Você está na página 1de 7

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA - EST

Atividade 1 – Blendas Poliméricas


Profª Juciklecia da Silva Reinaldo

Aluna: Stefanni Ribeiro Lima


Matricula: 1815290040
APLICABILIDADE
1 – Carcaças de telefones celulares e computadores: Os polímeros utilizados nos
telefones celulares em sua maioria são termoplásticos. São tipicamente feitos do
polímero ABS (copolímero de acrilonitrila-butadieno-estireno) ou da blenda polimérica
de policarbonato/copolímero de acrilonitrila-butadieno-estireno (PC/ABS), pois essa
mistura confere propriedades retardantes de chama ao material.
2 – Embalagens para cosméticos: As embalagens têm como principal função, proteger o
cosmético do meio externo, evitando que ocorram alterações indesejáveis no produto
que está contido no seu interior, sendo assim indispensável para o seu armazenamento e
transporte. Porém, o seu descarte de forma inadequada gera um grande volume de
resíduos sólidos, que está diretamente relacionado com o impacto ambiental. Uma das
alternativas para minimizar este impacto é a utilização de embalagens confeccionadas a
partir de polímeros biodegradáveis. Desta maneira, foi realizado um estudo com o
objetivo e analisar a preparação e caracterização de filmes poliméricos biodegradáveis
baseados em Poli – ácido láctico (PLA), Poli (ácido láctico – co- ácido glicólico)
(PLGA) e Policaprolactona (PCL), blendas destes polímeros e incorporação de Zeólitas
13x. O filme da blenda PCL/PLA apresentou bloqueio total frente a passagem de
radiação na faixa do UV-Vis através do mesmo. A adição de PLGA e zeólita ao PCL
também apresentaram um ótimos resultados frente ao bloqueio da passagem de
radiação, porém próximos de zero e não um bloqueio total. Então, o autor considera que
através do estudo, levando em conta as propriedades ópticas, térmicas, bloqueio ao
vapor de água e tempo de degradação, todos os sistemas avaliados apresentam potencial
para serem utilizados como embalagens descartáveis, destacando- se o sistema
PCL/PLA.
3 – Carcaças de eletrodomésticos: A blenda polimérica que pode ser utilizada nas
carcaças de eletrodomésticos é a PVC/ABS, e a vantagem é a melhor processabilidade e
resistência do que o PVC, e também melhor retardante de chama do que o ABS.
4 – Para Choques de Automóveis e Mangueiras: Muito comum no nosso dia a dia, esses
materiais quando fabricados com a blenda PP/EPDM, podem apresentar melhor
resistência ao impacto que o PP.
5 – Equipamentos de Jardins: Esses equipamentos quando aprimorados com blenda
PA/ABS proporciona uma boa resistência ao impacto, alta resistência ao calor e alto
fluxo.
CONCEITOS
Na área técnico-científica de polímeros é usada uma extensa série de termos técnicos,
cujos conceitos são internacionalmente aceitos. Será apresentado abaixo uma lista dos
mais importantes
Polímero - material orgânico (ou inorgânico) de alta massa molar (acima de dez mil,
podendo chegar a dez milhões), cuja estrutura consiste na repetição de pequenas
unidades (meros). Macromolécula formada pela união de moléculas simples ligadas por
ligação covalente.
Macromolécula - uma molécula de alta massa molar, mas que não tem
necessariamente, em sua estrutura, uma unidade de repetição.
Monômero - molécula simples que dá origem ao polímero. Deve ter funcionalidade de
no mínimo 2 (ou seja ser pelo menos bifuncional).
Mero - unidade de repetição da cadeia polimérica.
Grau de polimerização (GP) - número de unidades de repetição da cadeia polimérica.
Normalmente o grau de polimerização fica acima de 750. Massa molar do polímero
(MM) + MM = GP x MMrnero. Polímeros de interesse comercial apresentam
geralmente MM > 10 000.
Massa molar média (MM ) - durante a reação de polimerização há a formação de
cadeias poliméricas com tamanhos diferentes (umas crescem mais que outras de
maneira estatística). Pode-se estimar - a massa - molar média da amostra conhecendo-se
o grau de polimerização médio, isto é: MM = GP.MMmero .
Oligômero - Polímero de baixa massa molar (normalmente para MM < 10 000).
Homopolímero - polímero cuja cadeia principal é formada por um único mero (ou
poiímero formado a partir de um único monômero). Exemplos: PE, PP, PVC.
Copolímero - polímeros cuja cadeia principal é formada por dois meros diferentes.
Exemplo: SBR (borracha sintética de estireno-butadieno).
Terpolímero - polímeros em que cadeia principal é formada por três meros diferentes.
Exemplo: ABS (acrilonitrila-butadieno-estireno). No meio industrial, terpolírmeros são
usualmente referenciados como copolímeros.
Polimerização ou síntese de polímeros - conjunto de reações químicas que provocam a
união de pequenas moléculas por ligação covalente com a formação de um polímero.
Polímeros de cadeia carbônica - polímeros que apresentam somente átomos de
carbono na cadeia principal (heteroátomos podem estar presentes em grupos laterais da
cadeia).
Polímeros de cadeia heterogênea - polímeros que apresentam, além de carbono, outros
átomos (heteroátomo) na cadeia principal (formando um heteropolímero).
Polímeros naturais orgânicos - polímeros sintetizados pela natureza. Exemplos:
borracha natural, celulose, etc.
Polímeros artificiais - polímeros naturais orgânicos, modificados pelo homem através
de reações químicas. Exemplos: acetato de celulose, nitrato de celulose, etc.
Polímeros sintéticos - polímeros sintetizados pelo homem. Exemplos: PE, PS, PVC,
etc.
Polímeros naturais inorgânicos - exemplos: diamante, grafite, etc.
Polímeros sintéticos inorgânicos - exemplo: ácido polifosfórico.
Polímeros semi-inorgânicos sintéticos - exemplo: silicone.
Biopolímeros - esta terminologia pode assumir dois significados: polímeros
biologicamente ativos, como, por exemplo, as proteínas, ou polímeros sintéticos
utilizados em aplicações biológicas ou biomédicas, como, por exemplo, o silicone, o
Teflon.
Plásticos - material polimérico de alta massa molar, sólido como produto acabado, que
pode ser subdividido em:
Termoplásticos - plásticos com a capacidade de amolecer e fluir quando sujeitos a um
aumento de temperatura e pressão. Quando estes são retirados, o polímeros solidifica-se
em um produto com formas definidas. Novas aplicações de temperatura e pressão
produzem o mesmo efeito de amolecimento e fluxo. Esta alteração é uma transformação
física, reversível. Quando o polímero é sernicristalino, o amolecimento se dá com a
fusão da fase cristalina. São fusíveis, solúveis, recicláveis. Exemplos: polietileno (PE),
poliestireno (i's), poliamida (Náilon), etc.
Termofixo (ou termorrígido ou termoendurecido) - plástico que amolece uma vez com
o aquecimento, sofre o processo de cura no qual se tem uma transformação química
irreversível, com a formação de ligações cruzadas, tornando-se rígido. Posteriores
aquecimentos não mais alteram seu estado físico, ou seja, não amolece mais, tornando-
se infusível e insolúvel. Exemplos: baquelite, resina epóxi.
Ligações cruzadas - ligações covalentes formadas entre duas cadeias poliméricas, que
as mantêm unidas por força primária, formando uma rede tridimencional. Para quebrar a
ligação cruzada, é necessário fornecer um nível de energia tão alto que seria suficiente
para destruir também a cadeia polimérica. Quando presente em baixa concentração,
produz pequenos volumes não desagregáveis na massa polimérica, conhecidos por "olho
de peixe". Quando em quantidades intermediárias, é típico das borrachas vulcanizadas,
e quando em grande quantidade, é característico dos termofixos.
Cura - mudança das propriedades físicas de uma resina por reação química, pela ação
de um catalisador e/ou calor e um agente de cura. A cura gera a formação de ligações
cruzadas entre as cadeias poliméricas. Antes da cura, o termorrígido é um oligômero (E
< 10 OOO), apresentando-se como um líquido viscoso ou em pó. Este termo é
preferencialmente utilizado para termofixos. Em borrachas, ele se confunde com o
termo vulcanização.
Fibra - termoplástico orientado com a direção principal das cadeias poliméricas
posicionadas paralelas ao sentido longitudinal (eixo maior). Deve satisfazer a condição
geométrica de o comprimento ser, no mínimo, cem vezes maior que o diâmetro (L/D >
100).
Elastômero - polímero que, à temperatura ambiente, pode ser deformado repetidamente
a pelo menos duas vezes o seu comprimento original. Retirado o esforço, deve voltar
rapidamente ao tamanho original.
Borracha - elastômero natural ou sintético.
Borracha crua - borracha que ainda não sofreu o processo de vulcanização, sem
nenhum aditivo. Nesta fase, ela é um elastômero dito não vulcanizado, podendo ser
processada como um termoplástico.
Vulcanização - processo químico de fundamental importância às borrachas,
introduzindo a elasticidade e melhorando a resistência mecânica. Esta se dá através da
formação de ligações cruzadas entre duas cadeias. O enxofre é o principal agente de
vulcanização.
Borracha vulcanizada - borracha após passar pelo processo de vulcanização.
Borracha regenerada - borracha vulcanizada, que através de processos químicos pode
ser novamente processada e reaproveitada. Processo químico que visa à destruição da
rede tridimencional formada durante a vulcanização. Este processo nem sempre é
econômico.
Aditivo - todo e qualquer material adicionado a um polímero visando a uma aplicação
específica. A característica dos polímeros de aceitarem uma grande variedade de
aditivos é fundamentalmente importante, não só para melhorar suas propriedades fisico-
químicas, mas também para seu apelo visual, permitindo uma vasta gama de aplicações,
tanto novas quanto substituindo materiais tradicionais. Dentre as inúmeras classes de
aditivos, listamos os tipos principais:
Carga - usada como enchimento, principalmente visando à redução de custo.
Exemplos: talco, caulim, serragem, outros polímeros reciclados.
Carga reforçante - sua adição confere ao composto melhores propriedades mecânicas,
principalmente aumentando o módulo de elasticidade (em tração e em flexão) e a
resistência mecânica. São subdivididas em fibrosas e particuladas. Exemplos: fibra de
vidro, cargas cerâmicas (tratadas ou não).
Plastificante - normalmente são líquidos usados para aumentar a flexibilidade e
distensibilidade do composto na temperatura de utilização da peça pronta. Exemplo:
Dioctil ftalato (DOP) para PVC, resultando no PVC plastificado (PPVC).
Lubrificante - aditivo utilizado para reduzir a viscosidade durante o processamento
através da lubrificação das cadeias. Este efeito só deve acontecer na temperatura de
processamento e não alterar as propriedades do composto na temperatura de aplicação
da peça. Exemplos: ceras parafínicas, ácidos graxos e seus derivados na forma de
aminas e ésteres.
Estabilizante - os polímeros, por serem orgânicos, são sensíveis à temperatura e ao
cisalhamento, degradando-se principalmente por oxidação (que por sua vez pode gerar
cisão de cadeia ou gelificarão, isto é, formação de ligações cruzadas). A adição de
estabilizantes térmicos de atuação em curto e longo prazo em alguns casos é
fundamental. Exemplos: estabilizante térmico à base de estanho, cádmio e zinco para
PVC e antioxidante primário de feno1 esteticamente impedido (2,6-di-ter-butil p-
cresol).
Antiestático- material que reduz a resistência elétrica superficial de um polímero,
evitando o acúmulo de carga estática que poderia gerar faíscas, atrair poeira, aumentar
excessivamente a aderência entre filmes, etc.
Retardantes de chama - materiais que dificultam a iniciação, bem como a propagação
da chama. São importantes em aplicações na construção civil, na qual a propagação do
fogo em incêndios deve ser minimizada. Como exemplos tem-se: compostos de bromo,
compostos de boro, alumina tri-hidratada, etc.
Agentes nucleantes - materiais que servem como base para a nucleação de um
polímero semicristalino, reduzindo o super-resfriamento e, portanto, facilitando a
cristalização. Isto faz com que esta aconteça a temperaturas mais altas, permitindo a
ejeção de uma peça moldada em um ciclo menor, aumentando a produtividade.
Exemplos: sorbitol, talco, alguns pigmentos, etc.
Modificadores de impacto - normalmente são elastômeros que, quando adicionados
em uma matriz polimérica rígida e quebradiça, facilitam a iniciação dos mecanismos de
tenacificação (fissuramento e escoamento por bandas de cisalhamento), aumentando a
energia de fratura, ou seja, aumentando a resistência ao impacto do polímero.
Exemplos: polibutadieno em poliestireno (produzindo o HIPS), EPR em PP e PA, etc.
Pigmento - material orgânico ou inorgânico usado para colorir. Os polímeros aceitam
uma extensa gama de cores, sendo muito utilizados pelos projetistas para aumentar o
apelo visual e de comercialização de um produto. São normalmente comercializados na
forma de dispersões em uma matriz polimérica, conhecidas por masterbatchs.
Composto - mistura do polímero com aditivos. escolha dos aditivos e quantidades
certas para a confecção de um composto, balanceado e economicamente viável, é de
fundamental importância, sendo o item mais cobiçado e bem guardado na indústria de
compostagem.
Plásticos reforçados - matriz polimérica com uma carga reforçante dispersa. Para
maior desempenho mecânico, este é normalmente fibroso. Exemplo: poliéster
insaturado reforçado com fibra de vidro (PIRFV).
Espumas - plásticos feitos na forma celular por meios térmicos, químicos ou
mecânicos. São utilizados principalmente para isolamento térmico e acústico, com
densidade entre 0,03 a 0,3 g/cm3. Exemplo: isopor - espuma de poliestireno. Podem ser
de célula aberta ou fechada, termoplásticos ou termofixos, rígidos ou flexíveis, etc.
Adesivo - substância normalmente polimérica, capaz de manter materiais unidos ou
colados por adesão superficial. Pode ser tanto rígido quanto flexível.
Placa (chapa) - forma na qual a espessura é muito menor que as outras duas dimensões
(largura e comprimento).
Filme - termo usado para placas com espessura inferior a 0,254 mm.
Mistura mecânica ou blenda polimérica - mistura física de dois ou mais polímeros,
sem reação química intencional entre os componentes. A interação molecular entre as
cadeias poliméricas é predominantemente do tipo secundária (intermolecular). Assim, a
separação dos polímeros integrantes da blenda polimérica pode ser feita através de
processos físicos, como, por exemplo, através da solubilisação e precipitação
fracionadas. Uma blenda pode ser miscível ou imiscível, dependendo das características
termodinâmicas de seus componentes, compatibilizada ou não, dependendo do interesse
tecnológico.
Miscibilidade - característica termodinâmica que duas macromoléculas podem ter,
quando a mistura entre elas chega ao grau molecular, ou seja, é possível misturar tão
bem a ponto de suas cadeias estarem em contato íntimo. Isso gera uma única fase com
comportamento físico-químico intermediário ao comportamento de cada componente
individualmente. Uma forma de comprovação experimental da rniscibilidade de dois
polímeros é a observação de apenas uma temperatura de transição vítrea Tg,
intermediária aos valores característicos e conhecidos de cada componente
individualmente. Além dos componentes, a rniscibilidade depende também da
temperatura, presença e tipo de solvente, etc. Quando os polímeros são semicristalinos,
este conceito deve ser extendido, considerando-se a presença da fase cristalina, se
ocorre co-cristalização ou se a rniscibilidade apenas acontece na fase amorfa.
Compatibilidade - característica de uma mistura de polímeros @lenda polimérica), na
qual se tem a separação em duas ou mais fase distintas (o sistema é irniscivel), mas a
interface entre elas é estabilizada com a adição de um outro componente, dito
compatibilizante que se aloja na interface, reduzindo a energia interfacial e
estabilizando a morfologia multifásica. Como efeito secundário, também se tem a
redução do tamanho de partícula. Tal estabilidade é muito conveniente, pois evita
alterações da morfologia em processamentos futuros aos quais o material venha a ser
submetido.
Degradação - qualquer fenômeno que provoque uma mudança química na cadeia
polimérica, normalmente com redução da massa molar e consequentemente queda nas
propriedades físico-mecânicas. Modificação química destrutiva com a quebra de
ligações covalentes e formação de novas ligações. Exemplos: oxidação, hidrólise, cisão
de cadeia, etc.
Indústria petroquímica de primeira geração - grandes empresas, responsáveis pelo
craqueamento da nafta e pela produção de moléculas insaturadas de baixa massa molar,
conhecidas por monômeros. Estes materiais serão polimerizados diretamente ou usados
pela indústria petroquímica em outros processos. Como principais exemplos, tem-se o
etileno, o propileno e o butadieno.
Indústria petroquímica de segunda geração - empresas de grande porte, normalmente
instaladas próximas às de primeira geração, que recebem diretamente, por dutos, o
monômero (normalmente na forma liquida), polimerizando-o e fazendo o polímero.
Para ser economicamente viável, uma empresa desta geração, que produz um polímero
convencional, como o polipropileno, por exemplo, deve ser capaz de produzir pelo
menos meio milhão de toneladas por ano (isto significa produzir um saco de 25 kg a
cada dois segundos!). Em contrapartida, a produção de polímeros especiais é feita em
pequena escala.
Indústria de terceira geração - empresas de tamanhos variados, desde rnicro até
grandes, que compram o polímero, na forma de grão, liquido ou pó, e o processam,
produzindo artigos na sua forma final para uso. Empregam técnicas como extrusão,
injeção, calandragem, termoformagem etc. Vendem seus produtos diretamente ao
consumidor final ou a indústrias de quarta geração.
Indústria de quarta geração - empresas de portes variados, que compram os artigos
plásticos e os montam em itens maiores. O maior exemplo desta classe são as
montadoras automobilísticas.

Você também pode gostar