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Embalagens de

Plástico
Definições

Plástico → material polimérico moldável

→ capaz de ser moldado e de se deformar sem se romper

Polímero → material de alto PM, constituído de monômeros

ligados por ligações covalentes – cadeias lineares ou

ramificadas
Divisão constitutiva dos polímeros

Homopolímero: São polímeros cujas unidades moleculares


fundamentais são da mesma natureza;
Ex. Polietileno
Copolímero: São polímeros cujas unidades moleculares
fundamentais, monômeros, não são da mesma natureza;
Ex. Etileno Vinil Acetato (EVA)
Policloreto de Vinilideno (PvdC - PVC)
Aleatório

Alternado

Em blocos

Ramificado
Propriedades dos polímeros

Termofixo ou termorrígido: Podem ser moldados por meio de

temperatura e pressão, porém a operação é irreversível devido

a formação de ligações cruzadas pelas ramificações das

cadeias poliméricas.

Ex. resinas epoxi e fenólicas


Propriedades dos polímeros

Termoplástico: Podem ser moldados sob a influência de temperatura e

pressão, conservando sua nova forma, ao restabelecer as condições

de ambiente. Este ciclo pode ser repetido diversas vezes, sendo,

portanto, a forma final reversível.

Ex. PE, PP, PS, PVC, PET, etc.

Elastômero ou borracha: estica até 2x seu tamanho e volta a forma

original
Propriedades dos polímeros

Transições físicas
➔ Não há estado gasoso
➔ Todo termoplástico é líquido em altas temperaturas
Escalas de Temperaturas:
1. Tm – temperatura de “derretimento”

2. Tg – temperatura de transição vítrea.


Propriedades dos polímeros

Na prática:

Acima da Tm: polímero = líquido, perde a forma


Abaixo da Tg: polímero = sólido quebradiço

Entre Tm e Tg: polímero = composto plástico flexível

Adição de plastificantes – abaixar o valor de Tg.


Propriedades dos polímeros

T ºC T
Polímero g m ºC
PEAD -125 137
PEBD -25 98
PP -18 176
PET 69 267
PS 100 240
PVC 87 212
PVdC -35 198
Nylon 6,6 50 265
Reações de Polimerização

Por adição: a união dos monômeros é feita por simples

junção;

Por condensação: os monômeros se reúnem em

consequência de uma reação química de condensação,

com eliminação de pequenas moléculas.


Principais Polímeros
Utilizados na Produção
de Embalagens para
Alimentos
Polietileno (PE)

Mais vendido do mundo: baixo custo


Resistência e flexibilidade
Polímero simples:
Monômero: CH2 = CH2 eteno Polímero: (CH2 - CH2)n
Características dependem de:
- Grau de polimerização (número de vezes que a unidade polimérica
se repete)
- Densidade (mais ou menos ramificado)
1)Polietileno de Baixa Densidade (mais ramificado)
2)Polietileno de Alta Densidade (menos ramificado)
Polietileno (PE)

- Quanto maior a densidade

Melhor resistência mecânica

Maior “melting point”

Melhores propriedades de barreira

- Quanto menor a densidade

Melhor resistência a impacto e rasgamento


Principais características e usos:
PEBD

Boa resistência a impacto e rasgamento


Bom desempenho a baixas temperaturas
Excelente resistência química
Inerte
Termossoldável
Transparente
Baixo “melting point”
Principais características e usos:
PEBD
Barreira:
Boa para vapor d’água
Baixa para gases
Permeável a óleos e gorduras
Usos:
Sacos – grãos, sal, açúcar, pães e bolos, leite
Materiais mistos (coextrusão) – filmes e chapas - para compor
características de barreira ao vapor de água e soldabilidade
Potes e frascos – sorvete, mostarda
Tampas – condimentos, sorvetes e achocolatados
PEAD

Alta rigidez
Baixa transparência – alta cristalinidade
Maior “melting point”
Melhores propriedades de barreira – impermeável à gordura
Usos
Sacos - alimentos sensíveis à umidade, cereais para
desjejum, laticínios, “boil-in-bag” e prontos para consumo
Embalagens institucionais – engradados, bombonas e
galões
Polietileno de baixa densidade linear (PEBDL)

Quando comparado com o PEBD, o linear apresenta maior


resistência à tração, perfuração, rasgamento, impacto;
O PEBDL apresenta maior temperatura de amolecimento,
Maior transparência e brilho,
Melhor desempenho mecânico a baixas temperaturas,
Melhor soldabilidade.
Polietileno de baixa densidade linear (PEBDL)
Usos
Ideal para filmes – esticáveis e encolhíveis para envolver
pallets;

Sacolas de supermercado;

Uma das utilizações de maior volume é em filmes


encolhíveis para embalagens tipo “multipacks” e em
misturas (blendas) com PEBD. Neste caso a mistura
melhora o desempenho físico-mecânico sem afetar muito
a transparência do filme.
Polietileno de densidade muito baixa (“very low-density
polyethylene” – VLDPE)

Alta permeabilidade a gases


Alta flexibilidade e soldabilidade
Melhores propriedades mecânicas que o PEBDL, com
maior transparência e brilho
Usos
Filmes esticáveis e encolhíveis
Formulação de Adesivos (laminação)
Blendas com PP e PEAD
Coextrusão para melhorar as características de
soldabilidade.
Densidade de alguns polímeros

Polímeros Densidade g/cm3


PEBD 0,915 – 0,927
VLDPE < 0,915
PEAD 0,940 – 0,965
PEBDL 0,916 – 0,940
Polipropileno (PP)

Polímero derivado da polimerização do propileno;

Disposição das moléculas de que se compõe o polímero, pode ser

classificado em orientado e não orientado;

A orientação é o alinhamento da estrutura cristalina em materiais

poliméricos, de modo a torná-la altamente uniforme.


PP - Polipropileno

Apresenta resistência a altas temperaturas, ou seja, pode ser


processado termicamente;
baixa resistência mecânica a baixas temperaturas;
boa resistência à tração (2x mais resistente que o PEBD);
baixa permeabilidade ao vapor de água;
alta permeabilidade a gases;
boa barreira a gordura;
boa resistência química;
transparente e alto brilho.
PP Biorientado

A biorientação melhora as características de:


- barreira ao vapor de água e a gases,
- o desempenho mecânico,
- a transparência,
- brilho (proporciona ótima superfície para impressão),
- aumenta a resistência ao rasgamento no caso de filmes e
- proporciona filmes perolados.
Usos
– Laminados de uma maneira geral para doces, biscoitos,massas,
snacks;

– Garrafas sopradas para águas minerais, sucos de frutas e


outras bebidas;

– Embalagens coextrusadas sopradas para molhos de tomate,


maionese;

– Embalagens termoformadas para água, margarinas,


condimentos, queijos;

– Embalagens coextrusadas termoformadas para pratos prontos e


tampas injetadas.
Policloreto de vinila (PVC)
O policloreto de vinil ou vinila é obtido através de polimerização do
cloreto de vinila;
Propriedades dependem da formulação: utilização de aditivos
(estabilizantes, plastificantes, modificadores de impacto e outros
aditivos);
Baixo “melting point” 80ºC;
Boa barreira a gases;
Baixa barreira ao vapor d'água;
Boa transparência e brilho;
Baixa resistência ao impacto;
Resistente a óleos e gorduras e produtos químicos;
Baixa resistência térmica.
Policloreto de vinila (PVC)
Usos:
Na França e Espanha garrafas de PVC para óleos comestíveis;

Alguns vinhos franceses;

Alemanha e Suécia - cervejas não pasteurizadas (pequena vida de

prateleira)

Garrafas de água, vinagre;

Embalagens termoformadas para geléias e doces em pasta;

Envoltório para balas, doces, janelas de cartuchos;

Outra importante utilização é em filmes encolhíveis e esticáveis, este

último para frutas, carnes, queijos, vegetais e outros.


POLIESTIRENO - Polímero derivado da
polimerização do vinil benzeno ou estireno;

• 1. Poliestireno comum

• 2. Poliestireno alto impacto

• 3. Poliestireno expandido

• 4. Poliestireno cristal

O monômero residual de estireno


no polímero ou copolímero pode
provocar problemas de alteração de
sabor em produtos acondicionados
Poliestireno

• Termoplástico
• Cristal claro, quebradiço, brilhante como o vidro
• Solúveis em solventes clorados e aromáticos
• Densidade: 1,04 a 1,06 g/cm3
• Tg  90ºC
PS cristal

– Apresenta alta rigidez e transparência;


Baixa resistência ao impacto(quebradiço);
Pouca ou nenhuma barreira a vapor d’água e a gases
Alta transparência e brilho – muito decorativo
Usos:
Copos e embalagens para uso em aviação
Janelas em embalagens cartonadas – não enruga
POLIESTIRENO ALTO IMPACTO

• O poliestireno alto impacto é um copolímero de estireno com o


butadieno
• Apresenta maior resistência ao impacto e menor rigidez.
• É opaco, possui alta permeabilidade a gases e ao vapor de
água e baixa resistência térmica.
• As aplicações do PS alto impacto são em bandejas
termoformadas para alimentos congelados e biscoitos e em
embalagens termoformadas para água, iogurte, queijo,
manteiga e outros.
PS expandido

Modificado com uso de agente expansor e estabilizante – Isopor


Alta resistência ao impacto
Muito leve
Inerte
Resistente a óleos, gorduras, água e ácidos;
Isolante térmico
Usos
Bandejas para carnes (frescas e congeladas) e frutas
Caixa de ovo
Isolamento e acolchoamento de diversos produtos
Policloreto de vinilideno (PVdC)

Copolímeros de cloreto de vinila (20%) e de vinilideno (80%)


Termoplástico incolor e transparente
Boas propriedades de barreira (a gases, vapor d’água e aromas)
Impermeável a gorduras
Boa estabilidade química
Alto “melting point” 143ºC
Alto custo.
APLICAÇÕES DO PVdC

• Revestimento em outros filmes plásticos para melhorar a barreira a


gases e vapores. Em geral, seu uso como embalagens é na forma
de copolímeros com o cloreto de vinila em diferentes concentrações.

• Em graus especiais possui ótimo encolhimento, filme conhecido


como SARAN , nesse caso, utilizado em embalagens tipo “cryovac”.

• Possui fortes características de termossoldabilidade. Sua aplicação é


em filmes coextrusados para queijos, carnes, aves e outros. Em
bandejas coextrusadas para uso em pratos prontos.
PVdC – Cryovac
Principais Características:

● Baixíssima permeabilidade ao O2;

● Reduzida permeabilidade ao vapor d'água;

● Ótima resistência mecânica;

● Excelente transparência e brilho;

● Excepcional redução.
PVdC – Cryovac

Por ser impermeável ao ar e à umidade, evita a


desidratação e a baixa de peso no produto;
Por seu isolamento com o meio ambiente, o produto não
é desidratado;
Por suas características, assegura as propriedades
organolépticas do produto;
Por ser encolhível, se amolda aos contornos do produto,
formando uma segunda pele, tornando seu visual mais
atraente;
É utilizada para acondicionamento de carnes bovinas
fresca e industrializada, seus derivados, aves e queijos.
Poliamidas ou Nylon
– Alta estabilidade térmica e química;
– Boa barreira a gases;
– Absorção de água – modificação das propriedades mecânicas
e de barreira;
Ótimas propriedades mecânicas: tração e impacto;
– Boa resistência a óleos e gorduras;
Não termossoldável
Usos
Embalagem a vácuo para carnes e alimentos que podem ser
aquecidos na embalagem (boil-in-bag)
PET – Polietileno Tereftalato
● É um polímero formado a partir de uma reação química entre
um ácido carboxilíco e um álcool;
● Termoplástico caracterizado pela resistência mecânica, térmica
e química;
● Apresenta boa transparência, brilho, boa resistência à
perfuração, boa rigidez, resistência química e à gordura;
● Boa barreira a gases e aromas, baixa barreira ao vapor d'água;
● Boa estabilidade térmica, podendo ser utilizado na faixa
compreendida entre – 70 a 150º C;
● A metalização do filme PET, melhora significativamente a
barreira a gases, vapores e aromas.
PET - Usos
● Garrafas de diferentes volumes para o segmento de
bebidas carbonatadas, águas minerais, óleos comestíveis,
molhos, temperos;

● Para laminados de maneira geral: café, biscoitos, bolo;

● Para bandejas e potes para uso em forno de microondas e


forno convencional (pratos prontos, sopas, molhos) – Pet
cristalizado.
Usos – Forno Microondas
CERVEJA EM GARRAFA PET
SUÉCIA
EVOH

Copolímero de etileno e álcool vinílico


Características dependentes das % de cada monômero
Mais etileno:
Menor barreira
Menor absorção de água
Melhor maquinabilidade
Mais álcool
Maior ponto de fusão
Maior absorção de água
EVOH

Boa barreira a gases, vapor d’água e aromas;

Resistente a óleos e gorduras;

Boas propriedades opticas e mecânicas;

Alta estabilidade térmica;

Não absorve flavour dos alimentos.


EVOH
Usos
Pode ser coextrusado com PE e PP – proteção contra umidade, boas
propriedades de barreira e mecânica – Cerca de 80% da resina
EVOH é usada em combinação com PE e PP;
Baixa aderência a outros polímeros devido a sua polaridade química
(polares) – necessita de adesivos (exceto poliamidas);
Filmes coextrusados para carnes e produtos de carne;
Bandejas coextrusadas para pratos prontos;
Garrafas coextrusadas para molhos, maionese, sucos de frutas,
geléias, cervejas e bebidas em geral.
EVA
Copolímeros de etileno e acetato de vinila
% de acetato de vinila
5% ou menos – filmes finos: alta transparência
entre 6 e 12% - filme esticável: boa resistência ao impacto
entre 15 e 18% - filme termossoldável em blenda ou coextrusão
entre 18 e 30% - adesivo
melhores propriedades mecânicas e pior barreira que o PEBD
Usos
Como termoselante e adesivo
Processos de
Transformação
1. Extrusão
- Processo de transformação de resinas destinado á

obtenção de filme extrusado e tubos;

- A extrusora é o equipamento responsável pelo

amolecimento da resina, através de temperatura e

pressão, que é então forçada por uma fenda na outra

extremidade.
1. Extrusão

•Os grãos dos polímeros são alimentados por gravidade numa extrusora e caem numa rosca sem

fim, a qual os transporta ao longo de um tubo aquecido que a envolve (ocorre a transformação do

material numa massa viscosa);

• Esse material é levado através da extrusora e no final passará através de uma matriz.
Esquema de uma extrusora
Há dois tipos de matriz: na forma circular e na forma plana

A primeira, na forma circular, permite a injeção de uma corrente


constante de ar de modo que o filme assume uma forma de
tubo, enquanto é resfriado;
O diâmetro desse tubo é normalmente 2,5 vezes maior que o da
matriz;
O filme é tracionado enquanto enrolado, sendo esse
resfriamento denominado tubular.
Observações importantes
1.usado para qualquer material termoplástico
2.coextrusão de diferentes materiais
3. uso de compostos anti-bloqueio: agentes deslisante
No segundo tipo, a massa fundida passa através da
matriz para rolos altamente polidos, os quais são
resfriados internamente por água corrente.
Os filmes, na forma de folhas, são tracionados enquanto
bobinados.
Moldagem por sopro
A) Extrusão e sopro: uso de molde único. Usado para obtenção de
garrafas, frascos. Os materiais mais usados são: PVC, PEAD e
PEBD e PP. Gera orientação transversal.
Moldagem por sopro
B) Injeção e Sopro: Usa dois moldes. No primeiro, o material é injetado
e fundido por pressões, sendo transferido ainda nesse estado físico,
para outro molde onde é soprado até assumir a forma pré-
determinada. Ex.:PEAD, PP, PS, PVC
Moldagem por sopro

C) Estiramento e sopro (stretch and blow)

Frascos bi-orientados: maior barreira a vapor d’água e gases,

melhores propriedades mecânicas e ópticas → frascos mais leves e

baratos;

Uso de pré-formas;

Reaquecimento e esticamento (orientação longitudinal) seguido

de sopro (orientação transversal), melhoria nas propriedades da

embalagem. Ex.: PET (a mais usada nesse processo), PVC, PP


Estiramento e sopro
Moldagem por injeção

A resina que alimenta o processo é fundida e forçada, sob

pressão, num molde (matriz) com o formato desejado;

Após alguns segundos, o plástico esfria e endurece assumindo a

configuração pré-determinada;
Moldagem por injeção
A matriz se abre, ejeta o corpo formado e depois se fecha

repetindo o ciclo.

Molde de 2 partes: fêmea – formato externo e macho – formato

interno

Produção de tampas, bandejas, potes de boca larga para

sorvetes, etc.

Os materiais usados são PEAD e PEBD, PP e PET(pré-

forma)
Termoformação

Aquecimento e amolecimento de uma chapa ou

lâmina termoplástica - forçada contra um molde

adquirindo seu formato;


Esquema da Termoformação
Orientação de filmes – uniaxial ou biaxial

Processo de estiramento do filme que provoca


alinhamento das macromoléculas;
Melhora a flexibilidade, transparência, resistência ao
impacto e propriedades de barreira a vapor d’água e
gases;
Permite a produção de filmes encolhíveis;
Reduz a termosoldabilidade, capacidade de esticar e
resistência ao rasgo.
Orientação de filmes – uniaxial ou biaxial

Consiste em:

1. Aquecer o filme a temperaturas de amolecimento;

2. Esticar o filme na direção da orientação;

3. Resfriar o filme esticado – há o congelamento da

posição;
Orientação de filmes – uniaxial ou biaxial

Em folhas simples: pode acontecer em 1 ou 2 etapas


Orientação longitudinal – provocada pela velocidade dos rolos
em relação à extrusora;
Orientação transversal – provocada por clips montados na
lateral;
Em filmes tubulares: biorientação simultânea
Orientação longitudinal – provocada pela velocidade dos rolos
em relação à extrusora;
Orientação transversal – provocada pela força do sopro.
Filmes encolhíveis

Memória elástica: capacidade das moléculas de um filme


orientado de retornar à sua arrumação e tamanho anteriores ao
processo de orientação.
Características desejadas:
Baixa temperatura de encolhimento;
Ampla faixa de temperatura de encolhimento;
Grau de encolhimento (varia de 15 a 80%) – pode variar com a
temperatura
Tensão após encolhimento – desejada entre 300 e 1000KPa.
Laminação

• Nenhum filme flexível, destinado ao

acondicionamento de produtos alimentícios constitui-

se em barreira total ao O2, CO2, nitrogênio, luz e

vapor d'água – cada material, em função de suas

características, constitui-se numa barreira específica

a cada um dos fatores extrínsecos.


Laminação

•Quando dois ou mais materiais são

combinados, eles não somente contribuem

para a estrutura formada com as suas

características próprias, como também podem

conferir benefícios adicionais, como maior

durabilidade, rigidez e melhor maquinabilidade.


Laminação

• Efeito sinergista, ou seja, o comportamento da estrutura

formada é maior que a soma teórica dos efeitos de cada

um dos componentes atuando isoladamente;

•Processo de unir dois ou mais filmes por adesivos ou

resina extrusada.
Laminação

Os materiais componentes de uma laminação podem ser divididos em


duas classes:
Substratos: constituídos por papel, celofane, polímeros sintéticos e
folhas de alumínio;
Produtos aplicados, depositados sobre os substratos por meio de
processos específicos. Destacam-se dentre eles, as tintas, vernizes,
“hot melt”, adesivos, resinas plásticas e outros.

• O processo de laminação pode ser: por via úmida, seca, por

parafina.
Laminação via úmida

 Consiste na aplicação de adesivo num dos substratos a


colar, ocorrendo a união antes da estufa;
 É fundamental, nesse processo, que um dos substratos
seja poroso, uma vez que a evaporação do solvente far-
se-á através dele;
 Os adesivos mais usados são: caseína, amido, dextrina,
látex, polivinil acetato e utilizam água como solvente;
 Os principais laminados para esse processo são papel
-papel; papel-alumínio.
Laminação via seca

 É efetuada nos casos em que os dois substratos a

laminar não são porosos;

 A cola é aplicada num deles, e o solvente é evaporado

antes do contato com o outro material;

 Qualquer tipo de material;

 Adesivo base aquosa ou outros solventes.


Laminação por extrusão

•A laminação por extrusão, utilizando polietileno, é


amplamente utilizada em embalagem de alimentos.
Alguns exemplos seriam: celofane – polietileno –
celofane; celofane – polietileno – alumínio; celofane –
polietileno – papel;
• Se tem o polietileno fundido, saindo da extrusora e
se aplica o mesmo entre dois substratos, após a
solidificação, o PE atuará como adesivo.
Laminação “hot melt”
Fundido a quente. Mistura adequada de vários
componentes: parafina, resinas poliméricas, aditivos
especiais, etc.
Consiste na aplicação do hot melt no substrato 1, união
com o substrato 2 e posteriormente, por contato do
laminado com cilindro refrigerado, o adesivo se solidifica;
Usos:
Embalagem cartonada para pescado
file:///C:/Users/Delson/Desktop/MARIA/AULAS-EMBALAG/Aulas/figuras/Embalagem%20figura%203.tif
COEXTRUSÃO

• Processo de produção de filmes multicamadas, através


da extrusão de resinas em diferentes extrusoras e a
junção das mesmas imediatamente na matriz plana da
extrusora.
•Em alguns casos a co-extrusão num simples filme
substitui, pelo menor custo, a laminação propriamente
dita.
Metalização a vácuo
•Consiste na deposição de metais na superfície de filmes;

•Alumínio – metal preferido - o produto acabado fica

com uma aparência de metal polido e isso exerce

grande apelo visual em gôndolas de supermercado;

•Através do uso de vernizes coloridos, a metalização

utilizando alumínio poderá simular qualquer coloração

metálica.
Metalização a vácuo

➔ 1ª etapa: Aplicação de verniz sintético no material a ser

metalizado;

➔ A finalidade é a de tornar a superfície do filme sem

imperfeições tais como microfuros e riscos que poderão

interferir na qualidade da metalização.


Metalização a vácuo

➔ Após a aplicação do verniz base, ocorre a secagem e

posteriormente o material é bobinado e colocado na

câmara de vácuo;

➔ Fusão de um metal (mais comumente alumínio);

➔ Subseqüente vaporização condensando-se a seguir numa

superfície mais fria que é justamente a do filme flexível

envernizado.
Metalização a vácuo

A principal finalidade do vácuo é a de contribuir para as

condições ótimas de vaporização do metal e

minimizar a presença de gases e vapor de água que

são indesejáveis ao processo;


Metalização a vácuo

• A camada de alumínio poderá ser depositada nas faces

interna e externa do filme, dependendo das características

de resistência necessárias;

•Quando é necessária a metalização em ambos os lados

do filme, o ciclo é repetido, com a exposição da segunda

camada aos vapores do metal.


Metalização a vácuo
• Câmaras especiais permitem metalização

simultânea em ambas as faces;

• O filme ideal para ser metalizado deve ser

disponível em: espessuras bastante pequenas, ser

inerte, apresentar boa adesão do metal ao

substrato,ser transparente, grande durabilidade, baixo

custo.
Metalização a vácuo
• A utilização prende-se aos produtos que

requerem proteção contra o ganho de umidade,

oxidação e principalmente à presença de luz

UV;

• Poliéster é o preferido por sua superfície lisa

que permite a deposição uniforme do alumínio.


Metalização a vácuo
Usos de Laminados

➔ Carne embalada à vácuo: nailon- PE;


➔ Manteigas e margarinas: papel – alumínio. O papel
confere maior rigidez e resistência mecânica;
➔ Salgadinhos: proteger contra luz, O2 e umidade –
ex.:celofane – PE; poliéster – metalização – PE; PE –
metalização – PP; celofane – PvDC – celofane e outros.
Usos de Laminados
➔ Para os diferentes tipos de alimentos desidratados são

utilizados laminados nas seguintes circunstâncias:

➔ Sopas: materiais com baixa permeabilidade à gases e ao

vapor de água; papel – PE – alumínio – PE

➔ Biscoitos: celofane – PE; celofane – PE - celofane

➔ Café: celofane – PE; poliester – metalização - PE; PP –

metalização – PE e outros.
Embalagem Tetra Brik
Polietileno: função estética e é responsável pela proteção do
papel cartão
Papel Cartão: Confere estrutura ao laminado, resistência á
tração e fácil impressão;
Polietileno: Atua como adesivo entre o papel e o alumínio;
Alumínio: Com sua colocação entre dois polietilenos, os poros
do alumínio são vedados. O alumínio é impermeável ao
oxigênio, vapor d'água e raios ultravioletas.
Polietileno: Responsável pelo sucesso da termossoldagem e
isolamento do produto contido no interior da embalagem.
Simbologia de identificação
1 PET

2 PEAD

3 V(VINÍLICOS) PVC E PvdC

4 PEBD

5 PP

6 PS

7 OUTROS
Controle de
Qualidade
1. Espessura – micrômetro;
2. Gramatura: peso de uma determinada área de material (g por
m2);
3. Identificação de materiais - os testes mais comuns
empregados para essa finalidade são:
- cor da chama quando expostos a ela;
- gotejamento após a queima;
- solubilidade;
4. Permeabilidade ao vapor d'água: avaliar a quantidade de
vapor de água que passa através de uma determinada área de
filme, considerando a espessura e o ambiente de estocagem;
5. Permeabilidade ao oxigênio:ensaio que permite determinar o
volume de oxigênio que passa através de uma área de um
filme;
6.Resistência da termossoldagem: homogeneidade do
fechamento da embalagem;
7. Odores estranhos na embalagem: ensaios organolépticos
Pode-se colocar a embalagem em contato com água potável
sem cheiro, e estocar:
T ambiente por 24h;
Em condições aceleradas, por 6 a 10 h a 50 ºC;
Ou a 80ºC
Decorrido esse tempo degusta-se a água procurando identificar
sabor estranho na mesma.
Outras Análises

Coeficiente de atrito de filmes plásticos;

Resistência ao impacto: fornece um dado das

características mecânicas dos materiais;

Resistência à tração;

Qualidade de impressão.
Laminados

➔ Migração de solventes residuais da laminação;


➔ Delaminação: adesivo impróprio,falta de pressão na
laminação;
➔ Termossoldagem;
➔ Permeabilidade.

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