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E SAÚDE NO TRABALHO
1
Formadora: Rute Mota
Duração: 25 horas
AMBIENTE
PRINCIPAIS PROBLEMAS
AMBIENTAIS DA ATUALIDADE
2
Nunca se falou tanto em meio ambiente e em problemas ambientais
como no momento. Mas, afinal quais são esses problemas que tanto
ameaçam o futuro do planeta? O desmatamento, o acúmulo de lixo, o
aquecimento global e tantos outros problemas têm mudado radicalmente
o clima e as condições do planeta.
4
5
Urbanização Acelerada
6
7
Desmatamento
8
Poluição Marinha
Muito se fala sobre a poluição causada pelos gases emitidos por carros na
atmosfera, porém, é importante falar também sobre a poluição marinha que vem
se tornando cada vez mais grave. Em grande parte essa poluição acontece pela
descarga de esgotos domésticos e industriais por meio de emissários
submarinos.
9
Poluição Do Ar e Do Solo
10
Poluição e Eutrofização De Águas Interiores
O mais grave disso é que esses recursos hídricos são necessários para o
abastecimento das populações, ou seja, as pessoas acabam por perder água
potável. A qualidade da água passa por uma grande deterioração que é causada
pelo fenómeno da eutrofização que consiste no acúmulo de metais pesados no
sedimento. As consequências desse problema são mudanças na lógica das
populações de peixes que mudam o ritmo de pesca e também a inviabilização
11
da água para diversos usos.
Perda De Biodiversidade
Grandes Obras
13
Para se ter uma ideia da gravidade é importante dizer que cada um dos
graus Celsius que aumentam na temperatura da terra acarretam
consequências diferentes que acabam tornando-se cumulativas. De
acordo com o 2º relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC) apenas 1°C já será capaz de atuar sobre o
derretimento dos glaciares.
15
AMBIENTE
RESÍDUOS
16
Em Portugal, a definição de Resíduo Urbano tem evoluído no que se refere à sua
abrangência. Assim o Decreto-Lei n.º 239/97 de 9 setembro apenas considerava
como resíduos urbanos “os resíduos domésticos ou outros resíduos semelhantes,
em razão da sua natureza ou composição, nomeadamente os provenientes do
sector de serviços ou de estabelecimentos comerciais ou industriais e de unidades
prestadoras de cuidados de saúde, desde que, em qualquer dos casos, a produção
diária não exceda 1100 l por produtor”.
21
A produção de resíduos está presente em todas as atividades do nosso dia-a-
dia. A elevada produção de resíduos, tem-se feito sentir nos últimos anos, não
só pelo estilo de vida de todos nós mas também pela própria utilização
inadequada dos materiais. Em Portugal, cada habitante produz, em média,
1.4Kg de resíduos por dia, o que corresponde a uma produção média anual de
511Kg (Fonte: Relatório Caraterização da Situação dos Resíduos Urbanos em
Portugal Continental em 2009 – Agência Portuguesa do Ambiente 06-08-2010).
23
Resíduos Hospitalares (RH) – Resíduos resultantes de atividades
médicas desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados de
saúde, em atividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação
e investigação, relacionada com seres humanos ou animais (Decreto-Lei
n.º178/2006, de 5 de Setembro).
24
Na primeira metade da década de 2000, vários tipos de resíduos foram inseridos
em fluxos especiais para serem encaminhados para a reciclagem ou outras
formas de valorização. A gestão destes fluxos está delegada a uma ou várias
entidades gestoras que devem realizar os esforços necessários para dar
cumprimento às metas europeias de recolha, reutilização, reciclagem e
valorização de resíduos. Na primeira metade da década de 2000 foram criadas
diversas entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos, em resultado da
transposição da legislação comunitária. Devido às suas características e/ou
produção em grande escala, vários tipos de resíduos foram inseridos em fluxos
especiais cuja gestão é delegada a uma ou várias entidades gestoras. Estas
entidades devem realizar os esforços necessários para dar cumprimento às
metas europeias de recolha, reutilização, reciclagem e valorização de resíduos.
25
Os diplomas legais que regulam os fluxos específicos de resíduos
responsabilizam todos os intervenientes no ciclo de vida e gestão do resíduo,
desde o produtor do bem ao consumidor final. Os produtores do bem são
responsáveis pela gestão dos seus produtos quando atingem o fim de vida, ou
seja, quando se tornam resíduos. Desta forma, devem assegurar a recolha e o
encaminhamento destes resíduos para instalações de valorização autorizadas,
responsabilidade que pode ser assumida pelo próprio produtor ou delegada a
um sistema integrado, mediante o pagamento de um valor monetário (Ecovalor)
por cada produto colocado no mercado. Estes sistemas integrados são geridos
por entidades gestoras próprias que se tratam de associações sem fins
lucrativos. Pretende-se com este mecanismo estimular a realização de
alterações na concepção do produto que maximizem a poupança de matérias-
26
primas e minimizem a produção de resíduos.
Embalagens e resíduos de embalagens
28
Veículos em fim de vida (VFV)
Todos os anos são gerados na União Europeia entre oito a nove milhões de
toneladas de resíduos de VFV. De forma a limitar a produção destes resíduos e
aumentar a sua reutilização, reciclagem e outras formas de valorização, a
legislação comunitária obriga os fabricantes a conceber veículos fáceis de
reciclar, a limitar o uso de substâncias perigosas na sua concepção e a
promover a utilização de materiais reciclados.
30
Resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE)
Para cada novo tipo de equipamento eléctrico e electrónico (EEE) colocado no mercado,
os produtores têm que fornecer informação sobre os componentes e materiais presentes
no equipamento e a localização de substâncias e misturas perigosas para os centros de
reutilização e reciclagem. Desta forma, os produtores são encorajados a pensar em todo
o ciclo de vida do produto, logo na fase de concepção.
31
A directiva comunitária também prevê a necessidade de informar a população
sobre o esquema de reciclagem montado, para que os cidadãos enquanto
produtores de resíduos tenham o conhecimento necessário para separar e
eliminar de forma correcta os seus REEE. Os consumidores devem conhecer o
símbolo que identifica os EEE que devem ser reciclados e que é obrigatório
estar em todos os equipamentos colocados no mercado comunitário. Portugal
está obrigado a manter um registo dos produtores e importadores de
equipamentos eléctricos e electrónicos e das quantidades destes produtos
colocados no mercado nacional. Para manter este registo foi constituída a
Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos
(ANREEE). A gestão do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de
Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (SIGREE) está a cargo de duas
32
entidades gestoras: Amb3E e ERP Portugal.
Resíduos de pilhas e acumuladores (P&A)
A gestão dos pneus usados não está regulamentada por nenhuma directiva
comunitária específica. Apenas é referida a proibição de deposição de pneus
usados em aterros, expressa na directiva que regula estas infra-estruturas. Para
dar cumprimento a esta obrigação, foi publicada em Portugal legislação própria
para este tipo de resíduos o que originou a criação do Sistema Integrado de
Gestão de Pneus Usados (SIGPU) gerido pelaValorpneu.
36
Resíduos de construção e demolição (RCD)
Também nestes resíduos a sua gestão resulta de uma iniciativa nacional uma
vez que a União Europeia não publicou legislação específica. Contudo estipula
que até 2020, 70% destes resíduos devem ser encaminhados para reutilização,
reciclagem e valorização.
38
Óleos alimentares usados (OAU)
Para a recolha de OAU de uso doméstico foi atribuído um papel de relevo aos
municípios. Adicionalmente, os operadores do sector da distribuição
responsáveis por grandes superfícies comerciais também devem disponibilizar
locais adequados para a colocação dos pontos de recolha selectiva de OAU.
39
É proibida a deposição destes resíduos em aterro e a sua eliminação através
dos sistemas de drenagem de águas residuais (esgoto). No que respeita à
reciclagem destes resíduos é proibida a introdução de OAU ou de substâncias
recuperadas na cadeia alimentar.
40
Fluxos emergentes
É importante frisar que não é somente o produtor dos bens quem é responsável
pelo bom funcionamento dos esquemas de reciclagem. A reciclagem de
resíduos só é possível se os cidadãos separarem e depositarem activamente os
seus resíduos nos pontos de recolha adequados.
41
Devido à natureza dos materiais que usamos diariamente em nossas casas, a
grande percentagem dos resíduos que produzimos é passível de ser valorizada.
De uma forma geral, mais de 35% dos resíduos sólidos urbanos (RSU)
consistem em material orgânico (ex.: restos de comida, resíduos verdes de
jardim, etc.); o papel e cartão têm uma fatia de 23,7%; 13,5% são embalagens
de plástico e metal; e o vidro ocupa 5,6% sendo o restante, têxteis, finos,
madeira e outros resíduos (Fonte: Agência Portuguesa do Ambiente).
Papel 3 meses
Outros:
fins, etc.).
Se também contribuirmos para a reciclagem, estaremos a:
Economizar energia;
Reduzir a quantidade de resíduos sólidos urbanos que vão para aterros sanitários,
prolongando o tempo de vida útil destas infra-estruturas.
☻NÃO – Não deixe as luzes acesas depois de abandonar o local de trabalho / casa.
☻NÃO – Evite utilizar mais do que uma lâmpada: duas lâmpadas de 50W produzem menos
46
luz e consomem mais 25% de electricidade do que uma de 100W.
☺ SIM – Programe o monitor do seu computador para modo standby .
☻ NÃO – Não deixe a torneira a pingar após a utilização. Em caso de fuga de água,
assegure a sua reparação.
☻ NÃO – Não deixe as fugas de água por resolver e efectue a manutenção dos 47
sistemas de rega.
☺ SIM – Regue em dias secos e sem vento.
☻ NÃO – Não regue entre as 8:00 e as 18:00: evite o desperdício de água por evaporação.
☺SIM – Adeqúe a técnica de rega ao tipo de solo e às necessidades de água de cada tipo de
planta.
☻NÃO – Evite a formação de poças, enquanto rega. Distribua a água no terreno de uma forma
uniforme.
☻NÃO – Não inutilize folhas que apenas foram usadas de um dos lados. Utilize o verso para
tirar apontamentos e anotações.
☺SIM – Imprima versões provisórias numa escala reduzida (mais do que uma página por folha).
☻NÃO – Evite imprimir e fotocopiar apenas num dos lados da folha. Seleccione a opção de
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impressão nas duas páginas da folha (duplex).
☺ SIM – Utilize, sempre que possível, papel reciclado: cada tonelada deste tipo de papel
evita o corte de 15 a 20 árvores, poupa 400 m3 de água e 500 kWh de electricidade.
☻ NÃO – Evite desperdiçar papel: as suas fibras não são inesgotáveis, podendo apenas
ser recicladas um número limitado de vezes.
☻ NÃO – Não envie o papel para reciclar com agrafos, clips ou elásticos.
☺ Substâncias Químicas: NÃO – Em caso de derrame, não deixe o produto escoar para
águas superficiais ou subterrâneas, fechando os acessos aos sistemas de drenagem e
esgotos com meios de retenção adequados.
☻ NÃO – É proibido por lei fazer qualquer descarga de óleos usados na água, incluindo
sistemas de drenagem de águas residuais, bem como fazer qualquer depósito e/ou
descarga de óleos usados no solo.
☺SIM – Tome todas as precauções necessárias para evitar qualquer risco de incêndio,
nomeadamente não faça lume e não fume no local. Assegure-se de que dispõe no
local de meios de extinção de incêndio adequados.
51
☻ Herbicidas: NÃO – Não use sistematicamente a mesma substância activa, de modo a
evitar fenómenos de resistência.
☻ NÃO – Não aplique herbicidas quando está vento, devido ao perigo de arrastamento
para culturas vizinhas e aos riscos para a pessoa que está efectuar a aplicação dos
herbicidas. A aplicação também não deve ser feita nas horas de maior calor.
☺ SIM – Seleccione, de entre os diversos produtos com a mesma forma de actuação, o que
for menos tóxico para o homem e apresentar o menor risco para os animais domésticos
e o ambiente (de acordo com as Fichas Técnicas de Segurança dos produtos).
☻ NÃO – Não utilize herbicidas, sob coberto, nas culturas em floração e em épocas em que
ocorra nidificação de aves. Não os utilize num raio de 15 metros de poços, furos,
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nascentes, rios e ribeiras, valas ou condutas de drenagem.
☺ SIM – Cumpra as condições indicadas no rótulo de cada produto, nomeadamente as
precauções ecotoxicológicas, as restrições de uso e as condições de aplicação (doses,
concentrações, número de tratamentos e intervalo entre tratamentos). Quando o
herbicida for tóxico para animais domésticos, restrinja a sua utilização ao interior das
instalações.
☺ SIM – Prepare volumes de calda adequados à dimensão das áreas a tratar, de forma a
reduzir os excedentes e a necessidade da sua eliminação.
☻NÃO – Não corte madeira para fogueiras nem colha plantas ou vegetação. É proibido por
lei fazer fogo de qualquer espécie, incluindo fumar, no interior das matas e nas vias que
as atravessam.
☺SIM – Sempre que possível, evite abrir novos caminhos. Utilize os acessos existentes
para aceder aos locais de trabalho, procurando fazê-lo pelo mesmo caminho de entrada
e saída. Fora das áreas urbanas, mantenha-se nos trilhos pré determinados. Os atalhos
favorecem a erosão e a destruição das raízes e das plantas.
☻NÃO – Não arranque ou corte, total ou parcialmente, espécies protegidas, como oliveiras,
sobreiros ou azinheiras e azevinho espontâneo. Esta actividade só pode ser efectuada
se estiver licenciada.
☻ NÃO – É proibido por lei o abandono de resíduos, bem como a sua recolha, transporte,
armazenamento, tratamento, valorização ou eliminação por entidades ou em instalações não
autorizadas.
☺SIM – Efectue a segregação dos resíduos de acordo com as suas características físicas e químicas,
e tendo em conta a classificação dos resíduos que consta da Lista Europeia de Resíduos (códigos
LER).
☺SIM – O local de armazenamento temporário, escolhido para cada tipo de resíduo, deverá ser
devidamente sinalizado por intermédio de fichas de identificação de resíduos disponibilizadas pela
REN.
55
☻NÃO – Não abandone resíduos sem um método adequado de contentorização. O armazenamento
temporário de resíduos deverá ser efectuado em local apropriado, devendo ser previstos os
meios de contenção/retenção de eventuais derrames de substâncias perigosas de forma a
minimizar o risco de contaminação de solos e aquíferos.
☺ SIM – Caso o transporte de resíduos seja feito de locais em obras cuja degradação do pavimento
seja evidente, devem ser lavados os rodados do veículo à saída da instalação.
☻NÃO – Não transporte resíduos industriais sem o acompanhamento de uma Guia Modelo A. Os
resíduos devem estar acondicionados em recipientes próprios e rotulados com a ficha de
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identificação de resíduos.
☺ SIM – Separe os resíduos de acordo com as indicações descritas nos contentores. A maior parte
dos resíduos pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria-prima sem
perder as propriedades: o vidro, por exemplo, pode ser reciclado infinitas vezes.
☻ NÃO – Não misture os diferentes tipos de resíduos. Coloque-os nos contentores adequados: a
energia poupada com a reciclagem de uma garrafa de vidro de litro é suficiente para manter
acesa uma lâmpada de 100 W durante 4 horas.
☻ Frota: NÃO – Evite as viagens de automóvel desnecessárias. Desta forma, está a contribuir para
reduzir a poluição atmosférica provocada pela emissão de, por exemplo, monóxido de carbono.
☺ SIM – Utilize os transportes colectivos ou, quando possível, partilhe o seu veículo.
☻ NÃO – Não desrespeite os níveis sonoros definidos por lei: Nível sonoro admissível nas Zonas
Sensíveis: período diurno ≤ 55 dB(A); Período nocturno ≤ 45 dB(A); Nível sonoro admissível nas
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Zonas Mistas: período diurno ≤ 65 dB(A); Período nocturno ≤ 55 dB(A).
☺SIM – O trajecto das viaturas pesadas no centro das localidades, caso seja inevitável, deve ser o
mais curto possível e efectuado a velocidade reduzida ao máximo, com o intuito de diminuir as
emissões sonoras destes veículos.
☻NÃO – Não realize actividades ruidosas permanentes nos dias úteis entre as 22 e as 7 horas, aos
sábados, domingos e feriados sem licença da Câmara Municipal territorialmente competente.
☺ SIM – Efectue o controlo de ruído na fonte através da: utilização de máquinas com baixos níveis
de ruído; evitando impactos de metal sobre metal; efectuando um amortecimento tendo em vista
a redução do ruído ou isolamento de peças vibratórias; instalando silenciadores.
☻NÃO – Não deixe de realizar a manutenção preventiva dos equipamento, já que os níveis de ruído
podem alterar-se à medida que as peças se vão desgastando. Aplique as medidas correctivas
necessárias para minimizar o ruído, com especial atenção para os trabalhos a realizar nas
proximidades de áreas urbanas.
58
SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE
NO TRABALHO
59
Trabalho: é um fator econômico. Usualmente os economistas medem o trabalho em
termos de horas dedicadas (tempo), salário ou eficiência.
Ter em conta, que além dos trabalhadores, também terceiros poderão ser
abrangidos pelos riscos da realização dos trabalhos, quer nas instalações, quer no
exterior;
ACIDENTES DE TRABALHO
67
Acidente de trabalho é “aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e
produza direita ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de
que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte” (artigo 8.º da
Lei n.º 98/2009 de 4 de Setembro - Regulamenta o regime de reparação de acidentes
de trabalho e de doenças profissionais).
o Entre qualquer dos seus locais de trabalho, no caso de ter mais de um emprego;
Entre a sua residência habitual ou ocasional e as instalações que constituem o seu
local de trabalho;
dois grupos: custos diretos (o montante total de indemnizações e pensões pagas pela
DOENÇAS PROFISSIONAIS
76
“Doença incluída na lista das doenças profissionais de que esteja afetado um trabalhador
que tenha estado exposto ao respetivo risco pela natureza da indústria, atividade ou
condições, ambiente e técnicas do trabalho habitual”. (artigo 94º da Lei n.º 98/2009).
Existe uma Lista de Doenças Profissionais, aprovadas através do Decreto Regulamentar
n.º 76/2007, de 17 de Julho, embora a Lei também considera que a lesão corporal, a
perturbação funcional ou a doença não incluídas na lista serão indemnizáveis, desde que
se provem serem consequência, necessária e directa, da actividade exercida e não
representem normal desgaste do organismo (Código do Trabalho, n.º 2 do art. 310).
Qualquer médico, perante uma suspeita fundamentada de doença profissional –
diagnóstico de presunção –, tem obrigação de notificar o Centro Nacional de Protecção
contra Riscos Profissionais (CNPRP), mediante o envio da Participação Obrigatória
devidamente preenchida. O CNPRP irá estudar a situação e avaliar se se trata, ou não, de
doença profissional, mediante solicitação do próprio trabalhador afectado. 77
No caso de a doença estar confirmada, tem direito à reparação do dano, tanto em
espécie (prestações de natureza médica, cirúrgica, farmacêutica, hospitalar, etc.), como
em dinheiro (indemnização pecuniária por incapacidade temporária para o trabalho ou
redução da capacidade de trabalho ou ganho em caso de incapacidade permanente,
etc.), entre outras. Existem vários factores de risco que podem conduzir ao aparecimento
das doenças profissionais:
4. Doenças provocadas por agentes físicos: Causadas por radiações; Causadas por
ruído; Causadas por pressão superior à atmosférica; Causadas por vibrações;
Causadas por agentes mecânicos.
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SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE
NO TRABALHO
81
RISCOS BIOLÓGICOS
O que são agentes biológicos?
83
Risco de exposição
Exposição que não depende da própria actividade; Ex: o trabalhador que sofre infecção
84
respiratória contagiado por outro.
Protecção dos trabalhadores: o que fazer?
Prevenção técnica
Identificação teórica dos riscos com base numa recolha geral de informação: natureza
e grupos dos agentes biológicos, modos de transmissão, vias de entrada no
organismo, quantidade do agente no material que se manipula. As características dos
agentes biológicos, sua virulência, forma de entrada no organismo e sua interacção
com as defesas do ser humano vão ser determinantes no aparecimento da doença.
85
Identificam-se três tipos de vias de entrada dos agentes biológicos no organismo:
Via respiratória: é a principal via de entrada dos agentes biológicos, mas também a
mais dissimulada, nomedamente, por inalação de aerossóis;
Via digestiva: sempre que não são cumpridas as medidas de higiene individual
antes da ingestão de alimentos (ex: lavagem de mãos), ou são cometidos erros
técnicos (ex: pipetagem à boca);
- Avaliação dos riscos dos trabalhadores expostos nos respectivos postos de trabalho,
a qual implica: Descrição do posto de trabalho; Frequência e duração da exposição;
Organização e procedimentos de trabalho; Conhecimento dos possíveis riscos por
parte do trabalhador; Implementação de medidas preventivas e seu acompanhamento.
86
A avaliação dos riscos deve identificar os trabalhadores que podem necessitar da
medidas especiais de protecção, por exemplo: trabalhadores grávidas, lactantes,
trabalhadores com sensibilização a determinados produtos (a utilização de luvas
de latex pode provocar dermatites alérgicas e irritativas). A avaliação deve ser
repetida periodicamente e/ou sempre que se verifiquem alterações nas condições
de exposição dos trabalhadores aos agentes biológicos ou ainda sempre que o
médico do trabalho considere necessário.
92
RISCOS FÍSICOS
AMBIENTE TÉRMICO
As trocas podem ser perdas ou ganhos de “calor”, que o organismo regula, par
manter a homotermia (manutenção da temperatura interior).
A temperatura interior tem limites de variação bem definidos: 43º C – Morte; 42º C
- Agitação, convulsões, delírio, coma; 39º C - Máximo permissível por curto tempo;
38ºC - Limite aceitável; 37–37,5ºC - Temperatura normal; 34,5ºC - Limite para a
capacidade homeotérmica; 29,5ºC - Alterações graves; 28ºC - Coma hipotérmico.
93
Sem termo-regulação, ficaríamos sem possibilidade de fazer esforço físico, por
sobreaquecimento, ou correríamos o risco de morte. Uma variação de 2ºC da
temperatura interna pode ser suportada por um tempo curto, mas uma variação de
5ºC a 7ºC pode significar morte.
Perdemos calor por trocas com ambiente de temperatura mais baixa que a nossa, por:
Convecção – o calor do corpo A é transferido para as moléculas do ar; Radiação – o
corpo A transmite calor para o B, por ondas electromagnéticas, sem aquecer o ar;
Condução – o calor é transferido directamente do corpo A para o B (ex. água mais fria
que a temperatura do corpo); Evaporação – o calor do corpo A é transmitido a
moléculas de água do suor ou do ar expirado. 94
Razões de stress térmico:
Humidade elevada;
Quando se conjugam pelos menos 1, +2, +3, o organismo só pode perder calor por
evaporação, sendo importantes dois factores: a humidade relativa e a área de
superfície de pele exposta. O vestuário pesado ou muito seco retarda a
evaporação.
95
Processos para obter homeotermia no stress térmico: o organismo inicia 3 tipos de
sobrecarga:
morte.
Prevenção do stress térmico:
Redução do esforço;
Pausas de trabalho; 99
Hidratação;
Limitação de álcool, cafeína e gorduras;
Formação e informação;
Medidas de protecção:
Gama.
Radiações não ionizantes: As radiações não ionizantes incluem: radiação ultravioleta
ou infravermelha, microondas, radiofrequências e laser.
No primeiro grupo, com excepção do caso especial dos lasers, a radiação ultravioleta
(UV) é aquela que tem efeitos biológicos mais intensos e em relação à qual deverá ser
exercida maior vigilância. A principal fonte de radiação UV é o sol. 103
RUÍDO
Conceitos básicos:
Valor limite da exposição pessoal diária: o valor limite da “exposição pessoal diária
104
de um trabalhador ao ruído durante o trabalho” é igual a 90 dB (A).
Nível sonoro contínuo equivalente, LAeq,T : este nível traduz-se em ponderado
A de um ruído num intervalo de tempo T, expresso em dB (A). Para um nível
constante, a dose de ruído é calculada com alguma facilidade, mas se o nível
varia, deverão ser feitas repetidas medições durante um período de
amostragem bem definido.
Valor limite de pico: o valor máximo do pico de nível de pressão sonora é igual a
140 dB, equivalente a 200 pascal de valor máximo da pressão sonora
instantânea não ponderada.
106
Frequência: constitui o parâmetro mais importante para descrever um sinal
sonoro, a seguir ao nível de pressão sonora. A noção de frequência permite
distinguir um som agudo de um grave. A frequência do som designa o número
de variações de pressão por segundo e exprime-se em Hertz (Hz) ou ciclos por
segundo.
- Efeitos extra-auditivos
Efeitos auditivos: O ruído pode desencadear uma perda parcial de audição ou efeitos
auditivos permanentes. Os efeitos passageiros traduzam-se por perdas ligeiras de
audição ou zumbido. As capacidades auditivas restabelecem-se, em geral, após alguns
minutos, ainda que as manifestações possam durar alguns dias. Se a exposição se
109
prolongar, a perda de acuidade pode evoluir para uma alteração definitiva.
110
Avaliação de riscos
Avaliações periódicas (no mínimo anuais) sempre que atingido o valor limite de
pico ou nível de acção.
111
112
Para a medição dos níveis sonoros são utilizados sonómetros, que fornecem uma
medida objectiva e reproduzível do nível de som.
115
Redução através de medidas acústicas: Utilização de materiais absorventes do
som; Aumento da distância entre o trabalhador e a fonte de ruído; Montagem de
divisórias, janelas e portas com elevado índice de isolamento;
Medidas organizacionais
Alternância de tarefas;
116
VIBRAÇÕES
Movimentos oscilatórios de um corpo em torno do seu ponto de equilibro. As
vibrações mecânicas surgem sob a acção de forças variáveis e podem transmitir-
se a outros objectos por contacto directo. É o caso da energia vibratória mecânica
dos martelos pneumáticos, por exemplo.
117
A intensidade vibratória é, em geral, expressa em decibéis (dB). As vibrações
predominantes na actividade industrial estão associadas a diversos factores:
Factores ambientais;
119
Medição das vibrações:
120
RISCOS EM SHST
121
Medidas de prevenção:
Tal como os demais factores de risco, trata-se aqui de: combater as vibrações
na origem (verificar a carga vibratória no momento de aquisição de máquinas,
ferramentas ou veículos; questionar-se se o equipamento que está na origem
da vibração é indispensável ou pode ser substituído por outro, criar suportes e
base antivibratórias para algumas máquinas, actuar sobre a transmissão
suprimindo o meio transmissor, etc.), isolamento (sobre a máquina ou sobre o
seu utilizador: luvas antivibratórias, selecção de assentos adequados, etc.),
evitar a propagação para o homem, informação e vigilância médica.
122
ILUMINAÇÃO
Uma iluminação deficiente pode dar origem a riscos para a SST: Fadiga ocular:
irritação, redução da acuidade visual (capacidade de distinguir os objectos entre si
e os detalhes dos objectos situados muito perto uns dos outros), menor rapidez
perceptiva; Fadiga visual: menor velocidade de reacção, sensação de mal estar,
cefaleias e insónias; Acidentes de trabalho; Posturas incorrectas de trabalho.
124
Avaliação de riscos - Para avaliar os riscos inerentes à iluminação deverá atender-
se a diferentes factores: Nível de iluminação (iluminância); Distribuição das
luminárias no campo visual; Encadeamento e reflexos; Cor e reprodução de cores;
Direcção da luz e efeitos de sombra; Iluminação de emergência.
Medidas de prevenção:
127
RISCOS QUÍMICOS
Um agente químico perigoso é qualquer elemento ou composto químico, isolado
ou em mistura, que se apresente no estado natural ou seja produzido, utilizado ou
libertado em consequência de uma actividade laboral, e possa ser considerado
como substância ou preparação explosiva, comburente, extremamente inflamável,
facilmente inflamável, inflamável, muito tóxica, tóxica, nociva, corrosiva, irritante,
carcinogénica, tóxica para a reprodução e mutagénica.
Mutagénicos: os que, por inalação, ingestão ou por via cutânea, podem induzir
alterações no material genético, quer nos tecidos somáticos, quer nos tecidos
germinais.
1. Prevenção técnica;
Na forma de:
Afixação de cartazes;
Formação em sala.
137
SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE
NO TRABALHO
138
Há fogo quando há combustão. Combustão é nada mais ou nada menos que uma reacção química
das mais elementares, geralmente uma oxigenação.
O triângulo do fogo é a representação dos três elementos necessários para iniciar uma combustão.
Esses elementos são o combustível que fornece energia para a queima, o comburente que é a
substância que reage quimicamente com o combustível e o calor que é necessário para iniciar a
reacção entre combustível e comburente. Para que se processe esta reacção, obrigatoriamente dois
agentes químicos devem estar presentes: Combustível e Comburente.
Combustível: É tudo que é susceptível de entrar em combustão (madeira, papel, pano, estopa, tinta,
alguns metais, etc.)
Além do triângulo de fogo, temos também o tetraedro de fogo que, além de incluir combustível,
comburente e calor, também considera a reacção em cadeia, pois para o fogo se manter aceso é
necessário que a chama forneça calor suficiente para continuar a queima do combustível. 139
De acordo com a NP 1553, os fogos são classificados, em função da natureza do
material de combustão envolvido, em quatro classes:
Classe A Fogos de materiais sólidos, geralmente de natureza orgânica, e que ao
arder, normalmente deixam brasas. Ex.: madeira, carvão, papel, plásticos.
Classe B Fogos de líquidos ou de sólidos liquidificáveis. Ex.: óleo, gasolina,
gasóleo, alcatrão, ceras, tintas, álcool, etc.
Classe C Fogos de gases. Ex.: gás natural, butano, propano, hidrogénio, acetileno,
etileno.
Classe D Fogos de metais. Ex.: ácido sulfúrico, alumínio, sódio, magnésio, titânio,
fósforo.
A electricidade - representa um risco acrescido em relação ao fogo, sobretudo no
seu combate, pois não se podem utilizar determinados agentes extintores numa
140
instalação eléctrica sob tensão, como é o caso da água.
Métodos de extinção
143
144
Como utilizar um extintor?
145
Activação do extintor: pressurizar
146
Activação do extintor: Premir o manipulo de comando existente na pistola (ou
agulheta) difusora
147
Redes de Incêndio:
Marcos de Agua:
Bocas de Incêndio:
148
Redes de Incêndios:
Carretéis
149
Redes de Incêndios:
Rede de incêndio armada: RIA é composta no mínimo por duas bocas de incêndio,
normalizadas e armadas, canalizações e alimentação de água em pressão.
Coluna seca: as colunas secas são instalações hidráulicas de uma rede privativa
dos serviços de incêndio de um edifício ou unidade industrial. A alimentação é feita
pelos bombeiros através dos veículos de combate a incêndios.
150
Sistemas Automáticos
151
Sistemas Automáticos
153
Sistemas Automáticos
154
SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE
NO TRABALHO
RISCOS ELÉTRICOS
155
A utilização da eletricidade exige vários cuidados, uma vez que quando são
negligenciados os devidos procedimentos de segurança esta fonte de energia
pode provocar não só danos patrimoniais, como também ser fatal ou causar lesões
irrecuperáveis. A origem da maioria dos acidentes elétricos está relacionada com a
falta de informação, ou imprudência, de quem trabalha e utiliza recursos elétricos.
156
Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão - As Regras Técnicas das
Instalações Elétricas de Baixa Tensão (RTIEBT), estabelecidas pela Portaria nº 949-A/2006,
definem as normas pelas quais o estabelecimento e a exploração das instalações elétricas,
assim como a utilização de energia, devem ser regidas. Estas regras visam garantir a
segurança de todos os utilizadores mas também assegurar que há condições para que as
atividades económicas se desenvolvam, reduzindo ao máximo os danos materiais.
Contacto Direto: Acontece quando um indivíduo entra em contacto com uma parte ativa de
um circuito que está sob tensão. É o tipo de contacto que acontece quando alguém toca num
elemento condutor de um circuito. Ex: Quando ao furarmos uma parede o berbequim atinge
157
uma ligação elétrica.
Contacto Indireto: Acontece quando um indivíduo entra em contacto com massas (partes
metálicas) acidentalmente sob tensão. Ocorre, por exemplo, quando se toca na cobertura
metálica de uma máquina elétrica que por deficiência no isolamento está sob tensão elétrica.
Este tipo de contacto resulta de falhas no isolamento dos equipamentos elétricos, geralmente
causados pelo envelhecimento dos materiais dos mesmos.
Para evitar estes contactos com a eletricidade, as RTIEBT definem os procedimentos que têm
de ser adotados quando se realiza a instalação e utilização dos sistemas elétricos. Segundo as
RTIEBT a conceção das instalações deve ter como objetivos garantir a segurança de pessoas,
animais e bens, e a compatibilidade entre sistemas. Os materiais utilizados na instalação
devem, por isso, estar preparados para conservarem eficazmente as características elétricas,
mecânicas, físicas e químicas para que os aparelhos funcionem em condições de segurança.
158
Além disso, os invólucros das canalizações e aparelhos devem ser de material
isolante, sendo que as RTIEBT definem que os materiais utilizados nas instalações
devem ser coerentes entre si.
O local onde as instalações são estabelecidas é uma preocupação que também está
regulamentada. As instalações devem ser, sempre que possível, colocadas nos locais
que apresentem condições mais favoráveis a estas. 159
O objetivo é situar as instalações em locais onde estão resguardadas das ações
mecânicas e dos agentes físicos e químicos, como o calor, o frio, a humidade ou
outros agentes corrosivos.
Ensaio da polaridade;
Ensaio dielétrico;
Ensaios funcionais;
Inspeções:
Nas instalações deverão ser tomadas medidas de proteção contra contactos indirectos
de forma a garantir que nos elementos condutores estranhos à instalação elétrica não
se mantém uma tensão de contacto superior aos seguintes valores:
As proteções contra contactos indiretos devem ser realizadas por um dos seguintes
métodos:
RISCOS MECÂNICOS
167
Riscos Mecânicos
168
169
Movimentação mecânica de cargas:
171
Gruas, guidastes e pontes-grua: a segurança destes equipamentos assenta no
seu bom funcionamento, manutenção de cabos, roldanas e ganchos e
verificação da capacidade de carga. Os riscos mais comuns são: queda de
pessoas ou objectos em altura ou a diferentes níveis, contactos eléctricos
indirectos, entalões e golpes no movimento de acompanhamento da carga com
as mãos, queda por rotura do cabo de elevação, etc. As medidas de prevenção
a implementar são: a aprovação de prescrições para transporte interior de
cargas, o cumprimento dos códigos de sinais para as manobras, a estabilidade
ao nível do solo, entre outras.
172
SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE
NO TRABALHO
RISCOS ERGONÓMICOS
173
O interesse do estudo da Movimentação Manual de Cargas deve-se ao facto desta ter
um papel muito importante no ciclo produtivo de uma empresa, representando cerca
de 85% do tempo total da produção. Contudo, aumenta o custo da fabricação, sendo
responsável por muitos acidentes. A situação ideal em matéria de movimentação é
então, nenhuma movimentação. Apesar da automatização, o levantamento manual de
cargas é ainda bastante necessário. Esta é uma das maiores causas de dores nas
costas. Muitos trabalhos envolvendo levantamento de pesos não satisfazem os
requisitos ergonómicos. Os principais aspectos a serem examinados para resolver
esses problemas, são: o processo produtivo (manual ou mecânico); a organização do
trabalho (projecto de trabalho, frequência dos levantamentos/movimentos); o posto de
trabalho (posição do peso em relação ao corpo); o tipo de carga (forma, peso, pegas);
acessórios de levantamento; e o método de trabalho (individual ou colectivo).
174
RISCOS DECORRENTES DA MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS
175
176
O posto de trabalho deve ser projectado adequadamente para o trabalho pesado - as
bancadas, prateleiras, máquinas e outros, nas quais ocorrerão trabalhos pesados, devem
ser projectados de acordo com as seguintes recomendações:
deve ser possível aproximar a carga do corpo quando a mesma está a ser levantada ou
depositada;
os espaços disponíveis para os pés e pernas devem permitir uma postura estável para
os pés e a flexão das pernas;
quanto maiores limitações de projecto existirem, de modo a que as condições ideais não
possam ser atendidas, o peso a ser manipulado deve ser menor.
177
Cargas Máximas Permitidas:
A inclinação da coluna para a frente ou para trás origina uma tensão elevada nos
músculos e ligamentos do lado convexo e uma grande compressão na extremidade
das vértebras e dos discos no lado côncavo. Em tais posturas extremas os elementos
elásticos da coluna vertebral não podem cumprir as suas funções. Os trabalhadores
devem movimentar-se suave e cautelosamente quando elevam ou transportam
cargas, puxam ou empurram veículos de modo a evitarem a adopção de medidas
perigosas. Quando estiver em causa o desenvolvimento de grandes esforços físicos, a
coluna não deve ser inclinada, nem rodada sobre o seu eixo. Deve ser utilizada como
179
O tamanho da carga deve ser pequeno o suficiente para que possa ser mantida junto ao
corpo. O volume não deve ter protuberâncias ou cantos cortantes nem deve ser muito
quente ou fria, a ponto de dificultar o contacto. A carga a ser levantada do chão deve ser
posicionada entre os joelhos.
Quando a carga é desconhecida para a pessoa que a vai carregar, é necessário colocar uma
180
etiqueta, informando o peso e os cuidados necessários para a manipulação da mesma.
Movimentação manual com utilização de aparelhos auxiliares:
Carros de mão: Podem ter 1, 2 ou 4 rodas e são usados para transportar materiais e
objectos mais ou menos volumosos ou pesados através de distâncias curtas. As pegas
devem ter resguardos salientes para evitar o contacto com portas, colunas, esquinas ou
obstáculos. A carga deve ser distribuída uniformemente, mantendo-se o seu centro de
gravidade o mais baixo possível. A visibilidade do percurso a efectuar é uma condição de
segurança muito importante.
Ventosas:
São apropriadas para o transporte de peças de vidro. São constituídas por um punho de
dupla ventosa com alavancas, sendo estas utilizadas para aderência punho à carga e para
181
a sua deslocação. Funcionam por vácuo.
Pinças ou garras: são utilizadas para o transporte de chapas, carris ou toros de
madeira.
Ímanes: Exercem uma tracção magnética sobre os materiais em ferro, servindo para
transporte de chapas de grande superfície.
Sifões: Servem para vazar líquidos corrosivos ou tóxicos de uns recipientes para os
outros.
182
Puxar ou empurrar cargas: O movimento de puxar ou empurrar cargas provoca tensões
nos braços, ombros e costas. Essas tensões podem ser aliviadas com um desenho
adequado dos carrinhos. Para puxar ou empurrar, a distância horizontal entre o joelho mais
afastado e as mãos deve ser 120 cm, no mínimo. Para puxar, deve existir um espaço sob o
carrinho para que um dos pés fique na mesma posição vertical das mãos (figura ao lado).
Os carrinhos devem ter pegas em forma de barras, de modo que as duas mãos possam
ser utilizadas para transmitir forças.
183
Princípios de Segurança:
Manter o dorso direito - para evitar lesões na coluna não é suficiente
manter o dorso direito, sendo necessário respeitar ângulos em relação à
vertical:
-em flexão para a frente: 40º
-em extensão para trás: 20º
-em inclinação lateral: 20º
A B
188
Colocar-se rapidamente debaixo da carga:
para colocar uma carga ao ombro o
trabalhador deve:
- levantar a carga do solo pela acção
hierarquizada dos grupos musculares;
- a carga é elevada ao seu ponto morto por
uma extensão completa dos membros
inferiores
- o trabalhador deve aproveitar o movimento
em que a carga está em equilíbrio no espaço
(imediatamente antes da sua queda) para: Coordenar os seus esforços com um
colocar o ombro debaixo da carga parceiro: para cargas pesadas, os
trabalhadores devem trabalhar em
deslocar os apoios (pés) se necessário. equipa. Estes devem ter estaturas
semelhantes entre si, e devem trabalhar
coordenadamente. Um deles deve
assumir a coordenação e comando189 da
manobra, de modo a evitar movimentos
inesperados.
SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE
NO TRABALHO
RISCOS PSICOSSOCIAIS
190
A prevenção dos riscos psicossociais no âmbito laboral obriga a um envolvimento ativo e dinâmico
por parte da entidade empregadora e por parte dos trabalhadores e dos seus representantes. O
empregador deve impulsionar avaliações de riscos psicossociais, especialmente a exposição
combinada a riscos ergonómico-psicossociais, tendo em conta o uso de metodologias específicas,
técnicas, instrumentos e modelos de análise (nomeadamente questionários, entrevistas individuais
e de grupo, listas de verificação, dados relativos ao absentismo e à saúde e outros), mais
adequados a cada contexto, contando com a participação dos trabalhadores e dos seus
representantes. Estabelecer um plano de ação: Estando identificados os problemas e sendo
conhecidas as suas causas, o empregador deve implementar um plano de ação racional e prático,
com o objetivo de solucionar os problemas identificados, ou seja, de proceder à redução do risco.
Este plano de ação deve contemplar, entre outros, os seguintes aspetos: identificação do problema
e como o mesmo apareceu ou está em vias de aparecer; a que se deve esse problema; quem
deve ser implicado no plano; calendarização das ações a implementar e meios necessários;
resultados esperados, medição destes resultados e avaliação do plano de ação. 191
Implementar o plano de ação: A implementação das medidas e as intervenções
previstas no plano de ação são essenciais para a redução dos riscos, devendo ser
acompanhadas, documentadas e discutidas de forma sistemática, de modo a
determinar eventuais correções e permitir uma posterior reavaliação. O envolvimento
e a participação dos trabalhadores e das chefias são fatores essenciais para a
implementação do plano e aumentam a probabilidade de sucesso na redução do risco.
192
Fomentar o investimento em políticas preventivas através de programas de educação e
de informação, de medidas de suporte organizacional, de prevenção e de reabilitação.
195
Consiste na sinalização relacionada com um objecto, uma actividade ou uma
situação determinada, que fornece uma indicação ou uma prescrição relativa à
segurança por intermédio de: uma placa e cor de segurança com pictograma, sinal
luminoso ou acústico, comunicação verbal e sinais gestuais.
196
197
198
Sinais de obrigação – fundo azul (segurança), símbolo a branco
199
Sinais de proibição
(fundo a branco, símbolos a preto, orla e faixa transversal a vermelho)
Proibição de apagar Passagem proibida a veículos Proibição de fazer lume Não tocar
com água de movimento de cargas e de fumar
201
Sinais de emergência e socorro
(símbolos a branco em fundo verde)
202
Sinais de emergência e socorro
(símbolos a branco em fundo verde)
203
EPI`S E EPC´S
204
Protector fixo Protector com dispositivo de encravamento
205