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3.

Classificação dos Classificação dos polímeros

Um polímero é uma substância macromolecular constituída por unidades estruturais


repetitivas, unidas entre si por ligações covalentes. Em alguns casos, as ligações conduzem a
uma cadeias linear, com ou sem ramificações, e noutros, a cadeias ligadas entre si formando
estruturas tridimensionais.

Os polímeros podem ser classificados como:

Polímeros- naturais, semi-sintéticos (ou artificiais), sintéticos


Termoplásticos, Termoendureciveis, Elastómeros

os polímeros que podem ser extraídos diretamente da natureza são designados por polímeros
naturais. Exemplos como o latex.

Os Polimeros artificiais sao obtidos através da manufacturação de substancias naturais, tal


como o nitrato de celulose.

Os polimeros semi-sintéticos são obtidos por reações químicas a partir de polimeros naturais,
como o nitrato de celulose.

Os polímeros sintéticos são produzidos por acção do Homem através de processos de


transformação, como reacções químicas.

Os elastómeros, que podem ter origem natural ou sintética, possuem um elevado grau de
elasticidade, isto é, quando submetidos a uma tensão, mesmo que pequena, deformam-se
significativamente.
Esta deformação é reversível, voltando o material às suas dimensões originais quando
removida a tensão.

Os termoplásticos ou termoendurecíveis classificam-se consoante a sua capacidade de serem


fundidos e solidificados repetidamente com ou sem perda significativa das suas propriedades
fundamentais. Os termoplásticos suportam vários ciclos térmicos (fusão e subsequente
solidificação) sem perda significativa das suas propriedades. Os termoendurecíveis assumem a
sua forma definitiva quando processados, ou seja, quando sujeitos a um único ciclo térmico,
não podendo voltar a ser submetidos a um aquecimento sem deterioração das suas
propriedades.

5. Propriedades dos polímeros

A densidade dos plásticos é baixa, possuindo valores compreendidos entre os 900 e 1450 kg m-
3, para polímeros no estado natural.

O Teflon é o polímero mais denso, com uma densidade de 2200 kg m-3. Sob a forma de
espuma (por exemplo, esferovite) a densidade dos polímeros pode ser reduzida a valores até
10 kg m-3.

Os polímeros são normalmente misturados com cargas e reforços, podendo, nestes casos, a
densidade subir até 3000 kg m-3 .
Todos os polímeros podem ser destruídos pelo fogo ou por um aquecimento excessivo, embora
a velocidade a que se dá essa destruição dependa do polímero, da temperatura e da duração
de exposição ao calor. Materiais como o polietileno e o polipropileno ardem com relativa
facilidade, enquanto que o teflon e as polisulfonas resistem a temperaturas da ordem dos 300
ºC. A inflamabilidade destes materiais pode ser minimizada utilizando aditivos retardadores de
chama.

Os plásticos são maus condutores térmicos e podem ser excelentes “isoladores” eléctricos. À
temperatura de 20 ºC.
A condutividade térmica típica dos materiais é cerca de 0,15 – 0,30 W m-1 ºC-1, podendo
atingir valores ainda mais baixos (0,03 W m-1 ºC-1) para materiais celulares.

A condutividade térmica dos metais, por exemplo, é cerca de três superior à dos plásticos.

Os plásticos também são maus condutores eléctricos, daí se utilizarem amplamente em


revestimentos de fios eléctricos e equipamentos de protecção.
No entanto, possuem um elevado valor de resistividade superficial podendo causar
acumulação de poeiras e descargas de electricidade estática.

O comportamento mecânico dos plásticos, quando sujeitos a deformação por aplicação de


tensões, é designado por viscoelástico. Este comportamento é devido às propriedades dos
plásticos, que combinam características elásticas, típicas dos metais, com características
viscosas, típicas dos fluidos. De uma forma geral, as propriedades mecânicas dos plásticos são
fortemente dependentes da temperatura.

(Microsoft Word - Manual Pol\355meros e Materiais polim\351ricos) (up.pt)

Propriedades químicas dos polímeros


Cada polímero pode ter suas próprias propriedades individuais. É possível, no entanto,
distinguir diversas propriedades químicas dos polímeros que são comuns a todos eles. São os
seguintes:

 Resistência a produtos químicos. Por exemplo, os plásticos utilizados nas embalagens não
reagem com os produtos químicos neles contidos.
 Isolamento eléctrico e térmico. Os polímeros são bons isolantes. É a partir deles que são
produzidos os materiais utilizados nas camadas protetoras dos cabos ou nas tomadas
elétricas. As suas propriedades relativas à resistência térmica permitem que estes materiais
sejam utilizados em residências, por exemplo, em cabos de panelas.
 Alta resistência ao mesmo tempo em que é leve . Alguns plásticos são até capazes de
flutuar.
 Fácil de processar . Os polímeros podem ser processados de diversas maneiras – eles
podem ser formados em camadas finas (por exemplo, fibras têxteis) e estruturas sólidas.
Eles podem ser facilmente formados em um formato específico.
Polímeros – exemplos de aplicações de plásticos na
indústria e construção
 fenoplásticos – plásticos à base de resinas formadas na polimerização de fenol e
formaldeído, utilizados na fabricação de cabos de ferramentas, aditivo em vernizes,
adesivos;
 resinas epóxi – plásticos termoendurecíveis utilizados, por exemplo, na produção de
laminados, adesivos metálicos, vernizes anticorrosivos e isolantes;
 polietileno – componente de diversos materiais de embalagem: caixas de leite, sacos
descartáveis;
 polipropileno – utilizado equipamentos médicos, pisos, tubos, brinquedos;
 cloreto de polivinila (PVC) – utilizado, entre outros, na produção de painéis de piso, tubos
e mangueiras, e como ingrediente de adesivos e vernizes;
 poliamida – utilizada na produção de fibras de náilon, além de engrenagens, tubos de
pressão e outras peças de máquinas, filmes para embalagens, pisos;
 policarbonato – devido à sua alta resistência, é adequado para a produção de vidros
transparentes: em edifícios bem vigiados, aeronaves, capacetes espaciais ou carros de
Fórmula 1;
 poliuretano – utilizado na criação de espumas utilizadas nas indústrias moveleira,
automotiva e têxtil, bem como na construção civil para vedação.

Propriedades e aplicações de polímeros Onde os plásticos são usados? - Portal de produtos do


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TÉCNICAS DE PROCESSAMENTO DE POLÍMEROS E SEUS COMPÓSITOS

PROCESSAMENTO POR EXTRUSÃO

A extrusão é processo de obtenção de produtos com comprimentos ilimitados e seção


transversal constante que obriga o material a passar através de um cabeçote sob condições de
pressão e temperatura controlada.

O processo de extrusão, é basicamente, um processo de formação contínua de fluido através


do orifício de uma ferramenta adequada e, subsequentemente, solidificando-a em um produto
(produto extrudido de secção transversal constante).

Os termoplásticos, é o material de alimentação, em forma de pó ou granulados, o mais


geralmente aquecido para um fluido e bombeado para dentro do molde, através de uma
extrusora de parafuso, que é então solidificada por arrefecimento depois de sair do molde. O
processamento por extrusão é realizado em um equipamento conhecido como extrusora.
Existem as extrusoras com uma única rosca e extrusoras de dupla rosca.
A extrusora é alimentada com resina através de um funil alimentador (tremonha), situado na
seção traseira. A resina é transportada ao longo do cilindro pelo movimento de rotação da
rosca. As resinas são fundidas gradativamente pelo contacto com a parede aquecida do cilindro
e o calor gerado pelo cisalhamento da massa entre a rosca e o cilindro. A rosca comprime o
polímero através da matriz, que molda o fundido na sua forma final. A técnica está
especialmente adaptada para produzir comprimentos contínuos que possuem geometrias de
seção recta constantes como, por exemplo, bastões, tubos, canais de mangueira, folhas finas e
filamentos.

ETAPAS DA EXTRUSÃO

 O material moldável, polímero, é fundido;

 Depois é forçado através da abertura de uma matriz ou estampo metálico;

 O produto extrudado é resfriado progressivamente em água até permanecer sólido;

O extrusado pode ser enrolado em bobinas, cortado em peças de dimensões especificadas, ou


cortado em grânulos regulares com faca rotativa.

PROCESSAMENTO POR INJECÇÃO

O processamento por injecção é um dos processos mais versáteis e modernos na


transformação de polímeros, que, surge como um aperfeiçoamento da tecnologia de
moldagem por transferência.
Este processo consiste basicamente em forçar o polímero a altas temperaturas, acima de sua
fusão e pressão, amolecido ou fundido, através de uma rosca “pistão”, para o interior da
cavidade de um molde. Após o resfriamento a peça é então extraída. A moldagem de injecção
é um processo intermitente composta por várias etapas que se repetem a cada ciclo, na qual
podem ser produzidas uma ou várias peças por vez. É empregada quando a quantidade de
peças termoplásticas a serem produzidas é de grande quantidade e é necessária uma boa
exactidão dimensional.
O polímero é adicionado na injectora através do funil de alimentação. A rosca gira e empurra o
polímero para a parte frontal da mesma. Enquanto a rosca gira ela recua para trás, pois precisa
de espaço à sua frente para depositar o material polimérico fundido ou amolecido e
homogeneizado. Após a deposição de uma quantidade suficiente de material depositado na
parte frontal da rosca, uma válvula presente perto do bico de injecção se abre. Neste
momento, a rosca deixa de actuar como parafuso e actuará como se fosse um pistão, fazendo
movimento para frente, empurrando assim o material para dentro das cavidades do molde.
Assim que o polímero entra através dos canais do molde, inicia-se o processo de resfriamento
do material. Depois de resfriado o material é então extraído.

ETAPAS DA INJECÇÃO

 Aquecimento e fusão da resina

 Homogeneização do material fundido

 Injecção do extrudado no interior da cavidade do molde

 Resfriamento e solidificação do material na cavidade

 Ejecção da peça moldada

PROCESSAMENTO POR INSUFLAÇÃO

O processo de moldagem por insuflação para a fabricação de recipientes de plástico é


semelhante àquele usado para a insuflação de garrafas de vidro. Em primeiro lugar, um pedaço
de tubo feito de polímero e é extrudado. Enquanto este ainda se encontra no seu estado
semifendido, o pedaço de tubo é colocado em um molde que possui a configuração desejada
para o recipiente. A peça oca é moldada pela insuflação de ar ou vapor sob pressão para o
interior do pedaço de tubo, forçando as paredes do tubo a se conformarem com os contornos
do molde. Obviamente, tanto a temperatura como a viscosidade do tubo devem ser reguladas
cuidadosamente.
PROCESSAMENTO POR COMPRESSÃO

O processo de moldagem por compressão é usado para polímeros termoendurecíveis


activados. A moldagem por compressão basicamente envolve a prensagem de uma carga de
material deformável entre as duas metades de um molde aquecido, e a sua transformação em
produto sólido sob efeito da temperatura do molde elevada. O processo de moldagem por
compressão consiste em introduzir resina termoendurecivel, que pode ter sido ou não pré-
aquecida, entre as metades abertas de um molde quente. Uma vez fechado o molde, o calor e
a pressão amolecem a resina e o plástico liquefeito é forçado a preencher as cavidades do
molde. As temperaturas de moldagem por compressão são geralmente na gama de 140-200˚C;
pressões dos moldes podem variar de 35 atm a 700 atm. Os custos dos materiais são
geralmente préaquecido para acelerar a fase de amaciamento inicial.

Moldagem por compressão é caracterizada pelo fluxo de programa e moderada carga de


material muito viscoso para encher a cavidade, e que normalmente não é adequado para a
fabricação de peças complexas, ou partes apresentando inserções frágeis.
Para uma moldagem por compressão, as quantidades apropriadas do polímero e dos aditivos
necessários, completamente misturados, são colocadas entre os membros macho e fêmea do
molde, como está ilustrado na Fig. 5. Ambas as peças do molde são aquecidas; entretanto,
somente uma dessas peças é móvel. O molde é fechado, e calor e pressão são aplicados,
fazendo com que o material plástico se torne viscoso e se ajuste à forma do molde. Antes da
moldagem, as matérias-primas podem ser misturadas e pressionadas a frio na forma de um
disco, o qual é chamado pré-conformado. O pré-aquecimento do pré-conformado reduz o
tempo e a pressão de moldagem, estende o tempo de vida útil da matriz e produz uma peça
acabada mais uniforme

PROCESSAMENTO DE TERMORRIGIDOS

Polímeros termorrígidos são aqueles que não amolecem com o aumento da temperatura e por
isso, uma vez produzidos, não podem ser ré-deformados ou reprocessados.

A fabricação dos termorrígidos é ordinariamente realizada em dois estágios:  Primeiro vem a


preparação de um polímero linear (às vezes denominado pré-polímero) como um líquido,
tendo uma pequena massa molecular.  O segundo estágio, denominado "cura", pode ocorrer
durante aquecimento e/ou pela adição de catalisador, e às vezes sob pressão. Durante a “cura”
ocorrem mudanças químicas e estruturais em escala molecular, com formação de ligações
cruzadas ou reticuladas. Termorrígidos não podem ser reciclados, não se fundem, são usáveis a
temperaturas maiores do que os termoplásticos, e são quimicamente mais inertes. Em alguns
casos somente a temperatura pode ser usada como agente de polimerização como, por
exemplo, o baquelite. Os termorrígidos podem ser processados por alguns métodos, onde se
destacam a moldagem por compressão e transferência, moldagem por injecção e por fundição.

PROCESSAMENTO DE ELASTÓMEROS
São conhecidos como borrachas, eles têm uma deformação elástica muito grande (cerca de
200%). Uma das propriedades fascinantes dos materiais elastómeros é a sua elasticidade, que
se assemelha à da borracha. Isto é, eles possuem a habilidade de serem deformados segundo
níveis de deformação muito grandes e em seguida retornarem elasticamente, tais como molas,
às suas formas originais (CALLISTER, 1991). A deformação elástica, mediante a aplicação de
uma carga de tracção, consiste em desenrolar, destorcer e rectificar as cadeias apenas
parcialmente e, como resultado, alongá-las na direcção da tensão, um fenómeno que está
representado na Fig. 7. Com a liberação da tensão, as cadeias se enrolam novamente de acordo
com as suas conformações antes da aplicação da tensão, e a peça macroscópica retorna à sua
forma origina.

Figura 7. Representação esquemática de molécula de cadeias de polímeros com ligações


cruzadas (a) em um estado sem torsões e (b) durante a deformação elástica em resposta á
aplicação de uma tensão de tracção. ( adaptada de Z. D Jastrzebski), (CALLISTER, 1991).

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