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RESUMO PERISSE

AULA 6 – APRIMORAMENTO DAS FIBRAS NATURAIS

CARATER QUIMICO DAS FIBRAS

1. Celulose
2. Hemicelulose
3. Lignina

Lamela média – lignina, ceras, pectinas e graxas

Parede primária – lignina, celulose e hemicelulose

Parede secundária – celulose, hemicelulose e lignina

As fibras podem ser:

1. Hidrofílicas – material com afinidade a água e a líquidos


2. Hidrofóbicas – material repelentes a liquido

De acordo com o ângulo:

1. Superhidrofilico – ângulo menor que 5º


2. Hidrofilico – ângulo menor que 90º
3. Hidrofóbico – ângulo entre 90º e 150º
4. Superhidrofóbico – ângulo entre 150 a 180º

PONTES DE HIDROGÊNIO

É a interação intermolecular que resulta das atrações entre moléculas que contêm
hidrogênio ligado a um elemento eletronegativo (O, N ou F)

PROBLEMAS NA INTERFACE FIBRA MATRIZ

Como que a umidade influência na resistência mecânica dos compósitos?

Resposta: Quanto maior a umidade, mais água vai ter na interface, menor será a resistência
mecânica. Por ter bastante água na interface fibra-matriz, acaba criando vazios e perdendo
resistência. Dificultando com que a matriz faça a transferência de carga para fibra.

Qual a porcentagem média de umidade na fibra natural?

De 10 a 15%.

TRATAMENTOS QUIMICOS DE SUPERFICIE

Tratamentos químicos como desparafinação, deslignificação, branqueamento, acetilação


e enxertia química são usados para modificar as propriedades superficiais das fibras e
melhorar seu desempenho.

Como faz a deslignificação (desparafinação)?

Realizada por extração com álcool ou benzeno e tratamento com NaOH seguido de
secagem a temperatura ambiente.
O que gera, quais as consequências do branqueamento das fibras?

Resulta em perda de peso e resistência a tração devido a ação do agente de


branqueamento ou álcali ou reagente alcalino sobre os constituintes não celulósicos das
fibras, como hemicelulose e lignina.

Como os tratamentos químicos pode mudar as propriedades das fibras?

1. Mudar a tensão superficial


2. Impregnação de fibras
3. Agentes acoplantes (metanol, triazina, alcalinos, acetilação)

Quando dois materiais são incompatíveis, pode se obter compatibilidade adicionando um


terceiro material com propriedades intermediarias a dos outros dois.

Os mecanismos de acoplamento em materiais são:

1. Camadas limite fracas – agentes de acoplamento eliminam as camadas limite


fracas
2. Camadas deformáveis - os agentes de acoplamento produzem uma camada
resistente e flexível
3. Camadas restritas - os agentes de acoplamento desenvolvem uma região de
interfase altamente reticulada, com um módulo intermediário entre o do substrato
e o do polímero
4. Molhabilidade - os agentes de acoplamento melhoram a umectação entre o
polímero e o substrato
5. Ligação química – agentes de acoplamento formam ligações covalentes com
ambos os materiais
6. Efeito acido-base – agentes de acoplamento alteram a acidez da superfície do
substrato.

TENSÃO SUPERFICIAL

A energia superficial das fibras está intimamente relacionada com a hidrofilia da fibra.
Algumas investigações estão preocupadas com métodos para diminuir a hidrofilidade.

IMPREGNAÇÃO DE FIBRAS

Uma melhor combinação de fibra e polímero é obtida pela impregnação dos tecidos de
reforço com matrizes poliméricas compatíveis com o polímero. Para isso, são utilizadas
soluções ou dispersões de polímeros de baixa viscosidade. Para vários polímeros
interessantes, a falta de solventes limita o uso do método de impregnação. Quando as
fibras de celulose são impregnadas com uma dispersão de policloreto de vinila (PVC)
plastificado com butil benzil ftalato, excelentes partições podem ser alcançadas em
poliestireno (PS). Isso reduz significativamente a viscosidade do composto e do
plastificante e resulta em ação de co-solvente para PS e PVC.

AGENTES ACOPLANTES
Um importante método de modificação química é o método de acoplamento químico, que
melhora a adesão interfacial. A superfície da fibra é tratada com um composto, que forma
uma ponte de ligações químicas entre a fibra e a matriz.

1. Copolimerização de grafite

Descrição: Esterificação da celulose.

2. Agentes com Metanol

Descrição: Diminui a absorção de umidade e aumenta a resistência úmida do polímero


reforçado. Usados na química têxtil.

3. Isocianatos

Descrição: As propriedades mecânicas dos compósitos reforçados com fibras de celulose


e PVC ou PS como resina podem ser melhoradas por um tratamento com isocianato dessas
fibras de celulose ou da matriz polimérica

4. Triazina

Descrição: Derivados de triazina formam ligações covalentes com fibras de celulose.


Reduzindo o numero de grupos de hidroxila de celulose, reduzindo a hidrofilidade da
superfície da fibra.

5. Organosilanos

Descrição: O principal grupo de agentes de acoplamento para polímeros reforçados com


fibra de vidro. A reação de cura de um substrato tratado com silano aumenta a umectação
pela resina.

COPOLIMERIZAÇÃO DE ENXERTO

A enxertia química envolve a ligação à superfície de uma fibra/carga de um polímero


adequado com um parâmetro de solubilidade semelhante ao da matriz polimérica, que
atua como um agente interfacial e melhora a ligação entre a fibra e a matriz.

ACETILAÇÃO

A acetilação é relatada como conferindo resistência ao ataque de fungos e


hidrofobicidade. A mudança nas propriedades é atribuída à diminuição da absorção de
umidade nas paredes celulares e ao bloqueio do grupo hidroxila dos componentes da
parede de tal forma que as enzimas dos microorganismos que degradam a madeira não
podem reconhecê-los como substratos aderíveis.

TRATAMENTO MECÂNICOS E FÍSICOS DE SUPERFICIE

Quais métodos físicos não alteram a composição química das fibras?

Estiramento, calandragem, tratamento térmico e produção de fios híbridos.

O que os tratamentos físicos alteram?

As propriedades estruturais e superficiais da fibra, influenciando as ligações mecânicas


aos polímeros.
De exemplo de uma forma de tratamento físico na fibra?

Descarga elétrica, conhecido também como corona ou plasma frio. Este processo altera a
energia de superfície das fibras de celulose.

AULA 7 – COMPÓSITOS POLIMÉRICOS REFORÇADOS POR FIBRAS NATURAIS

TIPOS DE MATERIAIS COMPÓSITOS


1. Reforçado com partículas > Partículas grandes ou Reforçados por dispersão
2. Reforçado com fibras > Continuo ou Descontinuo > Alinhado ou Orientado
aleatoriamente
3. Estrutural > Laminados ou Painéis sanduiche
CONFECÇÃO DOS COMPÓSITOS

Secar as fibras antes da confecção (processamento) dos compósitos é um fator


importante, pois a água na superfície da fibra agirá como um agente separador entre
fibra/matriz.

UMIDADE

Como que a umidade influência na resistência mecânica dos compósitos?

Resposta: Quanto maior a umidade, mais água vai ter na interface, menor será a resistência
mecânica. Por ter bastante água na interface fibra-matriz, acaba criando vazios e perdendo
resistência. Dificultando com que a matriz faça a transferência de carga para fibra.

Qual a porcentagem média de umidade na fibra natural?

De 10 a 15%.

EM MATRIZES TERMOPLASTICAS

4 tipos diferentes podem ser utilizados na fabricação com fibras naturais:

1. Moldagem por compressão


2. Extrusão
3. Moldagem por injeção
4. Método direto – fibra longa termoplástico

Qual a temperatura máxima para utilização de fibras naturais em polimeros para não
perder estabilidade térmica?

230ºC. Exceto polietileno e polipropileno, que excedem um pouco essa temperatura.

TERMOPLÁSTICOS REFORÇADOS COM TAPETE DE FIBRA NATURAL OU MOLDAGEM POR


COMPRESSÃO

Para esse processo, as fibras naturais devem estar disponíveis em forma de manta. As
mantas são produzidas unindo (costurando) as fibras que já foram esmagadas antes. Esse
semiproduto, é produzido por fusão das coberturas das mantas em bobina dupla de
prensagem do revestimento, o que fornecerá uma zona de prensa quente e outra fria

EM MATRIZES TERMOFIXAS
Tipos diferentes podem ser utilizados na fabricação com fibras naturais:

1. Hands Lay-Up: Processo manual de posicionamento das fibras no molde.


2. Spray Lay-Up: Método que envolve a aplicação de resina e fibras por meio de
pulverização no molde.
3. Fiber Lay-Up: Colocação manual de fibras no molde.
4. Tape Lay-Up: Utilização de fitas de fibras para compor as camadas no molde.
5. Filament Winding (Enrolamento de Filamentos): Processo que envolve o
enrolamento controlado de filamentos em torno de um molde para criar peças
compostas.
6. RTM (Resin Transfer Moulding) (Moldagem por Transferência de Resina): Método
no qual a resina é injetada em um molde contendo as fibras.
7. SMC (Sheet Moulding Compounds) (Compostos de Moldagem em Chapa):
Materiais compostos em forma de folhas que são moldados por compressão.
8. BMC (Bulk Moulding Compounds) (Compostos de Moldagem em Massa):
Compostos moldáveis usados na fabricação de peças moldadas por compressão.

PROCESSAMENTO DE COMPÓSITOS BIODEGRADAVEIS

A biodegradação é definida como um evento que ocorre por meio da ação de enzimas e /
ou decomposição química associada a organismos vivos (bactérias, fungos, etc.) e seus
produtos de secreção. Também é necessário considerar reações abióticas como
fotodegradação, oxidação e hidrólise que também podem alterar o polímero antes,
durante ou em vez da biodegradação devido a fatores ambientais.

1. Base de amido
2. PHA
3. Resinas naturais (farinha de soja, cardanol, elastômeros)

CLASSIFICAÇÃO DOS POLIMEROS BIODEGRADAVEIS

Como é a classificação quanto a origem dos polimeros biodegradáveis, de exemplos de


cada um?

Biomassa - polissacarídeos; Microorganismos – PHB, PHA; Biotecnologia - PLA e Petróleo


– PCL, PEA.

PROPRIEDADES X PROCESSAMENTO

Qual orientação da fibra vai dar maior resistência mecânica?

Uni-direcional, alongada na direção do esforço. Pois vai estar numa posição que vai ter o
esforço máximo do seu corpo de prova. Quando as fibras estão alinhadas na direção das
forças principais ou tensões esperadas no componente

Qual orientação da fibra vai dar a menor resistência mecânica?

A orientação das fibras naturais em polímeros que resultará na menor resistência


mecânica é aquela em que as fibras estão alinhadas perpendicularmente à direção das
principais forças ou tensões esperadas no componente.

IMPRESSÃO 3D E 4D
O que é impressão 4d?

É quando altera a forma ou estrutura do seu compósito de acordo com algum estimulo
externo, como temperatura, ph, pressão.

AULA 8 – ENSAIOS E PROPRIEDADES DE COMPOSITOS COM FIBRAS NATURAIS

INTERFACE FIBRA/MATRIZ

Diferença de afinidade por água entre a fibra e a matriz resulta na interface fraca.

REGRA DAS MISTURAS

Regra das misturas pode ser utilizada para “prever” determinada propriedade do material
considerando uma interface perfeita de acordo com a fração volumétrica de cada fase do
material.

Por quê o módulo de elasticidade segue a regra das misturas em um compósito e a


resistência mecânica não?

O módulo de elasticidade de um compósito segue a regra das misturas devido à natureza


linear das deformações elásticas, permitindo prever suas propriedades com base nas
frações volumétricas e módulos de elasticidade das fases constituintes. Por outro lado, a
resistência mecânica do compósito é mais complexa, influenciada por vários fatores, como
aderência entre fases e distribuição de fibras, tornando a aplicação direta da regra das
misturas menos precisa. O comportamento não linear da resistência mecânica muitas
vezes demanda considerações adicionais para prever o desempenho do compósito

ENSAIOS TÉRMICOS

1. Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC)


2. Analise Termogravimétrica (TGA ou TG)
3. Temperatura de Deflexão Termica (HDT)
4. Analise Termica Mecânica Dinamica (DMA)

CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC)

É utilizado para determinar as seguintes propriedades:

1. Temperatura de transição vítrea


2. Temperatura de fusão
3. Temperatura de cristalização
4. Entalpia de fusão
5. Porcentagem de cristalinidade
6. Calor especifico
7. Capacidade calorifica
8. Velocidade de cura dos polímeros

Para que serve o ensaio de calorimetria?

O ensaio mede o fluxo de calor associado com as transições térmicas dos materiais em
função da temperatura e do tempo. Ao se montar uma curva de derivada da calorimetria,
piscos positivos são reações endotérmicas e picos negativos são exotérmicas.
ANALISE TERMOGRAVIMÉTRICA (TGA OU TG)

É utilizado para avaliar:

1. Estabilidade térmica
2. Quantificar os resíduos inorgânicos
3. Perda de agua
4. Perda de solventes

Como funciona a analise termogravimétrica?

Esta análise baseia-se na medição contínua da massa da amostra em função da


temperatura ou tempo e sob uma atmosfera controlada.

TEMPERATURA DE DEFLEXÃO TERMICA (HDT)

É utilizado para avaliar:

Como complemento para avaliar a temperatura máxima de trabalho de um material,


acima da qual ele não desempenhará mais suas funções para as quais foi projetado.

Como funciona o ensaio de temperatura de deflexão térmica?

Consiste em submeter o corpo de prova a um esforço de flexão sob 3 pontos e aumento


de temperatura sob uma taxa de aquecimento constante.

ANALISE TERMICA MECÂNICA DINAMICA (DMA)

É utilizado para:

Medir as propriedades mecânicas e viscoelásticas de materiais, como termoplásticos,


termorrígidos, elastômeros, cerâmica e metais

Como funciona o ensaio de DMA?

A amostra é submetida a uma tensão periódica em um dos vários modos diferentes de


deformação (flexão, tensão, cisalhamento e compressão). Fornece informações sobre as
transições de fase.

ENSAIOS QUIMICOS

1. Espectroscopia no Infravermelho
2. Difração de Raio X (DRX)

ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO

É utilizado para:

Caraterização e identificação de grupamentos químicos de materiais orgânicos e


inorgânicos e permite avaliar diversas características como:

1. Identificar materiais desconhecidos e contaminações;


2. Determinar o índice de oxidação;
3. Avaliar degradação;
4. Quantificar alguns compostos;
5. Avaliar misturas de materiais;

DIFRAÇÃO DE RAIO X

É utilizada para:

Identificação de fases de um material cristalino (e semicristalino) através da observação


dos ângulos e intensidade de difração do feixe pelos átomos presentes no cristal, provendo
informação sobre as dimensões e características da célula unitária, e sobre a cristalinidade
do material.

ENSAIOS FISICOS

1. Ensaio de densidade

É utilizado no controle de qualidade de matérias-primas e materiais plásticos, para


verificar a uniformidade de lotes e para avaliar mudanças físicas em uma amostra.

2. Ensaio de flamabilidade

O ensaio de flamabilidade é utilizado para avaliar a propagação de chama em materiais


poliméricos, ou seja, a velocidade (taxa) de queima e comportamento desses materiais
perante o fogo. O ensaio determina a tendência de o material espalhar ou extinguir a
chama quando em combustão

3. Ensaio de Absorção de água

O ensaio de absorção de água é importante, pois a umidade absorvida pelos materiais


afeta outras propriedades, tais como propriedades elétricas e mecânicas

4. Ensaios para determinar cor, brilho, odor e concentração de cura

ENSAIOS MECÂNICOS

1. Ensaio de tração

O ensaio de tração é utilizado para determinar a curva Tensão x Deformação e medir as


propriedades de: Resistência à Tração; Módulo de Elasticidade; Tensão/deformação no
Escoamento; Tensão/deformação na Ruptura.

2. Ensaio de compressão

Idem tração

3. Ensaio de flexão

Idem tração

4. Ensaio de impacto

Os ensaios de impacto Izod ou Charpy são utilizados para determinar a propriedade de


Resistência ao Impacto.

AULA 9 – APLICAÇÃO DOS COMPOSITOS E FIBRAS NATURAIS

Estado da arte:
No contexto de um mestrado, a seção de "estado da arte" refere-se a uma revisão
detalhada e crítica das pesquisas anteriores e recentes relacionadas ao tema de estudo.
Essa análise abrange contribuições significativas, desenvolvimentos recentes, lacunas no
conhecimento existente, tendências emergentes e possíveis direções futuras. O objetivo é
posicionar o trabalho de mestrado dentro do contexto mais amplo da área, demonstrar
uma compreensão abrangente do campo e destacar como a pesquisa contribui para o
estado atual do conhecimento.

Aplicações:

Industria automobilística, industrial militar, indústria civil.

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