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Índice

1. Introdução.................................................................................................................. 1

2. Objectivos.................................................................................................................. 3

2.1. Geral ................................................................................................................... 3

2.2. Específicos ......................................................................................................... 3

3. Metodologia .............................................................................................................. 3

3.1. Materiais ............................................................................................................ 3

3.2. Procedimento ..................................................................................................... 3

4. Resultados ................................................................................................................. 5

5. Discussão................................................................................................................... 6

Principais vantagens do briquete .................................................................................. 7

Desvantagens ................................................................................................................ 7

Comparação: Briquete x Lenha .................................................................................... 7

6. Conclusão .................................................................................................................. 8

7. Referencias bibliográficas ......................................................................................... 9


1. Introdução
A necessidade de se reduzir as emissões dos gases poluentes agravadores do efeito
estufa, assim como a redução da oferta de petróleo, aumentou nestes últimos anos a
demanda por fontes de energia alternativa limpa, barata e renovável (Dias Júnior et
al.,2014).

A nível mundial, grande parte do consumo total de energia primária ainda é dependente
de lenha e carvão vegetal, o que causa pressão sobre a vegetação nativa, e, é um
problema ainda mais crítico, pois a regeneração natural em certas áreas é lenta. Desta
forma, torna-se necessário buscar formas alternativas para suprir a demanda energética
(Magalhães et al., 2019).

A geração de resíduos provenientes de biomassa agro-florestal é grande e estes podem


causar problemas ambientais, como o assoreamento e a contaminação dos cursos
d’água, a ocupação de amplos espaços nas indústrias e a poluição do ar durante a sua
queima a céu aberto (Dias Júnior et al., 2014). Entretanto, estes resíduos podem ser
aproveitados e convertidos, através de vários processos tecnológicos, em
biocombustíveis tais como: sólidos (briquetes e pellets), líquidos (etanol e biodiesel), ou
gasosos (biogás e gás de síntese), resultando na geração de energia eléctrica, mecânica
ou térmica, os quais vêm suprir as necessidades das actividades humanas (Sousa et al.,
2013).

Uma alternativa sustentável para o aproveitamento desses resíduos seria a briquetagem,


que consiste na compactação de biomassa a fim de se obter um material altamente
energético para a geração de energia térmica, o qual ocuparia um menor volume (Silva
et al., 2015).

Eucalipto e árvore com maior disponibilidade de indicações e orientações técnicas para


o cultivo. A produtividade contudo depende de diversos factores,dentre os quais se
destacam o local de plantio,os tratos culturais e os insumos disponibilizados (Azevedo
et al, 2016).

Apartir do eucalipto e das suas folhas pode se produzir biomassa para energia
,madeira, para uso único ou múltiplo,alem do uso alternativo como agente na
recuperação de solos e na recomposição de áreas de resrva legal (Azevedo et al, 2016).

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A biomassa vegetal é uma alternativa excelente para complementar as necessidades
actuais de energia a preços competitivos e com baixo impacto ambiental. Uma
vantagem da biomassa vegetal é que esta é um resíduo gerado de actividades agro-
industriais, diminuindo assim a pressão sobre os recursos naturais que são directamente
explorados como fonte de energia. Para que esses resíduos se tornem combustíveis
viáveis para a produção de energia, a briquetagem, propicia a adequação necessária em
termos de homogeneização e de densificação energética da biomassa. Além de ser mais
eficiente para sua utilização como combustíveis sólidos, por meio da combustão directa
(Sousa et al., 2013).

Classificação Taxonômica (WFO, 2022)

Clado: Eudicotiledônia

Ordem: Myrtales

Família: Myrtaceae

Gênero: Eucalyptus

Espécie: Eucalyptus sp.

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2. Objectivos

2.1.Geral
 Compreender o processo de produção de carvão a partir de resíduos vegetais de
Eucalyptus sp.

2.2.Específicos
 Descrever o método usado para a produção de carvão a partir de resíduos
vegetais;
 Determinar os factores que influenciam a qualidade do carvão vegetal
produzido;
 Mencionar a importância, as vantagens e desvantagens da produção e uso de do
carvão para o ambiente e economia do país.
3. Metodologia
3.1.Materiais
 Biomassa (folhas secas) Eucalipto (Eucalyptus sp.)
 Garrafas de plástico 0.5L (para moldes)
 Cafulos (para moldes)
 Almofaris
 Baldes
 Água
 Faca
 Caixas

3.2.Procedimento
1. Primeiro, fez-se a colecta de biomassa (folhas secas) localizadas no jardim
UEM, faculdade de ciências, DCB.
2. De seguida, com auxílio de uma almofaris, triturou-se as folhas até obter
quantidade desejada.
3. Com auxílio de um saco plástico pesou-se as folhas em pó carregando-o
deduzindo assim a massa que foi aproximadamente (m = 1 Kg);
4. Encheio-se um balde de 6L com 4L de água para a preparação da biomassa;
5. Num Balde de 20L misturou-se, manualmente, a biomassa e água, até que cada
partícula da biomassa estivesse revestida pela água de forma a aumentar a
adesão ao carvão.

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6. Com recurso a faca, cortou-se as garrafas de plástico em 3 partes iguais, cafulos
e as mãos para fazer os moldes.
7. Colocou-se a mistura directamente nos moldes para formar briquetes de
tamanho diferentes.
8. Os briquetes foram deixados a secar sob luz solar.
9. Após secagem, os briquetes foram levados ao fogão e queimados. Foram
medidos o tempo para ignição, tempo de queima e reparou-se também para a
quantidade de fumo produzido pelos briquetes.

Nota: As ilustrações dos procedimentos constam em anexos.

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4. Resultados
Após a secagem os briquetes apresentavam-se bem sólidos e com coloração
característica das folhas de Eucalipto secas. Os briquetes apresentaram pesos e formas
diferentes.

Figura 1: Briquetes produzidos

A B C

D E F

G H I

Figura 2: A, B e C - Preparação de Briquetes; D - Ignição de Briquetes; E - H -


Combustão de Briquetes; I - Carbonização

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5. Discussão
Segundo Fernandez et al., (2017), briquetes de folhas de Eucalyptus sp. apresentam um
peso médio de 99,28 g com uma altura média de 3,6cm. Essas médias são obtidas pela
granulometria como teste na produção de briquetes.Segundo Protásio et al. (2011) as
espécies que apresentam menor resistência à trituração produziram fracções com
menores granulometria, o que poderá influenciar a densidade aparente da biomassa e
dos briquetes. Esse parâmetro pode explicar os baixos pesos da biomassa, quando
comparado à aparente quantidade, e alturas dos briquetes obtidos com folhas de
Eucalyptus sp.

Fernandez et al (2017) explica que o teor de humidade influência negativamente na


queima da biomassa vegetal, pois reduz a quantidade de energia global produzida
durante a combustão, e também sustenta que a utilização de biocombustíveis sólidos
torna-se uma alternativa importante uma vez que a biomassa é fonte de energia limpa e
renovável. Este facto explica a pouca produção de fumaça observada.

Briquetes que apresentam baixa humidade média, associado a um teor (inferior a 2%), e
elevado poder calorífico, apresentam grande poder combustível e, por conseguinte,
mostram grande viabilidade ao serem usados em fornos e caldeiras (Santos e Tavares,
2013), o que verificou-se nos resultados observados: alta combustibilidade.

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Principais vantagens do briquete
Além de possuir um poder calorífico mais alto, umidade mais baixa e baixo volume de
cinzas, fuligem e fumaça (LPF/IBAMA, 2011 apud Costa e Moraes, 2011).

 Melhor aparência;
 Fácil de transportar e manusear;
 Armazenagedo em menor espaco necessário;
 Evita o desmantamento pelo aproveitamento dos resíduos;
 Alta combustão e grande poder calorifico;
 Poder calorifico de 2,5 vezes maior do que o da lenha;
 Pouca produção de cinzas e fumaça;
 O formato geométrico facilita o armazenamento.

Desvantagens
 A prior quaisquer briquetes têm medo da humidade e podem se desintegrar
quando molhado;
 São exigentes no local de armazenamento, devem ser conservadas sob um teto,
em uma sala seca;
 Falta de produção local de briquetes obtidos a partir da carbonização e
aglomeração dos resíduos de biomassa;
 Este constrangimento vem sobretudo pela falta de acesso ao mercado e por uma
falta de demanda, associado a falta de conhecimento sobre o produto.

Comparação: Briquete x Lenha

A utilização do briquete ainda não faz parte da cultura Moçambicana, sendo esta a
principal barreira à sua inserção no mercado. À medida que o briquete e,
principalmente, suas vantagens em relação ao carvão feito à lenha forem mais
conhecidas pela população moçambicana, certamente ocorrerá grande crescimento da
demanda por este produto. Segundo Quirino & Brito (2015) os briquetes possuem no
mínimo cinco vezes mais energia que os resíduos de madeira, além de ter um poder
calorífico superior até ao da lenha, para eles a briquetagem é um processo vantajoso em
relação ao armazenamento de material, pois ocorre uma grande redução de volume do
material, ou seja, um armazenamento de energia maior em um menor espaço para
estocagem.

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6. Conclusão
A produção de briquetes é um processo manual que reutilisa biomassa vegetal para a
produção de biocombustível. A qualidade dos briquetes produzidos depende da
biomassa usada para a sua produção, esta que influi no peso, tempo para ignição e
tempo de queima do briquete produzido; é dependente também da humidade relativa do
briquete, o que dita a quantidade de fumo e do calor produzido pelo briquete.

A produção de briquetes pode ser uma grande aposta no tratamento de resíduos sólidos
e na produção de carvão vegetal e, assim, obtenção de divisas. Apresenta grandes
vantagens como o reaproveitamento da biomassa da natureza e a redução da pressão de
desmatamento sobre as florestas pela obtenção de grandes quantidades de calor a partir
da biomassa que é reaproveitada.

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7. Referencias bibliográficas
 Dias Júnior, A. F., A. M. de Andrade e D. S. C. Júnior (2019). Caracterização
De Briquetes Produzidos Com Resíduos Agroflorestais. Pesquisa Florestal
Brasileira, 34(79): 225-234
 Fernandez, B.O., B.F. Gonçalves., A.C.Pereira., A.L.Hansted., F.A.Pádua.,A.L.
Róz e F.M. Yamaji (2017). Características Mecânicas e Energéticas de Briquetes
Produzidos a partir de Diferentes Tipos de Biomassa. Revista Virtual de
Quìmica, 9 (1): 29-38
 Magalhães, A. S., T. M. da Silva, V. G. de Castro (2019). Produção E
Caracterização De Briquetes A Partir De Resíduos Sólidos E Prensagem Semi-
Manual. Advances in Forestry Science, 6(3): 705-710.
 QUIRINO, W. F.; BRITO, J. O. (2015).Características e índice de combustão
de briquetes de carvão vegetal. Disponível em: . Acesso em: 05 de janeiro.
 Silva, D. A., et al. (2015). Caracterização De Biomassas Para A Briquetagem.
FLORESTA, 45 (4):713-722.
 Sousa, F. C., F.K. Duarte, H.B. Monteiro e T.M. Porto (2013). Aproveitamento
De Cascas De Coco E De Arroz Para Geração De Bioenergia A Partir De
Briquete. Congresso Internacional de Meio Ambiente e Sociedade.
 Tavares, S. R. L. e T. E. Santos (2013). Uso de diferentes fontes de biomassa
vegetal para a produção de biocombustíveis sólidos. Halos, 5: 19-27.
 WFO (2022): World Flora Online. Publicado na Internet;
http://www.worldfloraonline.org. Acesso em 07 de Dezembro de 2022

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8. Anexos

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