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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

UFCD 10333
FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA
NO TRABALHO
Curso 22.0237
EFA NS PRO Técnico/a de Segurança no Trabalho

Nair Nazareth Campos| E-mail: naircampos@gmail.com

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Locais de Trabalho
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Os riscos no ambiente laboral podem causar danos à saúde e à integridade física do


trabalhador devido à sua natureza, suscetibilidade, intensidade, tempo de exposição
e concentração.

A alínea f) do n.º 2 do artigo 15.º da lei n.º 102/2009 de 10 de setembro, determina


que o empregador deve “Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos
agentes químicos, físicos e biológicos e aos fatores de risco psicossociais não
constituem risco para a segurança e saúde do trabalhador”.

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Dadas as especificidades de algumas atividades de trabalho, há vários factores de


riscos que podem afetar o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas diárias.

Os principais tipos de risco no ambiente laboral que afetam os trabalhadores, de um


modo geral, estão divididos em:

Físicos Químicos Biológicos

Eléctricos Mecânicos Incêndio Ergonómicos

Psicossociais

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LOCAIS DE TRABALHO - LEGISLAÇÃO

https://www.act.gov.pt/(pt-PT)/Legislacao/Locais%20de%20trabalho/Paginas/default.aspx

LOCAIS DE TRABALHO - DIRECTIVAS EUROPEIAS

https://www.act.gov.pt/(pt-PT)/CentroInformacao/DirectivasEuropeias/Paginas/locaisdetrabalho.aspx

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Físicos INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Os RISCOS FÍSICOS são formas de energias às quais os trabalhadores


ficam expostos no ambiente de trabalho e que podem causar ferimentos,
levar ao surgimento de doenças ou até mesmo à morte do indivíduo.

São efeitos gerados por máquinas,


equipamentos e condições físicas,
caraterísticas do local de trabalho que podem
causar danos à saúde do trabalhador.

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Os agentes físicos encontram-se subdivididos em:

Ambiente Térmico Vibrações

Iluminação Ruído

Radiações
(ionizantes e não ionizantes)

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Ambiente térmico INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Pode ser definido como o CONJUNTO DOS


FACTORES TÉRMICOS NO LOCAL DE
TRABALHO, que influenciam as trocas de calor
entre o meio e organismo humano, sendo de extrema
importância para a saúde e bem-estar, bem como na
realização das tarefas que se encontram a ser
executadas

As condições ambientais dos locais de trabalho não


devem constituir uma fonte de desconforto ou
incómodo para os trabalhadores

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Por essa razão, devem ser EVITADAS a temperatura e a humidade


extremas, mudanças repentinas de temperatura, correntes de ar incómodas,
radiação excessiva e, em particular, a radiação solar através de janelas e
luzes

Para sentir conforto térmico a TEMPERATURA deve situar-se entre os 21ºC


e os 26ºC

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Outros factores podem afetar o conforto térmico:


- a HUMIDADE relativa do ar (deve estar entre os 55% a 65%)
- a VELOCIDADE DO AR (deve ser cerca de 0,12 m/s)
- o nível da ACTIVIDADE DO INDIVÍDUO
- a RESISTÊNCIA TÉRMICA das roupas

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Efeitos sobre a Saúde INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Um AMBIENTE TÉRMICO DESAJUSTADO pode dar origem ao surgimento


de problemas tais como:
- Desconforto e mal-estar psicológico;
- Absentismo;
- Redução da produtividade;
- Redução da atenção e concentração;
- Aumento da frequência de acidentes;
- Efeitos fisiológicos

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EXCESSIVAMENTE QUENTE EXCESSIVAMENTE FRIO

• Desidratação • • Reduzir tempo de reação •

• Erupções da pele • • Aumentar a tensão •

• Dores de cabeça • • Problemas cardíacos e

• Náuseas • respiratórios •

• Sudação • • Diminuir a sensibilidade •

• Fadiga térmica • • Gretas e necrose da pele •


• Hipotermia e congelamento •

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Medidas de Prevenção/Protecção INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

AMBIENTES DE CALOR AMBIENTES MUITO


INTENSO FRIOS

CONSTRUTIVAS

ORGANIZACIONAIS

PROTEÇÃO
INDIVIDUAL

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Iluminação INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Assegurar que os níveis de iluminação no local de trabalho são adequados


contribui para um melhor desempenho, aumenta o rendimento no
trabalho, a produtividade e a satisfação no local de trabalho, e contribui
para a redução dos riscos, quer para a ocorrência de acidentes de
trabalho, quer para a saúde dos colaboradores.

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A iluminação no local de trabalho é tratada, do ponto de vista da Higiene e


Segurança do Trabalho, como um risco físico possível de afectar o
trabalhador em todos os factores que um Técnico Superior de Segurança e
Higiene do Trabalho pretende controlar.

Actualmente, a iluminação artificial ultrapassa o simples objectivo de


possibilitar a visão em locais com iluminação natural deficitária.

Uma boa iluminação representa um


conjunto de benefícios para o ser humano.

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Existem vários estudos científicos que relacionam o desempenho do sistema


de iluminação com o rendimento de um trabalhador no seu local de trabalho.

Está provado que uma iluminação artificial adequada além de diminuir a


possibilidade de erro ou acidente, diminui a fadiga e exerce uma boa
influência sobre a motivação do trabalhador, melhorando o ambiente de
trabalho.

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De facto, a qualidade da iluminação nos postos de trabalho pode ter um


efeito significativo na produtividade da organização.

Estima-se também que uma boa iluminação reduz a ocorrência de erros de


trabalho entre 30% a 60%, diminui o cansaço visual, dores de cabeça,
náuseas e dores de pescoço que muitas vezes acompanham o cansaço
visual.

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Uma boa iluminação pode ser alcançada através da implementação correcta


de janelas, clarabóias, persianas, cortinas, telas, entre outros e
complementados com a escolha e instalação adequadas de luminárias e
lâmpadas

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Nos locais de trabalho a iluminação deve ser:


 adequada, natural/artificial, geral/suplementar, apropriada à natureza da
actividade
 uniformemente distribuída e difusa
 projectada e instalada de forma a evitar ofuscamento, sombras, reflexos
incómodos e contrastes excessivos, pelo que as fontes de luz devem-se
localizar à esquerda ou direita dos trabalhadores (destro ou canhoto,
respectivamente)

https://www.segeltec.pt/l/iluminacao-no-local-de-trabalho/

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Iluminâncias recomendadas de acordo
com o esforço visual exigido pela tarefa INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

ISO 8995:2002 (mais usada) e Norma DIN 5035-2:1990


LUX (unidade de medida da intensidade de iluminação) - fluxo luminoso presente em 1m² de superfície

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Uma iluminação inadequada é sinónimo de acidente, já que dá lugar aos riscos que
se indicam a seguir:

Riscos imediatos associados:


 Quedas ao mesmo nível.
 Quedas a nível diferente.
 Pancadas contra objectos móveis.
 Pancadas contra objectos imóveis.

Riscos relacionados com efeitos fisiológicos:


 Fadiga ocular ou encandeamentos por iluminação deficiente.

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Efeitos sobre a Saúde INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

As consequências na saúde de uma iluminação deficiente:

- Fadiga ocular: irritação, redução da acuidade visual, menor rapidez na perceção


- Fadiga visual: menor velocidade de reação,dores de cabeça e insónias
- Maior esforço visual
- Tensão nervosa
- Contração dos músculos
- Postura incorreta do corpo
- Ansiedade e nervosismo
- Falta de concentração
- Diminuição da eficácia e da produtividade

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https://www.apopartner.pt/qual-a-importancia-da-avaliacao-da-iluminancia/

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Medidas de Prevenção/Protecção INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

 Atender às caraterísticas do trabalho proceder à distribuição adequada das


lâmpadas e à harmonização da cor da luz com as cores do local

 Informar os trabalhadores sobre riscos associados a uma iluminação deficiente ou


excessiva

 O posto de trabalho deve estar colocado de modo a que as fontes de luz não
provoquem reflexos encadeantes directos, nem sombras na área de trabalho, serem
suficientes, não serem oscilante e não produzirem o efeito estroboscópico.

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 O trabalho com exigências visuais elevadas deve ser periodicamente interrompido


por pausas ou mudanças de actividade que reduzam a pressão desse esforço visual.

 Definir um plano de acompanhamento médico periódico à capacidade visual dos


trabalhadores

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ILUMINAÇÃO - LEGISLAÇÃO

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Radiações INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Formas de energia que se propagam em forma de ondas eletromagnéticas através do


espaço. A absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento
de diversas lesões.

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Podem ser classificadas em 2 grupos:


 Ionizantes: raios X; radioterapia (raios gama); raios beta; raios alfa
 Não ionizantes: infravermelhos; U.V; micro-ondas; raios laser; radiofrequências

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RADIAÇÕES IONIZANTES INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

É a radiação com energia suficiente para provocar mudanças nos átomos em que
incide (ionização), como é o caso dos raios X, dos raios alfa, beta e gama, e dos
materiais radioactivos.

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 FONTES NATURAIS DA RADIAÇÃO IONIZANTE


São os raios cósmicos e os radionuclídeos (radónio) provenientes da crosta terrestre,
encontrados em locais como no solo, nas rochas, nos materiais de construção, na
água potável e no próprio corpo humano.

 FONTES NÃO NATURAIS, OU PRODUZIDAS PELO HOMEM, DE RADIAÇÕES


IONIZANTES
São encontradas nos cuidados em saúde (raios-x, tomografia computadorizada e
radioterapia) e na geração de energia (usinas nucleares).

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Sievert (Sv): unidade usada para avaliação do impacto da radiação ionizante sobre os seres humanos

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RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
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Engloba toda a radiação que não tem energia suficiente para provocar mudanças nos
átomos em que incide.

 RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA (UV): Na indústria, encontramos nas operações de


soldadura. O poder de penetração das radiações ultravioleta é relativamente fraco,
pelo que os seus efeitos no organismo humano se restringem essencialmente aos
olhos e à pele.

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 RADIAÇÃO INFRAVERMELHA: A exposição poderá sempre ocorrer desde que uma


superfície tenha temperatura mais elevada que o receptor, podendo ser utilizada
em qualquer situação em que se queira promover o aquecimento localizado de uma
superfície. Na indústria, este tipo de radiação poderá ter aplicação nomeadamente na
secagem de tintas e vernizes e em processo de aquecimento de metais.

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 LASER (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation):


caracteriza-se, principalmente, pela alta direccionalidade do feixe e
pela elevada energia incidente por unidade de área. Aplicação,
desde a medicina à indústria, passando pelas áreas militar e de
comunicações. Na indústria metalomecânica e de automóveis tem
aplicação em operações de soldadura, perfuração e corte

 MICRO-ONDAS: As micro-ondas absorvidas são convertidas, principalmente, em


calor. O aumento da temperatura em tecidos profundos pode causar danos antes que
a pessoa perceba o aquecimento. Na industria alimentar, pode ser usada para
processo de descongelamento, secagem, extração, pasteurização, descontaminação
e desinfecção de utensílios.

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 RADIOFREQUÊNCIA: faixa de frequência que abrange aproximadamente de 3


kHz a 300 GHz e que corresponde a frequência das ondas de rádio. Na medicina é
usado em tratamentos médicos, como no tratamento da apneia do sono.
Ressonâncias magnéticas (MRI) também usam frequências de rádio para produzirem
imagens do corpo humano.

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Efeitos sobre a Saúde RADIAÇÕES IONIZANTES
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Os efeitos das radiações ionizantes podem classificar-se em SOMÁTICOS, se


aparecerem no indivíduo exposto e em HEREDITÁRIOS, se afetarem os
descendentes.

Podem também classificar-se em:

➱ EFEITOS PROBABILÍSTICOS OU ESTOCÁSTICOS: são aqueles que são tanto


mais prováveis quanto maior for a quantidade de radiação recebida. Neste caso, são
induzidas modificações na estrutura de uma ou mais células do corpo humano que
conduzem a alterações genéticas e ao aparecimento de diversos tipos de neoplasias
(leucemia, cancros do pulmão, pele, estômago, cólon, bexiga, mama e ovário, etc)

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Efeitos sobre a Saúde RADIAÇÕES IONIZANTES
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Podem também classificar-se em:

➱ EFEITOS DETERMINISTAS OU NÃO ESTOCÁSTICOS: são aqueles que só ocorrem


quando a dose de radiação excede um determinado valor ou limiar e cuja gravidade
depende da dose e do tempo de exposição. Os órgãos e sistemas mais afetados são
os olhos (cataratas), a pele (queimaduras) e os órgãos reprodutores (infertilidade).

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RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
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 MICRO-ONDAS
➱ maior perigo para os olhos, onde parecem ter um efeito cumulativo no cristalino
produzindo cataratas
➱ há algumas evidências de que as micro-ondas também afectam o sistema nervoso
central e o funcionamento de alguns tipos de marca-passos cardíacos

 RADIOFREQUÊNCIAS
Os cientistas que estudam a área dividem-se em dois grupos:
➱ aqueles que advogam que os efeitos nocivos da radiofrequência são devidos
apenas ao aquecimento, uma vez que a radiofrequência não possui energia suficiente para
causar ionizações, e portanto, abaixo dos limites térmicos estabelecidos essa radiação é
segura;
➱ aqueles que acreditam que a radiofrequência é nociva em níveis bem menores
que aqueles determinados pelos limites térmicos. Eles acreditam que ela possa causar
cancro, problemas reprodutivos e uma variedade de outros sintomas.
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Medidas de Prevenção/Protecção INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

RADIAÇÕES IONIZANTES
O objetivo principal da proteção contra as radiações ionizantes é impedir os efeitos não
estocásticos e limitar ao máximo os efeitos estocásticos.

Como princípios gerais, todas as atividades que envolvam exposição a radiações


ionizantes, deverão processar-se por forma a:

➱ que os diferentes tipos de atividades que impliquem uma exposição sejam


previamente justificados pela vantagem que proporcionam;
➱ que seja evitada toda a exposição ou contaminação desnecessária de pessoas e do
meio ambiente
➱ que os níveis de exposição sejam sempre tão baixos quanto possível em cada
instante e sempre inferiores aos valores-limite fixados por lei

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 Medidas de protecção colectiva – isolamento da fonte de radiação; enclausuramento
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da fonte de radiação (ex.: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x)

 Reduzir o tempo de exposição

 Informação e Formação aos trabalhadores

 Medidas de protecção individual – fornecimento de EPI adequado ao risco (ex:

avental, luvas, perneiras, óculos)

 Vigilância médica – exames periódicos

GUIA TÉCNICO N.º 1 VIGILÂNCIA DA SAÚDE DOS TRABALHADORES EXPOSTOS A RADIAÇÃO IONIZANTE
https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/guia-tecnico-n-1-vigilancia-da-saude-dos-trabalhadores-expostos-a-
radiacao-ionizante-pdf.aspx

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RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
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As medidas de prevenção e protecção incidem principalmente sobre o


trabalhador:

➱ Redução dos tempos de exposição, para todos os tipos de radiações

➱ Na protecção da pele, contra a radiação UV, recorrer a vestuário adequado e a filtros


solares do tipo “praia”

➱ Na protecção dos olhos, contra a radiação UV e infravermelhos, recorrer a protecção


específica que obedeça as normas europeias relativas aos EPI para os olhos

➱ Na protecção contra a radiação em feixes de raios laser, utilizar protecção ocular


adequada e adoptar métodos de trabalho seguros

➱ Formação e informação dos trabalhadores expostos a todos os tipos de radiações

➱Vigilância de saúde é importante na deteção precoce de alterações nos órgãos-alvo

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RADIAÇÕES IONIZANTES - LEGISLAÇÃO

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RADIAÇÕES IONIZANTES – DIRECTIVAS EUROPEIAS

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Vibrações INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Originam-se quando um corpo oscila quer por fontes internas ou externas. No local de
trabalho as vibrações constituem um agente físico nocivo que afeta o trabalhador.

Por exemplo, o manuseamento da pega de uma máquina ou a superfície de uma peça


de trabalho que vibra rapidamente, sendo a origem da vibração, transmite essa
vibração para a mão e o braço do trabalhador. A vibração também pode ser
transmitida através do assento de um carro ou uma plataforma que vibra.

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Conforme o modo de contato entre o objeto vibrante e o corpo, a exposição às


vibrações divide-se em

VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS


AO SISTEMA MÃO-BRAÇO AO CORPO INTEIRO

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A vibração é definida pela magnitude e frequência.

A magnitude é expressa normalmente em aceleração (m/s²).

Referente à frequência, esta é o número de vezes


por segundo que o corpo vibratório se move de trás
para frente, o valor é expresso em ciclos por
segundo, representado por hertz (Hz). Referente às
vibrações mão braço a gama de frequência
relevante é entre 8 Hz a 1000 Hz, no caso das
vibrações corpo inteiro, é entre 0,5 Hz e 80 Hz.

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VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS AO
SISTEMA MÃO-BRAÇO INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Resultam do contacto dos dedos ou das mãos com algum elemento vibrante

Os efeitos nocivos manifestam-se normalmente na zona de contacto com a fonte de


vibração, mas também pode existir uma transmissão importante no resto do corpo

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Fontes de Vibração Mão-Braço INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

• Serras de Corrente; • Martelos Pneumáticos;


• Martelos de Britagem; • Lixadoras;
• Martelos Demolidores; • Martelos de Perfurar;
• Retificadoras; • Calcadores Vibratórios.
• Trituradoras;
• Berbequins por Percussão;
• Chaves de aperto por percussão;
• Cinzéis Mecânicos;
• Calcadores;

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VIBRAÇÕES TRANSMITIDAS
AO CORPO INTEIRO INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Vibrações transmitidas ao corpo como um todo, geralmente por meio


de uma superfície de suporte

São muito dependentes da postura e nem todos os indivíduos apresentam


a mesma sensibilidade

Assim a mesma exposição às vibrações pode resultar em consequências diferentes

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Fontes de Vibração Corpo Inteiro INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

• Retroescavadora carregadora c/rodas;


• Cilindro compactador c/rolo;
• Trator;
• Camião com caixa basculante;
• Escavadora de rodas;
• Escavadora de lagartas;
• Trator Agrícola;
• Pavimentadora de asfalto/espalhadora;
• Empilhador;
• Trator Rebocador;
• Pá Carregadora de Rodas.

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Possíveis Efeitos à Exposição
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Vibrações do Sistema Mão Braço


• Distúrbios Vasculares (Síndrome de Raynaud);
• Distúrbios Neurológicos (formigueiro ou dormência nos dedos e nas mãos);
• Síndrome Túnel Cárpico (combinação de movimentos repetitivos, posturas
inadequadas e aperto firme na máquina;
• Distúrbios Musculares (exposição prolongada pode levar a fraqueza muscular, dores
nas mãos e braços e diminuição da força muscular).

Vibrações do Sistema Corpo Inteiro


Dor Lombar e Distúrbios nas Costas Ombros ou Pescoço (pode levar a uma maior
prevalência na dor lombar e degeneração precoce da coluna vertebral e hérnia de
disco mas, os sintomas não são específicos a vibrações, podem originar de posturas
incorretas, características antropométricas etc.).

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Medidas de Prevenção/Protecção
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 Para evitar ou diminuir as consequências das vibrações é recomendado o trabalho


por turnos dos trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo de exposição)

 Avaliação periódica da exposição

 Formação e Informação aos trabalhadores quantos aos riscos decorrentes da


exposição à vibração e à utilização adequada dos equipamentos de trabalho

 Vigilância da saúde dos trabalhadores

 Adopção de procedimentos e métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir


a exposição a vibrações mecânicas

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Avaliação de Vibrações Ocupacionais
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VIBRAÇÕES – LEGISLAÇÃO

VIBRAÇÕES – DIRECTIVAS EUROPEIAS

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Ruído INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O ruído ocupacional constitui uma causa de incómodo para o trabalho e um obstáculo


às comunicações verbais e sonoras, podendo provocar fadiga geral e, em casos
extremos, trauma acústico e alterações fisiológicas extra-auditivas.

As ondas sonoras podem transmitir-se da fonte até ao ouvido, tanto diretamente pelo
ar, como indiretamente por condução nos materiais – estruturas sólidas, paredes,
pavimentos e tetos, que funcionam como fontes secundárias.

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Quando o ruído atinge


determinados níveis, o aparelho
auditivo apresenta uma fadiga que,
embora inicialmente seja suscetível
de recuperação, pode, em casos
de exposição prolongada a ruído
intenso, transformar-se em surdez
permanente devido a lesões
irreversíveis do ouvido interno.

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Para 8h diárias de trabalho, o VALOR LIMITE DE EXPOSIÇÃO ao ruído é de 87 dB, acima


dos quais nenhum trabalhador pode estar exposto [Valores de acção inferiores: LEX,8h = 80 dB
e Valores de acção superiores: LEX,8h = 85 dB]

O empregador deve garantir equipamentos de protecção auditiva individual, sempre que


seja ultrapassado o valor de acção inferior, e assegurar a sua efectiva utilização,
sempre que o nível de exposição ao ruído alcance ou ultrapasse o valor de acção superior

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Quanto mais elevados os níveis encontrados, maior o número de trabalhadores que


apresentarão início de SURDEZ PROFISSIONAL e menor será o tempo em que este
e outros problemas se manifestarão

Sem medidas de controlo ou protecção, o excesso de intensidade do ruído, acaba


por afectar o cérebro e o sistema nervoso

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Efeitos na Saúde
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O ruído excessivo causa:


- Surdez profissional
- Stress
- Fadiga nervosa
- Depressão
- Irritabilidade
- Diminui a produtividade
- Alteração dos ritmos cardíacos
- Alteração da respiração
- Perturbações gastrointestinais

https://www.apopartner.pt/o-ruido-no-local-de-trabalho/
https://www.apsei.org.pt/areas-de-atuacao/seguranca-no-trabalho/o-ruido-no-local-de-trabalho/

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Factores que influenciam… INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

 Tempo de exposição [quanto maior o tempo maior o risco]


 Tipo de ruído [pode ser CONTÍNUO, INTERMITENTE ou de IMPACTO]
 Distância da Fonte Geradora [quanto mais próximo, maior o risco]
 Intensidade [quanto maior a intensidade, maior o risco para o trabalhador]
 Agentes químicos [diversas substâncias químicas (tolueno, estireno) possuem
efeitos ototóxicos, ou seja, intoxicam os ouvidos, provocando consequências a longo
prazo, como a perda de audição]

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https://www.cdc.gov/niosh/docs/2018-124/2018-124port.html

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RUÍDO – LEGISLAÇÃO

RUÍDO – DIRECTIVAS EUROPEIAS

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Medidas de Prevenção/Protecção
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 Actividades mais ruidosas devem ser realizadas em horários diferenciados para


expor o menor número possível de trabalhadores ao ruído;

 Os trabalhadores devem ser sensibilizados para a importância da manutenção das


protecções das máquinas pois também permitem uma atenuação do ruído;

 Considerar o factor do nível de ruido como característica a considerar na aquisição


de novas máquinas e equipamentos.

 Informação e Formação aos trabalhadores

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 Sinalização e limitação de acesso a zonas mais ruidosas

 Protecção colectiva – enclausuramento da máquina produtora de ruído

 O recurso aos equipamentos de protecção individual deve existir apenas quando


todas as medidas de controlo de ruído falharam, devendo ser aplicado só em casos
extremos e nunca como primeira ou única medida.

 Vigilância médica – exames audiométricos periódicos

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Químicos INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Os RISCOS QUÍMICOS são aqueles representados pelas substâncias


químicas que se encontram nas formas líquida, gasosa ou sólida, e quando
absorvidos pelo organismo, podem produzir danos físicos e danos à saúde.

https://www.act.gov.pt/(pt-PT)/Publicacoes/Documents/03%20-%20substancias_quimicas.pdf

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As propriedades físico-químicas e toxicológicas são características intrínsecas


dos agentes químicos com perigo potencial.

O risco inerente a um agente químico, traduz-se na


possibilidade de que esse perigo potencial se concretize
nas condições de utilização ou de exposição

É considerada uma actividade que envolva agentes químicos, aquela


onde são utilizados ou se destinam a sê-lo, incluindo a produção, o
manuseamento, a armazenagem, o transporte ou a eliminação e o
tratamento, ou no decurso da qual esses agentes sejam produzidos

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Os acidentes no trabalho com substâncias químicas podem ocorrer, devido a:

1. INALAÇÃO – é a principal via de intoxicação no ambiente de trabalho, sendo que


mais de 90% das intoxicações são provocadas por inalação;

2. INGESTÃO ACIDENTAL – por regra ou por norma, acontece por incumprimento


das normas básicas de segurança

3. CONTACTO de substâncias perigosas com a pele

4. REACÇÕES QUÍMICAS INESPERADAS – que podem provocar libertação de


vapores, salpicos ou derrames, incêndios e explosões

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Classificação dos agentes químicos quanto à sua forma


Os contaminantes químicos podem ser encontrados em três estados fundamentais da
matéria:

POEIRAS FIBRAS
ESTADO SÓLIDO
FUMOS
ESTADO LÍQUIDO NEVOEIROS
AEROSSÓIS

ESTADO GASOSO VAPORES


GASES

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ESTADO SÓLIDO
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As POEIRAS são partículas sólidas formadas pela ruptura mecânica de um


sólido. Como exemplo de actividade onde há exposição a poeiras [ex.: corte de
pedras, o corte de madeira, etc.]

Os FUMOS, por sua vez, são partículas sólidas formadas


pela condensação/oxidação de vapores de substâncias sólidas a temperatura normal
[ex.: soldagem e fundição]

Entre os particulados sólidos, também podemos destacar as FIBRAS. As fibras


podem ser definidas como longos e finos filamentos de um material. [ex.: amianto;
fibras de algodão].

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ESTADO LÍQUIDO
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AEROSSÓIS – suspensão no ar de gotículas cujo tamanho


não é visível à vista desarmada e provenientes da dispersão
mecânica de líquidos. O exemplo mais comum de névoa é
aquele formado nas operações de pintura com pistola.

NEBLINAS ou NEVOEIROS – suspensão no ar de gotículas líquidas visíveis e


produzidas por condensação do vapor. Exemplos: todas neblinas de ácido (clorídrico,
nitrogénio, crómico, fluorídrico, sulfúrico, etc.), afectam seriamente a saúde,
principalmente o sistema respiratório.

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ESTADO GASOSO
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Se esse contaminante, em condições normais, está no estado gasoso, estamos


diante de um gás, mas se o contaminante é um líquido em condições normais, a
sua fase gasosa será chamada de vapor

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PRINCIPAIS VIAS DE PENETRAÇÃO
NO ORGANISMO INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Os agentes químicos ficam em suspensão no ar e podem penetrar no organismo do


trabalhador por estas principais vias:

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VIA RESPIRATÓRIA / INALATÓRIA


- Principal porta de entrada dos agentes químicos
- Compreende um sistema formado pelo nariz, boca, faringe, laringe,
bronquíolos e pulmões

VIA CUTÂNEA / DÉRMICA


- Via de penetração mais difícil, pois nem todas as substâncias podem
penetrar através da pele
- Compreende toda a superfície que envolve o corpo humano
- Algumas conseguem atravessar a barreira cutânea directamente e outras
são veiculadas por outras substâncias

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VIA DIGESTIVA / ORAL


- Compreende o sistema formado pela boca, faringe, esófago, estômago e intestinos.
- Assume mais importância quando é permitido aos trabalhadores comer ou beber nos
postos de trabalho.
- Pode provocar sangramento, perturbações e deformações.

Mas também por VIA OCULAR

Alguns produtos químicos que permanecem no ar causam irritação nos


olhos e conjuntivite, o que mostra que a penetração dos agentes
químicos pode ocorrer, também, pela vista.

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Efeitos na Saúde
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Os efeitos no organismo vão depender da dose absorvida e da quantidade de tempo


de exposição a essa dose.

Podem provocar INTOXICAÇÕES AGUDAS [corresponde a


uma absorção rápida num curto período de tempo, provocando danos
de forma imediata ou a curto prazo]

Podem provocar INTOXICAÇÕES CRÓNICAS [absorção de


pequenas doses, em certos períodos de tempo, provocando uma
doença profissional ao longo do tempo]

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Podem ser CANCERÍGENOS


Podem provocar o aparecimento de doenças mesmo em concentrações muito
baixas

Podem ser CORROSIVAS


Acção química corrosiva, produzindo inflamação dos tecidos com os quais entram
em contacto (tecidos de revestimento e epiteliais, como pele, mucosas das vias
respiratórias, conjuntivite ocular, etc.)
Exemplo: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amónia, soda cáustica, cloro, óxidos de
azoto

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Podem ser IRRITANTES


Produtos que actuam quimicamente sobre os tecidos quando
entram em contacto com estes

Podem ser ASFIXIANTES


Não interferem nas funções do organismo mas podem provocar
asfixia por reduzirem a concentração de oxigénio no ar,
causando dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões,
coma e até a morte.
Exemplo: gases como hidrogénio, nitrogénio (azoto), hélio,
metano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono

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Podem ser SENSIBILIZANTES


Produtos que levam a reacções alérgicas e manifestam-se por alergias da pele
(ex: dermatites de contacto) ou infecções respiratórias (ex: amoníaco)

Podem ser ANESTÉSICOS OU NARCÓTICOS


Produtos que actuam sobre o sistema nervoso central (SNC), produzindo efeito
anestésico, após terem sido absorvidos pelo sangue, provocando danos aos
diversos órgãos.
Exemplo: butano, propano, aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno,
xileno, álcoois, tolueno, éter etílico

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Névoa

Fumo

Gás

Vapor

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Rotulagem de produtos químicos

Todos os produtos químicos, independentemente da sua


quantidade, devem ser classificados e rotulados

A classificação de uma substância ou mistura baseia-se na


identificação e avaliação dos seus efeitos na saúde humana e
no ambiente, bem como nas suas propriedades físicas

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Classificação quanto à perigosidade
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PERIGO FÍSICO
CLASSES Os agentes químicos susceptíveis de provocar acidentes
DE poderão ser explosivos, inflamáveis, comburentes, corrosivos

PERIGOS
PERIGO PARA A SAÚDE
Os agentes químicos susceptíveis de causar efeitos adversos
poderão ser tóxicos ou muito tóxicos, corrosivos,
sensibilizantes, irritantes, mutagénicos, cancerígenos, tóxicos
para a reprodução

PERIGO PARA O AMBIENTE


Os agentes químicos poderão ser tóxicos para o meio aquático
e perigosos para a camada do ozono

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A rotulagem é de extrema importância e


deve estar visível, pois é possível
apresentar o conteúdo químico além de
trazer informações de utilidade básica e
essencial para oferecer mais segurança e
consequentemente diminuir o risco de
acidentes para quem manuseia de alguma
forma o produto, seja na armazenagem, no
manuseamento, transporte e descarte

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Rotulagem dos produtos químicos
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O rótulo deve:

 Ser redigido em português. Podem ser usadas mais línguas, desde que as
informações apresentadas sejam exactamente as mesmas em todas elas.

 Ser solidamente fixado numa ou mais faces da embalagem que contém


directamente a substância ou mistura e deve ser legível na horizontal quando o
pacote é colocado na posição normal.

 Apresentar dimensões mínimas


em relação ao volume da
embalagem.

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O rótulo deve incluir as seguintes informações:
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 Informações de contacto do fornecedor


 Identificador do produto
 Quantidade nominal
 Componentes perigosos
 Pictogramas
 Palavra-sinal
 Advertências de perigo
 Recomendações de prudência (normalmente, o rótulo não deve incluir mais de
seis recomendações de prudência, excepto se for necessário para reflectir a natureza e
gravidade dos perigos)
 Informações suplementares, se aplicável.

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 Pictogramas INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

É uma imagem existente num rótulo que contém um símbolo de aviso e cores
específicas e se destina a transmitir informações sobre os efeitos nocivos que uma
determinada substância ou mistura pode ter na nossa saúde ou no ambiente

Advertem para algumas propriedades perigosas das substâncias e que devem estar
presentes nos rótulos das substâncias usadas no laboratório.

Os novos pictogramas têm a forma de um


losango vermelho com fundo branco e
substituem os antigos símbolos quadrados cor
de laranja previstos na legislação anterior.

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 Palavra-sinal
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O rótulo deve incluir a palavra-sinal


pertinente de acordo com a
classificação da substância ou
mistura perigosa.

Se o rótulo ostentar a palavra-sinal PERIGO,


não deve apresentar a palavra-sinal ATENÇÃO

ATENÇÃO - indicando um perigo menos grave


PERIGO - indicando um perigo mais grave

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 Advertências de Perigo (H) e Recomendações de Prudência (P)

Para se ter conhecimento dos potenciais perigos e riscos dos produtos químicos, bem
como dos procedimentos de segurança na manipulação, armazenamento e eliminação
dos mesmos é necessário recorrer à informação que está nos rótulos e nas fichas de
dados de segurança.

Esta informação é dada, para além de pictogramas e da palavra-sinal, pelas frases


de advertência de perigo (H) e de recomendações de prudência (P).

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Advertências de Perigo (H) - exemplos


H200 Explosivo instável.
H201 Explosivo; perigo de explosão em massa.
H202 Explosivo, perigo grave de projecções.
H203 Explosivo; perigo de incêndio, sopro ou projecções.
H204 Perigo de incêndio ou projecções.
H205 Perigo de explosão em massa em caso de incêndio.
H220 Gás extremamente inflamável.
H221 Gás inflamável.
H222 Aerossol extremamente inflamável.
H223 Aerossol inflamável.
….

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Recomendações de prudência (P) - exemplos


P101 Se for necessário consultar um médico, mostre-lhe a embalagem ou o rótulo.
P102 Manter fora do alcance das crianças.
P103 Ler o rótulo antes da utilização.
P201 Pedir instruções específicas antes da utilização.
P202 Não manuseie o produto antes de ter lido e percebido todas as precauções de
segurança.
P210 Manter afastado do calor/faísca/chama aberta/superfícies quentes. — Não
fumar.
P211 Não pulverizar sobre chama aberta ou outra fonte de ignição.
P220 Manter/Guardar afastado de roupa/…/matérias combustíveis.
….

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Importante salientar que as informações do rótulo…

…são apenas básicas e primordiais, um detalhamento maior do conteúdo na


embalagem é conseguido através da Ficha de Dados de Segurança (FDS) que
contém as informações além das contidas no rótulo, por exemplo informações em
caso de acidentes com a substância estarão na ficha, como deve ser feito o
descarte dos resíduos, pois a responsabilidade ambiental é fundamental.

O rótulo deve estar em consonância com as disposições legais e com a


Ficha de Dados de Segurança (FDS). Desta forma, pictogramas, palavras-
sinal, advertências de perigo e recomendações de perigo, tal como
constam do Regulamento CLP têm de aparecer na secção 2 da FDS.

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Os produtos químicos devem vir
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acompanhados de uma FICHA DE
DADOS DE SEGURANÇA

Têm como objectivo fornecer aos


utilizadores de produtos químicos as
informações necessárias para os ajudar
a proteger a saúde humana e o
ambiente

Documento elaborado pelo fabricante/


representante do produto, onde
constam as caraterísticas físico-
químicas do produto

Ficha técnica onde se encontram as


informações referentes ao produto,
repartidas por 16 secções

Guia sobre fichas de dados de segurança e cenários de exposição


https://echa.europa.eu/documents/10162/22786913/sds_es_guide_pt.pdf/30d096b4-b415-7957-b012-
ef1a6eb49b92

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https://www.grupo-cimai.com/upload/FichasSeguranca/FDS_CIM%20BACTEROX_PT.pdf

https://www.grupo-cimai.com/upload/FichasTecnicas/FT_CIM%20BACTEROX_PT.pdf

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Armazenagem dos produtos químicos
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O armazenamento seguro de produtos químicos é de


extrema importância de forma a evitar possíveis acidentes

Não podem ser armazenados de forma simples (ordem alfabética ou numérica)


e devem ser separados e guardados com base nas suas compatibilidades.

Incêndio, explosão e formação de gases tóxicos são algumas das


consequências indesejáveis quando produtos químicos incompatíveis colidem

Para isso são necessárias instalações apropriadas,


equipamento e hábitos de trabalho adequados

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Para se promover um armazenamento seguro de produtos


químicos são necessários quatro elementos-chave:

Manter um inventário dos produtos existentes no armazém

Os produtos devem estar todos devidamente etiquetados/rotulados

Separar os produtos químicos incompatíveis

Ter um ambiente adequado, incluindo ventilação, iluminação, temperatura


e adequada arrumação em prateleiras e equipamento.

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Quadro de Incompatibilidades na armazenagem
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102
Medidas de Prevenção/Protecção
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- Processos de trabalho adequados, manutenção, ventilação localizada / extracção

- Redução ao mínimo do número de trabalhadores expostos, e da duração e grau de


exposição; seleccionar, sempre que possível, produtos químicos não perigosos;
disponibilizar as fichas de dados de segurança

- Medidas de protecção individual, de acordo com a informação constante do rótulo


e da ficha de dados de segurança

- Vigilância da saúde

- Formação e informação dos trabalhadores sobre os riscos dos agentes químicos


aos quais se encontram expostos, e as medidas necessárias para eliminar ou reduzir
tais riscos, sob a forma de instruções escritas, cartazes, folhetos, sessões em sala

103
AGENTES QUÍMICOS – LEGISLAÇÃO [ENQUADRAMENTO LEGAL]
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104
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AGENTES QUÍMICOS – DIRECTIVAS EUROPEIAS

105
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

AGENTES QUÍMICOS – LEGISLAÇÃO

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