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AMBIENTE SEGURANÇA

HIGIENE E SAÚDE NO
TRABALHO

CARGA HORÁRIA:
50 horas
Código: 3837
CONTEÚDOS
 Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

• Enquadramento Legal;

• Noções de:
- Ambiente e segurança no local de trabalho;
- Higiene e saúde no local de trabalho;

• Conceito de
- Perigo;
- Acidente;
- Dano;
- Risco e doença profissional;

 Prevenção de acidentes
• Estudo de acidentes
- Classificação;
- Causas e consequências – formas de as combater;
CONTEÚDOS
• Prevenção e segurança – o porquê das quedas;
• Regras de higiene pessoal, a segurança e a saúde no trabalho;
• Precauções no manuseamento dos produtos;
• Precauções a ter no transporte de pesos excessivos;
• Dispositivos de protecção colectiva – função;
• Dispositivos de protecção individual – função e regras de utilização;

 Riscos e o meio de trabalho


• Ergonomia
- Postura de trabalho;
- Sobrecarga;
- Sobre-esforços;
- Aprender a levantar e a movimentar cargas;

• Ruídos
- Sons desagradáveis;
- Os efeitos do som sobre o ser humano;
- A surdez;
CONTEÚDOS
• Iluminação
- Os olhos – adaptação da vista;
- A luz do dia;
- O encadeamento;
- O contraste;
- Iluminação geral, zonal e pontual;

• Contaminantes químicos;
• Contaminantes físicos;
• Contaminantes biológicos;

 Riscos e condições de segurança


• Condições inseguras e actos inseguros;
• Riscos na utilização de máquinas e ferramentas
• A electricidade;
• Os incêndios e as explosões;
• O armazenamento, a movimentação e o transporte;
• Arrumação e limpeza do posto de trabalho;
• A sinalização de segurança
OBJECTIVOS

Identificar e aplicar normas gerais de Ambiente,


Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho como meio de
prevenção dos acidentes;

Identificar os riscos profissionais e ambientais


relacionados com o meio de trabalho e as condições de
segurança no desempenho da actividade profissional
A melhoria das condições de trabalho e a redução da sinistralidade laboral
são, ou deviam ser, preocupações fundamentais das sociedades que se têm
como desenvolvidas. Não devendo temas como o da “Higiene e Segurança
no Trabalho” ser encarados apenas do ponto de vista do cumprimento das
leis laborais e outras, mas do ponto de vista humanista de ajudar e cuidar do
“próximo”.

É verdade porém que em todo o lado, trabalhar é um risco inerente à própria


actividade laboral, que por vezes se revela mortal.

É necessário adoptar medidas

Sendo uma das mais importantes a FORMAÇÃO

Consciencializar um número alargado de pessoas (que mais tarde ou


mais cedo se tornarão intervenientes activos) para que sejam capazes
de tornar o Trabalho mais SEGURO.
Com esta acção de formação pretende-se:

 Formar profissionais capazes de participar activamente na implementação


e no funcionamento dos serviços de Higiene, Segurança e Saúde no
Trabalho, numa organização, independente da actividade económica em
que actua;

 Reduzir a sinistralidade laboral;

 Melhoria das condições de trabalho;

 Implementação de uma cultura de Prevenção;


Segurança no Trabalho

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Evolução da SHST
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

 Em 1802, na Inglaterra, proíbe-se a aprendizagem nas minas e o trabalho nocturno, a

menores de 9 anos;
 A Alemanha adopta as mesmas normas em 1839;

 A França faz o mesmo em 1841;

 A Espanha, em 1873, proíbe o emprego, em fábricas e minas a menores de 10 anos.

 Em 1867, nos EUA, aparece uma lei criando um sistema de inspecções aos locais de

trabalho;
 Em 1910, no mesmo país, é publicado uma lei considerando indemnizações para 12

profissões perigosas.
Evolução da SHST
1919

Criação Organização Internacional do Trabalho O.I.T., é a Agência mais antiga do Sistema das
Nações Unidas;
Objectivos Estratégicos:
 Promover e aplicar os princípios e direitos fundamentais no trabalho;
 Desenvolver as oportunidades para que os homens e as mulheres tenham um emprego digno;
 Alargar a protecção social;

A Carta Constitutiva prevê o desenvolvimento, nos países aderentes, de serviços próprios de inspecção das
condições de segurança e higiene no trabalho.
1921

A O.I.T. cria um Serviço de Prevenção de Acidentes de Trabalho , destinado a acompanhar a


profunda alteração das condições de trabalho emergentes de novas técnicas industriais e subsequentes
riscos de acidentes ou doenças profissionais.
Evolução da SHST
1950

O comité misto OIT/OMS, define os objectivos da Saúde Ocupacional :


 Promover a manutenção do mais alto grau de bem estar físico, mental e social dos trabalhadores de
todas as ocupações;
 Prevenção dos desvios da saúde causados pelas condições de trabalho;
 Protecção dos trabalhadores contra os riscos resultantes dos factores nocivos para a saúde;
 Colocação e manutenção do colaborador em função das suas aptidões físicas e psicológicas.
Evolução da SHST
1989
Directiva Quadro 89/391/CEE, de 12 de Junho:
 Obrigações do empregador pelos riscos;
 Princípios gerais de prevenção;
 Necessidade de uma estrutura organizacional integrada;
 Definição de um quadro de participação dos trabalhadores ao nível da empresa.
 Combater de forma eficaz os factores de risco de exposição dos trabalhadores a acidentes de trabalho e
doenças profissionais;
 Combater a disparidade do sistema legislativo em matéria de SST;
 Normas mínimas obrigatórias – Princípio da protecção igual em todos os países da União Europeia.
 Abrangência Todos os trabalhadores;
Todos os sectores de actividade;
Evolução da SHST

Aplicação de medidas destinadas a promover a Melhoria da Segurança e da Saúde


dos Trabalhadores no Local de Trabalho
Evolução da SHST
PORTUGAL

Ano Legislação
1891 Trabalho de mulheres e menores nas fábricas e oficinas (limitação do nº de horas de
trabalho; proibição de alguns trabalhos mais penosos/perigosos)
1895 Trabalho na construção civil;
1899 Trabalho nas padarias;
1913 Responsabilidade do empregador pelos acidentes de trabalho em determinadas
actividades;
1919 Regime jurídico de reparação dos acidentes de trabalho;
1958 Regulamento de Segurança no Trabalho nas obras de construção civil;
1962 Legislação sobre a prevenção médica da silicose
1965 Regime jurídico de reparação dos acidentes de trabalho e doenças profissionais.
Evolução da SHST
PORTUGAL

Ano Legislação
1967 Legislação sobre a criação de serviços de medicina no trabalho (apenas a empresas com
mais de 200 trabalhadores);
1978 Criação Direcção Geral de Higiene e Segurança no Trabalho;
1982 Criação do Conselho Nacional de Higiene e Segurança no Trabalho;
1986 Regulamento Geral de higiene e segurança do trabalho nos estabelecimentos comerciais,
escritórios e serviços;
1987 O número de trabalhadores abrangidos pelos serviços médicos do trabalho representa
apenas 36,4% do total da população activa;
1988 Quadruplicou o nº de pensionistas por incapacidade permanente devido a doenças
profissionais;
1989 Protecção contra: o cloreto de vinilo monómeros; o chumbo metálico e seus compostos
iónicos; o amianto; radiações ionizantes.
Evolução da SHST
PORTUGAL

Ano Legislação
1990 Proposta de lei de base sobre segurança, higiene e saúde no trabalho (27 de Abril), sujeito a
discussão pública.
1991 Decreto-Lei nº 441/91, de 14 de Novembro – Lei quadro que permite a criação e o
desenvolvimento de condições de segurança, saúde e bem estar no trabalho – Transposição
Directiva 89/391/CEE;
1993 Criação do IDICT – Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho;
1997 Novo regime de reparação de acidentes de trabalho e doenças profissionais
Decreto-Lei nº441/91, de 14 de Novembro
• Princípios gerais para SHST;
• Atribuições do estado em matéria de SHST;
• Obrigações da entidade patronal;
• Direitos/Deveres dos trabalhadores;

Artigo nº8

• A entidade patronal tem o dever geral da Prevenção;


• Uma vez que é ele o responsável pela exploração de uma actividade produtiva com
fins lucrativos;
Decreto-Lei nº441/91, de 14 de Novembro
Entidade Patronal – Obrigações/Deveres

• Assegurar condições de SHST;


• Avaliar e combater os riscos profissionais na origem, dando sempre prioridade à
protecção colectiva e só depois a individual;
• Planificar e programar as actividades de prevenção na empresa;
• Organizar o trabalho, tentando sempre reduzir os efeitos nocivos do mesmo na
saúde dos trabalhadores;
• Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
• Exigir de todos o cumprimento das prescrições de SHST;
• Criar um sistema de prevenção e combate a incêndios, de actuação em caso de
emergência, primeiros socorros e actuação em caso de perigo grave e eminente;
• Formar, informar e consultar os trabalhadores sobre as medidas de prevenção
tomadas e a tomar.
Decreto-Lei nº441/91, de 14 de Novembro
Para organizar estas actividades, o empregador deverá contratar ou
constituir um serviço de prevenção na empresa.

Todas as medidas tomadas devem abranger todos os trabalhadores da empresa


(incluindo temporários, os trabalhadores cedidos ocasionalmente e independentes
ou ao serviço de outras empresas).

Os trabalhadores também têm um conjunto de


deveres e obrigações, cujo cumprimento deve ser
exigido pelo empregador.
Decreto-Lei nº441/91, de 14 de Novembro

Artigo nº15

Estabelece os seguintes DEVERES/OBRIGAÇÕES dos trabalhadores:

• Cumprir as prescrições de SHST, sejam elas legais, convencionais ou


estabelecidas pelo empregador;
• Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela dos outros;
• Utilizar correctamente todos os instrumentos de trabalho e de prevenção
que lhe são disponibilizados pelo empregador;
• Cooperar na empresa pela melhoria do sistema de Prevenção;
• Comunicar ao seu responsável hierárquico e aos seus serviços as situações
que do seu ponto de vista se podem transformar em perigos graves e
eminentes;
• Participar nas acções de formação, informação e consulta desenvolvidas pelo
empregador;
Decreto-Lei nº441/91, de 14 de Novembro

TRABALHADOR

Alvo principal das medidas de prevenção de acordo com o DL nº441/91.

Este Decreto-Lei, vem conceder aos trabalhadores um conjunto de


Direitos que lhes permite participar activamente na definição das
medidas de prevenção que os afectam.

NÃO É POSSÍVEL PREVENIR SEM A AJUDA DOS TRABALHADORES,


POIS ESTE CONHECEM COMO NINGUÉM O SEU POSTO DE
TRABALHO.
Evolução da SHST
PORTUGAL
Decreto-lei n441/91, de 14 de Novembro
Alterado pelo

Decreto-lei nº 133/99, de 21 de Abril

 Artigo 8º - Obrigações gerais do empregador


 Artigo 9º - Informação e consulta dos trabalhadores
 Artigo 12º - Formação dos trabalhadores
 Artigo 13º - Organização das actividades de segurança, higiene e saúde no
trabalho
 Artigo 15º - Obrigação dos trabalhadores
 Artigo 21º - Inspecção
Evolução da SHST
PORTUGAL
Decreto-lei n441/91, de 14 de Novembro
Alterado pelo

Decreto-lei nº 133/99, de 21 de Abril

a) Estabelece as medidas que devem ser tomadas em matéria de primeiros


socorros, de combate a incêndio e de evacuação de trabalhadores e a
identificação dos trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como
assegurar os contactos necessários com as entidades exteriores competentes
para realizar aquelas operações e as de emergência médica;
alínea c) do nº4 do artigo 8º.
Evolução da SHST
PORTUGAL
Alteração introduzida pelo Decreto-lei nº133/99, 21 de Abril – artigo 9º
O empregador deve consultar previamente e em tempo útil os representantes dos
trabalhadores ou, na sua falta, os próprios trabalhadores sobre:
a) A avaliação dos riscos para a segurança e saúde no trabalho, incluindo os trabalhadores
sujeitos a riscos especiais;
f) A designação dos trabalhadores responsáveis pela aplicação das medidas de primeiros
socorros, de combate a incêndios e a evacuação de trabalhadores, a respectiva formação e o
material disponível;
g) O recurso a serviços exteriores à empresa ou a técnicos qualificados para assegurar o
desenvolvimento de todas ou parte das actividades de segurança, higiene e saúde no
trabalho;
Evolução da SHST
PORTUGAL

Artigo 12º - Formação dos Alteração introduzida pelo Decreto-lei


trabalhadores nº133/99, 21 de Abril
Decreto-lei nº441/91
Os trabalhadores devem receber uma O empregador deve, tendo em conta a dimensão e
formação adequada e suficiente no os riscos específicos existentes na empresa ou
domínio de segurança, higiene e saúde estabelecimento, formar em número suficiente os
no trabalho, tendo em conta as trabalhadores responsáveis pela aplicação das
respectivas funções e o posto de medidas de primeiros socorros, de combate a
trabalho. incêndio e de evacuação de trabalhadores, bem
como facultar-lhes material adequado.
Evolução da SHST
PORTUGAL
Artigo 13º - Organização das actividades de Alteração introduzida pelo Decreto-lei nº133/99, 21 de
segurança, higiene e saúde no trabalho Abril
Decreto-lei nº441/91

O empregador designará ou contratará O empregador pode designar um ou mais


os trabalhadores suficientes e com a trabalhadores para se ocuparem de todas ou
qualificação adequada, de modo a algumas das actividades de segurança, higiene e
assegurar as actividades de segurança, saúde no trabalho, que sejam em número
higiene e saúde no trabalho. suficiente, tenham as qualificações adequadas e
disponham do tempo e dos meios necessários às
actividades de que foram incumbidos, os quais não
serão por qualquer modo prejudicados por causa
do exercício dessas actividades;
Evolução da SHST
PORTUGAL

Actualmente em Portugal existe legislação que permite uma protecção eficaz de quem integra
actividades industriais, ou outras, devendo a sua aplicação ser entendida como o melhor meio
de beneficiar simultaneamente as Empresas e os Trabalhadores na salvaguarda dos aspectos
relacionados com as condições ambientais e de segurança de cada posto de trabalho.
Evolução da SHST
PORTUGAL
Competências e Capacidades dos Organismos

Autoridade para as Condições do Trabalho


• Promover, controlar e fiscalizar o cumprimento das atribuições legais, respeitantes às relações e
condições de trabalho, e relativas à segurança e saúde no trabalho;
• Promover o desenvolvimento, a difusão e a aplicação de conhecimentos científicos e técnicos no âmbito
da segurança e saúde no trabalho;
• Promover a formação especializada nos domínios da segurança e saúde no trabalho e apoiar as
organizações patronais e sindicais na formação dos seus representantes;
• Promover e participar na elaboração de políticas de segurança e saúde no trabalho;
• Promover e assegurar a execução de programas de acção em matéria de segurança e saúde no trabalho;
• Assegurar a gestão do sistema de prevenção de riscos profissionais;
• Gerir o processo de autorização de serviços de segurança e saúde no trabalho;
• Coordenar o processo de formação e certificação de técnicos superiores e técnicos de segurança e
saúde no trabalho.
EXERCÍCIO

BRAINSTORMING
Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde
no Trabalho
Introdução à ASHST
(Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho)

Segurança
Necessidades

Primárias Secundárias

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Introdução à ASHST
(Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho)
Segurança
Necessidades Primárias

Vestuário
Alimentação Habitação
Protecção e
Segurança

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Introdução à ASHST
(Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho)
Segurança
Escala de Maslow

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Introdução à ASHST
(Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho)
Segurança
Dia-a-Dia Transporte, alimentação,
tempo livre…

8h a dormir

8h a trabalhar

Em todas as situações a SEGURANÇA tem de estar GARANTIDA

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Introdução à ASHST
(Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho)
Segurança
Objectivos

Estabilidade

Sobrevivência Desenvolvimento

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Introdução à ASHST
(Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho)

Segurança
Vertentes da Segurança
Pessoas Pessoas e Bens

Face a ACIDENTES Face a Sinistros

que afectem as
pessoas Face a actos criminosos

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Introdução à ASHST
(Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho)

O que é a Segurança e Higiene no Trabalho?


A segurança e a higiene são duas actividades que estão intimamente relacionadas com o
objectivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos
colaboradores de uma empresa.

COMO
Através do desenvolvimento ?
de condições técnicas que assegurem a aplicação das medidas de
prevenção adequadas e a informação e formação dos trabalhadores, bem como permitam a
sua participação, de acordo com o legalmente estabelecido.
Introdução à ASHST
(Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho)

Segundo a O.M.S. – Organização Mundial de Saúde, a verificação de condições de Higiene e


Segurança consiste “num estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a
ausência de doença ou enfermidade”.
Conceitos
A Higiene do Trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as
doenças profissionais, identificando os factores que podem afectar o ambiente do
trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras
de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).

A Segurança do Trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não


médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do
ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.

Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho


constituem o fundamento material de qualquer programa de prevenção de
riscos profissionais e contribuem, na empresa, para o AUMENTO da
COMPETITIVIDADE com DIMINUIÇÃO da SINISTRALIDADE
As condições inseguras relativas ao processo produtivo são designadas por:

• Riscos associados à movimentação de cargas;


RISCOS DE OPERAÇÃO • Trabalho em altura, etc.

O conjunto de métodos e técnicas utilizados para a prevenção e controlo dos


riscos de operação é normalmente associado à disciplina “SEGURANÇA NO
TRABALHO”.

SEGURANÇA NO TRABALHO DEDICA-SE Á PREVENÇÃO DE ACIDENTES


SEGURANÇA NO TRABALHO

Conjunto de metodologias adequadas à prevenção de acidentes


de trabalho, controlando os riscos associados.

Estudar, avaliar e controlar os riscos de operação


SAÚDE OCUPACIONAL
A saúde ocupacional foi definida por um grupo de trabalho que integrou
membros da OMS e do International Labour Office (ILO).
OBJECTIVOS
• Prevenir e reduzir os riscos profissionais;
• Proteger e promover a saúde da população trabalhadora;;
• Humanizar as condições de trabalho;
• Promover a satisfação profissional;
• Contribuir para melhores níveis de desempenho.
Saúde Ocupacional
Tem como finalidade fomentar e manter o mais alto nível de bem
estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as
profissões, prevenir toda a alteração na saúde destes pelas
condições de trabalho
Conceitos

• SAÚDE NO TRABALHO
Conjunto de metodologias médicas, que visam a vigilância da saúde dos
trabalhadores, a prevenção de doenças profissionais, o tratamento dos danos
recorrentes de acidentes de trabalho e a integração dos trabalhadores com lesão.
Medicina no Trabalho

“É a especialidade médica que se dedica à prevenção e controlo da doença e


incomodidade do trabalho, da promoção da saúde e produtividade dos trabalhadores”
Introdução à ASHST
(Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho)
Segurança – Iceberg de Heinrich

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Doença Profissional
Alteração do estado de saúde física e psíquica cuja causa é inequivocamente (e
legalmente), atribuída a factores ou a atitudes que são indissociáveis das suas tarefas
no local de trabalho.

Doença derivada do trabalho, resultante da decadência lenta da saúde do


trabalhador, produzida por uma exposição crónica a situações adversas, sejam elas
produzidas pelo ambiente em que decorre o trabalho ou pela forma como este está
organizado.
Doença Profissional
Doença incluída na lista das doenças profissionais (Decreto Regulamentar
nº6/2001, de 5 de Maio, com alterações dos capítulos 3º e 4º pelo Decreto
Regulamentar nº76/2007, de 17 de Junho)de que esteja afectado um trabalhador
que tenha estado exposto ao respectivo risco pela natureza da actividade ou
condições, ambiente e técnicas do trabalho habitual.
É ainda, para efeitos de reparação, a lesão corporal, perturbação funcional ou
doença não incluída na Lista, desde que se prove ser consequência necessária e
directa da actividade exercida e não represente normal desgaste do organismo.
INDICE CODIFICADO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS

1. Doenças causadas por agentes químicos;


2. Doenças do aparelho respiratório;
3. Doenças cutâneas;
4. Doenças provocadas por agentes físicos;
5. Doenças infecciosas e parasitárias;
6. Tumores;
7. Manifestações alérgicas das mucosas.
Doença relacionada com o trabalho

São doenças adquiridas, mas não constam da lista oficial das doenças
profissionais.
A actividade produtiva encerra um conjunto de riscos e de condições de trabalho
desfavoráveis em resultado das especificidades próprias de alguns processos ou
operações

Na maior parte dos casos, é possível identificar um conjunto de factores


relacionados com negligência ou desatenção por regras de trabalho que
potenciam a possibilidade de acidentes
Acidentes devido a Condições Acidentes devido a Acções Perigosas
Perigosas
• Máquinas e ferramentas; • Falta de cumprimento de ordens;
• Condições de organização (Lay-Out • Ligado à zona de trabalho;
mal feito, armazenamento perigoso, • Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo
falta de Equipamento de Protecção anormal, distracções, brincadeiras).
Individual – EPI);
• Condições de ambiente físico
(iluminação, calor, frio, poeiras,
ruído).
Produtividade

Horas de trabalho excessivas


Más condições de trabalho (iluminação, ventilação…)

FADIGA

Diminuição da produtividade
Aumento do número de peças defeituosas
Desperdícios de material
Aumenta o absentismo

Está provado que quanto melhores as condições de trabalho,


melhor o rendimento do trabalhador!
Perigo

Situação que pode provocar dano, em termos de lesões ou


ferimentos para o corpo humano ou de danos para a saúde, para o
património, para o ambiente do local de trabalho, ou a
combinação destes.

O Perigo é o factor constante,


que permanece, pelo que, o pode
ser alterado é o Risco,
nomeadamente através da
aplicação de medidas de
prevenção e protecção.
Dano

Refere-se à gravidade das lesões, físicas ou


psíquicas, ou aos prejuízos materiais
Risco Profissional

Combinação da probabilidade e da gravidade de um trabalhador sofrer um


dano devido ao trabalho.
São todas as situações que podem a curto, médio ou longo prazo, causar lesões
aos trabalhadores e à comunidade em resultado do trabalho.

Não há actividades seguras, todas têm os seus perigos e riscos.


Estes são potenciais focos de acidentes ou doenças profissionais.
Perigos - Riscos

Perigos Riscos
Piso danificado, escorregadio Queda no mesmo nível

Andaimes desprovidos de guarda corpos Queda em altura

Equipamento muito ruidoso Exposição ao ruido

Objectos mal acondicionados em estantes Queda de objectos em altura

Libertação de poeiras Inalação de agentes químicos nocivos

Pedras de esmeril não protegidas Projecção de partículas incandescentes


Diferença entre Perigo e Risco

“Uma mina anti-pessoal escondida nas areias de um deserto em


local em que alguém jamais passará, constitui um perigo – a
mina é sempre um objecto perigoso, o perigo é intrínseco à
mina. Se essa mina escondida nas areias do deserto, estiver
numa rota de circulação, inevitavelmente, mais cedo ou mais
tarde, essa mina será pisada por alguém – agora a mina já não é
só perigosa, mas constitui um risco para quem passa.”
Risco Profissional

Exposição a perigos no local de trabalho

Exposição a condições perigosas Exposição a agentes nocivos


Originada por:  Agentes físicos
• Condições do local de trabalho;  Ruído
• Ergonomia dos postos;  Vibrações
• Organização do trabalho;  Temperatura (frio e calor)
• Maquinas e equipamentos;  Iluminação insuficiente
• Electricidade.  Radiações

 Agentes químicos

 Agentes biológicos
Avaliação de Riscos

Consiste no processo de detectar, identificar e quantificar os


riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores, decorrentes
das circunstâncias em que o perigo ocorre no local de trabalho
Avaliação de Riscos

Avaliação de Riscos
Detecta necessidades de Ajuda a determinar os
formação aos níveis de risco
trabalhadores Estabelece medidas
preventivas e/ou
Permite a participação correctivas É exigência legal
dos trabalhadores
É o ponto de partida para
Comprova as medidas estabelecer programas de Dá-nos critérios para
existentes prevenção elegermos prioridades de
actuação
GRAVIDADE DO RISCO

A GRAVIDADE DO RISCO classifica-se em:

• Negligenciável;
• Marginal;
• Crítico;
• Catastrófico
PROBABILIDADE DO RISCO

A Probabilidade (ou Frequência) do Risco classifica-se em:

 Improvável;
 Remoto;
 Ocasional;
 Provável;
 Frequente;
CONTROLO DOS RISCOS

HIERARQUIA:
 Risco de elevada gravidade (catastrófico ou crítico) e elevada probabilidade
(frequente, provável ou ocasional);

 Risco de elevada gravidade (catastrófico ou crítico) e baixa probabilidade


(remoto ou improvável);

 Risco de baixa gravidade (marginal ou negligenciável) e elevada


probabilidade (frequente, provável ou ocasional);

 Risco de baixa gravidade (marginal ou negligenciável) e baixa probabilidade


(remoto ou improvável).
CONTROLO DOS RISCOS

Frequente
PROBABILIODADE

Provável
Ocasional
Remoto
Improvável
Negligenci- Marginal Crítico Catastró-
ável fico

GRAVIDADE
CONTROLO DOS RISCOS

O controlo do Risco nem sempre é de fácil execução, quer por


razões técnicas, quer por factores de ordem económica, quer ainda,
por outras razões. Deve-se, no entanto, controlar o risco, de modo a
reduzir as suas consequências, “trazendo-o” para níveis mais
aceitáveis, não perdendo o objectivo de reduzir ao máximo quer a
gravidade, quer a probabilidade (ZONA VERDE).
Redução dos Riscos de Acidentes
Eliminação do risco
Torná-lo definitivamente inexistente; (ex.: uma escada com o piso
escorregadio representa um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser
eliminado com um piso antiderrapante).

Neutralização do risco
O risco existe, mas está controlado; (ex.: partes móveis de uma máquina,
como é o caso das engrenagens, correias, etc. – devem ser neutralizadas com
protecções, uma vez que essas peças não podem ser eliminadas).

Sinalização do risco
Medida a ser tomada quando não for possível eliminar ou isolar o risco. (ex.:
máquinas em manutenção devem ser devidamente sinalizadas com placas).
Prevenção

Então como prevenir os acidentes e doenças profissionais?

Através de medidas de PREVENÇÃO de riscos


Prevenção

Acção organizada que tem por objectivo a eliminação dos


riscos ou a redução, bem como o estudo das condições de
trabalho para promover a sua adaptação ao homem.
A agressão ambiental não se
elimina, mas evita-se a
perda de saúde ao
impossibilitar o contacto das
doses agressivas.

PREVENINDO
Prevenir riscos custa menos que
corrigir as consequências que estes
originam.
Prevenção
COMO? (EXERCÍCIO)

1. No momento da concepção do edifício, das instalações e dos processos de trabalho;


2. As operações perigosas e as substâncias nocivas, susceptíveis de contaminar a
atmosfera local de trabalho, devem ser substituídas por operações e substâncias
inofensivas ou menos nocivas;
3. Organização do trabalho, sempre que se tornar impossível instalar um equipamento
de segurança colectiva (ex.: diminuir o tempo de exposição do trabalhador ao risco);
4. Equipamento de protecção individual (EPI), quando as medidas técnicas colectivas e
as medidas administrativas não são suficientes para reduzir a exposição a um nível
aceitável.
Prevenção – Princípios Gerais

• Evitar o Risco quando possível;


• Identificar e avaliar os riscos que não podem ser evitados;
• Combater os riscos na origem;
• Adaptar o trabalho ao Homem (Ergonomia);
• Ter em conta o estado da evolução da tecnologia;
• Substituir o que é perigoso pelo que não é perigoso ou pelo que é menos
perigoso;
• Planificar a prevenção (organização e condições de trabalho);
• Dar prioridade ás medidas de protecção colectiva relativamente às
medidas de protecção individual.
Prevenção dos Riscos
EMPRESA
Dos riscos no local de trabalho:

• Identificação dos perigos;


• Avaliação dos perigos;
• Controlo dos riscos
• Alteração dos postos de trabalho;
• Organização dos métodos e postos de trabalho;
• Equipamentos de protecção;
• Normas internas/Instruções de segurança;
• Formação.

• Avaliação da eficácia das medidas;

• Listas de verificação;
• Seguimento de indicadores.
Prevenção dos Riscos
TRABALHADOR
Cumprir as normas de Higiene, Segurança e Saúde no seu local
da trabalho:
• Informar-se sobre os riscos do seu posto de trabalho;
• Seguir as indicações da sinalização de segurança;
• Utilizar os equipamentos de segurança e mantê-los em bom
estado;
• Cuidar da Higiene, limpeza e arrumação do seu posto de
trabalho;
• Informar a chefia de qualquer anomalia verificada.
Prevenção dos Riscos
Medidas de Prevenção activas:
Medidas de prevenção profissionais que assentam no comportamento dos
trabalhadores.
Prevenção dos Riscos

Medidas de prevenção activa

Protecção individual

EPI
Prevenção dos Riscos
Medidas de Prevenção passivas:
Medidas de prevenção de riscos profissionais que assentam em alterações
dos componentes materiais do trabalho.
Prevenção dos Riscos

Medidas de prevenção passiva

Prevenção colectiva

Protecção colectiva
CONTROLAR OS PREVENIR OS
RISCOS OU ACIDENTES E AS
ELIMINÁ-LOS DOENÇAS
PROFISSIONAIS

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