Você está na página 1de 2

Nome: Amanda Maria Carrara Orlato CTI/UNESP

Nº: 01

Turma: 82C

Professor: Flávio Henrique Simão Saraiva

A poluição na Revolução Industrial

As inovações e rapidez que a Revolução Industrial trouxe ao mundo


provocou enorme mudanças no cotidiano, tanto no quesito social, quanto no
quesito ambiental. Para criarem fabricas com alta utilidade, mudou-se as
formas de exploração do ambiente, com proporcionalidade no tamanho da
fábrica e os recursos explorados. A grande competição de mercado e
crescimento da tecnologia, fez uma pressão sobre as indústrias para que
produzissem o máximo, não havendo cuidado e prevenção com o meio
ambiente. Porém ao longo prazo isso afetou a vida e saúde popular, como o
conhecido “O grande fedor em Londres”.

A partir da Revolução Industrial, o trabalhador do campo se tornou


assalariado e as atividades artesanais viraram máquinas. No século XIX, ápice
da revolução, as atividades costumeiras sofreram inovações, trazendo
populações para as cidades e utilizando cada vez mais de recursos naturais.
Assim as consequências ambientais eram inevitáveis com a falta de cuidado,
principalmente a concentração de gases do efeito estufa e a contaminação do
solo com a chuva ácida.

O berço da revolução foi a Inglaterra, onde grandes surtos de doenças e


poluição aconteceram, como em Londres. O grande fedor se deu no verão de
1858, com o contexto de crescimento populacional inesperado. Os motivos
desse mal cheiro foram principalmente por falta de higiene e saneamento
básico da cidade. O primeiro motivo foi as fezes dos cavalos, que eram usados
para locomoção de todos. Eles defecavam nas ruas toneladas de fezes todos
os dias. Já o segundo motivo foi causado pela industrialização, as maquinas
produziam muita fumaça, como gases tóxicos ou não. Uma quantidade
suficiente para se igualar a uma névoa nas ruas e ser impossível de enxergar.
O terceiro motivo é relacionado com esses gases, no qual com eles as chuvas
se tornavam ácidas, extremamente prejudicial à saúde, solo e construções.
Além dessa enorme poluição, que sem uma rede de esgoto ficavam nas
ruas em forma de lama, os banheiros da época também foi um causador. Eles
eram feitos por meio de fossas, na qual de tempos em tempos precisavam de
limpeza. Aqueles que não haviam condições de contratar um profissional,
colocava as crianças para tirarem os dejetos e jogarem no rio Tamisa, o rio que
fornecia a água para banhos, cozinhar e consumir. As indústrias também
jogavam seus dejetos e descartáveis nos rios, matando todo o ambiente
aquático em questão.

Devido a esse contexto, no verão de 1858, com a baixa do rio Tamisa, o


mal cheiro e doenças da poluição de proliferaram, matando e adoecendo
milhares de pessoas. No período de fedor não haviam conhecimento sobre
bactérias e vírus. Assim a população da época acreditava que essas doenças
vinham do mal cheiro de Londres, como a cólera e a febre de tifoide. Com a
cultura de época criaram personificações desse fedor, como monstros que
proliferavam essas doenças e matavam a população.

Nesse caos generalizado, o médico John Snow propôs que a causa


principal das doenças era o consumo de água poluída, contudo essa ideia não
foi levada para frente pela população. Com o cheiro insuportável de se viver, foi
preciso novas construções, usando do dinheiro público para resolver o mal
cheiro de Londres. O engenheiro civil Joseph Bazalgette levou à frente da
solução. Ele criou mecanismos que se aproveitavam da posição da cidade para
criar um sistema de esgoto gratuito. A mídia não confiava no projeto, dizendo
que não havia lógica em cavar a cidade para resolver o fedor. Assim foi feito a
rede de esgoto com fluxo de água, bueiros para casos de enchentes e
tratamentos, que desembocavam no mar, eliminando a maior poluição de
dejetos da cidade.

O único bairro que não recebeu a construção de Joseph, continuou


tendo doenças e mortes, confirmando a hipótese de John Snow em relação a
água poluída. Após alguns anos houve a descobertas dos microrganismos, e
também leis de proteção do meio ambiente, para que não prejudicasse a saúde
pública tão drasticamente novamente.

Logo, é visto que muitos danos provocados foi fruto de


irresponsabilidade ambiental das industrias na Revolução Industrial, que
poderiam ter evitado muitos problemas atuais. O aumento do consume e a
produção exacerbada consome o mundo em volta, destruindo o solo, água, ar,
animais, plantas, etc. Na atualidade empresas procuram ser sustentáveis, mas
as indústrias da Revolução Industrial ainda existem.

Você também pode gostar