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CENTRO UNIVERSITÁRIO IMEPAC ARAGUARI

ALEXSANDRA GUERRA
MAGDA MARIA BERNARDES
MARIANE DE ÁVILA FRANCISCO
SUNARA MARIA LOPES
VICTOR GABRIEL DE MORAIS

CASOS CLÍNICOS
TRABALHO DISCENTE EFETIVO

ARAGUARI
2021
ALEXSANDRA GUERRA
MAGDA MARIA BERNARDES
MARIANE DE ÁVILA FRANCISCO
SUNARA MARIA LOPES
VICTOR GABRIEL DE MORAIS

CASOS CLÍNICOS
TRABALHO DISCENTE EFETIVO

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina


de Farmácia Hospitalar e Terapia Nutricional
do Centro Universitário IMEPAC Araguari,
como quesito parcial para a conclusão segunda
etapa avaliativa.

Prof.ª: Norma Cristina de Sousa

ARAGUARI
2021
CASOS CLÍNICOS

J.D.S, 55 anos, sexo feminino, foi ao ambulatório relatando estar com muita fraqueza
muscular, câimbras, enjoos seguidos de vomito e muita “palpitação” no coração. A
paciente sofre de Insuficiência Cardíaca e faz o uso de digoxina, e recentemente
começou a se automedicar com hidroclorotiazida, pois viu na internet que auxiliava para
“desinchar e perder peso”.

1. Qual o possível diagnóstico desta paciente? Quais exames laboratoriais são


necessários para a confirmação?
O possível diagnóstico é de hipocalemia (níveis baixos de potássio). Os exames
laboratoriais para confirmação são de hemograma para aferir os níveis de potássio no
sangue, e exame de urina para aferir se há muito potássio sendo excretado.

2. O que causou os sintomas dessa paciente?


O uso concomitante de digoxina e hidroclorotiazida. A digoxina (glicosídeo digitálico)
quando utilizada com hidroclorotiazida (diurético tiazídico) poderá ter seus níveis
séricos aumentados podendo ocasionar um quadro de toxicidade com sintomas de
náusea, vômitos, visão turva e arritmias. A hidroclorotiazida pode intensificar o
desequilíbrio eletrolítico, particularmente hipocalemia.

3. Qual o provável tratamento nessa situação?


Como a paciente está tendo arritmia, para o tratamento de hipocalemia o recomendado é
a administração de potássio por via IV. E também suspender o uso de hidroclorotiazida.

J.B.M, homem, 62 anos, obeso, deu entrada no hospital relatando dor, calor, inchaço e
endurecimento na perna esquerda, e também apresentava vermelhidão. Após exames
clínicos e laboratoriais foi constatado que o paciente J.B.M havia tido uma trombose
venosa profunda (TVP). Ainda no hospital, o médico iniciou o tratamento com
varfarina, iniciando com dose de ataque de 10 mg nos dois primeiros dias, seguida de
dose de manutenção inicial de 5 mg/ dia. E após a alta, indicou continuar o tratamento
com a mesma medicação, com a dose de 5 mg/ dia.
Após 6 meses o paciente volta relatando estar com dores abdominais, fraqueza, tontura
e sangue nas fezes. Após conversar com o médico, o paciente relata que ainda estava
fazendo o uso da varfarina, e que há alguns dias foi em uma consulta com outro médico
e iniciou o uso de ciprofloxacino para tratar prostatite. Após exames laboratoriais e
visualização do interior do intestino por via endoscópica, foi contatado que o paciente
J.B.M estava com uma hemorragia intestinal.

1. Qual a causa mais provável para ter acontecido essa hemorragia


intestinal?
A provável causa é pela interação medicamentosa entre varfarina e ciprofloxacino. Pois
o ciprofloxacino aumenta o efeito da varfarina, sendo assim aumentou o efeito de
anticoagulação, causando a hemorragia.

2. Quais são os exames laboratoriais que você solicitaria para este


paciente? Explique.
Solicitaria hemograma com hematócrito e hemoglobina seriados, eletrólitos,
coagulograma, função renal e hepática. Pois tem como objetivo verificar a presença da
hemorragia e identificar a origem desta. E também solicitaria o RNI (razão normalizada
internacional), que avalia a coagulação sanguínea, e é um exame que precisa ser feito
periodicamente em pacientes que utilizam varfarina.

3. Para evitar outras situações como esta, quais seriam suas orientações a
este paciente em relação a varfarina?
A orientação partiria do ponto de que a varfarina é um medicamento que há várias
interações, tanto medicamentosas quanto não medicamentosas. Em relação a isso, estas
seriam as orientações:
Sempre relatar aos médicos que faz o uso de varfarina, e:
 Evitar os seguintes medicamentos por conta do aumento do efeito da
varfarina: AINE; amiodarona; ciprofloxacina; eritromicina; fenitoína;
fluconazol; isoniazida; lovastatina; metronidazol; norfloxacino;
omeprazol; paracetamol; propafenona; propranolol; tiroxina;
sulfametoxazol+trimetoprim;
 Evitar os seguintes medicamentos por conta da diminuição do efeito da
varfarina: arbituratos; carbamazepina; colestiramina; rifampicina;
sucralfate.
 Evitar muita salada verde, pois a vitamina K diminui o efeito da
varfarina.
Também orientaria a realizar periodicamente o RNI, afim de avaliar a coagulação
sanguínea, e assim verificar se há necessidade de mudar a posologia do tratamento
anticoagulante.

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