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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

TURBINAS A VAPOR

Vitor de Lima Alves – 211104805


Ricardo Boechat de Almeida – 21103358
Rodrigo Pereira Rocha – 21102457

Professor: André Mendes.

Rio de Janeiro
MAIO/2023
TURBINAS A VAPOR

A conservação de energia é um princípio que se aplica a qualquer sistema. As


máquinas térmicas obedecem a Primeira Lei da Termodinâmica, pois parte da energia
na forma de calor (Q) que recebem, é transformada em trabalho (T).
A turbina à vapor é um equipamento que aproveita a energia calorífica do vapor
(Energia Potencial), transformando esta energia em Energia Cinética devido a sua
expansão através dos bocais. Esta energia será transformada em Energia Mecânica
de rotação devido à força do vapor agindo sobre as pás rotativas.

Classificação das turbinas a vapor

a) Quanto ao modo de atuação do vapor:


 Turbinas de ação;
 Turbinas de reação;
 Ação e reação;
b) Quanto ao número de estágio:
 Simples;
 Duplo;
 Múltiplo;
c) Quanto à sequência de fluxo:
 Simples;
 Dupla;
 Composta;
 Tandem;
 Combinações;
d) Quanto a pressão do vapor utilizado:
 Alta pressão;
 Baixa pressão;
e) Quanto às condições de emprego:
 Condensação;
 Extração;
 Reaquecimento;
 Contrapressão;
 Combinações;
f) Quanto à velocidade de rotação:
 Baixa velocidade;
 Alta velocidade;
g) Quanto ao movimento do rotor:
 Movimento simples;
 Movimento duplo;

Existem também as turbinas de vapor à condensação, que são aquelas que


aproveitam ao máximo a energia potencial do vapor e as turbinas de vapor de
contrapressão, nas turbinas de contrapressão, o vapor de saída da turbina ainda tem
energia suficiente para alimentar outros processos industriais antes de voltar como água
para uma caldeira.

Equações fundamentais

Tem a mesma forma das equações fundamentais aplicadas as turbinas


hidráulicas.
a) Potência
W=m.u.(w1.cos β1+w2.cos β2)

Sendo:
W =potência;
mv = taxa de massa de vapor;
u = velocidade de rotação;
w1 e w2 = velocidade na entrada e saída das pás;
β1 e β2 = ângulos de entrada e saída das pás.
b) Rendimento:
 Rendimento interno da turbina à vapor:
n=Δh(real)/Δh(isoent)
 Rendimento mecânico da turbina à vapor:
nmecanico=W(util)/W(produzido)

As turbinas a vapor são diferenciadas pelos seguintes aspectos:

 Fluído de trabalho;
 Temperatura máxima de operação;
 Potência máxima;
 Vazão mássica de fluido;
 Pressão de trabalho;
 Construção;
 Dimensão;

Ações de manutenção para turbinas a vapor

a) Manutenções diárias das turbinas a vapor:


O primeiro ponto para fazer a manutenção de turbinas a vapor é considerar a
inspeção diária desses equipamentos como forma de verificar possíveis anormalidades
ou falhas, fazendo ajustes necessários ou programando uma parada para manutenção
mais abrangente.
A ideia é apenas executar a verificação de itens que podem prejudicar o
funcionamento dessas turbinas, sendo que vai haver a troca de peças ou inclusão de
serviços apenas em casos identificados como necessários.
Verificam-se os seguintes pontos:

 Os níveis e temperatura do óleo;


 A temperatura dos mancais;
 Vazamentos de vapor;
 Vazamentos de óleo;
 Níveis de vibração;
 Ruídos;
b) Manutenção parcial das turbinas a vapor:
Uma vez por ano, deve-se programar uma parada de turbina para que sejam
inspecionados os itens abaixo:
 Inspeção de mancais;
 Verificação de alinhamentos;
 Avaliar qualidade do óleo;
 Inspeção das válvulas de regulagem, segurança e extração (se tiver);
 Boroscopia interna na turbina;
 Sistema de combate a incêndio;
c) Manutenção geral das turbinas a vapor:
É quando é necessária a abertura da carcaça para a checagem completa do
equipamento. Deve-se fazer a manutenção dos pontos abaixo:
 Inspeção e substituição de parafusos/prisioneiros;
 Ajuste de alinhamento interno e folgas;
 Substituição e ajuste de fitas de vedação;
 Limpeza do rotor;
 Balanceamento do rotor;
 Correção de alinhamento de eixos;
 Dentre outros;

Funcionamento das turbinas a vapor em situações reais

As turbinas a vapor podem ser usadas na geração de eletricidade, acopladas a


geradores, muitas vezes sem a necessidade de caixas de engrenagens. Neste caso, eles
operam em regimes ideais, pois os geradores têm de girar a uma velocidade constante (3
000 RPM para redes de 50 Hz e 3 600 RPM para redes de 60 Hz-em alguns casos,
especialmente em usinas nucleares, usam-se geradores de quatro pólos que giram na
metade da velocidade). Além disso, a turbina a vapor, sendo uma máquina rotativa, é
vantajosa como motor de um gerador elétrico, uma vez que não requer nenhum membro
mecânico que transforme o movimento alternativo em rotativo.
Outro campo típico de aplicação para turbinas a vapor é em instalações como de
refinarias, fábricas de papel, usinas de dessalinização e outras usinas onde altos níveis
de vapor de processo são necessários. A usina pode ser projetada de forma a utilizar a
turbina a vapor para obter uma sinergia entre as produções de vapor e energia elétrica
ou trabalho mecânico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LEANDRO. F; FARIAS. F; RIBEIRO.H. Turbinas a Vapor. Paraná: Universidade


Tuiuti do Paraná, 2015.

SILVA. J.B; OLIVEIRA.L.G; GOMES. D.G. Princípio de Funcionamento de Turbinas


a Vapor e Aplicação na Indústria Sucroalcooleira. Goiás: FACEG, 2019.

ANDRADE. A.S. Máquinas Térmicas AT-056. Paraná: Universidade Federal do


Paraná.

Turbinas a vapor de ação e reação. TURBIVAP, 2020.

Processos Isentrópicos Eficiência Isentrópica em Turbinas, Bombas, Bocais e


Compressores.

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