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Grupo 4
David José Pereira Almeida nºa2019132634
Desta forma, de modo a facilitar o entendimento e organização do mesmo, o nosso trabalho terá a
seguinte ordem de trabalhos:
( J. Ferreira Mendes).
Figura 1.1 - Exemplos de turbomáquinas
Uma vez que neste tipo de máquinas, a transferência de energia pode dar-se do
(b)
(Egípcios)
Tem se conhecimento de que os povos egípcios
usavam rodas hidráulicas (cerca de 3000 a.C).
(Romanos)
Depois da grande revolução na ciência hidráulica, no século XVIII, aquando de descobertas importantíssimas para
esta área por parte de:
𝑢2 𝑃
+ + H = const.
2𝑔 𝑝 × 𝑔
𝑑𝑉
𝑝× = 𝑝 × 𝑔Ԧ − 𝛻𝑃
𝑑𝑡
O engenheiro francês Claude Burdin (1788-1873), após a publicação de um artigo intitulado de “Des turbines
hydrauliques ou machines rotatoires à grande vitesse”, em 1824, atribuiu o nome “turbina” a este tipo de máquinas,
permanecendo assim até aos dias de hoje.
Uns anos mais tarde, em 1827, um dos discípulos de Burdin, Benoit Fourneyron (1802-1867), construiu uma turbina
centrífuga com uma potência de 6CV e um rendimento de 86%. Durante os anos seguintes, Burdin continuou a
aprimorar e construir turbinas, chegando mesmo a construir uma que debitava uma potência de 60CV.
Foi na década de 1870 que um inventor, de seu nome Lester
Allan Pelton, criou a turbina Pelton “como a conhecemos hoje”.
3. CONTEXTUALIZAÇÃO
Figura 3.5: Barragem de Castelo de Bode, Portugal Figura 3.6: Barragem das 3 Gargantas, China
Principais tipos de turbinas
(Turbina Francis)
(Turbina Kaplan)
(Turbina Pelton)
Ação ou impulso
Antes de prosseguir, devemos saber que as turbinas podem ainda ser
classificadas segundo uma outra propriedade, a atuação do rotor
Reação
Turbina de ação (ou impulso) Turbina de reação
A energia disponível é convertida em A maior parte da energia disponível é
energia cinética convertida sob a forma de pressão
A pressão na turbina é constante A pressão reduz gradualmente enquanto
passa pelas pás da turbina
O rotor e as pás devem encontrar-se As pás estão sempre sob a ação da
numa “câmara aberta”, sujeita à pressão pressão da água
atmosférica.
Apenas uma face das pás é utilizada Ambos os lados das pás são usados
Usadas para quedas de água mais Usadas em quedas baixas e médias
elevadas
Rendimento um pouco mais baixo Rendimento um pouco mais elevado
Transformação de energia cinética linear Transformação de energia na forma de
em energia cinética rotacional pressão em energia cinética rotacional
E sai axialmente
90º
Direção
radial
NOTA:
A escolha de um tipo de
turbina vai para além
dos parâmetros atrás
mencionados.
Localização, preço,
espaço de instalação, etc.
De notar também que os caudais podem ser igualmente grandes em são também aspetos
qualquer uma delas, mas a potência será proporcional ao produto da bastante importantes a
ter em conta, aquando da
altura de queda disponível pelo caudal volumétrico. (Gonçalves, 2007)
escolha de uma
determinada turbina.
Ainda que os ábacos e tabelas fornecidos pelos fornecedores, possam ser usados por qualquer
pessoa que queira saber qual a melhor turbina a utilizar para uma determinada aplicação, estes
não constituem a forma mais correta e acertada de o fazer.
NOTA:
A utilização deste tipo de coeficientes exige
um cuidado especial pois, na literatura, é
comum utilizar-se velocidades especificas com
diferentes unidades de vários sistemas! Deve-
se, portanto, proceder à adimensionalização
dos mesmos, utilizando os fatores de
conversão adequados para o efeito.
𝜌2 ×(𝑔𝐻)4 g = [m/s2]
p = [kg/m3]
P=𝜂×𝜌×𝑔×𝑄×𝐻
podemos relacionar Ω com Ω’ da seguinte forma:
1 3
Ω′ 𝑁 × (𝜂 × 𝜌 × 𝑔 × 𝑄 × 𝐻)2 (𝑔𝐻)4 1
= 1 5 × 1 <=> Ω′ = 𝜂2 ×Ω
Ω
𝜌2 × (𝑔𝐻)4 𝑁× 𝑄2
Para poder relacionar ∆ com Ω utiliza-se um
Um outro coeficiente bastante diagrama, chamado de diagrama de Cordier.
utilizado é o diâmetro especifico.
Diâmetro especifico:
1 D = [m]
𝐷×(𝑔𝐻)4 Q = [m3/s]
∆= 1 ,
H = [m]
𝑄2 g = [m/s2]
𝑄
Coeficiente de caudal 𝑔𝐻
𝐷3 ×𝑁 Coeficiente de altura
𝐷2 ×𝑁2
𝐿
Coeficiente de binário
𝜌×𝐷5 ×𝑁
𝐹
Coeficiente de força
Coeficiente de potência
𝑃 𝜌×𝐷4 ×𝑁2
𝜌×𝐷5 ×𝑁3
4. RENDIMENTO
Estas perdas podem ser de dois tipos:
Ao projetar e dimensionar qualquer MH, As perdas mecânicas, são devidas a atritos, fugas e
aquecimento nas partes móveis da máquina.
deve-se ter em conta que nem toda a energia
disponibilizada é aproveitada uma vez que, ao As perdas hidráulicas, são devidas ao escoamento e
Rendimento Rendimento
hidráulico mecânico
O rendimento hidráulico (𝜂𝐻) está O rendimento mecânico (𝜂𝑀) está
associado à transformação da energia associado à energia aproveitada pelo
hidráulica em energia mecânica. injetor e pela potência entregue ao veio.
Rendimento
total
𝜂 = 𝜂𝐻 × 𝜂𝑀
Geralmente, para máquinas de
grandes dimensões, o 𝜂𝑀 pode
Logo, pode considerar-se: ser desprezado, fazendo 𝜂𝑀=1
𝜂 = 𝜂𝐻
Para turbinas, como já vimos,
P=𝜂×𝜌×𝑔×𝑄×𝐻
e,
P=𝐿×𝑁
𝐿×𝑁
𝜂=
𝜌×𝑄×𝑔×𝐻
5. TURBINA PELTON Várias alterações tem sido feitas com o
objetivo de melhorar o desempenho e a
eficiência da turbina, nomeadamente ao nível
da estrutura e design dos componentes.
Neste capítulo, vamos falar, exclusivamente,
hoje.
Ainda que esta turbina não tenha sofrido
alterações muito significativas, as que teve, vieram
contribuir para uma maior eficiência da mesma
uma vez que estas não apresentavam um corte nas
pás/baldes e o injetor era muito simples.
Figura 5.5: Desenho de uma turbina Pelton de eixo vertical, com 4 jatos.
Publicado em 1937 (Fulton 1937).
Figura 5.4: Desenho de um injetor controlado regulado por agulha.
Publicado em 1911 (Prásil 1911).
Geralmente, as turbinas Pelton são constituídas
pelos seguintes elementos:
• Distribuidor
• Injetor
• Rotor
• Pás
• Sistema de travagem
• Carcaça
• Câmara de descarga
Câmara de distribuição e distribuidores
A missão do distribuidor é regular e
orientar o jato (cilíndrico) de secção
constante por um determinado caminho.
Neste caso, para o injetor.
sua criação.
turbina.
Figura: Central elétrica da barragem de Santa Luzia, Portugal
O jato, cilíndrico, embate a
em sentido contrário,
C1
Com o avançar do tempo, as pás e os seus Este tipo de desgaste pode provocar um
periféricos tendem a ficar desgastos devido à desbalanceamento do rotor, o que pode
erosão provocada pela água, em conjunto com trazer graves consequências (e muito
partículas duras e abrasivas. dispendiosas).
Com o objetivo de solucionar estas deficiências, a empresa austríaca ANDRITZ HYDRO,
muito conceituada em soluções hidroelétricas e eletromecânicas, desenvolveu um
revestimento de proteção a ser aplicado em turbinas.
• Barragem do Sabugueiro
1
n× N2
a= onde, a= número de jatos
25 × H
N= potência [cv]
n= velocidade de rotação [rpm]
H= altura de queda útil [m]
Cálculo da velocidade do jato Aplicando,
1
v1 = 𝑘𝑐 × (2 × 𝑔 × 𝐻) 2
1 Simula-se uma!
v1 = 𝑘𝑐 × (2 × 𝑔 × 𝐻) 2
Pelas equações da mecânica dos fluidos é sabido que
𝑃
𝑃 = 𝜌 × 𝑔 × 𝐻 = 𝛾𝐻 <=> 𝐻 =
𝛾
Bancada
Ambas!! Recorrendo à equação de Bernoulli:
𝑃 𝑢2
A pressão que o manómetro está a ler é uma + + ℎ𝑓 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡.
𝛾 2𝑔
pressão estática. Contudo, se utilizássemos
apenas o termo da pressão estática para cálculo
2
−3
da altura, estaríamos a desprezar um outro 2050 × 10
termo, algo importante. A pressão dinâmica. 𝜋 × 0,01452
3600 × 4
5+ = 5 + 0,61
2 × 9,81
Dados: 𝑃𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 = 0,5 𝑏𝑎𝑟
Q = 2050 l/h
= 5,61 m
Ø do tubo = 0,0145m
Voltando ao cálculo da velocidade do jato,
1
v1= 0,97 × (2 × 9,81 × 𝐻) =2
1
0,97 × (2 × 9,81 × 5,61) = 10,18 𝑚/𝑠
2
Cálculo do diâmetro máximo do jato Aplicando,
4×2050×10−3
=
Pode ser calculado através da seguinte equação: 𝜋×10,18×3600
= 0,00844 m
4×𝑄
d=
𝜋×v1
v2 = 𝑘𝑢 2 × 𝑔 × 𝐻
60 × 𝑖 × v2
Valor arbitrado
D= consoante o que
À distância que vai desde o eixo de rotação 𝜋×𝑛 pensamos que seria
turbina.
Dex = 𝐷 + 1,2ℎ
Após a definição de altura da pá,
podemos calcular o diâmetro externo, = 0,1107 + 1,2 × (2,7 × 0,00844)
através da seguinte equação:
= 0,138 𝑚
Dex = 𝐷 + 1,2ℎ
𝐷×𝜋
Um número de pás muito pequeno pode fazer com Z≈
2×𝑑
que haja uma perda de água sem realizar trabalho.
0,1107×𝜋
Já um número excessivo, pode elevar o custo da ≈
2×0,00844
turbina e até reduzir o rendimento.
≈ 20 𝑝á𝑠
Uma das equações que permite o cálculo do
número aproximado de pás é:
𝐷×𝜋
Z≈
2×𝑑
• Altura da pá
h = altura da pá [m]
h = (2,1 a 2,7)d d = diâmetro máximo do jato [m]
= 2,7 x 0,00844 = 0,02279 m
a1 ≈ 1,2d
≈ 1,2 x 0,00844 = 0,01013m De notar que algumas das medidas restantes foram
arbitradas por nós, face às limitações da impressão.
P estática 5 m.c.a
P dinâmica 0,61 m.c.a
Altura de queda 5,61 m
Caudal 2050 l/h = 0,00057 m3/s
Ø do tubo 0,0145 m = 14,5 mm
Nº jatos 1
Vel. do jato (v1) 10,18 m/s
Ø jato (d) 0,00844 m = 8,44 mm
Vel.roda periférica (v2) 4,93 m/s
Ø roda (D) 0,1107 m = 110,7 mm
Ø roda ext. (Dext) 0,138m = 138 mm
Nº aprox. pás (z) 20
Largura (b) 0,02701 m = 27,01 mm
Altura (h) 0,02279 m = 22,79 mm
Profundidade (t) 0,0076 m = 7,6 mm
Largura da abertura (a1) 0,01013 m = 10,13 mm
Tempo total de
impressão:
42 horas
Medição da
pressão estática
Medição do
caudal
Medição da
velocidade de
rotação
Mais fotos e videos, com melhores
camaras, serão adicionados
A turbina parecia estar parada,
mesmo estando a rodar a 6220 rpm’s!!
Erros associados
Ver erro
1ª medição (com erro)
Inicialmente, para se medir a pressão estática,
devido à falta de instrumentação precisa, utilizaram- 𝑃𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 = 0,5 𝑏𝑎𝑟 = 5 m.c.a
se meios aos quais estão associados erros. 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 5,61 m.c.a = H
𝑃𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 = 0,61 m.c.a
2ª medição
2ª medição
Erro: 36,7 %
Erro 2: Q = 1500 l/h
Serão os valores utilizados, valores corretos para a aplicação deste tipo de turbina?
Bibliografia
Agradecer também ao eng. Paulo Amaro que nos ajudou na maquinação do veio da turbina.
FIM