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TURBINAS

Definição de Turbinas:

É um motor rotativo que converte em energia mecânica a energia


de uma corrente de água, vapor d’água ou de um gás. Essa
energia mecânica é transferida através de um eixo para
movimentar uma máquina, um compressor, um gerador
elétrico ou uma hélice.
CLASSIFICAÇÃO
TURBINA A GÁS

É uma máquina térmica que utiliza o


ar como fluido motriz para prover
energia. Para conseguir isto o ar que
passa através da turbina deve ser
acelerado; isto significa que a
velocidade ou energia cinética do ar
é aumentada. Para obter esse
aumento, primeiramente aumenta-
se a pressão e, em seguida,
adiciona-se calor. Finalmente a
energia gerada (aumento de
entalpia) é transformada em potência
no eixo da turbina .

FUNCIONAMENTO
TURBINA A GÁS

Gráfico P x V
TURBINA A GÁS

FUNCIONAMENTO
TURBINA A GÁS

• Pressurização do fluido de trabalho (ar)


• Tipo axial
• Vazões de ar de até 700 kg/s,
• Eficiência isentrópica entre 85 a 90 %,
• Utilizado em turbina de médio e grande porte

COMPRESSOR AXIAL
TURBINA A GÁS

Finalidade: Assegurar estabilidade da chama durante todas


as fases operacionais, como ignição, partida, carga máxima
e variações inesperadas em condições de carga (rejeição
de carga).

• Inicialmente a chama é inflamada por duas velas de


ignição,

• Propagação por todo o espaço anular (mantêm-se com o


fornecimento de ar e combustível nas proporções
adequadas)

SECÇÃO DE COMBUSTÃO
TURBINA A GÁS

• Participa da combustão na zona primária, que ocorre com excesso de ar;


• Resfria o revestimento da câmara de combustão;
• Dilui os gases de temperatura elevada originados pela combustão, a fim de
reduzir sua temperatura a um valor aceitável pelos materiais da turbina a
gás antes dos gases entrarem na turbina.

SECÇÃO DE COMBUSTÃO (ar comprimido)


TURBINA A GÁS

SECÇÃO DE COMBUSTÃO
TURBINA A GÁS

Existem três tipos de


bicos :
• Para gás combustível
• Para combustíveis
líquidos
• Duplos: para gás e
líquido

SECÇÃO DE COMBUSTÃO
TURBINA A GÁS

O gás ao escoar através da turbina perde pressão e temperatura, à


medida que se expande e transforma sua energia em trabalho.
Turbinas axiais: Eficiência isentrópica, variando entre 75 e 90%.

SECÇÃO DA TURBINA
TURBINA A GÁS

SECÇÃO DA TURBINA
TURBINA A GÁS

• A turbina pode ser equipada por vários estágios de palhetas


estatoras e rotoras a depender da aplicação ou projeto.

• Palhetas estatoras são fixadas na carcaça da turbina. Palhetas


rotoras são fixadas nas rodas e estas são fixadas ao eixo.

• A energia extraída pela roda de turbina é transmitida ao eixo que


por sua vez transfere para o compressor de ar, proporcionando
assim a compressão de um volume de ar para a câmara de
combustão fechando o ciclo de funcionamento.

SECÇÃO DA TURBINA (Funcionamento)


TURBINA A GÁS

SECÇÃO DA TURBINA (Funcionamento)


TURBINA A GÁS

• Evita deterioração das partes críticas (materiais são de super ligas)


provocadas pelo efeito das temperaturas elevadas envolvidas no
processo operacional
• O ar necessário para essa finalidade é obtido pela sangria de um ou
mais estágios do compressor axial dependendo do modelo de máquina
e dos níveis de pressão / fluxo de ar necessários para resfriar os
diversos estágios de turbina.
• A otimização das taxas de fluxo de fluidos fornecidos para cada parte
da turbina é um dos problemas mais críticos a ser enfrentando durante
as fases de projeto e teste de um protótipo (influencia na vida útil e na
eficiência)

SECÇÃO DA TURBINA (Resfriamento)


TURBINA A GÁS

Bocal: Consiste em uma série de segmentos, cada um composto de um


ou mais compartimentos; todos juntos constroem um anel que se
acopla em sua entrada a um anel igual, o qual corresponde à boca de
distribuição das diversas peças de transição.

1° estágio Segmento 2° estágio

SECÇÃO DA TURBINA (Bocal)


TURBINA A GÁS
TURBINA A GÁS

Radiais e axiais

SECÇÃO DA TURBINA (Mancais)


TURBINA A GÁS
TURBINA A VAPOR
TURBINA A VAPOR

São equipamentos acionadores cuja função é transformar energia


térmica em energia mecânica para acionar outro equipamento,
como bombas, compressores, geradores etc.

Quando o vapor, pela sua expansão, empurra diretamente o pistão


de uma máquina alternativa, a energia térmica desse vapor é
convertida em energia mecânica diretamente.
Turbina:
1° etapa: A energia interna do vapor é convertida em energia
cinética. O vapor, ao escapar por um bocal de perfil especial
(expansor), forma um jato de alta velocidade.
2° etapa: A força do jato produz trabalho mecânico.
TURBINA A VAPOR

TURBINAS DE
CONTRAPRESSÃO –
Quando o vapor de
descarga tem pressão
superior à atmosférica
TURBINAS DE
CONDENSAÇÃO –
Quando o vapor de
descarga tem pressão
inferior à atmosférica.
Neste caso a saída da
turbina é ligada a um
condensador para gerar
vácuo

CICLO TÉRMICO
TURBINA A VAPOR

a) Para máquinas de velocidade alta ou moderada.


b) Quando se tem vapor sobrando, ou seja, o processo requerer
vapor de baixa pressão e temos alta. Funciona como válvula
redutora de pressão com a vantagem de aproveitar a energia do
vapor nesta redução.
c) Quando é importante baixa relação peso/potência e
volume/potência.
d) Ampla faixa de rotação.
e) Atmosfera explosiva (Área classificada)
f) Alto torque de partida.
g) Partida rápida.

Quando usar?
TURBINA A VAPOR

Turbinas de reação x Turbinas de ação

Tanto as palhetas fixas,


como as palhetas
móveis têm seção
assimétrica, o que Nas turbinas de ação, a
resulta em áreas de queda de pressão do
passagens vapor ocorre somente
convergentes, para o em peças estacionárias.
vapor em ambas. Por
esta razão, em uma
turbina de reação
comercial, parte da
expansão do vapor
ocorrerá nas palhetas
fixas e parte ocorrerá
nas palhetas móveis.
TURBINA A VAPOR

Turbinas de reação x Turbinas de ação


TURBINA A VAPOR

Estágio de velocidade: Placa de expansores, seguido por duas rodas


entre as quais é montada uma placa de palhetas fixas para redirecionar
o fluxo de vapor. A velocidade do vapor é absorvida parcialmente na
primeira roda. O vapor deixa esta roda ainda com mais energia cinética
elevada a qual será aproveitada na segunda roda.
Aplicação: Como estágio único de máquinas de pequeno porte, e como
primeiro estágio de máquinas de grande potência.

ESTÁGIO CURTIS
TURBINA A VAPOR

Estágio de pressão: É composto de uma placa de expansores e de


uma roda.
Aplicação: Como estágio de turbinas de múltiplos estágios.

ESTÁGIO RATEAU
TURBINA A VAPOR

É o envoltório da turbina. No seu interior giram o eixo e os


discos, ou tambor,e suporta as diversas peças estacionárias, tais
como diafragmas (ação), palhetas estacionárias (fixas), bocais,
válvulas, mancais entre outras
Fabricação: Podem ser fundidas ou de chapas trabalhadas e
soldadas, partidas radialmente (turbinas pequenas), ou
axialmente (mais usado).
Material: Ferro fundido, aço fundido, aço-carbono, aços-liga ou
aços inoxidáveis, dependendo da severidade da aplicação
(pressão e temperatura).

Nota: Turbinas de multiestágios que recebem vapor de alta pressão têm a


carcaça dividida em duas regiões: de alta pressão e de baixa pressão.

Carcaça ou Estator
TURBINA A VAPOR

Carcaça ou Estator
TURBINA A VAPOR

Peças de seção variável que reduzem a pressão e aumentam a


velocidade do vapor.
Em estágios intermediários de turbinas de ação, são montados
em um anel de expansores, que serão colocados dentro dos
diafragmas.

Convergentes: são usados para pressões de


descarga maiores ou iguais a 55% da pressão de
admissão.

Convergente-divergentes: são utilizados para


pressões de descarga menores que 55% da pressão
de admissão.

Expansores
TURBINA A VAPOR

Turbinas de ação: Constituído de rotores de aço-carbono ou aço-


liga; forjados, usinados e montados no eixo por interferência e
chaveta.
Para turbinas de alta rotação e/ou altas temperaturas, onde a montagem
poderia apresentar problemas durante a operação, eixo e rotores são uma
única peça forjada e usinada. Na periferia dos rotores são montadas as
palhetas.

Turbinas de reação: Utiliza-se o tambor rotativo, de seções


crescentes da admissão para a descarga, em peça única ou de
seções soldadas. As pontas do eixo são prolongamentos do tambor.
Na periferia do tambor são montadas as palhetas.
• Balanceamento dinâmico individual para cada peça.
• Balanceado dinâmico multiplano durante a montagem - Verificação e
correção do balanceamento a cada adição de dois componentes.

Conjunto rotativo
TURBINA A VAPOR

Conjunto Rotativo
TURBINA A VAPOR

Turbinas de ação: Constituído de rotores de aço-carbono ou aço-


liga; forjados, usinados e montados no eixo por interferência e
chaveta.
Para turbinas de alta rotação e/ou altas temperaturas, onde a montagem
poderia apresentar problemas durante a operação, eixo e rotores são uma
única peça forjada e usinada. Na periferia dos rotores são montadas as
palhetas.

Turbinas de reação: Utiliza-se o tambor rotativo, de seções


crescentes da admissão para a descarga, em peça única ou de
seções soldadas. As pontas do eixo são prolongamentos do tambor.
Na periferia do tambor são montadas as palhetas.
• Balanceamento dinâmico individual para cada peça.
• Balanceado dinâmico multiplano durante a montagem - Verificação e
correção do balanceamento a cada adição de dois componentes.

Conjunto rotativo
TURBINA A VAPOR

Conjunto rotativo
TURBINA A VAPOR

São fabricadas de aços-liga especiais, forjadas e usinadas com


fino acabamento. Dependendo da configuração dos estágios,
formam canais de seção uniforme, orientando adequadamente o
fluxo sem turbilhonamento,ou formam canais de seção variável,
atuando como expansoras.
As palhetas estacionárias (fixas) podem ser montadas diretamente
no estator, ou em anéis suportes, que são presos ao estator. As
palhetas do conjunto rotativo são removíveis, fixadas ao disco do
rotor pelo malhete.

Palhetas
TURBINA A VAPOR

São constituídos de dois semicírculos montados na carcaça por um


sistema de ranhuras, abraçando o eixo sem tocá-lo. Entre o
diafragma e o eixo são instalados os labirintos, fixados no diafragma
ou no eixo, que garantem a selagem interna entre os estágios
intermediários. São fabricados em aço inoxidável ferrítico e em aço-
carbono ou ferro fundido nas partes estruturais.

Diafragmas
TURBINA A VAPOR

Folgas existentes entre as partes estacionárias e o conjunto


rotativo:
• Escape de vapor (Zona de alta pressão p/ baixa pressão) –
Aumenta consumo e reduz potência
• Entrada de ar em turbinas de condensação – Eleva a pressão
e reduz potência
Labirintos: São anéis, normalmente bipartidos e montados no
estator, dotados internamente de uma série de aletas circulares,
ajustados com o mínimo de folga entre o eixo e a borda das aletas.
Anéis de carvão: São anéis tripartidos fixados ao estator, mantidos
juntos ao redor do eixo pela ação de uma mola helicoidal de tração.
Sofrem desgaste e devem ser usados para baixas velocidades
periféricas.
Mista: Associação de anéis de carvão e labirintos.
Sistema de vedação
TURBINA A VAPOR

Apóia o eixo e suporta os esforços radiais e axiais que atuam sobre


conjunto rotativo. Garante também as folgas entre as partes móveis e
estacionárias.
• Os mancais podem ser de rolamento (até 100HP) ou de deslizamento.

Mancais radiais (de apoio) Axiais (de escora) Rolamentos

• Mistos (combinação apoio e escora).

Sistema de apoio
TURBINA A VAPOR

 Manter a rotação, no caso de acionamento de geradores elétricos;


 Manter estável pressão de descarga de compressores ou bombas
acionadas;
 Manter constante a pressão de saída do vapor nas turbinas de
contrapressão;
Processo normal: Controle na admissão de vapor para a turbina pela
válvula de admissão de vapor comandada por dispositivos (Governadores)
para ajuste de velocidade automático:
• Pela pressão na descarga da turbina,
• Para ajuste da contrapressão,
• Pressão na descarga dos equipamentos acionados.

É feito também na extração, quando houver, por uma válvula de extração.

Sistema de Controle
TURBINA A VAPOR

Governadores mecânicos ou de massas oscilantes: Consistem


basicamente em dois pesos articulados, que giram a uma velocidade
igual ou proporcional à turbina e atuam contra a pressão de uma mola
(que dá o ajuste da velocidade desejada). Se a velocidade da turbina
aumenta, os pesos articulados se abrem, movimentando a haste no
sentido de fechar a válvula de admissão. Se a velocidade diminui, os
pesos se fecham, abrindo a válvula de admissão. São simples e
baratos, porém de resposta lenta e não permitem a variação da força de
acionamento. Indicados para turbinas de uso geral.

Governadores
TURBINA A VAPOR

Governadores mecânico-hidráulicos: Utilizam sistemas hidráulicos


diversos, dependendo do fabricante, para interferir no sistema
massasmola, alterando sua regulação inerente (mola), assim como
ampliar sua força de acionamento. Podem possuir ainda ajuste de
velocidade local ou remota e ajuste da regulagem e limitação da carga.
Melhoram a precisão, velocidade de resposta, confiabilidade e força de
atuação. Mais indicados para turbinas de serviços especiais.

Governadores
TURBINA A VAPOR

Os governadores hidráulicos: Substituem os sistema massas-mola


por uma bomba de óleo acionada, direta ou proporcionalmente, pelo
eixo da turbina. A variação da velocidade do eixo da turbina altera a
pressão de descarga da bomba, que atua diretamente no atuador da
válvula de admissão. Possuem regulagem inerente dada pelas molas
do atuador e ajuste de velocidade local ou remoto, por meio de válvulas
agulha instaladas no circuito de óleo. São também precisos e
confiáveis, indicados para turbinas de serviços especiais.

Os governadores com servomotores hidráulicos recebem um sinal de


um controlador e acionam diretamente as válvulas de admissão.

Governadores
TURBINA A VAPOR

Algumas turbinas possuem retirada parcial de vapor (extração), em um


estágio intermediário entre a de admissão e a de descarga, a uma
pressão intermediária que pode variar com as condições de operação
da turbina.

Como normalmente se deseja uma pressão constante na saída da


extração para uso no processo ou no acionamento de máquinas
menores, é instalada uma válvula controlada pela pressão do vapor
extraído, sendo denominada de extração automática.
Nos casos em que a válvula não é necessária, são denominados de
extração não-automática.

Válvulas de controle de extração


TURBINA A VAPOR

Usual: Anel pescador com reservatório na própria caixa do mancal.


Potências elevadas: Pode ser necessário um sistema pressurizado
com reservatório externo (turbinas especiais sempre).
• Nota: As bombas de óleo devem trabalhar afogadas e ter
acionamento independente da turbina.

Resfriadores de óleo (um reserva):


•Indicação de temperatura na entrada e na saída,
Filtros de óleo (um reserva):
• Indicação de pressão na entrada e na saída,
• Visores de fluxo no retorno de óleo...

Sistema de lubrificação
TURBINA A VAPOR

Dispositivo de emergência (Disparo da turbina)

Sistema de Segurança
TURBINA A VAPOR
O acionamento pode ser manual ou automático, local ou remoto, atuando como
alarme e/ou corte. Entre os problemas temos:
 Alta velocidade
 Vibração excessiva
 Deslocamento axial do conjunto rotativo
 Baixa pressão de óleo
 Nível de óleo alto ou baixo
 Alta temperatura nos mancais
 Alta temperatura do vapor de saída
 Alta pressão do vapor de descarga
 Alta pressão do vapor de extração
 Baixa vazão de vapor na admissão
 Baixa vazão de vapor exausto

Sistema de Segurança
TURBINA A VAPOR

1. Balão Separador de Condensado:Normalmente por


centrifugação separa do vapor o condensado que se formou
no interior da tubulação.
2. Purgador Automático : Elimina o condensado
3. Válvula globo: Controlar e Cortar o fluxo de vapor
4 e 8. Junta de Expansão: Garante que as forças e
momentos devidos a tubulação não sejam maiores que os
valores máximos admissíveis pelo flange da turbina.
5. Purgador Automático da Câmara de Vapor
6. Purgador Automático da Carcaça Lado da Admissão
7. Purgador Automático da Carcaça Lado da Descarga
9. Válvula de Alívio: Pode aliviar até o fluxo máximo de
vapor. Garante que a pressão de projeto da descarga não
seja ultrapassada (é menor do que a da sucção)
10. Válvula Gaveta: Isola a turbina da linha de vapor
quando da parada do equipamento.

INSTALAÇÃO TÍPICA – Turbina 1 estágio


FIM DO MÓDULO DE TURBINAS

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