Matricula: 1815290040 APLICABILIDADE 1 – Carcaças de telefones celulares e computadores: Os polímeros utilizados nos telefones celulares em sua maioria são termoplásticos. São tipicamente feitos do polímero ABS (copolímero de acrilonitrila-butadieno-estireno) ou da blenda polimérica de policarbonato/copolímero de acrilonitrila-butadieno-estireno (PC/ABS), pois essa mistura confere propriedades retardantes de chama ao material. 2 – Embalagens para cosméticos: As embalagens têm como principal função, proteger o cosmético do meio externo, evitando que ocorram alterações indesejáveis no produto que está contido no seu interior, sendo assim indispensável para o seu armazenamento e transporte. Porém, o seu descarte de forma inadequada gera um grande volume de resíduos sólidos, que está diretamente relacionado com o impacto ambiental. Uma das alternativas para minimizar este impacto é a utilização de embalagens confeccionadas a partir de polímeros biodegradáveis. Desta maneira, foi realizado um estudo com o objetivo e analisar a preparação e caracterização de filmes poliméricos biodegradáveis baseados em Poli – ácido láctico (PLA), Poli (ácido láctico – co- ácido glicólico) (PLGA) e Policaprolactona (PCL), blendas destes polímeros e incorporação de Zeólitas 13x. O filme da blenda PCL/PLA apresentou bloqueio total frente a passagem de radiação na faixa do UV-Vis através do mesmo. A adição de PLGA e zeólita ao PCL também apresentaram um ótimos resultados frente ao bloqueio da passagem de radiação, porém próximos de zero e não um bloqueio total. Então, o autor considera que através do estudo, levando em conta as propriedades ópticas, térmicas, bloqueio ao vapor de água e tempo de degradação, todos os sistemas avaliados apresentam potencial para serem utilizados como embalagens descartáveis, destacando- se o sistema PCL/PLA. 3 – Carcaças de eletrodomésticos: A blenda polimérica que pode ser utilizada nas carcaças de eletrodomésticos é a PVC/ABS, e a vantagem é a melhor processabilidade e resistência do que o PVC, e também melhor retardante de chama do que o ABS. 4 – Para Choques de Automóveis e Mangueiras: Muito comum no nosso dia a dia, esses materiais quando fabricados com a blenda PP/EPDM, podem apresentar melhor resistência ao impacto que o PP. 5 – Equipamentos de Jardins: Esses equipamentos quando aprimorados com blenda PA/ABS proporciona uma boa resistência ao impacto, alta resistência ao calor e alto fluxo. CONCEITOS Na área técnico-científica de polímeros é usada uma extensa série de termos técnicos, cujos conceitos são internacionalmente aceitos. Será apresentado abaixo uma lista dos mais importantes Polímero - material orgânico (ou inorgânico) de alta massa molar (acima de dez mil, podendo chegar a dez milhões), cuja estrutura consiste na repetição de pequenas unidades (meros). Macromolécula formada pela união de moléculas simples ligadas por ligação covalente. Macromolécula - uma molécula de alta massa molar, mas que não tem necessariamente, em sua estrutura, uma unidade de repetição. Monômero - molécula simples que dá origem ao polímero. Deve ter funcionalidade de no mínimo 2 (ou seja ser pelo menos bifuncional). Mero - unidade de repetição da cadeia polimérica. Grau de polimerização (GP) - número de unidades de repetição da cadeia polimérica. Normalmente o grau de polimerização fica acima de 750. Massa molar do polímero (MM) + MM = GP x MMrnero. Polímeros de interesse comercial apresentam geralmente MM > 10 000. Massa molar média (MM ) - durante a reação de polimerização há a formação de cadeias poliméricas com tamanhos diferentes (umas crescem mais que outras de maneira estatística). Pode-se estimar - a massa - molar média da amostra conhecendo-se o grau de polimerização médio, isto é: MM = GP.MMmero . Oligômero - Polímero de baixa massa molar (normalmente para MM < 10 000). Homopolímero - polímero cuja cadeia principal é formada por um único mero (ou poiímero formado a partir de um único monômero). Exemplos: PE, PP, PVC. Copolímero - polímeros cuja cadeia principal é formada por dois meros diferentes. Exemplo: SBR (borracha sintética de estireno-butadieno). Terpolímero - polímeros em que cadeia principal é formada por três meros diferentes. Exemplo: ABS (acrilonitrila-butadieno-estireno). No meio industrial, terpolírmeros são usualmente referenciados como copolímeros. Polimerização ou síntese de polímeros - conjunto de reações químicas que provocam a união de pequenas moléculas por ligação covalente com a formação de um polímero. Polímeros de cadeia carbônica - polímeros que apresentam somente átomos de carbono na cadeia principal (heteroátomos podem estar presentes em grupos laterais da cadeia). Polímeros de cadeia heterogênea - polímeros que apresentam, além de carbono, outros átomos (heteroátomo) na cadeia principal (formando um heteropolímero). Polímeros naturais orgânicos - polímeros sintetizados pela natureza. Exemplos: borracha natural, celulose, etc. Polímeros artificiais - polímeros naturais orgânicos, modificados pelo homem através de reações químicas. Exemplos: acetato de celulose, nitrato de celulose, etc. Polímeros sintéticos - polímeros sintetizados pelo homem. Exemplos: PE, PS, PVC, etc. Polímeros naturais inorgânicos - exemplos: diamante, grafite, etc. Polímeros sintéticos inorgânicos - exemplo: ácido polifosfórico. Polímeros semi-inorgânicos sintéticos - exemplo: silicone. Biopolímeros - esta terminologia pode assumir dois significados: polímeros biologicamente ativos, como, por exemplo, as proteínas, ou polímeros sintéticos utilizados em aplicações biológicas ou biomédicas, como, por exemplo, o silicone, o Teflon. Plásticos - material polimérico de alta massa molar, sólido como produto acabado, que pode ser subdividido em: Termoplásticos - plásticos com a capacidade de amolecer e fluir quando sujeitos a um aumento de temperatura e pressão. Quando estes são retirados, o polímeros solidifica-se em um produto com formas definidas. Novas aplicações de temperatura e pressão produzem o mesmo efeito de amolecimento e fluxo. Esta alteração é uma transformação física, reversível. Quando o polímero é sernicristalino, o amolecimento se dá com a fusão da fase cristalina. São fusíveis, solúveis, recicláveis. Exemplos: polietileno (PE), poliestireno (i's), poliamida (Náilon), etc. Termofixo (ou termorrígido ou termoendurecido) - plástico que amolece uma vez com o aquecimento, sofre o processo de cura no qual se tem uma transformação química irreversível, com a formação de ligações cruzadas, tornando-se rígido. Posteriores aquecimentos não mais alteram seu estado físico, ou seja, não amolece mais, tornando- se infusível e insolúvel. Exemplos: baquelite, resina epóxi. Ligações cruzadas - ligações covalentes formadas entre duas cadeias poliméricas, que as mantêm unidas por força primária, formando uma rede tridimencional. Para quebrar a ligação cruzada, é necessário fornecer um nível de energia tão alto que seria suficiente para destruir também a cadeia polimérica. Quando presente em baixa concentração, produz pequenos volumes não desagregáveis na massa polimérica, conhecidos por "olho de peixe". Quando em quantidades intermediárias, é típico das borrachas vulcanizadas, e quando em grande quantidade, é característico dos termofixos. Cura - mudança das propriedades físicas de uma resina por reação química, pela ação de um catalisador e/ou calor e um agente de cura. A cura gera a formação de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas. Antes da cura, o termorrígido é um oligômero (E < 10 OOO), apresentando-se como um líquido viscoso ou em pó. Este termo é preferencialmente utilizado para termofixos. Em borrachas, ele se confunde com o termo vulcanização. Fibra - termoplástico orientado com a direção principal das cadeias poliméricas posicionadas paralelas ao sentido longitudinal (eixo maior). Deve satisfazer a condição geométrica de o comprimento ser, no mínimo, cem vezes maior que o diâmetro (L/D > 100). Elastômero - polímero que, à temperatura ambiente, pode ser deformado repetidamente a pelo menos duas vezes o seu comprimento original. Retirado o esforço, deve voltar rapidamente ao tamanho original. Borracha - elastômero natural ou sintético. Borracha crua - borracha que ainda não sofreu o processo de vulcanização, sem nenhum aditivo. Nesta fase, ela é um elastômero dito não vulcanizado, podendo ser processada como um termoplástico. Vulcanização - processo químico de fundamental importância às borrachas, introduzindo a elasticidade e melhorando a resistência mecânica. Esta se dá através da formação de ligações cruzadas entre duas cadeias. O enxofre é o principal agente de vulcanização. Borracha vulcanizada - borracha após passar pelo processo de vulcanização. Borracha regenerada - borracha vulcanizada, que através de processos químicos pode ser novamente processada e reaproveitada. Processo químico que visa à destruição da rede tridimencional formada durante a vulcanização. Este processo nem sempre é econômico. Aditivo - todo e qualquer material adicionado a um polímero visando a uma aplicação específica. A característica dos polímeros de aceitarem uma grande variedade de aditivos é fundamentalmente importante, não só para melhorar suas propriedades fisico- químicas, mas também para seu apelo visual, permitindo uma vasta gama de aplicações, tanto novas quanto substituindo materiais tradicionais. Dentre as inúmeras classes de aditivos, listamos os tipos principais: Carga - usada como enchimento, principalmente visando à redução de custo. Exemplos: talco, caulim, serragem, outros polímeros reciclados. Carga reforçante - sua adição confere ao composto melhores propriedades mecânicas, principalmente aumentando o módulo de elasticidade (em tração e em flexão) e a resistência mecânica. São subdivididas em fibrosas e particuladas. Exemplos: fibra de vidro, cargas cerâmicas (tratadas ou não). Plastificante - normalmente são líquidos usados para aumentar a flexibilidade e distensibilidade do composto na temperatura de utilização da peça pronta. Exemplo: Dioctil ftalato (DOP) para PVC, resultando no PVC plastificado (PPVC). Lubrificante - aditivo utilizado para reduzir a viscosidade durante o processamento através da lubrificação das cadeias. Este efeito só deve acontecer na temperatura de processamento e não alterar as propriedades do composto na temperatura de aplicação da peça. Exemplos: ceras parafínicas, ácidos graxos e seus derivados na forma de aminas e ésteres. Estabilizante - os polímeros, por serem orgânicos, são sensíveis à temperatura e ao cisalhamento, degradando-se principalmente por oxidação (que por sua vez pode gerar cisão de cadeia ou gelificarão, isto é, formação de ligações cruzadas). A adição de estabilizantes térmicos de atuação em curto e longo prazo em alguns casos é fundamental. Exemplos: estabilizante térmico à base de estanho, cádmio e zinco para PVC e antioxidante primário de feno1 esteticamente impedido (2,6-di-ter-butil p- cresol). Antiestático- material que reduz a resistência elétrica superficial de um polímero, evitando o acúmulo de carga estática que poderia gerar faíscas, atrair poeira, aumentar excessivamente a aderência entre filmes, etc. Retardantes de chama - materiais que dificultam a iniciação, bem como a propagação da chama. São importantes em aplicações na construção civil, na qual a propagação do fogo em incêndios deve ser minimizada. Como exemplos tem-se: compostos de bromo, compostos de boro, alumina tri-hidratada, etc. Agentes nucleantes - materiais que servem como base para a nucleação de um polímero semicristalino, reduzindo o super-resfriamento e, portanto, facilitando a cristalização. Isto faz com que esta aconteça a temperaturas mais altas, permitindo a ejeção de uma peça moldada em um ciclo menor, aumentando a produtividade. Exemplos: sorbitol, talco, alguns pigmentos, etc. Modificadores de impacto - normalmente são elastômeros que, quando adicionados em uma matriz polimérica rígida e quebradiça, facilitam a iniciação dos mecanismos de tenacificação (fissuramento e escoamento por bandas de cisalhamento), aumentando a energia de fratura, ou seja, aumentando a resistência ao impacto do polímero. Exemplos: polibutadieno em poliestireno (produzindo o HIPS), EPR em PP e PA, etc. Pigmento - material orgânico ou inorgânico usado para colorir. Os polímeros aceitam uma extensa gama de cores, sendo muito utilizados pelos projetistas para aumentar o apelo visual e de comercialização de um produto. São normalmente comercializados na forma de dispersões em uma matriz polimérica, conhecidas por masterbatchs. Composto - mistura do polímero com aditivos. escolha dos aditivos e quantidades certas para a confecção de um composto, balanceado e economicamente viável, é de fundamental importância, sendo o item mais cobiçado e bem guardado na indústria de compostagem. Plásticos reforçados - matriz polimérica com uma carga reforçante dispersa. Para maior desempenho mecânico, este é normalmente fibroso. Exemplo: poliéster insaturado reforçado com fibra de vidro (PIRFV). Espumas - plásticos feitos na forma celular por meios térmicos, químicos ou mecânicos. São utilizados principalmente para isolamento térmico e acústico, com densidade entre 0,03 a 0,3 g/cm3. Exemplo: isopor - espuma de poliestireno. Podem ser de célula aberta ou fechada, termoplásticos ou termofixos, rígidos ou flexíveis, etc. Adesivo - substância normalmente polimérica, capaz de manter materiais unidos ou colados por adesão superficial. Pode ser tanto rígido quanto flexível. Placa (chapa) - forma na qual a espessura é muito menor que as outras duas dimensões (largura e comprimento). Filme - termo usado para placas com espessura inferior a 0,254 mm. Mistura mecânica ou blenda polimérica - mistura física de dois ou mais polímeros, sem reação química intencional entre os componentes. A interação molecular entre as cadeias poliméricas é predominantemente do tipo secundária (intermolecular). Assim, a separação dos polímeros integrantes da blenda polimérica pode ser feita através de processos físicos, como, por exemplo, através da solubilisação e precipitação fracionadas. Uma blenda pode ser miscível ou imiscível, dependendo das características termodinâmicas de seus componentes, compatibilizada ou não, dependendo do interesse tecnológico. Miscibilidade - característica termodinâmica que duas macromoléculas podem ter, quando a mistura entre elas chega ao grau molecular, ou seja, é possível misturar tão bem a ponto de suas cadeias estarem em contato íntimo. Isso gera uma única fase com comportamento físico-químico intermediário ao comportamento de cada componente individualmente. Uma forma de comprovação experimental da rniscibilidade de dois polímeros é a observação de apenas uma temperatura de transição vítrea Tg, intermediária aos valores característicos e conhecidos de cada componente individualmente. Além dos componentes, a rniscibilidade depende também da temperatura, presença e tipo de solvente, etc. Quando os polímeros são semicristalinos, este conceito deve ser extendido, considerando-se a presença da fase cristalina, se ocorre co-cristalização ou se a rniscibilidade apenas acontece na fase amorfa. Compatibilidade - característica de uma mistura de polímeros @lenda polimérica), na qual se tem a separação em duas ou mais fase distintas (o sistema é irniscivel), mas a interface entre elas é estabilizada com a adição de um outro componente, dito compatibilizante que se aloja na interface, reduzindo a energia interfacial e estabilizando a morfologia multifásica. Como efeito secundário, também se tem a redução do tamanho de partícula. Tal estabilidade é muito conveniente, pois evita alterações da morfologia em processamentos futuros aos quais o material venha a ser submetido. Degradação - qualquer fenômeno que provoque uma mudança química na cadeia polimérica, normalmente com redução da massa molar e consequentemente queda nas propriedades físico-mecânicas. Modificação química destrutiva com a quebra de ligações covalentes e formação de novas ligações. Exemplos: oxidação, hidrólise, cisão de cadeia, etc. Indústria petroquímica de primeira geração - grandes empresas, responsáveis pelo craqueamento da nafta e pela produção de moléculas insaturadas de baixa massa molar, conhecidas por monômeros. Estes materiais serão polimerizados diretamente ou usados pela indústria petroquímica em outros processos. Como principais exemplos, tem-se o etileno, o propileno e o butadieno. Indústria petroquímica de segunda geração - empresas de grande porte, normalmente instaladas próximas às de primeira geração, que recebem diretamente, por dutos, o monômero (normalmente na forma liquida), polimerizando-o e fazendo o polímero. Para ser economicamente viável, uma empresa desta geração, que produz um polímero convencional, como o polipropileno, por exemplo, deve ser capaz de produzir pelo menos meio milhão de toneladas por ano (isto significa produzir um saco de 25 kg a cada dois segundos!). Em contrapartida, a produção de polímeros especiais é feita em pequena escala. Indústria de terceira geração - empresas de tamanhos variados, desde rnicro até grandes, que compram o polímero, na forma de grão, liquido ou pó, e o processam, produzindo artigos na sua forma final para uso. Empregam técnicas como extrusão, injeção, calandragem, termoformagem etc. Vendem seus produtos diretamente ao consumidor final ou a indústrias de quarta geração. Indústria de quarta geração - empresas de portes variados, que compram os artigos plásticos e os montam em itens maiores. O maior exemplo desta classe são as montadoras automobilísticas.