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Volume 1
Edição 1
Belém-PA
2020
4
https://doi.org/10.46898/rfb.9786558890522
P778
ISBN: 978-65-5889-052-2
DOI: 10.46898/rfb.9786558890522
CDD 664.8
5
Conselho Editorial:
Prof. Dr. Ednilson Sergio Ramalho de Prof.ª Me. Neuma Teixeira dos Santos -
Souza - UFOPA (Editor-Chefe). UFRA.
Prof.ª Drª. Roberta Modesto Braga - Prof.ª Me. Antônia Edna Silva dos Santos
UFPA. - UEPA.
Prof. Me. Laecio Nobre de Macedo - Prof. Dr. Carlos Erick Brito de Sousa -
UFMA. UFMA.
Prof. Dr. Rodolfo Maduro Almeida - Prof. Dr. Orlando José de Almeida Filho
UFOPA. - UFSJ.
Prof.ª Drª. Ana Angelica Mathias Macedo Prof.ª Drª. Isabella Macário Ferro Caval-
- IFMA. canti - UFPE.
Prof. Me. Francisco Robson Alves da Sil-
va - IFPA.
Prof.ª Drª. Elizabeth Gomes Souza -
UFPA.
Diagramação:
Danilo Wothon Pereira da Silva.
Arte da capa:
Pryscila Rosy Borges de Souza.
Imagens da capa:
www.canva.com
Revisão de texto:
Os autores.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................9
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................11
4 FUNDAMENTOS ESTATÍSTICOS................................................................................27
4.1 Quimiometria....................................................................................................................28
4.2 Análise de Variância (ANOVA)....................................................................................28
4.3 Teste t de Student.............................................................................................................28
4.4 Análise discriminante linear (ADL).............................................................................29
4.5 Análise de componentes principais (ACP).................................................................29
4.6 Análise hierárquica de agrupamentos (AHA)............................................................30
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................59
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................61
SOBRE OS AUTORES..........................................................................................................68
ÍNDICE REMISSIVO............................................................................................................70
8
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
VOLUME 1 9
APRESENTAÇÃO
O Brasil é um grande produtor de frutas, graças apresentar uma enorme varieda-
de de espécies vegetais frutíferas, disponíveis em todos os seus ecossistemas, e, prin-
cipalmente na Amazônia e no Cerrado. As frutas são fontes de valiosos elementos
nutricicionais ao ser humano, como vitaminas, polifenois, flavonoides, carotenoides
e elementos minerais, contribuindo para uma dieta saudável. Elas são consumidas de
diversas formas, desde in natura, em formas de polpas, sucos, sorvetes, doces, entre
outras. Geralmente as frutas estão disponíveis à população em um período específico
do ano, a sua safra. Desta forma, para se tê-las acessíveis o ano todo, diversos proces-
sos industriais se fazem necessários, e, entre eles, temos o processamento em forma de
polpas industrializadas, que podem, então, servir de matéria-prima para outras for-
mulações (doces, sorvetes, etc.), ou mesmo para o consumo direto, em forma de seus
sucos. Todavia, para que esse produto seja disponibilizado à população de forma se-
gura, um controle de sua qualidade se faz necessário, e, para tal controle de qualidade,
a Química e a Estatística são poderosas ferramentas. Esta obra apresenta dados físico-
-químicos e tratamentos estatísticos sobre polpas de frutas industrializadas de manga
(Mangífera indica L.), morango (Fragaria ananassa Duch.) e cajá (Spondias mombim L.),
provenientes do Estado do Pará, e de três fábricas distintas. Contribuindo com infor-
mações físico-químicas (pH, condutividade elétrica, sólidos solúveis totais, umidade,
cinzas totais e cinzas insolúveis em ácido) sobre tais polpas e apresentando têcnicas es-
tatísticas (análise de variância, análise de discriminante linear, análise de componentes
principais e análise hierárquica de agrupamentos) capazes de discriminá-las, tanto em
termos de sua origem (fábricas produtores), como entre si (tipo de polpa).
10
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
12 VOLUME 1
D evido a uma cadeia produtiva até ao consumidor final, os frutos ficam ex-
postos aos diversos ambientes que alteram as suas características tanto fí-
sicas quanto nutricionais, com alguns frutos que desenvolvem o seu estado de matu-
ração depois de colhidos (climatérios) aumentando o período de prateleira, ou os que
são colhidos quando maduros menores (não climatérios), possuindo uma vida útil
(CHITARRA; CHITARRA, 2005). Tendo isso como base, as polpas de frutas indus-
trializadas surgem como alternativa para maior conservação das frutas, haja vista que
as partes comestíveis refrigeradas resultam em menores perdas pós-colheita, varie-
dade de sabores, facilidade de conservação e uso pelo consumidor, manutenção das
qualidades nutricionais, bem como servindo de matéria prima no preparo de outros
alimentos, sejam sucos, cremes, sorvetes, doces, geleias, molhos, entre outros.
O cajá (Spondias mombin L.) ou taperebá é uma árvore frutífera da família Anacar-
diaceae e cultivada nas regiões norte e nordeste do Brasil. Os seus frutos são amarelos,
com pouca quantidade de polpa e caroço volumoso, ácidos, poucos apreciados na for-
ma in natura e muito utilizados no preparo de diversos alimentos, sejam sucos, cremes
Outra fruta muito consumida pelos brasileiros, e presente em quase todas as re-
giões do mundo, é a manga (Mangífera indica L.), que pertence à família Anacardiaceae,
sendo que no Brasil, a variedade Tommy Atkins é predominante em cultivares e tem
casca de cor vermelha, sua polpa é pobre em qualidade, devido ser pouco fibrosa e
ausência de sabor, porém corresponde a 80 % das plantações e é alimento de destaque
considerando a importância na exportação de frutas frescas (ALVES; MAZZEI, 2004;
PINTO, 2002).
O morango (Fragaria anassa Duch.) é outra fruta fundamental na dieta para quem
busca uma alimentação diversificada. Os morangos são muito sensíveis a danos fí-
sicos, perda de água e de atividades de fungos fazendo com que técnicas específicas
sejam utilizadas para manutenção de suas cultivares, e a produção de sua polpa acaba
sendo vantajosa (FRANÇOSO et al., 2008).
Todos os frutos mencionados – e para além deles - existem características que lhe
são inerentes que servem de alicerce para manter o controle de qualidade e segurança
do produto oferecido ao consumidor. Desse modo, os métodos físico-químicos são
empregados na área de alimentos visando tanto garantir a fixação de identidade do
alimento, assim como orientando ações de natureza sanitária, existindo diversas análi-
ses apropriadas que buscam garantir máxima confiabilidade dos alimentos vendidos.
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
14
CAPÍTULO 2
O mesmo decreto inclui a definição de polpa mista como sendo “a bebida obtida
pela mistura de fruta polposa com outra fruta polposa ou fruta não polposa ou com a
parte comestível do vegetal, ou com misturas destas” (BRASIL, 2009). Por mais que as
polpas sejam comercializadas em sua vasta maioria apenas por um tipo de fruta, para
realce de sabor, ela poderá ser combinada com outros frutos e/ou vegetais.
Lavagem
Recepção Seleção e Preparo dos
(Imersão e
dos frutos Classificação Frutos
Aspersão)
Despolpamento ou Tanque de
Refino
Prensagem Equilíbrio
Tratamento
Térmico
(Pausterização)
Envase
Armazenamento
sob congelamento
Dessa forma, esse produto está cada vez mais atrelado na alimentação cotidiana,
em virtude da mudança dos hábitos de vida aliado ao maior consumo de frutas como
fator para a promoção da qualidade de vida. Isso denota que as polpas de frutas estão
cada vez mais regidas por normas que visam constituir o seu controle de qualidade.
Com base nisso, para que o produto contenha todas as suas características, sejam
organolépticas quanto nutricionais, é preciso que as industriais, mesmo aquelas de pe-
queno porte, levem em consideração as Boas Práticas de Fabricação (BPA) e os órgãos
de vigilância sanitária realizem constantes fiscalizações.
A Mangueira (Mangifera indica L.) é uma árvore (Figura 3a) pertencente à família
anacardiácea, sendo de origem asiática, mas que encontrou no Brasil excelentes con-
dições edafoclimáticas para o seu desenvolvimento e produção. Seu fruto (Figura 3b),
denominado de manga, se constitui em uma drupa com enorme variação no tamanho,
peso, forma (reniforme, ovada, arredondada, cordiforme) e na cor (diversas tonalida-
des de verde, amarelo e vermelho) (SANTOS et al., 2020). Ela é cultivada em todas as
cinco regiões do Brasil, mas as regiões Nordeste e Sudeste se destacam nessa produ-
ção, atendendo às necessidades do mercado interno e externo (ARAÚJO et al.; 2017).
Capítulo 2
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
18 VOLUME 1
Figura3.3.Árvore
Figura Árvoreda
damangueira
mangueiraeeseu
seufruto
fruto(manga)
(manga)
(b)
(a)
(b)
(a)
Santos et al. (2013) destacam ainda que a comercialização do fruto in natura é até
certo ponto desfavorável, pois por ser um alimento perecível, a sua deterioração é bem
rápida. Mas, ao aplicar técnicas de refrigeração, desidratação e congelamento (Figura
2), com a intenção de transformar em polpa, há uma maior durabilidade do fruto.
Por ser uma planta que produz frutos altamente perecíveis, o manejo deve es-
tar pautado dentro das BPA e obedecendo a uma cadeia produtiva e logística que
garanta a qualidade da matéria prima (ANTONIOLLI, 2007; FERREIRA; SPRICIGO;
SARGENT, 2017). Há de ser pontuado que no caso do morango, a classificação e em-
balagem ocorrem logo durante a colheita em campo, afetando os critérios de classifica-
Capítulo 2
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
20 VOLUME 1
ção e seleção já que podem não terem sidos realizados de forma eficiente (FERREIRA;
SPRICIGO; SARGENT, 2017).
Figura 5. Planta (a) e fruto do morangueiro (Fragaria x ananassa Duch.) (b)
(a) (b)
Por outro lado, o morango é bem aceito sensorialmente por conta de seu fruto
polposo, cor vermelha bastante atrativa e sabor ácido característico, estando presente
em diversas preparações alimentícias ou em formas farmacêuticas mascarando sabo-
res desagradáveis dos medicamentos, como o xarope. O processamento da polpa em
purê pode ser dado por diversos fatores aumentando o período de prateleira e de ar-
mazenamento.
Por ser uma fruta que o consumidor escolha de preferência consumir fresca, a
sua perecibilidade é alta fazendo com que o cliente busque prolongar o seu consumo.
Portanto, acaba sendo interessante o morango processado em purê, havendo o aumen-
to da estabilidade do fruto e seu período de prateleira/armazenamento, o emprego do
fruto concentrado na forma de polpa pasteurizada é dado também devido à facilidade
de uso, manutenção da cor e o sabor em sucos, vitaminas, mousses, cremes, sorvetes,
recheios, iogurtes, geleias, néctar, entre outros, perdendo apenas a textura (ANTU-
NES; REISSER JUNIOR; SCHWENGBER, 2016).
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EM
POLPAS DE FRUTAS
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
22 VOLUME 1
3.1 UMIDADE
(�� ��� )
Umidade (%) = 100 − � . 100� (1)
��
� . ���
𝐂𝐂𝐂𝐂(%) = �
(2)
(���) . ���
𝐂𝐂𝐂𝐂(%) = (3)
�
Capítulo 3
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EM POLPAS DE FRUTAS
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
24 VOLUME 1
carnosos tendem a ser mais doces e ácidos, dessa forma, a acidez total mensurada em
ensaios de titulação são úteis no sentido de serem eficientes na determinação da matu-
ração de frutas e contribuindo, ainda, para a indicação da estabilidade ou deterioração
de polpas de frutas, tendo em vista que alimentos mais ácidos naturalmente tendem a
não deteriorar com facilidade (CECCHI, 2003).
�.��� .�
A= . 100 (4)
�
3.6 pH
O teor de SST é medido por meio de uma escala numérica que foi criada por
Adolf Ferdinand Wenceslaus. Essa escala varia conforme a luz desvia através da deso-
rientação provocada pela água destilada. Nesse caso, nas análises de polpas de frutas,
o que é mensurado é a quantidade de compostos solúveis que estão contidas em uma
determinada solução (açúcar, sal, proteínas, ácidos, etc.) (ELIAS, 2015), buscando-se
indiretamente mensurar o conteúdo de açúcares, ou o grau de maturação das polpas,
avaliando principalmente se as colheitas foram feitas em período oportuno. De tal for-
ma que polpas de frutas com grau Brix considerável podem ter mais possibilidade de
serem aceitas sensorialmente.
A determinação dos SST das polpas foi realizada com o auxílio de um refratôme-
tro portátil (INSTRUTHERM, modelo RT-30 ATC), com escala de 0 a 30º Brix, trans-
ferindo-se de 1 a 2 gotas da amostra homogeneizada em temperatura ambiente até o
completo espalhamento no prisma do aparelho, sendo a leitura feita diretamente na
escala do aparelho.
Capítulo 3
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EM POLPAS DE FRUTAS
26
CAPÍTULO 4
FUNDAMENTOS ESTATÍSTICOS
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
28 VOLUME 1
4.1 QUIMIOMETRIA
Essa análise tem como objetivo comparar as médias de três ou mais populações,
com o intuito de investigar se elas possuem ou não diferenças entre si. Para isso, é
criada primeiramente uma hipótese nula que afirma a possibilidade das médias serem
iguais entre si, e ao mesmo tempo é elaborada a hipótese alternativa a qual discorda
da anterior e afirma a existência de discrepância entre os grupos. Com isso, tendo os
valores em tabela, aplica-se o Teste F através da equação (5) que vai determinar, a par-
tir do uso de uma tabela pré-existente e tendo como base os níveis de significância de
α = 0,05 % ou 0,01 % se a hipótese original deve ou não ser anulada (GLANTZ, 2014).
Essa técnica aplicada à química, de acordo com Correia e Ferreira (2007) per-
mite obter, por exemplo, informações a respeito de equivalências entre as amostras
que, consequentemente, corresponderam na composição química. Eles ainda comple-
mentam que o ACP reduz a dimensão dos dados originais através de novas variáveis
Capítulo 4
FUNDAMENTOS ESTATÍSTICOS
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
30 VOLUME 1
Aliás, a literatura aborda que a gênese para este método remonta desde o século
XIX onde já existiam índicios da sua utilização em diversas áreas do conhecimento,
porém com denominações diferentes. E uma das principais aplicabilidades se deu me-
diante a taxonomia numérica para a classificação de organismos na biologia (ALBU-
QUERQUE, 2013).
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E
QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE MANGA
(Mangífera indica L)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
32 VOLUME 1
Aos dados obtidos para cada uma das sete variáveis físico-químicas investiga-
das, foi processada uma análise de variância (ANOVA) de um fator, seguida de teste
de Tukey para se verificar se havia diferença significativa (α = 5 %) entre as amostras
de polpas de manga de acordo com a fábrica que a produziu (A, B ou C).
Foi feita uma análise de correlação linear entre as sete variáveis estudadas, se em-
pregando para tal o coeficiente de correlação de Spearman (ρ), considerando-se uma
significância de 5 %.
Legenda: CE = condutividade elétrica; SST = sólidos solúveis totais; CT = cinzas totais e CI = cinzas
insolúveis em ácido. Letras iguais sobre os valores das médias, na mesma coluna, indica não haver
diferença significativa (α = 5 %) entre as polpas oriundas das distintas fábricas, conforme ANOVA
seguida de teste de Tukey
A acidez média das amostras de manga foram iguais a 0,93 % (fábrica A); 1,26 %
(fábrica B) e 0,84 % (fábrica C), sendo significativamente diferentes entre si. A legisla-
ção brasileira estipula 2 % como acidez em ácido cítrico (BRASIL, 2018), valor esse bem
superior ao encontrado no presente estudo. Todavia, Benevides et al. (2008), em seus
estudos com mangas ubá, encontraram valores de acidez nas polpas entre 0,44 % e 0,63
%, que são inferiores ao encontrados no presente trabalho. A acidez das polpas varia
conforme diversos fatores, entre eles o estágio de maturação e de conservação do fruto.
Os SST médios encontrados foram de 14,72º Brix (fábrica A); 13,07º Brix (fábrica B)
e 14,04º Brix (fábrica C), sendo significativamente diferentes entre si. O mínimo estabe-
lecido em lei brasileira é de 8º Brix (BRASIL, 2018), sendo assim as polpas investigadas
obedecem ao previsto em lei. Todavia, esses resultados são inferiores ao encontrados
por Benevides et al. (2008), que variaram entre 16º Brix e 19º Brix. As variações entre os
resultados para SST podem ocorrem devido ao uso de diferentes fases de maturação
do fruto, pois com o avanço do desenvolvimento do fruto o teor de SST aumenta, logo,
estágios desiguais colaboram para teores divergentes (OLIVEIRA et al., 2014).
Capítulo 5
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE MANGA (Mangífera Indica L.)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
34 VOLUME 1
diferentes entre si. Neris, Loss e Guedes (2017) explicam que o teor de umidade em
polpas de manga depende do estádio de maturação, sendo que em estágio mais avan-
çado ocorre o aumento do teor de umidade da polpa, em decorrência das alterações
fisiológicas durante o amadurecimento, e consequentemente ocorre a redução do teor
de água da polpa. Assim, as polpas investigadas devem ser provenientes de frutos em
estágio de maturação avançado.
O pH médio das polpas de manga foram iguais a 3,95 (fábrica A); 4,10 (fábrica B);
e 3,71 (fábrica C), sendo significativamente diferentes entre si. A legislação brasileira
estabelece um valor de 5,4, para a polpa de manga (BRASIL, 2018), o que é muito supe-
rior ao encontrado neste trabalho. Já Benevides et al. (2008) encontraram pH oscilando
entre 4,12 e 4,29, valores esses mais próximos do que encontrados neste trabalho.
Um. CT CI pH CE Acidez
CT -0,114
(0,685)
CI -0,211 0,971
(0,451) (0,000)
pH -0,626 0,166 0,234
(0,012) (0,555) (0,401)
CE -0,029 0,379 0,346 0,499
(0,919) (0,164) (0,207) (0,058)
Acidez -0,678 0,151 0,247 0,852 0,562
(0,005) (0,592) (0,375) (0,000) (0,029)
SST 0,108 -0,364 -0,336 -0,448 -0,951 -0,535
(0,703) (0,182) (0,221) (0,094) (0,000) (0,040)
Legenda: CE = condutividade elétrica; SST = sólidos solúveis totais; CI = cinzas insolúveis em ácido;
CT = cinzas totais; Um. = umidade. Em cada uma das células: coeficiente ρ de correlação de Spearman
(p-valor).
Capítulo 5
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE MANGA (Mangífera Indica L.)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
36 VOLUME 1
𝐴𝐴 = 3 𝑈𝑈𝑈𝑈. +713 𝑝𝑝𝑝𝑝 + 12322 𝐶𝐶𝐶𝐶 − 37 𝐴𝐴𝐴𝐴. +510 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 − 7518 (6)
�𝐵𝐵 = 1 𝑈𝑈𝑈𝑈. +512 𝑝𝑝𝑝𝑝 + 16135 𝐶𝐶𝐶𝐶 − 40 𝐴𝐴𝐴𝐴. +549 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 − 8772 �
𝐶𝐶 = 2 𝑈𝑈𝑈𝑈. +399 𝑝𝑝𝑝𝑝 + 14563 𝐶𝐶𝐶𝐶 − 98 𝐴𝐴𝐴𝐴. +550 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 − 7636
Figura 7. Gráfico das duas primeiras componentes principais para as vaiáveis umidade, pH, conduti-
vidade elétrica, acidez e sólidos solúveis totais das polpas de manga
MG.C2
MG.C1
1 .5
1 .0 MG.C5 MG.B5
MG.C4 MG.B2
0.5 MG.C3 MG.B4
MG.B3
CP 2 (23,1 %)
0.0
-0.5
MG.B1
MG.A3MG.A2
-1 .0
MG.A1
MG.A5
-1 .5 MGA4
-2.0
-2 -1 0 1 2 3 4
CP 1 (68,7 %)
Tabela 3. Contribuições das variáveis para a formação das cinco CP’s e os percentuais de explicação
de cada CP
Capítulo 5
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE MANGA (Mangífera Indica L.)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
38 VOLUME 1
riável acidez, cujo peso é de – 0,040, as demais variáveis também tiveram contribuições
importantes na formação da 2ª CP.
0.00
Similaridade (%)
33.33
45,19 %
66.67
1 00.00
MG.C4
MG.B4
MGA4
MG.A2
MG.A3
MG.A5
MG.C2
MG.C3
MG.C5
MG.B2
MG.B5
MG.B3
MG.A1
MG.C1
MG.B1
As amostras dos outros dois grupos (A e C), por sua vez, apresentam alguma
similaridade entre si (45,19 %). De forma que, esses resultados conferem com os re-
sultados de ACP, pois os agrupamentos dessas duas fábricas, na Figura 7, estão mais
próximos, por mais que disjuntos, do lado esquerdo do gráfico. Assim, as variáveis
investigadas são suficientes e eficientes na discriminação dessas polpas de manga con-
forme sua origem.
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E
QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE CAJÁ
(Spondias mombim L.)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
40 VOLUME 1
F oram coletadas quinze amostras de polpas de cajá (Spondias mombim L.), pro-
venientes de três fábricas de polpas de frutas do Estado do Pará (aqui deno-
minadas por A, B e C), sendo cinco de cada fábrica. Tais amostras eram de lotes de
fabricação distintas, e comercializadas em supermercados da Região Metropolitana de
Belém, estando todas dentro de seus prazos de validade. Ao serem adquiridas, foram
levadas para refrigerador até o momento das análises.
Aos dados obtidos para cada uma das sete variáveis físico-químicas estudadas,
foi feita uma análise de variância (ANOVA) de um fator, seguida de teste de Tukey
para se verificar se havia diferença significativa (α = 5 %) entre as amostras de polpas
de cajá conforme a fábrica produtora (A, B ou C).
Foi feita uma análise de correlação linear entre as sete variáveis estudadas, se em-
pregando para tal o coeficiente de correlação de Spearman (ρ), considerando-se uma
significância de 5 %.
Legenda: CE = condutividade elétrica; SST = sólidos solúveis totais; CT = cinzas totais e CI = cinzas
insolúveis em ácido. Letras iguais sobre os valores das médias, na mesma coluna, indica não haver dife-
rença significativa (α = 5 %) entre as polpas oriundas das distintas fábricas, conforme ANOVA seguida
de teste de Tukey.
valor das médias de CE das três empresas variou de 0,81 mS/cm a 0,91 mS/cm,
os quais não são significativamente diferentes. Esses valores foram um pouco abaixo
dos 0,97 mS/cm indicados por Piani et al. (2019) em seu trabalho sobre a análise quí-
mica do Taperebá, e também acima de Moraes Júnior (2017) que encontrou o valor
de 0,58 mS/cm em seus estudos sobre o licor de taperebá. Essa discordância entre os
resultados pode estar relacionada ao fato da CE ser um parâmetro que depende da
viscosidade, temperatura e concentração do produto, bem como quanto maior a pro-
porção de partículas em suspensão menor é a condutividade elétrica (SOUZA, 2008).
Capítulo 6
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE CAJÁ (Spondias Mombim L.)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
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maciço de Baturité, que foi de 0,84 %, bem como também são maiores do que o valor
relatado por Caldas et al. (2010) em sua investigação sobre a qualidade das polpas.
Acidez SST CT CI CE pH
SST 0,719
(0,003)
CT 0,161 0,186
(0,566) (0,506)
CI 0,246 0,237 0,914
(0,377) (0,394) (0,000)
CE 0,628 0,523 -0,077 -0,086
(0,012) (0,045) (0,784) (0,760)
pH -0,142 0,002 0,077 0,221 0,006
(0,613) (0,955) (0,786) (0,429) (0,982)
Um. 0,468 0,499 0,479 0,329 0,331 -0,159
(0,079) (0,058) (0,071) (0,232) (0,229) (0,572)
Legenda: CE = condutividade elétrica; SST = sólidos solúveis totais; CI = cinzas insolúveis em ácido;
CT = cinzas totais; Um. = umidade. Em cada uma das células: coeficiente ρ de correlação de Spearman
(p-valor).
Capítulo 6
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE CAJÁ (Spondias Mombim L.)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
44 VOLUME 1
2.0 CJ.A5
CJ.A4
1 .5
CJ.A3
1 .0
CP 2 (25,1 %)
CJ.A2 CJ.B1
0.5 CJ.A1
0.0 CJ.B2
CJ.C2
-0.5 CJ.C3 CJ.C1
CJ.B3
CJ.C4 CJ.B5
CJ.B4
-1 .0 CJ.C5
-2 -1 0 1 2 3
CP 1 (67,9 %)
Tabela 6. Contribuições das variáveis para a formação das quatro CP’s e os percentuais de explicação
de cada CP
Capítulo 6
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE CAJÁ (Spondias Mombim L.)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
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0.00
66.67
1 00.00
CJ.A4
CJ.C4
CJ.B4
CJ.A2
CJ.A3
CJ.A5
CJ.C3
CJ.C2
CJ.C5
CJ.B2
CJ.B3
CJ.B5
CJ.A1
CJ.C1
CJ.B1
Amostras de polpas de cajá
As amostras dos outros dois grupos (A e C), por sua vez, apresentam alguma
similaridade entre si (29,86 %). De forma que, esses resultados concordam com os re-
sultados de ACP, pois os agrupamentos dessas duas fábricas, na Figura 10, estão mais
próximos, por mais que disjuntos, do lado esquerdo do gráfico. Assim, as variáveis
investigadas são suficientes e eficientes na discriminação dessas polpas de cajá confor-
me sua origem.
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E
QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE MORANGO
(Fragaria ananassa Duch.)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
48 VOLUME 1
Aos dados obtidos para cada uma das sete variáveis físico-químicas investiga-
das, foi processado um teste t de Student para se verificar se havia diferença significa-
tiva (α = 5 %) entre as amostras de polpas de morango de acordo com a fábrica que a
produziu (A ou B).
Foi feita uma análise de correlação linear entre as sete variáveis estudadas, se em-
pregando para tal o coeficiente de correlação de Spearman (ρ), considerando-se uma
significância de 5 %.
Em análises de alimentos, o pH ideal deve ser abaixo de 4,5, pois esse valor deve
ser considerado a fim de que não haja o crescimento de microrganismos patogênicos.
Logo a Instrução Normativa Nº 37 de 2018 preconiza que o pH mínimo deve ser de
3,30 para as polpas de morango (BRASIL, 2018). As médias obtidas das duas fábricas
mostraram-se próximos do determinado pela legislação (3,66) (Tabela 7). Além disso,
em um estudo visando o aproveitamento da polpa de morango em geleia light, o pH
da polpa foi de 3,40 (ZAMBIAZI; CHIM; BRUSCATTO, 2006), valor este próximo ao
obtido neste trabalho. Para morangos processados e conservados em refrigeração, o
pH encontrado foi de 3,67 a 3,74 (MORAES et al., 2008), não diferindo fortemente dos
resultados do presente trabalho.
Tabela 7. Resultados das análises físico-químicas das polpas de morango
Capítulo 7
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE MORANGO (Fragaria Ananassa Duch.)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
50 VOLUME 1
res Camino Real (0, 75 %), San Andreas (0,87 %) e Camarosa (0,67 %), do município de
Bom Princípio (MUSA, 2016) e também do determinado pela legislação (0,8 %, em áci-
do cítrico). Essas diferenças entre os resultados, principalmente das encontradas por
Musa (2016) podem ser inferidas devido ao tempo de armazenamento dos produtos,
haja vista que elas foram analisadas logo após a colheita e as do presente trabalho co-
letadas em supermercados, que podem estar em prateleira por mais tempo, conferindo
em um produto mais ácido.
acaba sendo mais consoante com a da fábrica B. Há de ser ressaltado que valores muito
expressivos de umidade, como o da fábrica A, deixa o alimento suscetível a instabili-
dade microbiológica.
pH CE Acidez SST CI CT
CE -0,295
(0,407)
Acidez 0,418 0,277
(0,229) (0,439)
SST -0,177 -0,40 9 0,000
(0,625) (0,241) (1,000)
CI -0,382 -0,055 -0,491 0,494
(0,276) (0,879) (0,150) (0,147)
CT -0,406 -0,086 -0,503 0,366 0,915
(0,244) (0,813) (0,138) (0,298) (0,000)
Um. 0,139 0,591 0,600 -0,573 -0552 -0,588
(0,701) (0,072) (0,067) (0,083) (0,098) (0,074)
Legenda: CE = condutividade elétrica; SST = sólidos solúveis totais; CI = cinzas insolúveis em ácido;
CT = cinzas totais; Um. = umidade. Em cada uma das células: coeficiente ρ de correlação de Spearman
(p-valor).
𝐴𝐴 = 178,0 𝑈𝑈𝑈𝑈. +95,8 𝐶𝐶𝐶𝐶 − 860,8 𝑝𝑝𝑝𝑝 − 1028,9 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 18,5 𝐴𝐴𝐴𝐴. −142,6 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 − 6367,3
�
𝐵𝐵 = 169,1 𝑈𝑈𝑈𝑈. +91,1 𝐶𝐶𝐶𝐶 − 760,6 𝑝𝑝𝑝𝑝 − 991,3 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 17,0 𝐴𝐴𝐴𝐴. −129,3 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 − 5979,4
� (8)
3
Fábrica B MO.B3
2
2a CP (32,1 %)
MO.A2
1 MO.A3
MO.A4
0
MO.B5
MO.B1
MO.A5
MO.A1
Fábrica A
-1 MO.B2
MO.B4
-2 -1 0 1 2
1 a CP (38,8 %)
Tabela 9. Contribuições das variáveis para a formação das cinco CP’s e os percentuais de explicação
de cada CP
Capítulo 7
ESTUDO FÍSICO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO DE POLPAS DE MORANGO (Fragaria Ananassa Duch.)
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
54 VOLUME 1
0.00
8,51 %
Similaridade (%)
33.33
45,22 %
66,92 %
66.67
1 00.00
MO.A1 MO.A5 MO.B1 MO.B4 MO.B2 MO.B5 MO.B3 MO.A2 MO.A4 MO.A3
Amostras
𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 21,7 𝑈𝑈𝑈𝑈. +68,1 𝐶𝐶𝐶𝐶 − 66,1 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 488,6 𝑝𝑝𝑝𝑝 + 180,5 𝐶𝐶𝐶𝐶 − 2,2 𝐴𝐴𝐴𝐴. +4,5 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 − 1894,5
� 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐á = 21 𝑈𝑈𝑈𝑈. +79,2 𝐶𝐶𝐶𝐶 − 81,4 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 313 𝑝𝑝𝑝𝑝 − 168,6 𝐶𝐶𝐶𝐶 − 0,3 𝐴𝐴𝐴𝐴. +2,0 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 − 1454,3 � (9)
𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 23,2 𝑈𝑈𝑈𝑈. +92,7 𝐶𝐶𝐶𝐶 − 91,4 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 451,6 𝑝𝑝𝑝𝑝 − 170,2 𝐶𝐶𝐶𝐶 + 0,6 𝐴𝐴𝐴𝐴. +3,1 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 − 1930,4
Através da Figura 15 se pode observar que houve separação perfeita das amos-
tras de polpas conforme a fruta (manga, cajá e morango), em três agrupamentos dis-
tintos. Desta forma, as variáveis físico-químicas analisadas são capazes de discriminar
as polpas de frutas de manga, cajá e morango.
muito baixo, praticamente não interfere na formação da 1ª CP, desta forma ela poderia
ser descartadas nas análises, em termos da 1ª CP.
Figura 15. Gráfico das duas primeiras componentes principais para as vaiáveis físico-químicas estuda-
das em polpas de manga, cajá e morango
4
Fruta
Cajá
Manga
3
Morango
2
2a CP (25,7 %)
-1
-2
-3
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
1 a CP (55,4 %)
Tabela 11. Contribuições das variáveis para a formação das cinco CP’s e os percentuais de explicação
de cada CP
Capítulo 8
ESTUDO QUIMIOMÉTRICO CONJUNTO DAS POLPAS
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
58 VOLUME 1
33.33
66.67
1 00.00
MG.C4
MG.B4
MGA4
MO.B4
CJ.C4
CJ.A4
CJ.B4
MO.A4
MG.C3
MG.C5
MG.B5
MG.B2
MG.B3
MG.C2
MG.A5
MG.A2
MG.A3
CJ.A2
CJ.C3
CJ.C5
CJ.C2
CJ.A3
CJ.B2
CJ.B3
CJ.B5
CJ.A5
MO.A2
MO.B3
MO.A3
MO.A5
MO.B2
MO.B5
MG.C1
MG.B1
MG.A1
CJ.A1
CJ.C1
CJ.B1
MO.A1
MO.B1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
60 VOLUME 1
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POLPAS DE FRUTAS INDUSTRIALIZADAS: UM ESTUDO FÍSI-
CO-QUÍMICO E QUIMIOMÉTRICO
VOLUME 1 63
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SOBRE OS AUTORES
Lucas dos Santos Nunes
ÍNDICE REMISSIVO 50
Q
A
Quimiométrico 3, 6, 7, 31, 33, 35, 37, 39, 41, 43, 45,
Acidez 6, 23 47, 49, 51, 53, 55, 57
Ácido 6, 9, 18, 20, 23, 33, 35, 41, 43, 49, 50, 51
Alimentos 12, 13, 16, 23, 24, 48, 51, 62, 68, 69 S
Amostras 6, 7, 24, 28, 29, 30, 32, 33, 34, 35, 36, 37, Solúveis 6, 9, 23, 25, 32, 33, 35, 37, 40, 41, 43, 44,
38, 40, 43, 44, 45, 46, 48, 51, 52, 53, 54, 56, 57, 48, 49, 51, 52
58, 60
Análise 9, 23, 28, 29, 30, 32, 34, 35, 36, 38, 40, 41,
T
43, 44, 45, 48, 49, 51, 52, 53, 56, 58, 62, 68, 69
Aplicação 34, 35, 36, 38, 43, 44, 45, 51, 52, 53, 56, Técnica 29, 35, 36, 38, 43, 44, 45, 52, 53, 56, 58, 64
58, 64, 68, 69
U
C
Umidade 9, 22, 32, 33, 34, 35, 37, 40, 42, 43, 44, 48,
Cajá 6, 9, 12, 13, 18, 19, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 50, 51, 52, 53, 57
56, 57, 58, 60, 63, 64, 65, 66
Componentes 6, 9, 19, 23, 29, 32, 36, 37, 40, 44, 48, V
52, 56, 57, 64
Variáveis 28, 29, 30, 32, 35, 36, 37, 38, 40, 43, 44,
Condutividade 9, 32, 33, 35, 37, 40, 41, 43, 44, 48, 45, 46, 48, 52, 53, 56, 57, 58, 60
49, 51, 52
Estudo 3, 6, 7, 31, 33, 35, 37, 39, 41, 43, 45, 47, 49,
51, 53, 55, 57
Fins 5
Físico-Químico 4, 24
Frutas 4, 9, 12, 13, 16, 17, 22, 23, 24, 25, 32, 40, 41,
48, 50, 56, 58, 61, 62, 63, 66
Manga 6, 9, 13, 17, 18, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 45,
56, 57, 58, 60, 61, 63, 65, 66
Morango 6, 9, 13, 19, 20, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54,
56, 57, 58, 60, 61, 64, 65, 66