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8º Curso de Pós-graduação em Enfermagem do Trabalho

EMERGÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO

Helena Sofia Lemos de Oliveira, nº 4773


João Abel Bandarra Domingues, nº 4553
Sofia Encarnação Félix Moura, nº 4480

Oliveira de Azeméis

Dezembro de 2022
8º Curso de Pós-graduação em Enfermagem do Trabalho

EMERGÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO

PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA

NO POSTO DE SAÚDE DA EMPRESA X

Trabalho elaborado no âmbito do 8º Curso

de Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho, para

obtenção da classificação na Unidade Curricular de

Emergência no local de trabalho

Orientador:

José Roque

Alunos:

Helena Sofia Lemos de Oliveira, nº 4773


João Abel Bandarra Domingues, nº 4553
Sofia Encarnação Félix Moura, nº4480

Oliveira de Azeméis

Dezembro de 2022
ÍNDICE

LISTA DE FIGURAS..................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4
1. PLANO DE EMERGÊNCIA ................................................................................. 5
2. MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO ...................................................................... 7
3. PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA DO POSTO DE
SAÚDE DA EMPRESA X ............................................................................................. 9
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO ................................................................ 9
3.2 RISCOS ............................................................................................................. 9
3.3 MEIOS E RECURSOS ...................................................................................... 9
3.4 PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO ........................................................ 10
3.5 INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA: COMO UTILIZAR UM EXTINTOR ..... 11
4. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 13
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 14
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Medidas de Autoproteção Exigíveis ................................................................ 7


Figura 2 - Planta de emergência do Posto de Saúde da empresa X ................................ 10
Figura 3 - Como utilizar extintores de incêndios .......................................................... 12
INTRODUÇÃO

No âmbito da Unidade Curricular Emergência no local de trabalho, incluída do 8º Curso


de Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho, da Escola Superior de Enfermagem da
Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis, sob a orientação do Professor Carlos
Roque, foi-nos proposto a realização do presente trabalho que consiste na elaboração dos
Planos de Procedimentos e Instruções de Segurança que iremos aplicar ao Posto de Saúde
da empresa X.
O objetivo geral dos Procedimentos de Emergência consiste em definir a estrutura
organizativa dos meios humanos e materiais e estabelecer as medidas adequadas para
atuação em caso de emergência, de modo a garantir a proteção dos trabalhadores da
empresa, a defesa do seu património e a proteção do ambiente.
As medidas de autoproteção são procedimentos de organização e gestão da segurança e
têm como principais objetivos a garantia da manutenção das condições de segurança
definidas no projeto e de uma estrutura mínima de resposta a emergências.

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1 PLANO DE EMERGÊNCIA

O Plano de Emergência define um conjunto de normas e procedimentos devidamente


conhecidos e testados, que determinam uma gestão otimizada dos recursos humanos e
materiais, sendo simultaneamente um instrumento de prevenção e de gestão operacional,
pois identifica os riscos e estabelece os meios para fazer face a um acidente grave,
catástrofe ou calamidade, que possa colocar em risco a segurança das pessoas, instalações
ou do meio ambiente.
Tem como objetivos, de acordo com o Decreto-Lei n.º 150/2015, de 5 de agosto:
- Circunscrever e controlar os incidentes de modo a minimizar os seus efeitos e a limitar
os danos na saúde humana, no ambiente e nos bens;
- Aplicar as medidas necessárias para proteger a saúde humana e o ambiente dos efeitos
de acidentes graves;
- Identificar as medidas para a descontaminação e reabilitação do ambiente, na sequência
de um acidente grave;
- Comunicar as informações necessárias ao público e aos serviços ou autoridades
territorialmente competentes relevantes da região.
Segundo Veiga (2000), um Plano de Emergência obedece a várias características:
- Simplicidade – para ser bem compreendido e evitar confusão e erros;
- Flexibilidade – permitir a adaptação a situações não coincidentes com cenários
inicialmente previstos;
- Dinamismo – este deve ser atualização em função do aprofundamento da análise de
riscos e da evolução quantitativa e qualitativa dos meios disponíveis;
- Adequação – este deve ser adequado à realidade da entidade e dos seus meios;
- Precisão – o plano deve ser claro na atribuição de responsabilidades.
Apesar do plano de emergência ser condicionado pelas especificidades de cada contexto,
perigo, existem componentes essenciais a ter em conta (Veiga, 2000):
- Componente Técnica: Sinalização de emergência, de informação, de proibição e de
obrigação, sonora e de incêndio, extintores, bocas-de-incêndio, carretéis, detetores de
incêndio, plantas, mapas, pictogramas, equipamento de combate a incêndio.
- Componente Humana: centro de coordenação de emergência. As suas funções são:
identificar e avaliar perigos, planear e coordenar, combate, evacuação, alerta, alarme e
manutenção de equipamentos, colocação de sinalização, coordenação de apoio exterior.

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- Componente Formação: Informação prévia, formação regular e contínua, simulacros e
treinos. Informação/formação imediata aos recém-admitidos.
- Componente Médica e Primeiros socorros: Meios para prestar os primeiros socorros,
considerar o número de acidentados e o grau de gravidade das lesões, fazer ligação aos
serviços de saúde e hospitais, formar socorristas internos.
A elaboração de um Plano de Emergência compreende as seguintes fases, segundo Veiga
(2000):
- Caracterização do espaço;
- Identificação dos riscos;
- Levantamentos dos meios e recursos;
- Estrutura interna de segurança;
- Plano de intervenção;
- Plano de evacuação;
- Seleção dos trabalhadores e formação das equipas;
- Exercício de treino;
- Informação aos trabalhadores e utilizadores.

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2 MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO

As medidas de autoproteção exigíveis dependem essencialmente da categoria de risco e


compreendem os seguintes elementos:
- Disposições Administrativas;
- Procedimentos de Prevenção/Plano de prevenção;
- Plano Emergência Interno;
- Registos de Segurança.

Figura 1 - Medidas de Autoproteção Exigíveis

Disposições Administrativas: incluem os aspetos de ordem administrativa de


organização, com o objetivo de garantir de forma simples e rápida a gestão da mesma.
Deve possuir uma carta de promulgação do documento e a sua implementação do plano
constitui um dos grandes passos na concretização das medidas de autoproteção.
Nos Procedimentos de Prevenção/Plano de Prevenção, devem ser definidas e cumpridas
regras de exploração e de comportamento, que constituem o conjunto de procedimentos
de prevenção a adotar pelos ocupantes, destinados a garantir a manutenção das condições
de segurança nos domínios constantes dos números seguintes:
- Procedimentos de exploração e utilização do espaço: acessibilidade dos meios de
socorro aos espaços, acessibilidade dos veículos de socorro dos bombeiros aos meios de
abastecimento de água; praticabilidade dos caminhos de evacuação; eficácia da
estabilidade ao fogo e dos meios de compartimentação; acessibilidade aos meios de
alarme e intervenção em caso de emergência; vigilância dos espaços normalmente

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desocupados; conservação dos espaços em condições de limpeza e arrumação; segurança
na manipulação de matérias perigosas; segurança nos trabalhos de manutenção.
- Exploração e utilização das instalações técnicas e equipamentos de segurança.
- Conservação e manutenção das instalações técnicas e equipamentos de segurança.
O Plano de Emergência Interno contempla a definição de procedimentos e técnicas de
atuação e evacuação em caso de emergência; a salvaguarda da segurança das pessoas
presentes, a limitação da propagação e as consequências da emergência. Engloba
instruções de segurança, nomeadamente: de alarme e alerta, de utilização dos meios de
primeira intervenção e instruções particulares para locais de risco (caso existam).
Os Registos de Segurança compreendem as vistorias, inspeções, fiscalizações e
intervenções dos bombeiros, bem como as ações de manutenção das instalações e dos
equipamentos.

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3 PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA DO POSTO DE
SAÚDE DA EMPRESA X

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO

O Posto de Saúde é uma estrutura localizada no rés-do-chão de um edifício e é constituído


por uma sala de espera, um gabinete para o secretariado; dois gabinetes de atendimento,
uma sala de tratamentos, uma copa, duas casas de banho e um corredor interno de
circulação.
O acesso ao espaço é feito por uma única porta, localizada na sala de espera.

3.2 RISCOS

O risco de maior relevância é o de incêndio, devido à existência de materiais facilmente


inflamáveis (mobiliário, marquesa, material administrativo) e à possibilidade de curto-
circuito, pela existência de equipamentos elétricos.
Existem também os riscos resultantes de causas naturais (inundações, sismos), que
poderão originar situações colaterais como incêndios, derrocadas e pânico.

3.3 MEIOS E RECURSOS

No Posto de Saúde da empresa X trabalham 5 funcionários, estando definido em caso de


emergência que:
- O Enfermeiro é o coordenador responsável pela gestão da emergência e coordenação da
evacuação;
- O alerta é dado ao administrativo que através do telefone localizado no secretariado (os
números de emergência estão afixados junto ao telefone mencionado) e após indicação
do coordenador, aciona os meios de socorro externos;
- O médico desloca-se para o ponto de encontro localizado no exterior, onde receciona os
utentes e procede à sua vigilância e primeiros socorros;
- A evacuação dos utentes é efetuada pela auxiliar, sob orientação do coordenador.
Relativamente à sinalética, o espaço possui extintores devidamente assinalados; sistema
de iluminação e sinalização, que garantem um nível luminoso suficiente para uma

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evacuação ordeira. Os itinerários de evacuação e as saídas estão assinalados na planta de
emergência colocada na sala de espera, bem como o ponto de encontro exterior.
Está assinalada na planta de emergência, a saída normal/de emergência, que conduz ao
exterior do edifício e os percursos de evacuação definidos para cada local, existindo sinais
padronizados, também assinalados na planta de emergência.

POSTO DE SAÚDE

Figura 2 - Planta de emergência do Posto de Saúde da empresa X

3.4 PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO

O Plano de Emergência Interno estabelece os procedimentos a adotar de forma a combater


o sinistro e minimizar as suas consequências até à chegada dos socorros externos e inclui:
- Reconhecimento, combate e alerta: qualquer pessoa que se aperceba de um foco de
incêndio deve de imediato avisar o coordenador, que deve identificar a localização exata,
extensão do sinistro, matérias em combustão e se há vítimas a socorrer. De acordo com
as características e dimensão da situação, deve alertar o administrativo para acionar os
meios de socorro externos.
- Corte de energia: efetuado pelo coordenador.
- Evacuação: dada a ordem para abandono das instalações pelo coordenador, o auxiliar
orienta os utentes independentes para a saída. Existindo utentes com mobilidade reduzida,
são conduzidos ao ponto de encontro pelo auxiliar e médico.
- Intervenção: o coordenador utiliza o extintor mais próximo do local do sinistro. Se não
for possível controlar o foco de incêndio, deve abandonar o local.

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- Concentração e controlo: o Médico reúne as pessoas e procede à sua conferência,
prestando primeiros socorros, se necessário.
- Informação e vigilância: o coordenador informa os socorros externos sobre a localização
exata do sinistro e pessoas em perigo.
O coordenador (enfermeiro), tem à sua responsabilidade a formação dos funcionários do
serviço em matéria de segurança, bem como a implementação do Plano de Emergência e
treino periódico. Devem ser preocupações constantes do mesmo verificar a desobstrução
dos caminhos de evacuação e saídas, bem como a operacionalidade dos meios de
intervenção e dos equipamentos de segurança em geral; o estado de conservação da
sinalização de segurança e iluminação de emergência e a formação contínua do pessoal.
A manutenção dos equipamentos de segurança é da responsabilidade de uma empresa
externa.
As instruções de segurança são imprescindíveis para uma prevenção eficaz em qualquer
tipo de instalações e estão elaboradas de forma simples e clara. Destinam -se à totalidade
dos ocupantes do estabelecimento e estão afixadas em pontos estratégicos, junto da
entrada e da planta de emergência. Para uma melhor eficácia e adequação do plano de
emergência devem efetuar-se simulacros.

3.5 INSTRUÇÃO DE SEGURANÇA: COMO UTILIZAR UM EXTINTOR

1. Transportar sempre o extintor na posição vertical,


segurando no manípulo;

2. Retirar o selo e a cavilha de segurança;

3. Testar o extintor fazendo um pequeno disparo antes de


proceder junto ao foco de incêndio;
4. Premir a alavanca de forma a libertar o agente extintor,
dirigindo o jacto para a base das chamas;

5. Varrer devagar toda a superfície das chamas;

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6. Terminar apenas depois de se assegurar de que o incêndio
não se reacenderá.
Contudo não se deve esquecer que previamente há que:

 Verificar que o fogo não o envolve pelas costas;

 Aproximar-se lentamente do fogo de incêndio;

 No caso de atuar ao ar livre a aproximação deve ser feita no


sentido do vento;

 Em combustíveis líquidos não lançar o jacto com demasiada


pressão para evitar que o combustível se espalhe.
Figura 3 - Como utilizar extintores de incêndios (imagens adaptadas de http://image.slidesharecdn.com.w3snoop.com/)

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4 CONCLUSÃO

A elaboração do plano de procedimentos e instruções de segurança pretendem coordenar


os recursos humanos, para minimizar os efeitos de um sinistro grave.
No que refere ao plano de evacuação, este deve previligiar uma evacuação que reuna
todas as condições de segurança de todos aqueles que se encontrem no interior do edifício,
devendo sempre apelar à calma de todos. O planeamento da evacuação engloba factores
relacionados com a mobilidade dos meios humanos, a planta de emergência e as
instruções a adoptar pela equipa nas diversas circunstâncias.
As saídas de emergencia têm um papel muito importante, dado que estas podem
salvaguardar a vida humana. Por isso devem permitir que os ocupantes do Posto de Saúde
da empresa X se possam deslocar em segurança até ao exterior.
Podemos assim concluir que este tipo de plano é uma mais valia para todas as
empresas/organizações, pois estas são constituidas por pessoas e a sua segurança deve ser
colocada em primeiro lugar.

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BIBLIOGRAFIA

Nota Técnica nº 22 (2007). Plantas de emergência. Autoridade Nacional de Proteção Civil


(31-05-2007).
https://www.apsei.org.pt/media/recursos/documentos-de-outras-entidades/ANPC-notas-
tecnicas/22_NT-SCIE-PLANTAS_DE_EMERGENCIA.pdf

Decreto-Lei n.º 150/2015, de 5 de agosto (2015). Estabelece o regime de prevenção de


acidentes graves que envolvem substâncias perigosas e de limitação das suas
consequências para a saúde humana e para o ambiente. Diário da República I série, nº
150 (05-08-2015).

Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro (2018). Estabelece o regime jurídico da


segurança contra incêndios em edifícios. Diário da República I série, nº 150 (12-11-2008).

W3 Snoop (2011-2022). http://image.slidesharecdn.com.w3snoop.com.

Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (2015). Medidas de


Autoproteção. https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1449506689.docx.

Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (2018). Medidas de


Autoproteção. https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1535711278.pdf

Veiga, R. (2000). Higiene, Segurança, Saúde e Prevenção de acidentes de trabalho.


Verlag Dashöfer

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