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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

TERMOPLÁSTICOS

Guilherme Arantes Ribeiro

Belo Horizonte, 05 de junho de 2019


Guilherme Arantes Ribeiro

Termoplásticos

Belo Horizonte, 05 de junho de 2019


1 Introdução

Os materiais termoplásticos recebem este nome devido suas características, que


quando são submetidos em condições de calor se tornam maleáveis. Está
característica permite que este tipo polímero posa ser moldado e trabalhado em várias
formas diferentes quando aquecidos. Uma vez que são resfriados retomam sua
consistência. Esta propriedade é possível por causa das ligações moleculares flexíveis
que possibilita a livre movimentação dos átomos.

1.1 Tipos

Entre os principais tipos de termoplásticos temos alguns exemplos como o PE, PP,
PVC, PA, PC, PET e outros.

Polietilenos – PE

Polietileno de baixa densidade e Polietileno de baixa densidade linear – PEBD e PEBDL


(LDPE e LLDPE)

Material com baixas condutividades elétrica e térmica. É resistente ao ataque de


produtos químicos. É atóxico. Flexível, leve e transparente (quando em baixas
espessuras). Muito utilizado em embalagens para alimentos e produtos de higiene
pessoal, tubos para irrigação, isolamento de fios, etc. O PEBDL é principalmente
utilizado na produção de embalagens flexíveis para alimentos.

Polietileno de alta densidade – PEAD (HDPE)

Material opaco devido à sua maior densidade e alto grau de cristalinidade. Possui
maiores propriedades mecânicas que o PEBD e PEBDL. É resistente às baixas
temperaturas, leve, impermeável, rígido, com ótimas resistências química e mecânica.
Muito resistente quimicamente o que permite sua aplicação em embalagens de
produtos de limpeza e produtos químicos. Utilizado também na fabricação de
autopeças.

Polietileno de ultra alto peso molecular – PEUAPM (UHWM)


Material extremamente difícil de ser processado pelos métodos convencionais devido
ao seu elevado peso molecular, sendo assim, é processado por compressão e extrusão
com pistão hidráulico. Suas propriedades são mantidas mesmo sob temperaturas muito
baixas. Possui alta resistência ao desgaste por abrasão, alta resistência ao impacto,
baixo coeficiente de atrito sendo assim, auto lubrificante. Possui elevada resistência
química e não absorve água. Utilizado em peças de alta performance para indústrias
alimentícia e naval, para equipamentos agrícolas, esporte e lazer, usinagem de peças
técnicas, etc.

Polipropilenos– PP

Polipropileno Homopolímero – PP Homo

Material resistente a altas temperaturas podendo ser esterilizado. Boa resistência


química e poucos solventes orgânicos podem solubilizá-lo à temperatura ambiente. Em
comparação ao PEAD possui menor densidade, maior ponto de amolecimento, maior
dureza superficial, maior rigidez, menor resistência ao impacto, maior sensibilidade à
oxidação, melhor resistência ao stress cracking e maior fragilidade a baixas
temperaturas. Material muito usado na fabricação de peças com dobradiças, autopeças,
embalagens para alimentos, fibras e monofilamentos, etc.

Polipropileno Copolímero – PP

Copo Material transparente, mais flexível e resistente (exceto resistência química) que
o homopolímero. Quando modificado com elastômeros, torna-se mais resistente ao
impacto. Possui alta resistência mecânica a baixas temperaturas. Utilizado em
utilidades domésticas, frascos, embalagens em geral.

Policloreto de Vinila – PVC

Este material plástico possui grande importância devido à sua grande versatilidade, ou
seja, com a adição de aditivos como plastificantes, lubrificantes, estabilizantes,
pigmentos e corantes, cargas entre outros aditivos, é possível obter uma infinidade de
“grades” com propriedades muito diferentes para diversas aplicações. O PVC é utilizado
em embalagens de alimentos, cosméticos e medicamentos; em mangueiras em geral;
na construção civil em tubos e conexões, em conduítes, em recobrimento de fios e
cabos, em forração, em revestimento de pisos, em esquadrias e janelas; como “couro
sintético” para indústria de calçados, bolsas e estofados; acessórios médico-
hospitalares, dentre outras diversas aplicações.

Polietileno tereftalato – PET

Material rígido e transparente sofre lenta cristalização, é amorfo, absorve muita


umidade (por ser um éster) funde sob temperaturas próximas a 265ºC. Possui
excelente resistência ao impacto, baixa permeabilidade aos gases (CO2 ). Algumas
aplicações do PET são: filamentos (fios para tecelagem), fitas magnéticas, filmes para
radiografias, laminados para impressão, embalagens para cozimento de alimentos,
garrafas para bebidas carbonatadas, frascos para alimentos, cosméticos e produtos de
limpeza.

Poliamidas – PA

Polímeros cristalinos com alta rigidez, alto ponto de fusão, alta resistência química. Alta
absorção de umidade (requer estufagem/ desumidificação anterior ao processamento).
Requer tratamento de umidificação posterior ao processamento a fim de estabilizar as
dimensões. Fácil oxidação, alta viscosidade no estado fundido (requer bicos valvulados
no processo por injeção). Algumas aplicações das PAs são: para indústria alimentícia,
automobilística, eletroeletrônica, têxtil, eletrodomésticos, química etc.

Policarbonatos – PC

Material transparente, rígido com boa resistência à oxidação (não amarela), possui boa
resistência química, não resiste a solventes aromáticos. Possui excelente resistência ao
impacto (praticamente não quebra) e boa resistência térmica. Material utilizado nas
indústrias eletroeletrônica, automobilística, médica e hospitalar, aérea (janelas de avião,
luzes de posição), lentes de semáforos etc.
2 Propriedades

Os termoplásticos podem ser fundidos facilmente com o calor (entre 135ºC e 250ºC) e
endurecidos novamente. Apresentam custo competitivo, elevada resistência mecânica e
são reprocessados podendo ser reciclados.

Reciclagem

A princípio, todos os polímeros termoplásticos são recicláveis. Os pontos críticos deste


processo são:

• Coleta

• Lavagem

• Separação

• Grau de degradação dos polímeros

• Viabilidade econômica de todo o processo

3 Processamento dos termoplásticos

Injeção

Neste processo, assim como na extrusão, o material é fundido e injetado sob pressão
em molde metálico bipartido. A própria rosca sem fim age como pistão, injetando o
material no interior da cavidade. Após o resfriamento e solidificação do material, o
molde é aberto e a peça fria é destacada.
Extrusão

Processo usado em praticamente todos os termoplásticos, consiste em passar o


material por um tubo aquecido – conhecido como “canhão” – e com o auxílio de uma
rosca sem fim funde-se no trajeto e então o faz passar por uma matriz que dará a forma
final. Utilizada principalmente no revestimento de fios, fabricação de tubos e
mangueiras, perfis contínuos e revestimento de cabos. Outros produtos produzidos por
este processo são os filmes de PE e PP largamente utilizados.
Moldagem por sopro

O polímero é extrudado na forma de um tubo – Parison – e o tubo é então posicionado


dentro de um molde bipartido. O Parison é então soprado, tomando o formato do molde.
Após o resfriamento o molde é aberto e a peça desmoldada.

Moldagem por sopro de pré-formado

Uma pré-forma é injetada e em seguida aquecida e posicionada em uma sopradora.


Hoje é processo muito comum em razão da fabricação de embalagens de PET.

Moldagem a Vácuo (Vacuum Forming)

As peças são conformadas a partir de uma chapa extrudada de um polímero aquecida


até o ponto de amolecimento, depositada sobre um molde frio, tipo cavidade, utilizando
o vácuo para moldá-la. O resfriamento é acelerado com o auxilio de sopro de ar. A peça
é desmoldada e rebarbada.

Rotomoldagem

O processo consiste em fundir o polímero, na forma de pó, dentro do próprio molde sob
movimentação planetária e sob aquecimento. O polímero fundido é depositado sobre as
paredes do molde formando uma camada uniforme. Mantendo a movimentação, o
molde é resfriado, geralmente com spray de água para acelerar o processo, e a peça é
então desmoldada.
Referências

Polímeros: Introdução e conceitos fundamentais Disponível em: http


http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0312428_05_cap_02.pdf. Acesso
em: 25 maio 2019.

MATERIAIS POLIMÉRICOS Disponível em: http


http://sites.poli.usp.br/d/pmt2100/aula11_2005%201p.pdf. Acesso em: 25 maio 2019.

Polímeros termoplásticos, termofixos e elastômeros Disponível em: http http://


www.crq4.org.br/sms/files/file/apostila_polímeros_0910082013_site.pdf. Acesso em: 28
maio 2019.

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