Você está na página 1de 77

TURBINA PELTON

Grupo 4
David José Pereira Almeida nºa2019132634

Francisco José Ramos Morais Calhindro nºa2019132425

João Pedro de Pinho Sacramento Terra Ferreira nºa2019141732

Jorge Miguel Coelho Carvalho nº a2019132713

Pedro Nunes Marques nº a2019141247

Rodrigo António Martins Clara nº a2019135333

Vasco Brito Amaral Marques Baptista nº a2019132309


Docente: Prof. Avelino Virgílio F. M. Oliveira
TURBINA PELTON

O presente trabalho tem como objetivo o estudo das turbinas Pelton.

Desta forma, de modo a facilitar o entendimento e organização do mesmo, o nosso trabalho terá a
seguinte ordem de trabalhos:

• 1- Definição geral de turbina


• 2- Introdução histórica
• 3- Contextualização / Tipos de turbinas e suas aplicações
• 4- Rendimento de turbinas
• 5- Turbina Pelton
• 6- Dimensionamento de uma turbina Pelton
1. DEFINIÇÃO GERAL DE
TURBINA
O que é uma turbomáquina? O que é uma turbina?

Uma turbomáquina é um dispositivo mecânico onde


se dá a interação entre um fluído em escoamento e
um órgão provido de pás (rotor), animado de
movimento de rotação em torno de um eixo,
havendo uma transferência de energia entre o
fluido e o rotor. Caso o fluído seja água, é usual
adotar-se a designação de Máquinas Hidráulicas

( J. Ferreira Mendes).
Figura 1.1 - Exemplos de turbomáquinas
Uma vez que neste tipo de máquinas, a transferência de energia pode dar-se do

fluído para a máquina ou da máquina para o fluido, houve a necessidade de as

classificar segundo essa propriedade.

Turbomáquina Conversão de Fluido


energia
Turbinas fluido  máquina comp. ou incomp.
Turbobombas fluido  máquina incompressível

Turboventiladores fluido  máquina compressível

Turbocompressores fluido  máquina compressível

Tabela 1.1 Classificação das TM consoante sentido de transferência de energia

Turbina é, portanto, um tipo de MH na


qual o fluído fornece energia à maquina.

Nota: Informação adaptada da sebenta de MH


Com base em diferentes critérios, outras classificações podem ser

estabelecidas. Contudo, para o presente trabalho, apenas faz sentido enunciar

as seguintes classificações (uma outra classificação será feita mais à frente).

Radiais Quando o escoamento se faz em planos


perpendiculares ao eixo de rotação.
Axiais Se o escoamento se faz em direções paralelas ao
eixo de rotação.
Mistas Se o escoamento se faz parcialmente de uma e de
outra forma supracitadas .
Tangenciais Quando o escoamento ocorre num plano
perpendicular ao eixo de rotação e na direção
tangencial.

Tabela 1.2 Classificação das TM consoante o trajeto do fluido no seu interior.

Nota: Informação adaptada da sebenta de MH


Turbina Fluido Motor
(a)
Hidráulica (a) água ou outro fluído incompressível, pouco
viscoso
Vapor (b) vapor de água, condensável

Gás (c) um gás, não condensável

Tabela 1.3 Classificação das TM quanto à natureza do fluido motor.

(b)

Nota: Informação adaptada da sebenta de MH


(c)
Abertas Quando o escoamento não é limitado por
paredes.
Fechadas Quando o rotor é envolvido por uma caixa, cujas
paredes limitam o escoamento.
Tabela 1.4 Classificação das TM quanto à limitação do escoamento.

Figura1.2: Exemplo de TM fechada (turbina Francis)

Unicelulares Quando o rotor é constituído apenas por um


conjunto de pás principais.
Multicelulares Quando o rotor é constituído por mais de um
conjunto de pás principais.
Tabela 1.5 Classificação das TM quanto ao número de elementos do rotor.

Figura1.3: Exemplo de TM multicelular (bomba


centrifuga multicelular de eixo horizontal)
2. INTRODUÇÃO HISTÓRICA
Embora bastante atuais, nomeadamente nas
centrais hidroelétricas, as turbinas remontam já à
antiguidade.

(Egípcios)
Tem se conhecimento de que os povos egípcios
usavam rodas hidráulicas (cerca de 3000 a.C).

Também os povos do médio oriente (1000 a.C)


usavam equipamentos semelhantes para o
abastecimento e moagem de grãos.

Contudo, foram as rodas de água as primeiras (Médio Oriente)

máquinas motrizes hidráulicas a serem


utilizadas, pelos romanos (100 a.C), com um
rendimento considerável (para a época).

(Romanos)
Depois da grande revolução na ciência hidráulica, no século XVIII, aquando de descobertas importantíssimas para
esta área por parte de:

Bernoulli (1730), com o Teorema da Conservação de Energia

𝑢2 𝑃
+ + H = const.
2𝑔 𝑝 × 𝑔

e de Leonhard Euler (1754) com a Equação de Euler

𝑑𝑉
𝑝× = 𝑝 × 𝑔Ԧ − 𝛻𝑃
𝑑𝑡

O engenheiro francês Claude Burdin (1788-1873), após a publicação de um artigo intitulado de “Des turbines
hydrauliques ou machines rotatoires à grande vitesse”, em 1824, atribuiu o nome “turbina” a este tipo de máquinas,
permanecendo assim até aos dias de hoje.
Uns anos mais tarde, em 1827, um dos discípulos de Burdin, Benoit Fourneyron (1802-1867), construiu uma turbina
centrífuga com uma potência de 6CV e um rendimento de 86%. Durante os anos seguintes, Burdin continuou a
aprimorar e construir turbinas, chegando mesmo a construir uma que debitava uma potência de 60CV.
Foi na década de 1870 que um inventor, de seu nome Lester
Allan Pelton, criou a turbina Pelton “como a conhecemos hoje”.
3. CONTEXTUALIZAÇÃO

Para o presente trabalho, dado o tema ser a


Figura 3.1: Barragem da Aguieira, Portugal Figura 3.2: Barragem de Tarbela, Paquistão

Turbina Pelton e, uma vez que, as turbinas

hidráulicas são, maioritariamente, utilizadas em

centrais hidroelétricas, apenas faz sentido falar

deste campo de aplicação e deste tipo de MH.

Não obstante, como é óbvio, da grande


Figura 3.3: Barragem de Alqueva, Portugal Figura 3.4: Barragem de Itaipu, Brasil
diversidade de aplicações das restantes MH’s.

Figura 3.5: Barragem de Castelo de Bode, Portugal Figura 3.6: Barragem das 3 Gargantas, China
Principais tipos de turbinas

As turbinas hidráulicas podem ser divididas em três tipos


principais: Francis, Kaplan e Pelton.

(Turbina Francis)
(Turbina Kaplan)

(Turbina Pelton)
Ação ou impulso
Antes de prosseguir, devemos saber que as turbinas podem ainda ser
classificadas segundo uma outra propriedade, a atuação do rotor
Reação
Turbina de ação (ou impulso) Turbina de reação
A energia disponível é convertida em A maior parte da energia disponível é
energia cinética convertida sob a forma de pressão
A pressão na turbina é constante A pressão reduz gradualmente enquanto
passa pelas pás da turbina
O rotor e as pás devem encontrar-se As pás estão sempre sob a ação da
numa “câmara aberta”, sujeita à pressão pressão da água
atmosférica.
Apenas uma face das pás é utilizada Ambos os lados das pás são usados
Usadas para quedas de água mais Usadas em quedas baixas e médias
elevadas
Rendimento um pouco mais baixo Rendimento um pouco mais elevado
Transformação de energia cinética linear Transformação de energia na forma de
em energia cinética rotacional pressão em energia cinética rotacional

Maior facilidade na regulação do caudal Mais difícil


e da potência sem que isso se transmita
em perdas de energia
Ex: Pelton Ex: Francis e Kaplan
O fluido entra radialmente

E sai axialmente

Turbina Francis (Reação) – Escoamento Radial


A água flui paralelamente
ao eixo da turbina
(axialmente)

Turbina Kaplan (Reação) – Escoamento Axial


Direção do
jato
(tangencial)

90º

Direção
radial

Turbina Pelton (Ação ou impulso) – Escoamento Tangencial


EN 12723 / ISO 9906
Mas como podemos escolher qual a melhor turbina 𝑛
k = 53𝑄 = Ω

a ser usada numa determinada aplicação???

Normalmente são disponibilizados, por parte dos


fabricantes, ábacos que representam as áreas de
aplicação dos diferentes tipos de turbinas. 𝑚3 1
𝑁[𝑟𝑝𝑚] × (𝑄[ 𝑠 ])2
n𝑄[𝑟𝑝𝑚] = 3
(𝐻[𝑚])4
𝑛𝑄
Ω=
53

Uma boa escolha do tipo de turbina é CRUCIAL


para que haja um bom rendimento da mesma e,
consequentemente, uma boa produção de energia
elétrica.
Deve ser feita uma interação entre os parâmetros: altura, caudal
e potência aquando da escolha do tipo de turbina!!!

De modo análogo, também


os restantes parâmetros,
como o caudal e a
potência, não serão os
valores máximos de
aplicação das turbinas,
mas sim valores de
aplicação recomendados
por este fabricante!!

De notar que estes valores de altura não são os valores


máximos de aplicação deste tipo de turbinas.
Há turbinas Pelton, por exemplo, com quedas muito
superiores a 1000m!!
De um modo MUITO geral, podemos ver abaixo
as condições que determinam a escolha de um
determinado tipo de turbina, consoante as
propriedades que tenhamos de ter em conta.

NOTA:

A escolha de um tipo de
turbina vai para além
dos parâmetros atrás
mencionados.
Localização, preço,
espaço de instalação, etc.
De notar também que os caudais podem ser igualmente grandes em são também aspetos

qualquer uma delas, mas a potência será proporcional ao produto da bastante importantes a
ter em conta, aquando da
altura de queda disponível pelo caudal volumétrico. (Gonçalves, 2007)
escolha de uma
determinada turbina.
Ainda que os ábacos e tabelas fornecidos pelos fornecedores, possam ser usados por qualquer
pessoa que queira saber qual a melhor turbina a utilizar para uma determinada aplicação, estes
não constituem a forma mais correta e acertada de o fazer.

Se quisermos ser mais


rigorosos, devemos recorrer a
coeficientes adimensionais
para determinar qual o tipo de
turbina mais indicado para o
efeito.
Velocidade especifica:
Figura: Valores de velocidade especifica para variadas geometrias
1
𝑁× 𝑄2 Nota: Relembrar que estes coeficientes apresentam valores que resultam da
Ω= 3 escolha de um determinado grupo de estudo. Logo, os valores podem diferir
(𝑔𝐻)4 um pouco, consoante o grupo de estudo que se escolha.
Podem ser usados outros coeficientes,
Velocidade especifica: N = [rad/s]
porém, a velocidade especifica é a mais
1 Q = [m^3/s]
utilizada para caracterizar o tipo de
𝑁× 𝑄2
turbina a utilizar. Ω= H = [m]
3
g = [m/s^2]
(𝑔𝐻)4

NOTA:
A utilização deste tipo de coeficientes exige
um cuidado especial pois, na literatura, é
comum utilizar-se velocidades especificas com
diferentes unidades de vários sistemas! Deve-
se, portanto, proceder à adimensionalização
dos mesmos, utilizando os fatores de
conversão adequados para o efeito.

Figura 3.7: diferentes expressões de velocidade especifica, com


diferentes unidades (imagem retirada dos PP’s do prof.)
Também o seguinte coeficiente N = [rad/s]
1
P = [w]
𝑁×𝑃2
Ω′ = 1 5 , H = [m]

𝜌2 ×(𝑔𝐻)4 g = [m/s2]
p = [kg/m3]

é frequentemente utilizado, desta vez, em função da potência.

Uma vez que, para turbinas

P=𝜂×𝜌×𝑔×𝑄×𝐻
podemos relacionar Ω com Ω’ da seguinte forma:

1 3
Ω′ 𝑁 × (𝜂 × 𝜌 × 𝑔 × 𝑄 × 𝐻)2 (𝑔𝐻)4 1
= 1 5 × 1 <=> Ω′ = 𝜂2 ×Ω

𝜌2 × (𝑔𝐻)4 𝑁× 𝑄2
Para poder relacionar ∆ com Ω utiliza-se um
Um outro coeficiente bastante diagrama, chamado de diagrama de Cordier.
utilizado é o diâmetro especifico.

Diâmetro especifico:

1 D = [m]
𝐷×(𝑔𝐻)4 Q = [m3/s]
∆= 1 ,
H = [m]
𝑄2 g = [m/s2]

Nota: De notar que, o diagrama foi construído de uma forma


empírica, com base na análise de um grande conjunto de
máquinas. Logo, a curva traçada tem apenas um valor
estatístico, não sendo, portanto, rigoroso.
Outros coeficientes adimensionais são
usualmente utilizados, dependendo do que se
pretende calcular e dos dados que possuamos.

𝑄
Coeficiente de caudal 𝑔𝐻
𝐷3 ×𝑁 Coeficiente de altura
𝐷2 ×𝑁2

𝐿
Coeficiente de binário
𝜌×𝐷5 ×𝑁
𝐹
Coeficiente de força
Coeficiente de potência
𝑃 𝜌×𝐷4 ×𝑁2
𝜌×𝐷5 ×𝑁3
4. RENDIMENTO
Estas perdas podem ser de dois tipos:

Ao projetar e dimensionar qualquer MH, As perdas mecânicas, são devidas a atritos, fugas e
aquecimento nas partes móveis da máquina.
deve-se ter em conta que nem toda a energia

disponibilizada é aproveitada uma vez que, ao As perdas hidráulicas, são devidas ao escoamento e

longo do sistema, vão ocorrendo sucessivas dependem exclusivamente da geometria da


máquina (turbilhões e descolamentos, por
perdas de energia, afetando o rendimento.
exemplo.
Existem, portanto, dois tipos de rendimento:

Rendimento Rendimento
hidráulico mecânico
O rendimento hidráulico (𝜂𝐻) está O rendimento mecânico (𝜂𝑀) está
associado à transformação da energia associado à energia aproveitada pelo
hidráulica em energia mecânica. injetor e pela potência entregue ao veio.
Rendimento
total

𝜂 = 𝜂𝐻 × 𝜂𝑀
Geralmente, para máquinas de
grandes dimensões, o 𝜂𝑀 pode
Logo, pode considerar-se: ser desprezado, fazendo 𝜂𝑀=1

𝜂 = 𝜂𝐻
Para turbinas, como já vimos,

P=𝜂×𝜌×𝑔×𝑄×𝐻
e,
P=𝐿×𝑁

podemos tirar que,

𝐿×𝑁 onde, L (binário)=


𝜂= N (velocidade de rotação)= [rad/s]
𝜌 × 𝑄 × 𝐸𝑠 H (queda útil) = [m]
𝜌 (massa volúmica)= [kg/m^3]
𝐸𝑠 = 𝑔 × 𝐻
Q (caudal volumétrico)= [m^3/s]
Es (energia por unidade de massa)= [J/kg]=[m^2/s^2]

𝐿×𝑁
𝜂=
𝜌×𝑄×𝑔×𝐻
5. TURBINA PELTON Várias alterações tem sido feitas com o
objetivo de melhorar o desempenho e a
eficiência da turbina, nomeadamente ao nível
da estrutura e design dos componentes.
Neste capítulo, vamos falar, exclusivamente,

acerca de um tipo de turbina: Turbina Pelton.

Como já foi referido, a turbina Pelton foi

criada por Lester Allan Pelton, na década de

1870. Contudo, este tipo de turbina nem

sempre foi exatamente como a conhecemos

hoje.
Ainda que esta turbina não tenha sofrido
alterações muito significativas, as que teve, vieram
contribuir para uma maior eficiência da mesma
uma vez que estas não apresentavam um corte nas
pás/baldes e o injetor era muito simples.

Figura 5.1: Desenho de uma turbina Pelton – patente (Pelton 1880).

Figura 5.2: Fotografia de uma turbina Pelton atual e seus componentes.


Após a sua invenção, na década de 1870, a turbina
sofreu alguns melhoramentos, no inicio do século XX.

Figura 5.3: Desenho de uma pá com o corte característico. Publicado em


1937 (Fulton 1937).

Figura 5.5: Desenho de uma turbina Pelton de eixo vertical, com 4 jatos.
Publicado em 1937 (Fulton 1937).
Figura 5.4: Desenho de um injetor controlado regulado por agulha.
Publicado em 1911 (Prásil 1911).
Geralmente, as turbinas Pelton são constituídas
pelos seguintes elementos:

(Carregar sobre o pretendido)

• Distribuidor

• Injetor

• Rotor

• Pás

• Sistema de travagem

• Carcaça

• Câmara de descarga
Câmara de distribuição e distribuidores
A missão do distribuidor é regular e
orientar o jato (cilíndrico) de secção
constante por um determinado caminho.
Neste caso, para o injetor.

Como podemos ver na figura ao lado, uma câmara


de distribuição pode ter vários distribuidores,
consoante o nº de injetores que tiver.

Há casos em que só existe um distribuidor e,


consequentemente, um injetor.
Injetor O injetor tem um papel importante na eficiência da
turbina. É ele o responsável pela transformação da
energia na forma de pressão, em energia cinética.

• Concêntrica O injetor é composto por um bocal, uma agulha e um


• Movimento de translação
defletor. O seu formato deve ser convergente cónico, de
na direção do jato
modo a proporcionar um jato cilíndrico.

Caso se queira aumentar a potência de


uma turbina, deve-se aumentar o nº de
injetores, podendo ir até um máximo de 6,
caso a turbina seja de eixo vertical ou 2,
caso seja horizontal.
O movimento de translação da
agulha pode ser efetuado mediante o
acionamento de uma rosca.

Como podemos ver na imagem ao lado,


o acionamento da rosca vai aproximar
ou afastar a agulha, influenciando o
diâmetro do jato e a velocidade do
mesmo.

Figura 5.6: Sistema de funcionamento do injetor da turbina Pelton do LMH


Rotor e pás É o principal e mais importante componente de
qualquer MH e, nas turbinas, em especial na
turbina Pelton, isso não é exceção.

O rotor desempenha um papel primordial no


desempenho e na eficiência da turbina. É o
responsável pela transformação da energia cinética
do jato em energia rotacional, para que depois seja
transformada em energia elétrica.

É composto, portanto, pela roda central e pelas


pás. Podendo, estas, formar uma única peça
com a roda central ou, acopladas uma a uma
por meio de elementos de fixação,
nomeadamente parafuso e porca.
Figura 5.7: Injetor de uma turbina Pelton
Sistema de travagem O sistema de travagem é composto por
um defletor e um jato de travagem.

O principio de funcionamento do defletor é


desviar o jato das pás (fig.colocar), caso se
queira parar de forma mais rápida a turbina.

Devido à grande inércia da


turbina, dado o seu peso
enorme, não é fácil pará-la. São,
por isso, usados jatos que
funcionam como contra-jato,
embatendo na parte convexa
das pás, travando-a.
Carcaça
A carcaça consiste numa estrutura metálica que
envolve o rotor e o injetor, protegendo-os. Serve
também para que a agua não salpique para o
exterior, após o jato colidir com as pás, devolvendo-a
à câmara de descarga onde, por sua vez, é
recolocada no sistema ou expulsa para o exterior.

Funciona também como segurança caso


algum componente se danifique ou
algum atrito circule no seu interior.
Mas como funciona a turbina Pelton?

O principio de funcionamento da turbina Pelton

mantém-se praticamente inalterado desde a data da

sua criação.

De um modo geral, a água, situada a uma altura

elevada, desce pela tubulação aumentando a sua

energia cinética. No fim, encontra um injetor que a faz

aumentar ainda mais, “dirigindo-a” para as pás da

turbina.
Figura: Central elétrica da barragem de Santa Luzia, Portugal
O jato, cilíndrico, embate a

alta velocidade nas pás da

turbina que, devido à sua

forma característica, dividem

o jato. Este, é dividido em


∆𝑝
𝐹= “dois”, percorre a curvatura
∆𝑡
interior da pá e volta a sair,

em sentido contrário,

formando assim, um ângulo

de quase 180º relativamente

ao seu caminho inicial.


Esta alteração do momento, cria um impulso nas pás,
gerando binário e, imprimindo assim, rotação à turbina!
Como sabemos, a pá de uma turbina Pelton
tem um septo que divide o jato de forma
uniforme. A velocidade C1 é a velocidade absoluta com
que o jato embate na pá, provocando o
movimento da mesma com uma velocidade U e
saindo da pá com uma velocidade W2.

C1

Ao decompor a força W2 nas componentes X e


Y, resultam as forças C2 e U1 em que, esta
última, devido ao momento provocado, vai ter
o mesmo sentido do deslocamento da pá,
contribuindo assim, para a velocidade da
mesma.
Cavitação e erosão nas turbinas Pelton

Um fenómeno bastante comum nas turbinas de


ação, como é o caso da Pelton, é a erosão.

Como vimos anteriormente, um fator que


influencia diretamente no rendimento da turbina é
o estado de conservação do perfil das pás.

Com o avançar do tempo, as pás e os seus Este tipo de desgaste pode provocar um
periféricos tendem a ficar desgastos devido à desbalanceamento do rotor, o que pode
erosão provocada pela água, em conjunto com trazer graves consequências (e muito
partículas duras e abrasivas. dispendiosas).
Com o objetivo de solucionar estas deficiências, a empresa austríaca ANDRITZ HYDRO,
muito conceituada em soluções hidroelétricas e eletromecânicas, desenvolveu um
revestimento de proteção a ser aplicado em turbinas.

Parâmetros a ter em conta:

• localização da central hidroelétrica. Locais geologicamente


instáveis costumam apresentar águas com elevada concentração de minerais
como o quartzo, feldspato e o corindo, minerais muito duros que resultam num
grande poder abrasivo.

• analisar o tipo de turbina; as suas condições de funcionamento


e o seu perfil hidrodinâmico.
Nem todas as turbinas são erodidas com a mesma intensidade, sendo que
Kaplan < Francis < Pelton .
Na Pelton os elementos mais erodidos são o rotor e o injetor.
O material utilizado é o “𝑆𝐻𝑋 𝑇𝑚 70”, composto por partículas de
carboneto de tungsténio inseridas num metal base que, depois,
são aplicadas através metalização por combustível HVOF.

As partículas são expelidas a velocidades


supersónicas para a superfície, criando uma
camada densa, com pouca porosidade e com
elevada resistência, o que vai atrasar
consideravelmente o desgaste da turbina.
Um outro fenómeno bastante comum nas turbinas,
chama-se cavitação. Contudo, é mais comum nas
turbinas de reação (Kaplan e Francis), do que nas de
ação (Pelton).

Ainda assim, podemos verificar a presença de cavitação


nas turbinas Pelton, ao nível do injetor. Contrariamente
às restantes turbinas, que apresentam fenómenos de
cavitação ao nível do rotor, principalmente.
Turbinas Pelton em Portugal

Em Portugal, devido a não existirem muitos locais com grande


elevação, isto é, não possuirmos muitas zonas em que seja
possível criar um grande desnível em termos de cota
(condição fundamental para a aplicação deste tipo de turbina),
o número de turbinas Pelton é bastante reduzido.

Para termos uma ideia, em Portugal existem cerca de 250


grandes barragens, destas, apenas 10 (número incerto)
possuem turbinas Pelton na sua instalação.
(a)
Onde estão as turbinas Pelton
existentes em Portugal inseridas:

• Barragem do Vale do Rossim (a)

• Barragem da Venda Nova (b) (b)


(c) (d)
• Barragem de Vilar-Tabuaço (c)

• Barragem da Ermida (d)

• Barragem do Sabugueiro (e)

• Barragem Figueiral (f)

• Barragem do Alto Rabagão (g) (h)

• Barragem de Santa Luzia (h)

• Barragem do Sordo (i)

• Barragem de Ovadas (j) (g)


Após o contacto com várias entidades, a EDP forneceu-nos alguns
dados acerca de 3 das suas barragens, que possuem turbinas Pelton.

As barragens foram as seguintes:

• Barragem da Venda Nova/Vila Nova

• Barragem do Sabugueiro

• Barragem de Vilar Tabuaço


Vila Nova/Venda Sabugueiro Tabuaço
Velocidade especifica Nova
das 3 barragens Número de 3 3 2
portuguesas grupos
Caudal 1 grp - 10,5 m3/s 1 grp – 0,66 m3/s 1 grp – 9,2 m3/s
[m3/s] 2 grp - 20 m3/s 2 grp – 0,66 m3/s 2 grp – 16 m3/s
3 grp – 30 m3/s 3 grp – 2x0,66 m3/s
Altura[m] 414,20 m 594 m 461 m
Velocidade de 482 1000 500
rotação [rpm]
Potência 1 grp – 34 MW 1 grp – 3,31 MW 1 grp – 35 MW
1 [MW] 2 grp – 64 MW 2 grp – 3,31 MW 2 grp – 58 MW
𝑁× 𝑄2 3 grp – 90 MW 3 grp – 2X3,31 MW
Ω= 3
(𝑔𝐻)4 barragem Vila Nova/Venda Sabugueiro Tabuaço
grupo Nova
1 0,32 0,13 0,29
N = [rad/s] 2 0,44 0,13 0,38
Q = [m^3/s] 3 0,54 “2 x 0,13” -
H = [m]
g = [m/s^2]
barragem Vila Nova/Venda Sabugueiro Tabuaço
grupo Nova
1 0,32 0,13 0,29
2 0,44 0,13 0,38
3 0,54 “2 x 0,13” -
6. DIMENSIONAMENTO DE
UMA TURBINA PELTON
Alguns dos cálculos que se seguem são

baseados em conceitos empíricos, deduzidos

por experimentação, ao longo dos anos. O

dimensionamento de uma turbina Pelton real

pode, portanto, carecer de mais estudo, mais


Nota:
dados do local da instalação, maior rigor e Neste capítulo é costume utilizar-se intervalos de valores
referência. Como nos encontramos em contexto académico e esta
exatidão dos processos, etc.
experiência serve apenas de complemento ao nosso trabalho,
nesses casos, procedeu-se aos cálculos com valores intermédios ou
valores mínimos/máximos, consoante a finalidade, geometria e
características/limitações do processo de produção.
De modo a tornar a nossa apresentação mais dinâmica e
interativa, procedeu-se ao cálculo, dimensionamento e projeto
de uma mini-turbina pelton, com recurso à impressão 3D.

Ao aplicarmos, na prática, os conceitos e fórmulas à frente enunciados (e


também todos os que foram abordados nas aulas), vai permitir que nós,
alunos, tenhamos uma melhor perceção da relação teórica/prática.
Relembrando, para isso, que nem sempre a vertente prática vai de
encontro ao idealizado na teórica.
Cálculo do número de jatos

Ainda que o objetivo da nossa turbina seja apenas 1


jato, o número de jatos de uma turbina real pode ser
calculado, segundo Macintyre (1983), através da
equação:

1
n× N2
a= onde, a= número de jatos
25 × H
N= potência [cv]
n= velocidade de rotação [rpm]
H= altura de queda útil [m]
Cálculo da velocidade do jato Aplicando,
1
v1 = 𝑘𝑐 × (2 × 𝑔 × 𝐻) 2

Segundo Eisenring (1991), a velocidade do jato 1


= 0,97 × (2 × 9,81 × 𝐻) 2
pode ser calculada através da seguinte equação:

Como podemos calcular uma altura se


não temos uma barragem verdadeira?

1 Simula-se uma!
v1 = 𝑘𝑐 × (2 × 𝑔 × 𝐻) 2
Pelas equações da mecânica dos fluidos é sabido que
𝑃
𝑃 = 𝜌 × 𝑔 × 𝐻 = 𝛾𝐻 <=> 𝐻 =
𝛾

onde, v1 = velocidade do jato


𝑃 𝑜 𝑞𝑢𝑒 é? 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎? ? ? 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎? ? ?
𝑘𝑐 = coeficiente de bico (0,96 a 0,98)

Bancada
Ambas!! Recorrendo à equação de Bernoulli:

𝑃 𝑢2
A pressão que o manómetro está a ler é uma + + ℎ𝑓 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡.
𝛾 2𝑔
pressão estática. Contudo, se utilizássemos
apenas o termo da pressão estática para cálculo
2
−3
da altura, estaríamos a desprezar um outro 2050 × 10
termo, algo importante. A pressão dinâmica. 𝜋 × 0,01452
3600 × 4
5+ = 5 + 0,61
2 × 9,81
Dados: 𝑃𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 = 0,5 𝑏𝑎𝑟
Q = 2050 l/h
= 5,61 m
Ø do tubo = 0,0145m
Voltando ao cálculo da velocidade do jato,
1
v1= 0,97 × (2 × 9,81 × 𝐻) =2
1
0,97 × (2 × 9,81 × 5,61) = 10,18 𝑚/𝑠
2
Cálculo do diâmetro máximo do jato Aplicando,

O diâmetro máximo do jato é fundamental no que 4×𝑄


d=
toca ao dimensionamento de qualquer turbina 𝜋×v1

Pelton, principalmente das pás e do bico injetor.

4×2050×10−3
=
Pode ser calculado através da seguinte equação: 𝜋×10,18×3600

= 0,00844 m
4×𝑄
d=
𝜋×v1

onde, d = diâmetro máximo do jato [m]


Q= caudal volumétrico [m3/s]
Cálculo da velocidade Aplicando,
periférica da roda
v2 = 𝑘𝑢 2 × 𝑔 × 𝐻
Para podermos dimensionar o rotor da
nossa e de qualquer turbina, é necessário
= 0,47 × 2 × 9,81 × 5,61
descobrir a velocidade periférica da roda: = 4,93 𝑚/𝑠

v2 = 𝑘𝑢 2 × 𝑔 × 𝐻

onde, v2 = velocidade periférica da roda [m/s]


𝑘𝑢 = coeficiente de resistência (0,45 a 0,49)
Cálculo do diâmetro da roda Aplicando,

60 × 𝑖 × v2
Valor arbitrado

D= consoante o que
À distância que vai desde o eixo de rotação 𝜋×𝑛 pensamos que seria

da turbina, ao eixo de arremesso do jato, uma boa rotação, face

dá-se o nome de roda Pelton, neste caso. 60 ×1 × 4,93 às limitações em


= termos do tamanho
𝜋 ×850
da turbina. De notar
que quanto maior o
60×𝑖×v2
D= = 0,1107 𝑚 valor arbitrado,
𝜋×𝑛 menor iria ser a nossa

turbina.

onde, D = diâmetro da roda [m]


v2 = velocidade periférica da roda [m/s]
i = relação de transmissão pretendida
n = velocidade de rotação da máquina [rpm]
Cálculo do diâmetro externo da roda Aplicando,

Dex = 𝐷 + 1,2ℎ
Após a definição de altura da pá,
podemos calcular o diâmetro externo, = 0,1107 + 1,2 × (2,7 × 0,00844)
através da seguinte equação:

= 0,138 𝑚

Dex = 𝐷 + 1,2ℎ

onde, D = diâmetro da roda [m]


Dex = velocidade periférica da roda [m/s]
h= altura da pá [m]
Número aproximado de pás Aplicando,

𝐷×𝜋
Um número de pás muito pequeno pode fazer com Z≈
2×𝑑
que haja uma perda de água sem realizar trabalho.
0,1107×𝜋
Já um número excessivo, pode elevar o custo da ≈
2×0,00844
turbina e até reduzir o rendimento.

≈ 20 𝑝á𝑠
Uma das equações que permite o cálculo do
número aproximado de pás é:

𝐷×𝜋
Z≈
2×𝑑

onde, D = diâmetro da roda [m]


d = diâmetro máximo do jato [m]
Dimensionamento da pá
• Largura da pá
b = largura da pá [m]
b = (2,5 a 3,2)d d = diâmetro máximo do jato [m]
=3,2 x 0,00844 = 0,02701 m

• Altura da pá
h = altura da pá [m]
h = (2,1 a 2,7)d d = diâmetro máximo do jato [m]
= 2,7 x 0,00844 = 0,02279 m

• Profundidade da pá t = profundidade da pá [m]


d = diâmetro máximo do jato [m]
t ≈ 0,9d
≈ 0,9 x 0,00844 = 0,0076 m
a1 = largura de abertura da pá [m]
• Largura de abertura da pá d = diâmetro máximo do jato [m]

a1 ≈ 1,2d
≈ 1,2 x 0,00844 = 0,01013m De notar que algumas das medidas restantes foram
arbitradas por nós, face às limitações da impressão.
P estática 5 m.c.a
P dinâmica 0,61 m.c.a
Altura de queda 5,61 m
Caudal 2050 l/h = 0,00057 m3/s
Ø do tubo 0,0145 m = 14,5 mm
Nº jatos 1
Vel. do jato (v1) 10,18 m/s
Ø jato (d) 0,00844 m = 8,44 mm
Vel.roda periférica (v2) 4,93 m/s
Ø roda (D) 0,1107 m = 110,7 mm
Ø roda ext. (Dext) 0,138m = 138 mm
Nº aprox. pás (z) 20
Largura (b) 0,02701 m = 27,01 mm
Altura (h) 0,02279 m = 22,79 mm
Profundidade (t) 0,0076 m = 7,6 mm
Largura da abertura (a1) 0,01013 m = 10,13 mm
Tempo total de
impressão:

42 horas
Medição da
pressão estática

Medição do
caudal
Medição da
velocidade de
rotação
Mais fotos e videos, com melhores
camaras, serão adicionados
A turbina parecia estar parada,
mesmo estando a rodar a 6220 rpm’s!!
Erros associados

Vamos agora ver a diferença que pode, o uso de


instrumentos de medida mais precisos fazer, no
dimensionamento e restantes cálculos.

Ver erro
1ª medição (com erro)
Inicialmente, para se medir a pressão estática,
devido à falta de instrumentação precisa, utilizaram- 𝑃𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 = 0,5 𝑏𝑎𝑟 = 5 m.c.a
se meios aos quais estão associados erros. 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 5,61 m.c.a = H
𝑃𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 = 0,61 m.c.a

2ª medição

𝑃𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 = 0,72 𝑏𝑎𝑟


= 7,2 m.c.a
Erro 1:
𝑃𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 = 0,61 m.c.a
Utilizou-se um manómetro de Bourdon de 10 bar, para medir
uma pressão estática menor do que 1 bar. Como é óbvio, a 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 7,81 m.c.a = H
leitura feita por nós não foi uma leitura precisa, devido à
grande escala do manómetro.
Utilizou-se um balde, um medidor e um cronómetro para 1ª medição (com erro)
medir o caudal.
Ou seja, encheu-se o balde durante determinado tempo e Q = 2050 l/h = 0,000569 m3/s
cronometrou-se esse tempo. Posteriormente, recorreu-se a
medidores para medir a quantidade de água no balde e
procedeu-se ao cálculo do caudal.

2ª medição
Erro: 36,7 %
Erro 2: Q = 1500 l/h

O tempo decorrido entre colocar a mangueira no balde e = 0,000416 m3/s


começar-se a cronometrar, tal como o retirar e parar,
traduziu um erro bastante grande. Também a pequena
quantidade de água utilizada nas medições, resultou num
erro maior.

Quanto maior o recipiente/depósito a encher, melhor serão


os resultados.
Ou seja, para sermos rigorosos, deveríamos recalcular Impensável/inconcretizável!!
os parâmetros atrás indicados e refazer a turbina!!
P estática 5 m.c.a P estática 7,2 m.c.a
P dinâmica 0,61 m.c.a P dinâmica 0,61 m.c.a
Altura de queda 5,61 m Altura de queda 7,81 m
Caudal 2050 l/h = 0,00057 m3/s Caudal 1500 l/h = 0,000416 m3/s
Ø do tubo 0,0145 m = 14,5 mm Ø do tubo 0,0145 m = 14,5 mm
Nº jatos 1 Nº jatos 1
Vel. do jato (v1) 10,18 m/s Vel. do jato (v1) 12,01 m/s
Ø jato (d) 0,00844 m = 8,44 mm Ø jato (d) 0,00665 m = 6,65 mm
Vel.roda periférica (v2) 4,93 m/s Vel.roda periférica (v2) 5,82 m/s
Ø roda (D) 0,1107 m = 110,7 mm Ø roda (D) 0,0143 m = 14,3 mm
Ø roda ext. (Dext) 0,138m = 138 mm Ø roda ext. (Dext) 0,0359 m = 35,9 mm
Nº aprox. pás (z) 20 Nº aprox. pás (z) 4
Largura (b) 0,02701 m = 27,01 mm Largura (b) 0,02128 m = 21,28 mm
Altura (h) 0,02279 m = 22,79 mm Altura (h) 0,03585 m = 35,85 mm
Profundidade (t) 0,0076 m = 7,6 mm Profundidade (t) 0,0060 m = 6,0 mm
Largura da abertura (a1) 0,01013 m = 10,13 mm Largura da abertura (a1) 0,00798 m = 7,98 mm
1
1 7770×2𝜋 1500×10−3
𝑁×𝑄2 ×( )2
Ω= 3 = 60 3600
3 = 0,64
(𝑔𝐻)4 (9,81×7,81)4

Quais as condições de rendimento máximo?

Serão os valores utilizados, valores corretos para a aplicação deste tipo de turbina?
Bibliografia

• Sebenta de Máquinas Hidráulicas e diapositivos do prof. Virgilio Oliveira


• https://apambiente.pt/index.php?ref=77&subref=839
• https://portugal.edp.com/pt-pt/producao-hidrica-e-termica
• http://www.nzdl.org/cgi-bin/library?e=d-00000-00---off-0hdl--00-0----0-10-0---
0---0direct-10---4-------0-1l--11-en-50---20-about---00-0-1-00-0-0-11----0-0-
&a=d&c=hdl&cl=CL1.11&d=HASH01b2a59a972bbec8727d699d.4.1
• https://en.wikipedia.org/wiki/Pelton_wheel
• http://www.mechanicalwalkins.com/pelton-turbine-parts-working-applications-
advantages-and-disadvantages/?fbclid=IwAR3AJNN6YtA7pSE83EN7yU-
d3jzPRqs8s8K6EQtN-77VgLxME1qd5nKBgck
• https://theconstructor.org/practical-guide/pelton-turbine-parts-working-
design-aspects/2894/
• https://themechanicalengineering.com/pelton-wheel-turbine/
• “PROJETO E IMPLEMENTAÇÃO DE UMA MICROTURBINA HIDRÁULICA PELTON EM
UMA BARRAGEM DE PEQUENO PORTE DE UMA PROPRIEDADE RURAL” – Daniel
Serafin
• “Caracterização metrológica de modelo de turbina Pelton para laboratório
didático” – Guilherme Cardoso
Um especial obrigado ao prof. João Carlos Ferreira Mendes pelos conselhos, disponibilidade
e prontidão no fornecimento de alguns acessórios e instrumentos de medida do LMH.

Agradecer também ao eng. Paulo Amaro que nos ajudou na maquinação do veio da turbina.

FIM

Você também pode gostar