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MANUAL DE FORMAÇÃO
ÍNDICE
CONTEÚDOS Pág.
MÓDULO 1 – INTRODUÇÃO. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS. 5
METODOLOGIA DE ESTUDO DA H.S.T.
1.1 – INTRODUÇÃO 7
1.2 – FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS 9
1.2.1 – Conceito de Trabalho 9
1.2.2 – Desenvolvimento Metodológico do Curso 9
1.3 – METODOLOGIA DE ESTUDO DA H.S.T. 11
Março/99
NOTA INTRODUTÓRIA
O presente manual, realizado no âmbito do Projecto INOVAR – FORMAR do Programa Leonardo
da Vinci, constitui o produto de formação nº 4 da responsabilidade da CGTP-IN previsto no
referido projecto.
No âmbito daquele projecto, este manual assume-se como o suporte principal dos conteúdos do
curso de Formação a Distância para Representantes e Candidatos a Representantes dos
Trabalhadores para a SHST ( Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho ) nas Empresas.
Este curso, juntamente com mais 5 previstos no INOVAR – FORMAR, completa o programa
formativo dirigido a Quadros Sindicais Europeus, os quais, globalmente, permitirão a aquisição de
competências chave
PROJECTO 1
Criação de 5 manuais: o presente manual; um manual de formação metodológica de formadores;
um manual de formação tecnológica de formadores; um manual de saúde ocupacional e um
repositório legislativo sobre a legislação relativa à S.H.S.T. ;
PROJECTO 2
Projecto de aperfeiçoamento técnico e pedagógico de formadores de S.H.S.T., já referido no
2º parágrafo;
PROJECTO 3
Projecto de formação em S.H.S.T. para representantes e candidatos a representantes dos
trabalhadores para a S.H.S.T. nas empresas. Este projecto, objectivo final do Programa, será
posto em prática através de 2 vertentes distintas:
Como tal, espera a equipa da CGTP responsável pelo Programa de Formação em S.H.S.T., um
grande empenhamento de todos para a sua melhoria, quer ao nível dos conteúdos quer da
metodologia, factor relevante para o sucesso do Projecto 3 e, em virtude disso, de todo o
Programa.
Esta 1ª versão do manual apresenta algumas particularidades que convirá serem previamente
explicadas.
1. No início de cada um dos 8 módulos que compõem este manual, é apresentado o plano de
módulo, do qual constam os conteúdos a abordar, os objectivos terminais, ou operacionais, a
atingir pelos participantes, os números das páginas em que as várias matérias constam no
manual.
No espaço destinado ao tempo de formação, deverão os participantes registar o nº de horas
de estudo, tão aproximado quanto possível, que dedicaram ao conjunto das matérias contidas
em cada módulo.
Para além de ser um elemento estruturante das matérias a aprender, o plano de módulo
permitirá aos participantes irem fazendo a sua auto-avaliação, isto é, comparar o nível de
aprendizagem previsto com o nível de aprendizagem individual obtido.
REPRESENTANTES E CANDIDATOS A REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES PARA A SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE, NO ÂMBITO DO DECRETO
LEI Nº 441/91
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS.
METODOLOGIA DE ESTUDO DA H.S.T.
1.1 – INTRODUÇÃO
Este programa, patrocinado pelo I.D.I.C.T., tem como objectivo primeiro Enquadramento
formar os representantes e candidatos a representantes dos trabalhadores didáctico do manual
para a segurança, higiene e saúde no trabalho, em conformidade com o no Programa de
disposto no Decreto-Lei nº 441 / 91. Formação em
S.H.S.T.
♦ Confecção;
♦ Restauração;
♦ Transportes
Os passos da
metodologia
1 – DESCRIÇÃO DO TRABALHO
5 – ACÇÕES DE PREVENÇÃO
REPRESENTANTES E CANDIDATOS A REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES PARA A SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE, NO ÂMBITO DO DECRETO
LEI Nº 441/91
UNIDADES DE FORMAÇÃO EM H.S.T.
MÓDULO 2 – Descrição do Sistema de Trabalho e das condições de trabalho.
ESTRUTURA OBJECTIVOS AUTO - AVALIAÇÃO CONTEÚDOS
____________________________________________________
2.2 – DESCRIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE
TRABALHO. Páginas 23 a 25
9 Definir “ Condições de Trabalho “ aplicando o conceito a do Manual
vários exemplos
MÓDULO 2
DESCRIÇÃO DO TRABALHO. DESCRIÇÃO DAS
CONDIÇÕES DE TRABALHO
PROCESSO
MEIOS
DE
HOMEM
TRABALHO
INFLUÊNCIAS DO
MEIO AMBIENTE
SAÍDAS
2.1.1.1 – A TAREFA
2.1.1.2 – AS ENTRADAS
O termo “ objecto “ não deve ser aqui entendido como coisa, mas sim na
acepção de objectivo, pois tanto pode ser uma coisa ( peça a tornear )
como pessoa ( cliente por atender ).
2.1.1.3 – AS SAÍDAS
2.1.1.4 – O HOMEM
¾ Homem: elemento principal do ST, é quem dirige e actua em conjunto Conceito de HOMEM
com os meios de produção sobre as entradas para a concretização da
tarefa.
♦ Saídas:
50 chapas furadas
Desenho A 35 / 12
OS preenchida
Aparas de alumínio
Líquido de arrefecimento usado
A máquina com que ZM trabalha é da marca TOP modelo Fast, tal como
as restantes: eléctrica, accionada por pedal e com uma alavanca de
abaixamento - levantamento da cabeça da agulha movida com o joelho
direito. O corte da linha é realizado manualmente com utilização de
tesoura.
3.1.3 – Requisitos ligados à responsabilidade. 9 Definir , dando exemplos, “ Requisitos ligados à habilidade “ ;
MÓDULO 3
Responsabilidade.
Esforço muscular.
Esforço mental.
Requisitos ligados
3.1.1 – REQUISITOS LIGADOS AOS CONHECIMENTOS
conhecimentos
Ex: habilidade manual para medir com craveira; agilidade corporal para
montagem de estrutura metálica, etc.
- Temperatura;
- Humidade;
- Ruído;
- Vibrações;
- Luminosidade;
- Poeiras;
- Radiações;
- Altitude;
- Velocidade do ar; etc
• Espaço de trabalho
• Condições climáticas
A adaptação do Homem ao trabalho tem a ver com o grau de formação Adaptação do Homem
e treinamento ministrado aos trabalhadores, a sua adequação ao posto de ao trabalho
trabalho em função de capacidades, aptidões e familiarização para
determinadas tarefas, sexo, idade, etc.
Entende-se por esforço a resposta do Homem a qualquer carga que Definição de ESFORÇO
sobre ele incide.
Diz-se que ocorre sobrecarga, muscular ou psíquica, para o trabalhador, Noção de sobrecarga
sempre que o esforço que este tem que desenvolver está acima das suas
capacidades.
MÓDULO 4
Feito o despiste dos riscos dentro do Sistema de Trabalho, segue-se a sua As 5 CATEGORIAS
caracterização. Os riscos podem agrupar-se em 5 categorias: DE RISCOS
- Temperatura do ar
- Humidade relativa do ar
- Velocidade do ar
- Tipo de luz
- Intensidade luminosa
- Uniformidade da iluminação
- Limites de ofuscamento
- Cor da luz
Contaminantes do
4.2.2 – CONTAMINANTES DO AMBIENTE
ambiente
- Excesso de trabalho em pé
- Baixo salário
REPRESENTANTES E CANDIDATOS A REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES PARA A SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE, NO ÂMBITO DO DECRETO
LEI Nº 441/91
MÓDULO 5
Î NATUREZA E PERIGOSIDADE
Î LOCALIZAÇÃO
Î TRABALHADORES AFECTADOS
Î TEMPO DE EXPOSIÇÃO
Î INTENSIDADE
Segue-se um exemplo:
Localização do risco
5.2.2 – LOCALIZAÇÃO DOS RISCOS DE TRABALHO
Os trabalhadores afectados por este risco são, não só os que operam com
os pulverizadores, mas todos os que, durante esta operação, estão a
trabalhar noutras tarefas num raio de dispersão variável ( função do vento,
temperatura e características específicas dos pesticidas aplicados ), assim
CGTP – IN PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM SHST
53
MANUAL DE FORMAÇÃO EM H.S.T. 54
5.2.5 – INTENSIDADE
Intensidade do risco
O último dos 5 critérios de avaliação dos riscos de trabalho consiste na
determinação, cálculo ou medição, do nível de intensidade com que cada
risco ocorre.
6.2 – TIPOS DE ACÇÕES DE PREVENÇÃO. 9 Definir, dando exemplos, o que são acções de prevenção Páginas 61 a 63 do
directas ; Manual
6.2.1 – Acções de prevenção directas.
9 Definir, dando exemplos, o que são acções de prevenção
6.2.2 – Acções de prevenção indirectas. indirectas ;
MÓDULO 6
ACÇÕES DE PREVENÇÃO
) ELIMINAR OS RISCOS
) LIMITAR OS RISCOS
Deve, entretanto, ter-se em conta que nunca poderá acontecer que uma
medida de prevenção, para eliminar um determinado risco, faça surgir
outro, ou outros riscos, de perigosidade idêntica ou superior.
Se for instalado um aviso sonoro que actua sempre que o braço da grua
se movimenta, está-se a limitar o risco do tipo FACTOR DE
INSEGURANÇA a ela ligado.
2. INDIRECTAS
3. INFORMATIVAS
São dirigidas aos trabalhadores e a terceiros, com o objectivo de que Acções de prevenção
tomem as atitudes e comportamentos adequados face aos riscos a que informativas
estão expostos.
2. EFICÁCIA
3. OPERACIONALIDADE
4. ECONOMIA
Critérios de prioridade
6.3.1 – CRITÉRIOS DE PRIORIDADE
Sendo assim, uma medida de prevenção é tanto mais eficaz quanto mais
remota for a probabilidade de ocorrência de acidente ou de doença ligada
a determinado risco.
A eficácia de uma medida não deverá, todavia, ser vista no imediato, mas
também no médio e longo prazos.
REPRESENTANTES E CANDIDATOS A REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES PARA A SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE, NO ÃMBITO DO DECRETO
LEI Nº 441/91
__________________________________________________
9 Descrever, dando exemplos, como avaliar um Plano de
7.2 – AVALIAÇÃO DAS ACÇÕES DE Prevenção;
PREVENÇÃO.
9 Conhecer a caracterização dos registos de ocorrências
ligadas à segurança, higiene e saúde na empresa.
MÓDULO 7
Implementação das
7.1 – IMPLEMENTAÇÃO DAS ACÇÕES DE PREVENÇÃO acções de prevenção
♦ DESENVOLVIMENTO TEMPORAL
Para que qualquer melhoria possa ocorrer, tem que ser construído um
referencial de análise, sem o qual não é possível a constatação da eficácia
das novas soluções implementadas.
8.1
CONSTRUÇÃO CIVIL - OPERADOR DE MARTELO PNEUMÁTICO
Foi admitido há 2 anos na empresa como servente de pedreiro. Após 1 ano nesta função, passou
a operar com martelos pneumáticos em fundações de obras da empresa.
A obra onde trabalha actualmente situa-se a 180 Km da sua residência, pelo que dorme,
juntamente com 5 camaradas, num contentor adaptado a dormitório com uma pequena casa de
banho.
O salário de JS é de 115.000$. Tem os subsídio de deslocação e ajudas de custo que são devidas
por acordo colectivo de trabalho.
O horário de trabalho é das 08.00 às 17.30 horas. A interrupção para almoço é das 12.00 às 13.30
horas.
Quando opera com o martelo pneumático, JS usa protectores auriculares e capacete fornecidos
pela empresa.
As movimentações na obra são realizadas por uma grua e por uma retro-escavadora.
Além de operar com o martelo pneumático, JS deverá verificar os níveis de combustível e de óleo
do compressor e, sempre que necessário, introduzi-los. Deverá indicar a pressão exigida no rotor
do compressor.
CASO:
Temperatura 7ºC.
A OS que verbalmente recebeu do encarregado da obra indica que deverá continuar a partir uma
formação rochosa situada num local definido.
JS colocou o protector auricular, ligou o martelo RMM-03 ao compressor FRT-54 e accionou este,
após o que apontou o martelo e iniciou a tarefa.
Durante a execução do trabalho não estão previstas pausas para descanso. Quando se sente
cansado, JS vai verificar o compressor ou faz pequenas pausas de 1 a 2 minutos.
Sempre que a retro-escavadora actua perto de si, JS desactiva o martelo e, com o recurso a uma
pá, concentra os pedaços de pedra a serem arrastados por aquela máquina. Efectua esta
operação cerca de 8 vezes ao dia.
A refeição do almoço é aquecida numa fogueira, em local situado na periferia da obra, onde os
restantes operários também se dirigem para o efeito.
8.2
METALOMECÂNICA - FRESADOR DE MECÂNICA DE PRECISÃO
Antes da EXACTA, trabalhou como aprendiz de torneiro mecânico e depois como torneiro
mecânico numa oficina de metalomecânica ligeira ( 1968 - 1980 ).
Após o ingresso na EXACTA, ao fim de quatro semanas de formação, iniciou o desempenho das
suas funções.
A EXACTA emprega 38 trabalhadores em 5 sectores: produção, armazém, administrativo,
planeamento e comercial.
As fresadoras com que tem trabalhado são do tipo UNIVERSAL, modelo Speed9 ( eléctricas, de
eixo vertical e controlo manual )
O horário de trabalho é das 8 às 17.30, com interrupção para o almoço entre as 12 e as 13.30 .
No início de cada dia de trabalho, GG retoma tarefas de uma OS ainda não concluída ou levanta
uma nova OS com os desenhos correspondentes.
Monta a fresa na fresadora. Na mesa desta coloca a 1ª peça a fresar e acerta a sua posição de
forma a que possa referenciá-la com as coordenadas e cotas do desenho. Atesta o depósito do
líquido de arrefecimento e liga a máquina.
Inicia a fresagem controlando cada uma das fases através do recurso à craveira. Periodicamente
limpa a mesa da fresadora onde se acumularam aparas e limalha metálicas.
Terminada a operação, retira a peça fresada e coloca-a numa mesa para ser acabada por outro
trabalhador e coloca nova peça a ser fresada na mesa da fresadora, repetindo as operações.
No final do dia de trabalho ( 8 horas ) ou no final da OS, GG limpa o posto de trabalho, devolve
as ferramentas requisitadas, as peças não fresadas e, no caso de terminar a OS, esta, assinada
por si, juntamente com os desenhos correspondentes.
A manutenção mecânica das fresadoras em que trabalha é por si, periodicamente, realizada.
CASO:
Dia 21 de Julho de 1998
8.3
confecção - COSTURAR CAMISAS EM FÁBRICA DE
CONFECÇÕES
Zita Matos ( ZM ), 25 anos de idade, trabalha na MODEX - Confecções, Lda.
Possui a escolaridade mínima e, até à data de admissão, nunca havia estado empregada.
Esta linha compõe-se de doze postos de trabalho dispostos ao longo de um tapete transportador,
através do qual a encarregada de linha faz chegar, a cada posto, um caixa contendo atados de
componentes de camisas a costurar e a respectiva Ordem de Serviço (OS).
Além desta linha há mais três: uma do lado oposto ao de ZM junto do mesmo tapete transportador
e outras duas junto de um segundo tapete, paralelo ao primeiro, e a uma distância aproximada de
7 metros.
A máquina com que ZM trabalha é da marca TOP modelo Fast, tal como as restantes: eléctrica,
accionada por pedal e com uma alavanca de abaixamento - levantamento da cabeça da agulha
movida com o joelho direito. O corte da linha é realizado manualmente com utilização de tesoura.
O dia de trabalho tem início às 8 horas. ZM faz uma pausa de 10 minutos durante a manhã e outra
igual após o almoço. A interrupção do trabalho para almoço ocorre entre as 12 e as 13 horas. O
dia normal de trabalho termina às 17 horas e 20 minutos.
Após sentar-se na sua máquina, ZM verifica se esta foi alimentada com linha, alcança a caixa com
as mangas a costurar e com a OS, tira-a do tapete e coloca-a ao lado da máquina. Lê a OS,
desata os atados e retira a 1ª manga a costurar.
Com o auxílio de gabaritos posiciona a manga para ser costurada, toca com o joelho na alavanca
da agulha e fá-la baixar. Acciona o pedal e vai controlando, com ambas as mãos, a realização da
costura longitudinal. Terminada esta, retira o pé do pedal e com o joelho toca na alavanca da
agulha e fá-la levantar. Pega na tesoura e corta a linha. Procede às outras costuras da mesma
forma.
Terminada a OS, faz um atado das mangas costuradas, preenche a OS e coloca-a juntamente
com o atado na caixa de transporte. Pega nesta, coloca-a sobre o tapete e faz sinal à encarregada
que terminou. A encarregada recolhe caixa e envia outra com novos atados e nova OS.
Não existem exaustores de ar pelo que são observáveis, a olho nu, partículas de fibras
em suspensão no ar.
CASO:
8.4
RESTAURAÇÃO - PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS EM REFEITÓRIO
A ALIMENT é uma firma de restauração que explora cerca de 25 refeitórios de empresas situadas
na região do grande Porto.
O seu horário de trabalho é das 8 às 17 horas ( a interrupção para almoço é das 12 às 13 horas )
A preparação do peixe, quase sempre congelado, é idêntica. Neste caso haverá que o carregar na
câmara de congelados, após o que é cortado em postas numa serra eléctrica, escamado, aparado
das barbatanas e colocado em água para descongelar. A água é depois escorrida e o peixe
colocado em contentor para a câmara de refrigeração.
LS fez preparação de legumes durante os 2 primeiros anos, mas agora só o faz quando ocorre
falta da funcionária destacada para o efeito.
A empresa não adquiriu qualquer vestuário de protecção para entrada nas câmaras frigoríficas.
CASO:
27 de Julho de 1998
A OS que LS recebeu nesse dia indicava a preparação de 30Kg de carne para guisar e 10Kg de
peixe em posta para fritar, para o jantar deste dia, bem como 55Kg de costeletas de porco para
grelhar e 20Kg de peixe inteiro para assar no forno, para o almoço do dia seguinte.
Para a preparação da carne para guisar utiliza uma faca de corte, mas para as costeletas, porque
se apresentam em lombada, utiliza, além da mesma faca, um cutelo.
O peixe em posta apresenta-se em espécimes sem cabeça e as postas são cortadas na serra
eléctrica, após o que são escamadas com escova de pêlos de aço e aparadas com tesoura
própria.
O peixe para assar destina-se a ser servido 1 por prato. É apenas escamado e aparado.
8.5
TRANSPORTES - CONDUÇÃO DE AUTO-BETONEIRA
João Mendes ( JM ), 38 anos de idade, trabalha na CIMAL, Betão e Pré-esforçados, Lda., cuja
central de produção se situa em Oeiras.
Foi admitido em Fevereiro de 1992 para o lugar de condutor de auto-betoneira, actividade que
nunca tinha desempenhado antes.
Antes da CIMAL, trabalhou como condutor de pesados numa empresa de celulose ( 1983 - 1992
).
Na CIMAL, ao fim de duas semanas de formação, iniciou o desempenho das suas funções. Neste
momento está-lhe atribuída a auto-betoneira nº28 ( marca VOLVO, modelo DM258; capacidade de
8 m3 ; ano de fabrico: 1996 ).
Para além deste tipo de auto-betoneira, a CIMAL tem outro tipo com 12 m3 de capacidade, para
cuja condução JM está habilitado, embora só efectue tarefas com este tipo de viatura, em média,
duas vezes por ano.
JM é casado, tem dois filhos e mora a 20 Km da CIMAL, para onde se desloca de comboio até 5
km, e depois de autocarro.
O trajecto total tem a duração média de hora e meia no sentido casa-emprego e duas horas no
sentido inverso. Começa a trabalhar às 8 e termina às 18 horas, sendo o intervalo para almoço
das 12 às 14 horas.
Após a leitura da OS do dia, JM vai ao parque onde está a viatura atribuída e, após a requisição
desta, dirige-a para a zona de carga. Posiciona a viatura sob a bomba pré-indicada (de entre 5
existentes ) e aguarda na cabina que o enchimento termine.
Dirige a auto-betoneira para a obra em questão. Ao chegar lá, dirige-se ao encarregado que lhe irá
indicar o local onde deverá ser realizada a descarga. Aí, posiciona a viatura e acciona os
comandos de descarga, controlando permanentemente esta operação.
Terminada esta, e se estiverem previstas na OS mais descargas, regressa à CIMAL e repete estas
operações.
Se não ocorrerem mais descargas, ao chegar à CIMAL, dirige a viatura para o sector de lavagem
e procede à lavagem do balde para a remoção de restos de betão. Se houver necessidade,
procede a uma rápida lavagem ao exterior da viatura, se não fá-lo-á no final da semana de
trabalho.
Após a lavagem, JM dirige a viatura para o parque e faz a entrega da OS, assinada por si, na
secção de operações.
CASO:
O estaleiro de descarga situa-se em Xabregas ( cerca de 20 Km da CIMAL ), pelo que terá que
percorrer algumas artérias de Lisboa. Estão previstos 3 transportes de betão nesta ordem de
serviços.
O dia de hoje apresenta-se chuvoso e a temperatura prevista deverá oscilar entre os 7 e os 13º C..