividades costumeiras sofreram inovações, trazendo populações para as cidades e utilizando cada vez mais de recursos naturais. Assim as consequências ambientais eram inevitáveis com a falta de cuidado, principalmente a concentração de gases do efeito estufa e a contaminação do solo com a chuva ácida.
O berço da revolução foi a Inglaterra, onde grandes surtos de doenças e
poluição aconteceram, como em Londres. O grande fedor se deu no verão de 1858, com o contexto de crescimento populacional inesperado. Os motivos desse mal cheiro foram principalmente por falta de higiene e saneamento básico da cidade. O primeiro motivo foi as fezes dos cavalos, que eram usados para locomoção de todos. Eles defecavam nas ruas toneladas de fezes todos os dias. Já o segundo motivo foi causado pela industrialização, as maquinas produziam muita fumaça, como gases tóxicos ou não. Uma quantidade suficiente para se igualar a uma névoa nas ruas e ser impossível de enxergar. O terceiro motivo é relacionado com esses gases, no qual com eles as chuvas se tornavam ácidas, extremamente prejudicial à saúde, solo e construções. Além dessa enorme poluição, que sem uma rede de esgoto ficavam nas ruas em forma de lama, os banheiros da época também foi um causador. Eles eram feitos por meio de fossas, na qual de tempos em tempos precisavam de limpeza. Aqueles que não haviam condições de contratar um profissional, colocava as crianças para tirarem os dejetos e jogarem no rio Tamisa, o rio que fornecia a água para banhos, cozinhar e consumir. As indústrias também jogavam seus dejetos e descartáveis nos rios, matando todo o ambiente aquático em questão.
Devido a esse contexto, no verão de 1858, com a baixa do rio Tamisa, o
mal cheiro e doenças da poluição de proliferaram, matando e adoecendo milhares de pessoas. No período de fedor não haviam conhecimento sobre bactérias e vírus. Assim a população da época acreditava que essas doenças vinham do mal cheiro de Londres, como a cólera e a febre de tifoide. Com a cultura de época criaram personificações desse fedor, como monstros que proliferavam essas doenças e matavam a população.
Nesse caos generalizado, o médico John Snow propôs que a causa
principal das doenças era o consumo de água poluída, contudo essa ideia não foi levada para frente pela população. Com o cheiro insuportável de se viver, foi preciso novas construções, usando do dinheiro público para resolver o mal cheiro de Londres. O engenheiro civil Joseph Bazalgette levou à frente da solução. Ele criou mecanismos que se aproveitavam da posição da cidade para criar um sistema de esgoto gratuito. A mídia não confiava no projeto, dizendo que não havia lógica em cavar a cidade para resolver o fedor. Assim foi feito a rede de esgoto com fluxo de água, bueiros para casos de enchentes e tratamentos, que desembocavam no mar, eliminando a maior poluição de dejetos da cidade.
O único bairro que não recebeu a construção de Joseph, continuou
tendo doenças e mortes, confirmando a hipótese de John Snow em relação a água poluída. Após alguns anos houve a descobertas dos microrganismos, e também leis de proteção do meio ambiente, para que não prejudicasse a saúde pública tão drasticamente novamente.
Logo, é visto que muitos danos provocados foi fruto de
irresponsabilidade ambiental das industrias na Revolução Industrial, que poderiam ter evitado muitos problemas atuais. O aumento do consume e a produção exacerbada consome o mundo em volta, destruindo o solo, água, ar, animais, plantas, etc. Na atualidade empresas procuram ser sustentáveis, mas as indústrias da Revolução Industrial ainda existem.