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e Classificação de
Materiais Poliméricos
PROFESSORA ALESSANDRA BERTON
DISCIPLINA Estrutura e Classificação de Materiais poliméricos
ALUNO:_____________________________________________TURMA:____________
1. INTRODUÇÃO SOBRE POLÍMEROS
Na correria do dia a dia, geralmente não nos damos conta dos objetos que nos cercam. Esses
objetos são produzidos a partir de diversos materiais como madeira, metais, rochas, cerâmica,
vidro, osso e etc. Dentre os materiais mais utilizados atualmente, os plásticos se destacam.
A cada dia o emprego de plásticos e borrachas vem alcançando um papel mais importante
e, por que não dizer, fundamental, em nossas vidas.
Os plásticos são usados em grande escala na produção de embalagens, principalmente de
produtos alimentícios, utensílios domésticos e eletrodomésticos, além de suas aplicações
científico-tecnológicas e em diversas áreas da indústria. A popularização dos plásticos se deve,
basicamente, ao seu baixo custo de produção, peso reduzido, elevada resistência e à
possibilidade de seu uso na fabricação de peças nas mais variadas formas, tamanhos e cores. É
comum observar que peças inicialmente produzidas com outros materiais, particularmente metal
ou madeira, têm sido substituídas por outras de plástico. Essas peças, quando devidamente
projetadas, cumprem seu papel apresentando, na maioria das vezes, um desempenho superior ao
do material antes utilizado.
Um exemplo de vantagem em substituição de material são os pára-choques dos automóveis. Até
bem pouco tempo, os carros possuíam pára-choques de ferro-cromado que, com o tempo,
enferrujavam (sofriam corrosão), além de se deformarem facilmente com pequenos impactos.
Hoje, quase todos os automóveis produzidos possuem pára-choques de plástico, que não
enferrujam, absorvem o impacto com mais eficiência, além de serem mais bonitos e mais baratos.
Muitas outras peças de um automóvel também são de plástico tais como: o painel e o volante, o
forro do teto interno, a forração e o estofamento dos bancos, partes dos cintos de segurança, o
carpete, as calotas, a fiação elétrica (fios metálicos encapados), a carcaça da bateria, as
mangueiras, os reservatórios de líquidos e as juntas, além de vedações e pneus de borracha.
Portanto, boa parte do carro que você utiliza todos os dias para ir ao trabalho é constituída por
peças de plástico ou borracha, que permitem que ele seja mais confortável e seguro. Outra
vantagem da crescente utilização dos plásticos nesta área é a redução do peso dos veículos, o
que acarreta a diminuição do consumo de combustível e consequentemente em uma maior
economia para o usuário.
Apesar dos plásticos propiciarem várias vantagens, alguns inconvenientes também surgiram. Os
plásticos, diferentemente de outros materiais, levam muito tempo para se degradarem e, portanto,
eles permanecem praticamente intactos por anos, o que causa problemas ambientais. Iniciativas
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para a solução deste problema têm surgido, entre elas, a reciclagem dos plásticos ou a sua
utilização como fonte alternativa de energia, através da combustão.
Em geral, as pessoas têm pouco ou nenhum conhecimento sobre o que é um plástico, como é
obtido, quais são os tipos de plásticos e suas aplicações, e quais são os seus processos de
transformação. Essas informações são importantes para quem trabalha na comercialização de
plásticos, em indústrias de produção ou transformação de plástico, para jovens universitários das
áreas de química e engenharia de materiais, ou simplesmente curiosos sobre o assunto. Portanto,
o objetivo principal deste curso é atender a essas pessoas, esclarecendo suas dúvidas e
introduzindo-as no mundo dos plásticos e borrachas.
Nas aulas que fazem parte deste curso, serão abordados os conceitos básicos sobre plásticos e
borrachas, suas fontes de matéria-prima, como eles são obtidos, os principais plásticos e
borrachas e os processos de transformação dos plásticos em artefatos com os quais convivemos
todos os dias.
Aparentemente, uma peça de plástico é similar a qualquer outra, ou seja, todos os artefatos de
plástico parecem constituídos do mesmo material, variando apenas a cor e o formato do objeto.
Na realidade, existem vários tipos de plásticos e borrachas que possuem propriedades e
estruturas químicas diferentes. Por exemplo, um plástico utilizado na fabricação de um balde
não é o mesmo usado na produção de um CD.
O plástico é uma molécula sintética, ou seja, produzida pelo homem, chamada de polímero
(do grego: poli - muitas, mero - partes). Os polímeros são moléculas gigantes, geralmente
de origem orgânica, constituídas pela união de moléculas de baixa massa molecular,
denominadas monômeros, através de reações químicas (Figura 1) e que possuem unidades
de repetição chamadas meros. Um exemplo ilustrativo é a corrente cujos elos correspondem
aos meros, enquanto a corrente é o polímero. Portanto, os polímeros podem ser definidos
quimicamente como sendo moléculas relativamente grandes, de massas moleculares da ordem
de 1.000 a 1.000.000, em cuja estrutura se encontra unidades químicas simples repetidas
(meros). Polietileno, polipropileno, poliestireno, poliéster, nylon e teflon® são exemplos de
polímeros industriais.
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MONÔMERO POLÍMERO
Na Figura 1, o etileno é o monômero que, após reagir com várias outras moléculas iguais a ele,
forma o polímero polietileno, ou, simplesmente, PE. A reação química para obtenção do polímero
é denominada polimerização. Na estrutura da molécula de PE, a unidade -CH2-CH2- se repete
indefinidamente e depende do número de moléculas de etileno que reagiram entre si (n) para
formar o polímero. O índice n (ou DP) do polímero é conhecido como grau de polimerização e
representa o número de meros presentes na cadeia polimérica.
A característica dos polímeros em ter uma massa molecular alta afeta significativamente as
propriedades químicas e físicas dessas moléculas. Assim, quanto maior for o grau de
polimerização, mais elevada será a massa molecular do polímero. Polímeros com massa
molecular muito elevada são designados altos polímeros, enquanto os de baixa massa molecular
são chamados de oligômeros (do grego: poucas partes).
Além dos polímeros, existem outras moléculas de massas moleculares muito altas encontradas
na natureza, que podem ser de origem inorgânica, como o diamante, o grafite, o asbesto e a
sílica; ou de origem orgânica, como os polissacarídeos (celulose e amido), proteínas (colágeno,
hemoglobina, hormônios, albumina e etc) e ácidos nucleicos (DNA e RNA). Tanto os polímeros,
quanto estas moléculas são classificadas como macromoléculas. Ou seja, as macromoléculas
são compostos de origem natural ou sintética com elevada massa molecular e estrutura química
complexa. Logo, a lã, o couro, a madeira, o cabelo, o chifre, a seda natural, a unha e a borracha
de seringueira são exemplos de materiais cotidianos constituídos por macromoléculas naturais
orgânicas, que não apresentam unidades estruturais regularmente repetidas.
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GLOSSÁRIO
COMBUSTÃO
Reação química em que uma substância reage rapidamente com oxigênio produzindo calor, luz e
chama.
COMPOSTO
Substância formada pela combinação de elementos em proporções definidas.
CORROSÃO
Ataque químico ou eletroquímico sobre a superfície de um metal.
DEGRADAÇÃO
Tipo de reação orgânica, em estágios, em que um composto é convertido em um composto mais
simples.
MOLÉCULA
Unidade fundamental que forma um composto químico.
REAÇÃO QUÍMICA
Uma mudança em que um ou mais elementos químicos ou compostos formam novos compostos.
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Questionário 1
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2. CLASSIFICAÇÃO E PROCESSOS DE OBTENÇÃO DOS POLÍMEROS
Além dos polímeros clássicos produzidos e comercializados há alguns anos, a cada dia, novos
polímeros surgem oriundos das pesquisas científicas e tecnológicas desenvolvidas em todo o
mundo. Logo, devido à grande variedade de materiais poliméricos existentes, torna-se necessário
selecioná-los em grupos que possuam características comuns, que facilitem a compreensão e
estudo das propriedades desses materiais. Portanto, com este objetivo, os polímeros foram
classificados de acordo com suas estruturas químicas, características de fusibilidade,
comportamentos mecânicos, tipos de aplicações e escala de produção.
Logo, temos:
# Copolímero - É o polímero formado por dois ou mais tipos de meros. Ex: SAN, NBR, SBR.
Geralmente, os copolímeros constituídos por três unidades químicas repetidas diferentes são
denominados terpolímeros. Um exemplo típico deste tipo de polímero é o ABS, ou melhor, o
terpolímero de acrilonitrila-butadieno-estireno. A reação de formação de um copolímero é
conhecida como copolimerização, e os monômeros envolvidos nesta reação são chamados de
comonômeros. Ao se variar os comonômeros e suas quantidades relativas em uma
copolimerização, os copolímeros obtidos adquirem propriedades químicas e físicas
diferentes.
Esta classificação é baseada no grupo funcional a qual pertencem os meros presentes na cadeia
do polímero. Assim, temos como exemplos:
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# Poliolefinas - polipropileno, polibutadieno, poliestireno.
# Poliuretano
# Termoplásticos - São polímeros que fundem ao serem aquecidos e que solidificam ao serem
resfriados. Ex: Polietileno, poli (tereftalato de etileno), poliacrilonitrila, nylon.
# Termorrígidos - São polímeros que formam ligações cruzadas ao serem aquecidos, tornando-
se infusíveis e insolúveis. Ex: Resina fenol-formol, resina melamina-formol, resina uréia-formol.
# Plásticos (do grego: adequado à moldagem) - São materiais poliméricos estáveis nas
condições normais de uso, mas que, em algum estágio de sua fabricação, são fluídos,
podendo ser moldados por aquecimento, pressão ou ambos. Ex: Polietileno, polipropileno,
poliestireno.
# Fibras - São corpos em que a razão entre o comprimento e as dimensões laterais é muito
elevada. Geralmente são formadas por macromoléculas lineares orientadas
longitudinalmente. Ex: Poliésteres, poliamidas e poliacrilonitrila.
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# Plásticos de comodidade (commodieties) - Constituem a maioria dos plásticos fabricados no
Mundo. Ex: Polietileno, polipropileno, poliestireno, etc.
# Plásticos de uso geral - São polímeros utilizados nas mais variadas aplicações, como o
polietileno, o polipropileno, o poliestireno, o poli (metacrilato de metila), o poli (cloreto de vinila),
baquelite, etc.
Além das classificações descritas para os polímeros, o termo resina é muito empregado na
indústria de plásticos. As resinas naturais são compostos orgânicos amorfos secretados por
certas plantas ou insetos; geralmente insolúveis em água, mas solúveis em vários solventes
orgânicos. As resinas sintéticas são originalmente descritas como um grupo de substâncias
sintéticas cujas propriedades se assemelham às das resinas naturais. Geralmente, à
temperatura ambiente, as resinas apresentam um aspecto de líquido viscoso, que amolece
gradualmente ao ser aquecido.
GLOSSÁRIO
CADEIA
Uma linha de átomos de um mesmo tipo em uma molécula.
COMPOSTO AMORFO
Composto sólido não-cristalino, que possui uma forma indefinida.
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Questionário 2
Anos mais tarde, em 1953, Flory generalizou e aperfeiçoou esta classificação, utilizando como
critério o mecanismo da reação envolvido na polimerização, dividindo as reações em
polimerizações em cadeia e em etapas, que correspondem, respectivamente, às poliadições e
policondensações. As polimerizações em cadeia e em etapas possuem características diferentes,
como é mostrado na Tabela 1
Com esta nova classificação, polímeros que antes eram incorretamente considerados como
produtos de poliadição, como os poliuretanos (que não liberam moléculas de baixa massa
molecular, mas são caracteristicamente obtidos por uma reação de condensação), receberam
uma classificação mais precisa, sendo considerados provenientes de polimerizações em etapas.
As polimerizações em cadeia apresentam reações de iniciação, propagação e terminação
distintas e bem definidas. A iniciação de uma polimerização em cadeia pode ser induzida pelo
calor, por agentes químicos (iniciadores), por radiação (ULTRAVIOLETA e RAIOS gama) e
por CATALISADORES. A iniciação por calor ou radiação proporciona uma HOMÓLISE da ligação
dupla do monômero, levando a um mecanismo de reação via radical livres. Já a iniciação química,
que é a mais empregada na indústria, pode ser conduzida por iniciadores que provocam uma
homólise ou HETERÓLISE desta ligação. Logo, a polimerização pode ocorrer através de radicais
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livres, via catiônica via aniônica ou por compostos de coordenação. Caso a polimerização seja
iniciada por um iniciador radicalar é chamada de polimerização radicalar; caso o iniciador seja um
cátion denomina-se catiônica, se o iniciador for um ânion, a polimerização é dita aniônica (Figura
3). No caso da polimerização por coordenação, os catalisadores utilizados são complexos
constituídos por compostos de transição e organometálicos, como os catalisadores Ziegler-Natta.
Este tipo de catálise homogênea é aplicada somente a monômeros apolares, possuindo, como
vantagem, a obtenção de polímeros estereorregulares.
Durante a propagação, a espécie reativa gerada na iniciação (radical livre, cátion ou ânion)
incorpora sucessivamente moléculas do monômero, formando a cadeia polimérica (Figura 4). Esta
etapa da polimerização em cadeia é muito importante, pois, a velocidade da polimerização é
influenciada diretamente pela velocidade da propagação.
Na terminação, o centro reativo propagante reage de modo espontâneo ou pela adição de algum
reagente, interrompendo a propagação do polímero. Geralmente, a terminação da polimerização
radicalar ocorre por reações de combinação, desproporcionamento ou transferência de cadeia. Já
a polimerização catiônica é terminada pela adição de traços de umidade, enquanto a
polimerização aniônica termina quando se adicionam ao sistema substâncias doadoras
de prótons como, por exemplo, álcoois e ácidos.
As polimerizações em cadeia podem sofrer reações de inibição ou retardamento. Na inibição, a
polimerização sofre uma interrupção, impedindo a propagação da cadeia, que volta a polimerizar
após o total consumo do inibidor. Os inibidores são utilizados industrialmente para se evitar a
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polimerização de alguns monômeros durante sua armazenagem e transporte. Os inibidores mais
empregados são o nitrobenzeno, o m-dinitrobenzeno, a hidroquinona, o p-t-butil-catecol, a difenil-
picril-hidrazina (DPPH) e o oxigênio. No retardamento, a velocidade da polimerização diminui pela
ação de substâncias chamadas de retardadores.
As polimerizações em etapas ocorrem por um mecanismo catiônico ou aniônico, em que as
reações componentes (iniciação, propagação e terminação) não possuem diferenças, ou seja, se
processam com a mesma velocidade e com o mesmo tipo de reação.
A polimerização, neste caso, ocorre de forma similar às reações de algumas moléculas de baixa
massa molecular e, portanto, está sujeita à interferência de impurezas ou à ciclização da cadeia
propagante ou do monômero, que competem com a polimerização. Outra característica
importante das polimerizações em etapas é que, dependendo da funcionalidade do monômero
usado, o polímero pode ser linear, ramificado ou até mesmo possuir ligações cruzadas.
Além das polimerizações em cadeia e em etapas, os polímeros podem ser obtidos através de
reações de modificação química, ou seja, grupos presentes em um polímero podem reagir
originando outros polímeros. Um dos exemplos mais conhecidos da modificação química de um
polímero é a obtenção do poli(álcool vinílico). Este polímero é obtido através da hidrólise do poli
(acetato de vinila), já que o álcool vinílico não existe.
GLOSSÁRIO
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ÁLCOOL
Composto orgânico que contém um grupo hidroxíla (OH) ligado a um átomo de carbono saturado.
AMÔNIA
Gás incolor, NH3, com um forte odor picante.
ÂNION
Íon com carga negativa.
CATALISADOR
Substância que altera a velocidade em que uma reação química ocorre, sem entretanto sofrer
modificação ao final da reação.
CÁTION
Íon com carga positiva.
CICLIZAÇÃO
Conversão de uma molécula de cadeia aberta em um composto cíclico.
COMPOSTO DE COORDENAÇÃO
Composto que contêm um átomo central rodeado por átomos ou grupos de átomos unidos a este
átomo central por ligações coordenadas.
COMPOSTO DE TRANSIÇÃO
Composto formado por elementos de transição da tabela periódica.
COMPOSTO ORGANOMETÁLICO
Composto orgânico em que um átomo de carbono da molécula está diretamente ligado a um
átomo de metal.
HETERÓLISE
Quebra de uma ligação química de um composto onde se formam íons de cargas opostas.
HIDRÓLISE
Reação de decomposição química de uma substância pela ação da água.
HOMÓLISE
Quebra de uma ligação química de um composto com a formação de radicais livres.
MECANISMO DE REAÇÃO
Meio pelo qual se descreve as etapas envolvidas em uma reação química particular.
PROCESSO CINÉTICO
Processo que envolve a velocidade de uma reação química.
PRÓTON
1. Partícula elementar estável, localizada no núcleo do átomo e que possui uma carga positiva. 2.
Denominação utilizada para o íon H+.
RADICAL LIVRE
Átomo ou grupo de átomos que possui um elétron desemparelhado.
RAIOS gama
Radiação eletromagnética com natureza semelhante, mas de menor comprimento de onda que os
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raios-X.
ULTRAVIOLETA
Radiação eletromagnética que possui comprimento de onda entre a luz visível e os raios-X.
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Questionário 3
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2.2.2. Técnicas de Polimerização
A polimerização em emulsão é uma polimerização heterogênea em meio aquoso, que requer uma
série de aditivos com funções específicas como: emulsificante (geralmente um sabão),
tamponadores de pH, colóides protetores, reguladores de tensão superficial, reguladores de
polimerização (modificadores) e ativadores (agentes de redução).
Nesta polimerização, o iniciador é solúvel em água, enquanto o monômero é parcialmente solúvel.
O emulsificante tem como objetivo formar micelas, de tamanho entre 1 nm e 1 mm, onde o
monômero fica contido. Algumas micelas são ativas, ou seja, a reação de polimerização se
processa dentro delas, enquanto outras são inativas (gotas de monômeros), constituindo apenas
uma fonte de monômero. À medida que a reação ocorre, as micelas inativas suprem as ativas
com monômero, que crescem até formarem gotas de polímeros, originando posteriormente os
polímeros. A Figura 5 representa o esquema de um sistema de polimerização em emulsão.
A polimerização em emulsão tem uma alta velocidade de reação e conversão, sendo de fácil
controle de agitação e temperatura. Os polímeros obtidos por esta técnica possuem altos pesos
moleculares, mas são de difícil purificação devido aos aditivos adicionados. Esta técnica é muito
empregada em poliadições.
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2.2.2.4. Polimerização em Suspensão
Além destas técnicas de polimerização, alguns polímeros podem ser produzidos pela
polimerização interfacial. Nesta técnica, a polimerização ocorre na interface entre dois solventes
imiscíveis, em que cada um dos monômeros está em uma das fases. O polímero é formado nesta
interface, sendo logo removido a fim de facilitar a polimerização. Este método é restrito a um
pequeno número de polimerizações em etapas, devido às condições reacionais necessárias.
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Questionário 4
2. Em qual das técnicas de polimerização o polímero é obtido com elevado grau de pureza?
a) Suspensão
b) Solução
c) Emulsão
d) Massa
10. Qual das sequências abaixo é constituída apenas por técnicas de polimerização
industriais?
a) Suspensão, solução e emulsão
b) Solução, suspensão e interfacial
c) Emulsão, interfacial e suspensão
d) Interfacial, massa e solução
GLOSSÁRIO
EMULSÂO São sistemas dispersos constituídos de duas fases líquidas imiscíveis (oleosa e
aquosa), onde a fase dispersa ou interna é finamente dividida e distribuída em outra fase contínua
ou externa. Temos emulsões do tipo óleo em água (O/A: fase externa aquosa) e água em óleo
(A/O: fase externa oleosa). A estabilidade da emulsão é garantida com o uso de agentes
emulsificantes, geralmente substâncias tensoativas.
SOLUÇÂO Uma solução é uma mistura homogênea de um soluto (substância a ser dissolvida)
distribuída através de um solvente substância que efetua a dissolução). Existem soluções nos três
estados físicos: gás, líquido ou sólido. As soluções mais familiares são aquelas no estado líquido,
especialmente as que usam água como solvente.
MICELA Micelas são agregados moleculares, possuindo ambas as regiões estruturais hidrofílica e
hidrofóbica, que dinamicamente se associam espontaneamente em solução.
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Considerações Sobre a Reciclagem
de Embalagens Plásticas
Flávio J. Forlin, José de Assis F. Faria
Departamento de Tecnologia de Alimentos, FEA, UNICAMP
O mercado de embalagens no mundo em 2000 alcançou a cifra de US$ 431 bilhões, da qual 22%
referem-se à América do Norte; 27% à Europa Ocidental; 15% ao Japão; 5% à América Latina; e,
31% ao resto do mundo. A participação do Brasil é de 1,65% do mercado mundial. A produção
brasileira de embalagens foi estimada em 5,5 milhões de toneladas, ou US$ 10 bilhões, em 1998,
correspondendo a 1,3 % do PIB, dos quais 61% referem-se a alimentos. O setor deve crescer em
torno de 35% em volume até o ano 2005, alcançando 7,4 milhões de toneladas ou US$ 8,7
bilhões, aos preços de 1999. Estas projeções estão baseadas no panorama atual, não
considerando substituições, exceto
a tendência da mudança das latas de alumínio por embalagem de poliéster (PET), no setor de
bebidas.
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Fontes recicláveis de materiais plásticos
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O conhecimento das estruturas químicas dos polímeros é útil para saber qual a reciclagem mais
adequada, por exemplo, o PVC (poli - cloreto de vinila) não deve se incinerado, pois gera gás de
ácido clorídrico.
Outro fator importante é saber que somente materiais termoplásticos, isto é, que podem ser
fundidos é que podem ser reciclados facilmente e totalmente. Contudo, todo tipo de reuso hoje em
dia é considerado reciclagem, então Os pneus (borrachas) podem ser moídos e são reutilizados
no asfalto e em calçamentos de concreto, até mesmo as poliuretanas, isto é, espumas de
colchões, já tem encontrado uma finalidade pós-consumo em algumas pesquisas científicas m,
mas com aplicabilidade que um dia pode ser rentável.
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Prática de obtenção de Resina fenol-formol
Materiais:
- tudo de ensaio
- Becker de 250mL
- pipetas graduadas de 5 mL
- Banho- Maria
- Bico de bunsen
- pinça de madeira
- fenol
- formol
- hidróxido de amônio
- ácido acético
Métodos:
Em um tubo de ensaio colocar 4 gramas de fenol, fundi-lo em banho-maria, acrescentar 12 mL de
formol e 3,2 mL de hidróxido de amônio concentrado. Aquecer sob o bico de bunsen por 10
minutos. Cuidados: não concentrar o aquecimento num único ponto (reagentes podem sofre
refluxo).
Deixar a solução em repouso por alguns minutos e após adicionar 8 gotas de ácido acético
glacial. Aquecer em banho – Maria por 20 minutos a 80 0 C e depois colocar em moldes de papel
alumínio. Colocar na estufa por 2 horas a 100 0 C e por duas horas ou mais a 135 0 C. Deixar
resfriar
Perguntas:
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Prática de obtenção de um polímero gelatinoso (GELÉKA)
Materiais e reagentes:
- Balão volumétrico de 100 mL
- becker de 250 mL
- bastão de vidro
- Resina PVA (poli (acetato de vinila)
- Borato de sódio
- corante
-água destilada
Método:
Perguntas:
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Prática de Obtenção do Rayon
Materiais e reagentes:
- bécker de 250 mL
- tudo de ensaio
- Bastão de vidro
- Proveta de 50 mL
- água destilada
- acetona
- acetato de celulose ou similar
Método:
Perguntas:
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Prática de Espumas
Materiais e reagentes:
2 vasilhas plásticas
1 bastão de vidro
80,0 mL de espuma de poliuretana líquida (A)
80,0 mL de catalisador específico (B)
Métodos:
Procedimento 1
Procedimento 2
Perguntas:
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Pratica de obtenção de tinta de resina acrílica
Materiais e reagentes:
-bécker de 500 mL
- bastão de vidro
- água destilada
-Carbóxi - metil - celulose (CMC)
- Licvol e polysol (estabilizantes)
- pigmento branco
- dolomita
- resina acrílica
- butil glicol
- álcool etílico
- corante
Métodos:
Perguntas:
1- Quais as finalidades das tintas?
2- Que tipos de problemas podem ocorrer quando a tinta não possui espessura de cobertura
adequada?
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