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1.1 FINALIDADES:
Máquina motriz destinada a transformar em energia mecânica a energia
cinética de um fluido em movimento. O movimento do fluido através da
turbina é sempre causado por diferencial de pressão entre pontos situados
antes e depois da turbina. As turbinas possuem essencialmente dois órgãos
principais:
• Um fixo, chamado estator, no qual existem os dispositivos que permitem ao
fluido adquirir energia cinética à custa de perda de pressão (teorema de
Bernouilli)
• E um móvel, chamado rotor, destinado a transformar em movimento rotativo
(energia mecânica) a energia cinética do fluido.
2 TURBINAS HIDRÁULICAS
As turbinas hidráulicas, surgiram na França em 1824, com Claude Burdin, e foram
aperfeiçoadas com o correr dos tempos, e com esses melhoramentos e
modificações, hoje em dia essas máquinas podem atingir rendimentos superiores
a 90%. Basicamente elas são divididas em três tipos principais:
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permite regular, dentro de certos limites, a quantidade de água. A velocidade com
que a água sai do ejetor é aproximadamente constante, pois só depende da altura
da queda. Por essa razão, tais turbinas são apenas aplicáveis onde às quedas
d'água apresentam alturas consideráveis, capazes de provocar grandes
velocidades na saída do ejetor.
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turbina, com projeto adequado das palhetas no rotor, pode ser usada numa faixa
muito ampla de valores da descarga e de altura.
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nas grandes vazões e pequenas quedas. Diferentemente dos tipos anteriores, no
controle das turbinas Kaplan altera-se o passo das palhetas do rotor.
3 TURBINA A GÁS
Conquanto também não seja novo o princípio de funcionamento das turbinas a
gás, sua aplicação prática é bastante recente. Nelas, o ar atmosférico é
comprimido por um compressor rotativo (axial ou centrífugo) e em seguida
conduzido às câmaras de combustão nas quais é queimado o combustível
injetado. Com o aumento de temperatura, os gases resultantes, consistindo em
parte do ar inicialmente comprimido misturado aos produtos da combustão,
aumentam de volume. Usando-se a diferença de pressão existente entre a câmara
de combustão e a atmosfera, provoca-se a expansão destes gases nos
Estes gases em alta velocidade são então dirigidos para as palhetas do rotor,
havendo uma composição de vetores semelhante à uma turbina a vapor. Este rotor
com as palhetas móveis, ou turbina, propriamente dita, está quase sempre fixado
sobre o mesmo eixo do compressor. Se assim é, entende-se que uma máquina
construída segundo este princípio só poderá funcionar se a potência desenvolvida
pela turbina for superior à potência absorvida pelo compressor. Na primeira
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máquina construída isto não se verificou pois os rendimentos do compressor e da
turbina eram ainda muito baixos. Estiveram então as turbinas a gás relegadas ao
abandono, até que os conhecimentos adquiridos em aerodinâmica permitiram
atingir os rendimentos mínimos necessários para a obtenção de potência útil.
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compressão e preaquecimento do ar da câmara, à custa dos gases de escape.
Tais soluções, por outro lado, encarecem sobretudo a construção.
4 TURBINA EÓLICA
A energia dos ventos vem sendo considerada uma
alternativa interessante para a crise de energia de
origem térmica.
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5 TURBINA A VAPOR
Embora a idéia do aproveitamento da energia do vapor remontasse a 130 a.C.,
com Heron, somente em 1883 o engenheiro sueco Carl G. P. de Laval
desenvolveu a primeira turbina a vapor de aplicação prática, empregada no
acionamento de uma batedeira centrífuga para leite, produzindo a potência de 5
c.v. Nas turbinas a vapor, utiliza-se a diferença de pressão entre o gerador de
vapor (caldeira) e a atmosfera, ou, no caso das instalações maiores, entre a
caldeira e o condensador barométrico.
5.1 TIPOS:
Nas indústrias são empregados dois tipos de turbinas: as de uso geral e as
especiais.
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5.1.1 Uso geral:
Para acionamento de bombas, batedeiras centrífugas e ventiladores. Normalmente
são pequenas e compactas, com potência inferior a 1000HP, são produzidas em
série, em que se visa principalmente um baixo custo, mesmo com sacrifício da
eficiência da máquina e sua descarga na grande maioria das vezes se dá para a
atmosfera.
5.1.2 Especiais:
São máquinas de grande porte, bastante sofisticadas, com potência
superior a 1000HP. São fabricadas especialmente para cada aplicação, e a
eficiência tem fundamental importância e a descarga do vapor exausto se
dá para um condensador barométrico.
5.2 CARACTERÍSTICAS:
As turbinas a vapor apresentam as seguintes características:
a- Máquinas puramente rotativas;
b- Possibilidade de variação de velocidade;
c- Ausência de lubrificação interna;
d- Facilidade de operação e controle;
e- Grande confiabilidade operacional;
f- Não produzem faíscas;
g- Suportam campanhas operacionais longas;
h- Manutenção simples e econômica;
i- Vida útil bastante longa.
5.3 FUNCIONAMENTO:
As turbinas a vapor funcionam, do seguinte modo:
Primeiro lugar:,
Há necessidade de possuirmos vapor
d’água (vindo de uma caldeira ou
gerador de vapor) com uma certa
temperatura de preferência o vapor
deverá ser seco ou, por outras
palavras, não conterá umidade (que
é prejudicial ao funcionamento da
turbina). Este vapor é chamado vapor
vivo ou superaquecido. Para cada
nível de pressão há tratamentos
diferenciados da água de caldeira.
Segundo lugar
Devemos entender que o vapor sob pressão e com alta temperatura possui alta
energia - energia potencial. A energia potencial é aquela que se encontra
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APOSTILA DE TURBINAS
© SENAI - SP - 2005
Trabalho editorado pela Escola SENAI "Hessel Horácio Cherkassky" do Departamento Regional de São
Paulo
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5.4 APROVEITAMENTO DA ENERGIA
CINÉTICA:
O dispositivo da figura baseia-se no princípio de que para modificar a velocidade
de um corpo em movimento, é necessário exercer uma força sobre ele.
O jato de vapor (corpo em movimento) que sai do bocal de uma caixa fixa, tem sua
velocidade modificada ao encontrar o anteparo de um carrinho situado em sua
frente. A força resultante empurra o carrinho no sentido de levantar peso P. O
dispositivo baseia-se no princípio de que a cada ação corresponde uma reação
igual e contrária.
O jato de vapor que sai do bocal de uma caixa móvel dá origem uma força reativa
que empurra o carrinho no sentido de levanta o peso P.
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5.5.1 Turbina de Reação;
A velocidade do rotor é função da velocidade do vapor. Esta por sua vez, é função
da queda de pressão nos bocais. Logo é de grande utilidade a expansão por
estágios. Isto elimina o
inconveniente de elevada velocidade
por causa de uma grande expansão
em um só estágio.
No caso mostrado na, fig. A, tem-se uma turbina de um único estágio. Nas turbinas
de mais de um estágio, figuras. B e C, o vapor que está saindo das palhetas
móveis do primeiro estágio entra nas palhetas fixas ao corpo da turbina, sofrendo
uma mudança na sua direção, e valor numérico conforme o tipo da palheta fixa. Ao
sair destas palhetas fixas, também denominadas bocais, o vapor incide nas
palhetas móveis do segundo estágio, dando origem à outra força motora. A soma
das forças motoras do primeiro e segundo estágio dará a força motora resultante.
Se a turbina fosse de mais estágios, o processo continuaria como descrito acima, e
a força motora total seria a soma das forças dos vários estágios.
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