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POLIMÉRICOS.
CATEGORIA: CONCLUÍDO
SUBÁREA: Engenharias
2. INTRODUÇÃO
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As fibras são elementos estruturais que estabelecem resistência mecânica ao
compósito. Dessa forma as fibras atuam como reforço ao compósito, constituindo a
fase dispersa, e podem formar diversas estruturas. Dentro das opções para a
utilização de fibras, podem ser citadas as fibras sintéticas, de vidro, carbono e as
naturais (ALMEIDA, 2012).
Segundo Passos (et al., 2005), as fibras do coco são constituídas basicamente
por celulose, hemicelulose, lignina, pectina e minerais. De acordo com os mesmos
autores, a hemicelulose é um polissacarídeo formado pela polimerização de vários
açúcares, incluindo glicose, xilose, arabinose e manose. Sendo que a hemicelulose é
o elemento que age como ligação para celulose e lignina.
Devido à baixa interação entre a fibra e a matriz polimérica, por serem ambas
hidrofóbicas, é necessário realizar modificações químicas a fim de potencializar as
fibras como agente de reforço. Essa modificação química tem como objetivo diminuir
a característica hidrófila dessas fibras, porém sem alterar as suas propriedades
(BEDIN, 2014).
Para Bedin (2014), existem vários tipos de tratamentos de fibras naturais como,
por exemplo: acetilação, sulfito de sódio, benzoílação, peróxido e hidróxido de sódio.
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O mais comum dentro dos processos de tratamento é a alcalinização ou
mercerização, que foi utilizada neste trabalho, que é feita com tratamento em uma
solução de hidróxido de sódio (NaOH) demonstrado na equação abaixo. Este
tratamento superficial aumenta a rugosidade da superfície causando uma maior
interação, viabilizando com este processo um aumento de 30% nas propriedades de
tensão, força e módulo na fibra retirando assim a pectina.
3. OBJETIVOS
4. METODOLOGIA
5. DESENVOLVIMENTO
A primeira etapa para a obtenção das fibras consistiu em dividir os cocos verde
em pedaços pequenos e seca-los em uma estufa a uma temperatura de 80 ºC por
aproximadamente 48 horas (Figura 5.1). Após a secagem, o material foi triturado em
um moinho de facas (Figura 5.2).
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Figura 5.1. (esquerda) Coco verde in natura após 48 horas de secagem em estufa a 80ºC,
Figura 5.2. (direita) Material de fibras de coco já secas e triturado em moinho de facas.
Figura 5.3. (esquerda) Fibras de coco em agitação com ácido acético, Figura 5.4. (central)
Lavagem das fibras de coco mercerizadas, Figura 5.5. (direita) Fibras após mercerização e
secagem.
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Figura 5.6. (esquerda) Fibras mercerizadas separadas com malha de 0,149 mm, Figura
5.7. (direita) Fibras mercerizadas separadas com malha de 0,35 mm.
Além disso, pode ser destacado o fato de que as altas temperaturas que serão
aplicadas no momento da moldagem podem ocasionar espaçamentos no compósito
devido a evaporação da água atuando também de forma negativa nos maquinários
utilizados no processo.
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A microscopia eletrônica de varredura foi realizada para verificação da
morfologia das fibras, utilizando o equipamento Tabletop Microscope, modelo TM
3000 da marca Hitachi.
O cadinho foi levado para a mufla sob temperatura de 500ºC a 600ºC durante
4 a 6 horas e retirado, deixando-o esfriar em dessecador até temperatura ambiente,
pesando-o (m3). O teste foi realizado em duplicata e o teor de cinzas, determinado
pela equação 2:
[(𝑚3 − 𝑚1 ) × 100]
𝐶𝑖𝑛𝑧𝑎𝑠 (%) = (2)
(𝑚2 − 𝑚1 )
Sendo: m1 = massa cadinho (g); m2 = massa do cadinho + biomassa seca (g);
m3 = massa do cadinho + massa de cinzas (g).
A fluorescência de raios X por energia dispersiva (EDX) foi realizada para
determinação dos elementos inorgânicos que compõem as cinzas das fibras,
utilizando o equipamento Shimadzu, modelo EDX-720 em atmosfera a vácuo e
collimator de 10mm.
6. RESULTADOS
A B
TGA
mg
15.00
Am ostra A 2016 T GA-51H 2016-08-18.tad
T GA
10.00
5.00
-0.00
-0.00 200.00 400.00 600.00 800.00
Temp [C]
40
38
36
Porcentagem mássica (%)
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Composição química
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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da fibra aceitável, porém com 7% da solução composta por NaOH a fibra apresentou
melhores resultados se comparado às porcentagens de 3% e 5% pois o produto final
obtido com o tratamento com 7% de NaOH apresentou fibras mais soltas, sem
grandes aglomerações de fibras e fácil moagem.
8. FONTES CONSULTADAS
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