UTILIZAÇÃO DAS FOLHAS DE FLORESTAS

DECÍDUAS PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA DE BIOMASSA

Guilherme Campos da Silva 1, Laura de Paiva Dias Lopes2, Luiza Helena Costa Moreira Bayer3, Miguel Santana Ramos4, Natan
Campinas Braunstein 5, Paloma Cavalcante Ghirotti 6, Victor Aldair Quispe Barca7, Milena de Moura Régis8
1 Graduando em Ciências Biológicas da Universidade Nove de Julho – UNINOVE – E-mail: guilhermecampos1452@gmail.com
2 Graduanda em Ciências Biológicas da Universidade Nove de Julho – UNINOVE – E-mail: laurabecstin@gmail.com
3 Graduanda em Ciências Biológicas da Universidade Nove de Julho – UNINOVE – E-mail: bayerluiza@uni9.edu.br
4 Graduando em Ciências Biológicas da Universidade Nove de Julho – UNINOVE – E-mail: miguelsantana@uni9.edu.br
5 Graduando em Ciências Biológicas da Universidade Nove de Julho – UNINOVE – E-mail: Natansurf_23@uni9.edu.br
6 Graduanda em Ciências Biológicas da Universidade Nove de Julho – UNINOVE – E-mail: paloma.ghirotti@uni9.edu.br
7 Graduando em Ciências Biológicas da Universidade Nove de Julho – UNINOVE – E-mail: vitor_aldair@hotmail.com
8 Professora do Curso de Ciência Biológicas da Universidade Nove de Julho – UNINOVE – E-mail: milenaregis@uni9.pro.br

INTRODUÇÃO
Segundo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 7 (Garantir o acesso à energia
acessível, confiável, sustentável e moderna para todos) da Agenda 2030 (ONU, 2015), nos
próximos anos, a tendência é que a demanda por energia barata aumente. No entanto, as
emissões de combustíveis fósseis e seus gases de efeito estufa podem causar mudanças
dramáticas no clima (BLANK, 2015). Dar atenção às necessidades econômicas e proteger
o meio ambiente é um dos maiores desafios do desenvolv imento sustentável (ROMEIRO,
2012). Durante anos, a utilização de lenha para gerar energia foi muito utilizada, chegando
a 40% da produção primária total no Brasil, fato que não favorece a preservação
ambiental, uma vez que a obtenção da lenha fez com que a taxa de desmatamento
crescesse exponencialmente. Entretanto, a utilização de folhas, galhos e outros materiais
orgânicos produzidos e acumulados no solo de florestas caducif ólias é uma solução
plausível, posto que não seria necessário derrubar as árvores para obter a biomassa.
Tornando viável a implementação da geração de energia por este meio, com a vantagem
do baixo custo e sustentabilidade (GOLDEMBERG, 2017).
DESENVOLVIMENTO
O ciclo da biomassa (Figura 2), apesar de curto, possui etapas
imprescindíveis para a geração de energia. É importante ressaltar que a
serrapilheira foi utilizada para a geração da biomassa, de forma que não
necessitou o desmatamento da área da floresta temperada.
Para a geração de energia com biomassa foram utilizadas 4 técnicas.
A primeira delas é a pirólise, onde a biomassa é colocada em alta
temperatura para acelerar a decomposição. Posteriormente ocorre a
gaseific ação, onde a temperatura é menor e se retira o oxigênio. O terceiro
processo é a combustão, no qual a biomassa é queimada em alta
temperatura e com uma elevada quantidade de oxigenação.
Figura 2 – Ciclo da Biom assa

OBJETIVO
De acordo com o ODS 7 (Garantir o acesso à energia acessível, confiável, sustentável e
moderna para todos) e o ODS 17 (Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a
parceria global para o desenvolvimento sustentável), o projeto de pesquisa presente tem
como propósito o aumento da participação da energia limpa nos locais que possuem a
floresta decídua como bioma representante, utilizando as folhas caídas para produção de
biomassa.

MÉTODO Fonte: Banco de imagens 2021

O Projeto proposto foi desenvolvido a partir de mídias sociais como documentários, revistas
e publicações cientific as disponíveis e públicas nas redes de acesso. As fontes verif icadas
foram divulgadas por institutos de pesquisa como o Instituto de Pesquisas Ecológicas
(IPÊ), instituições não-governamentais, como a Conservação Internacional Brasil, WWF-
BRASIL, Instituto Socioambiental ( ISA), Fundação Brasileira para o Desenvolv imento
Sustentável, além de fontes bibliográficas como artigos e relatórios científicos e dados
oriundos de institutos especializados. A técnic a utilizada foi a combustão, que se trata de
um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias responsáveis
pela degradação de matéria orgânica. As vantagens dessa técnica são o baixo custo para
seu desenvolvimento, não emite dióxido de enxofre, suas cinzas são menos poluentes do
que as derivadas de combustíveis fósseis, menor corrosão dos equipamentos (caldeiras,
fornos). Estas emissões não contribuem para o efeito estufa e por utilizar biomassa, trata-
se de uma fonte renovável, ainda que tenha suas desvantagens como maior possibilidade
de geração de material particulado para a atmosfera e dif iculdade no estoque e
armazenamento. Mas, a utilização da serrapilheira (Figura 1) alterou a produção
de maneira positiva, de modo que não houve necessidade de cortar árvores para a
produção da biomassa., diminuindo o impacto ambiental.
Figura 1 – Floresta Decídua e Serrapilheira
Por fim, acontece a co-combustão, na qual se substitui parte do carvão
mineral das termoelétricas por biomassa (um processo parcialmente
sustentável, pois ainda usa carvão mineral). Como todo procedimento, o
impacto ambiental tende a ser minimizado ao máximo. Dessa forma, a maior
vantagem da utilização da biomassa para geração de energia é o seu baixo
custo. Além da economia financeira, o projeto constatou que os gases
liberados não contribuem para o efeito estufa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto demonstrou as vantagens de um desenvolvimento sustentável
por meio da geração de uma energia mais limpa e com um baixo custo,
através da utilização das folhas caídas para a produção da biomassa nos
lugares onde possui floresta decídua com o bioma representante. Além disso
essa fonte de energia gera renda e empregos no campo e se tornaram uma
alternativa para o produtor produzir com sustentabilidade e economia. Os
principais desafios realizados nesse projeto, foram o de dar atenção às
necessidades econômicas e proteger o meio ambiente.

REFERÊNCIAS
1. BRAND, Martha Andrei a; STAHELIN, Thiell y Sc hmi dt Furtado; FERREIRA, Juliana Cecc ato; NEVES,
Márcio Daian. Produção de biomassa para g eração de en ergia em povoamentos
de Pinus taeda L. com diferentes idades. Viçosa: Revista Árvore, 38 (2), Mar./Apr. 2014
2. COUTINHO, Leopoldo Magno. O conceito de bioma. São Paul o: Ac ta Botanic a Brasilica, vol.20, no.1,
Jan./Mar. 2006
3. G OLDEMBERG, J osé. Atualidad e e Per spectivas no Uso de Biom assa par a Ger ação de
Energia. São Paul o: Revista Virtual de Químic a, 9 (1), Jan./Fev. 2017
4. KUNZ, Airton.; OTENIO, Marc elo Henrique; LEITÃO, R enato Carrhá; GAMBETTA,
Rossano. Contribuições do EMBRAPA – Energia limpa e acessível. Distrito Federal: EMBRAPA, 2018
ONU - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕ ES UNIDAS: Plataforma Ag enda 2030. Disponível em
(http://www. agenda2030.org.br/ods /7/). Vis ualizado em 07/03/2021.
5. PAULA, Rinal do Cés ar; VALERI, Sérgio Valiengo. Introdução à
Silvicultura: conceitos, classificação d as florestas e situação florestal brasileira. 4.ed. J aboticabal:
UNESP, 2017.
6. SOARES, Thelma Shirlen; CARNEIRO, Angélica de C ássia Oliveira; GONÇALVES, Elzi mar de
Oliveira; LELLES, J osé Gabriel. Uso da biomassa flor estal n a g eração de en ergia. Garça: Revista
Científica Eletrônica da Engenharia Florestal, ano IV, (8), agosto de 2006.
https://pxhere.com/pt/photo/1001924
https://www.isen.c om.br/biomass a-e-geracao-de-energia/
Fonte: Banco de imagens 2021