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COMPÓSITOS

Turma: 3EY
Gabriella Cavallari - 2420133
Izabella Barboza - 2419196
Renata Pena - 2420172
Vitória Bastos - 2420068

18 de abril, 2022
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SUMÁRIO
1 OBJETIVO………………………………………………………………………………………………3
2 Compósitos……………………………………………………………………………………………... 4
2.1 Definição……………………………………………………………………………………………….…4
2.2 Composição……………………………………………………………………………..……………..... 5
3 Tipos de compósitos…………………………………………………………………...…………..…..6
4 Como são fabricados os compósitos…………………………………………..………………..... 9
4.1 processamento de compósitos reforçados com fibra Pultrusão……………….……………....9
4.2 Processamento de Compósitos com Matriz Metálica……………………………………….....10
4.3 Processamento de Compósitos com Matriz Cerâmica………………………...…………….…10
5 Aplicações dos compósitos ……………………………………………………………………...…. 10
5.1 Aplicação dos compósitos em estruturas aeroespaciais ……………………………………..…11
5.2 Compósitos na indústria automotiva…………………………………………….………………...12
5.3 Compósitos na indústria marinha…………………………………………………..…………..…..12
6 REFERÊNCIAS……………………………………………………………………….…………...….13
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1 Objetivo

O objetivo deste trabalho é estudar os compósitos, entender suas definições e conhecer os


seus diversos tipos para que seja possível compreender o processo de fabricação e as
aplicações dos compósitos. O principal objetivo de produzir compósitos é a capacidade de
combinar materiais para fabricar um único material mais forte e mais leve.
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2 Compósitos

2.1 Definição
Os compósitos, também chamados de composites, são exatamente isso, materiais
formados pela união de outros materiais sendo de diferentes propriedades químicas e físicas
ou seja, são resultado da mistura entre dois materiais. Isso é feito com o objetivo de se obter
um produto de maior qualidade.
Os compósitos não estão somente no laboratório e na indústria, desde a antiguidade já
víamos este material, como também a existência de compósitos dentro do próprio corpo
humano. Exemplo: os compósitos também podem ser de origem natural, como, por exemplo,
o tecido ósseo dos vertebrados, composto por uma estrutura mineral à base de cálcio, na qual
estão dispostas proteínas de colágeno.

Figura 1

O compósito pode ser formado por dois ou mais materiais de naturezas distintas.
Geralmente, eles são compostos por uma matriz polimérica e um material de apoio, que pode
ser orgânico ou inorgânico. Juntos, esses materiais formam fases.
Entre as principais vantagens dos compósitos poliméricos está a elevada resistência
específica, principalmente quando comparada ao polímero em seu estado puro.
Os compósitos têm então propriedades muito desejáveis na fabricação de determinados
produtos, como maior dureza e resistência a fraturas e ataques de compostos químicos e da
água do mar, menor deformação com o calor e maior resistência a mudanças de temperatura,
dilatando pouco. É possível também se desenvolver composites que sejam, por assim dizer,
“sob medida”, ou seja, que tenham as características exatas para a fabricação do produto,
como determinados graus de dureza e de condutividade elétrica.
Por esses motivos, os composites são largamente aplicados nas asas e fuselagem de
aviões, em helicópteros, em satélites artificiais, nas carenagens dos carros de fórmula 1, em
raquetes de tênis, tacos de golfe, skates, veleiros oceânicos de competição, em tanques de
armazenar líquidos corrosivos, em foguetes e ônibus espaciais, que precisam resistir a
elevadas temperaturas.

2.2 Composição
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Representam uma classe de materiais compostos por uma fase contínua (matriz) e uma fase
dispersa (reforço ou modificador), contínua ou não, cujas propriedades são obtidas a partir da
combinação das propriedades dos constituintes individuais (regra da mistura).
Partindo-se do exemplo de um compósito constituído por dois materiais distintos, ambos
mantém as suas propriedades individualmente, mas, quando misturados, apresentam um
comportamento muito distinto do apresentado por ambos quando não misturados. Exemplos
simples de compósitos se obtêm ao se fazer combinações entre metais, polímeros e cerâmica
(metal + polímero, metal + cerâmica e polímero + cerâmica).
Pode-se mencionar que a utilização de compósitos pelo homem, não é recente, uma vez que
antigas civilizações já obtinham tijolos pela mistura úmida de barro e palha. Na atualidade, a
utilização de um compósito estende-se de nosso cotidiano até a indústria, como na
aeroespacial, destacando-se a fabricação de aviões. Ainda no meio industrial, quando se
utiliza um material compósito de modo a se buscar propriedades elétricas, magnéticas,
térmicas ou ópticas desejadas, esse material recebe a denominação de um compósito
funcional.
As fases de um compósito, ou seja, os materiais que o constituem podem ser identificados por
material tipo matriz e material tipo reforço. O material matriz é aquele responsável por
conferir a estrutura do compósito, enquanto o material reforço é responsável por realçar
alguma de suas propriedades desejadas. Dessa forma, a matriz preenche os espaços vazios
que se estabelecem entre os materiais reforçados, enquanto esse material reforço irá garantir
as propriedades químicas e físicas do compósito. No quadro 1 abaixo, apresentam-se os
principais requisitos do material da matriz:

Quadro 1
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Como alguns exemplos de materiais de reforço para compósitos estão as fibras (de vidro,
carbono, orgânicas, de carbero ou silício, entre outras), assim como a madeira, o grafite e
alguns minerais.

Fibra de carbono: cadeias de carbono, que resultam da queima parcial de fibras plásticas;

Fibra de poliaramida: Um exemplo é o kevlar, uma poliamida formada pela reação entre o
ácido tereftálico e a para-benzeno-diamina. Ele é de altíssima resistência e baixa densidade,
utilizado para produzir coletes de balas, chassis de carros de corrida, bicicletas e peças de
aviões;

Elas podem estar na forma de manta ou de fios contínuos ou cortados, que são colados pela
matriz. Como principais exemplos de materiais de matriz para compósitos, pode-se citar os
metais, os polímeros e as cerâmicas. Ela pode ser de dois tipos:

Matriz metálica: alumínio, titânio.

Matriz plástica: polímeros termofixos, poliésteres, poliamidas, polímeros termoplásticos e


policarbonatos, resinas epóxi (conforme abaixo):

3 Tipos de compósitos

Fibra de vidro: é a fibra de vidro mais utilizada em compósitos como matriz polimérica, o
processo para formar essa fibra se dá devido ao vidro ser fundido e distribuído por canais que
o mantém a cerca de 1250 ºC assim permitindo seu vazamento por gravidade, possibilitando
a formação de fios. Como todo material a fibra de vidro apresenta vantagens e desvantagens,
as quais podem ser listadas no quadro abaixo:

Vantagens Desvantagens

Elevada resistência à tracção e compressão Módulo de elasticidade reduzido

Baixo custo relativamente às outras fibras Elevada massa específica


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Elevada resistência química Sensibilidade à abrasão

Elevada resistência ao fogo Sensibilidade a temperaturas elevadas

Boas propriedades de isolamento acústico, Baixa resistência à fadiga


térmico e elétrico
Fonte: NETO F. L. , PARDINI L. C - Compósitos Estruturais, 2016.

Fibra de Aramida: as fibras de aramídicas são de origem sintética, feitas a partir de trefilagem
de poliamidas aromáticas, mais conhecido como benzeno, sua resistência e elasticidade são
superiores às propriedades de fibras orgânicas. na tabela abaixo é possível observar as
vantagens e desvantagens:

Vantagens Desvantagens

Baixa massa específica Baixas resistência à compressão.

Elevada resistência à tracção Degradação lenta sob luz ultravioleta; por


exemplo

Elevada resistência ao impacto Elevada absorção de umidade

Baixa condutividade elétrica Má adesão às resinas

Elevada resistência química exceto a ácidos Custo relativamente elevado


e bases concentradas

Elevada resistência à abrasão Elevada durabilidade

Boa resistência ao fogo com capacidade de


auto extinção

Excelente comportamento sob temperaturas


elevadas de serviço
Fonte: NETO F. L. , PARDINI L. C. - Compósitos Estruturais, 2016.

Fibra de carbono: as fibras de carbono são obtidas a partir do processo de pirólise controlada
de precursores orgânicos em forma de fibra filamentar, passando pelos processos de
oxidação, carbonação e grafitização que em geral formam um tratamento superficial. A fibra
de carbono tem uma grande variedade em sua composição. A fibra de carbono é obtida a
partir de precursor poliacrilonitrila (PAN) que é o tipo de precursor mais utilizado.
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Figura 2

Estrutura molecular do polímero de poliacrilonitrila (PAN).

A fibra de carbono a partir de precursor de rayon que será produzida a partir do processo
de viscose, sendo utilizada como filamento têxtil.

Figura 3

Estrutura molecular do precursor de rayon.

A fibra de carbono a partir de precursor piche é formada a partir de dois processos sendo
de um subproduto de refino de petróleo e da destilação de alcatrão de hulha, tem propriedades
mecânicas boas.

Assim como as outras fibras as fibras de carbono apresentam suas vantagens e


desvantagens, as quais são listadas na tabela abaixo:

Vantagens Desvantagens

Elevada resistência à tracção Reduzida resistência ao impacto

Elevado módulo de elasticidade longitudinal Elevada condutibilidade térmica

Baixa massa específica Fractura frágil

Elevada condutibilidade eléctrica Baixa deformação antes da fractura

Elevada estabilidade dimensional Baixa deformação antes da fractura

Baixo coeficiente de dilatação térmica Custo elevado

Bom comportamento a elevadas


temperaturas de serviço
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Inércia química excepto em ambientes


fortemente oxidantes

Boas características de amortecimento


estrutural
Fonte: NETO F. L. , PARDINI L. C. - Compósitos Estruturais, 2016.

Fibras poliméricas: as fibras poliméricas são utilizadas em diversos processos


proporcionando um sucesso para o aumento da resistência como por exemplo ao dano de
concretos refratários durante a secagem. As mais comuns são PVP (um importante polímero
sintético que apresenta uma boa adesão a substratos e boas propriedades de complexação,
assim suas características possibilitam vasta aplicação), PVA (possui elevada resistência
mecânica, resistência em meio alcalino e apresenta alta adesão em matriz cimentícia).

Fibras cerâmicas: as fibras de cerâmicas têm sido consideradas boas para aplicação de
blindagem devido a sua baixa densidade, alta resistência à compressão e dureza. Podendo ter
uma grande variedade de fibras cerâmicas, como por exemplo: fibras de carbeto de silício,
fibras de SiC obtidas via poliméricafibras de Si-Ti-C-O (Tyranno), fibras de alumina e fibras
de boro.

Fibras naturais: as fibras naturais são muito utilizadas em aplicações na indústria têxtil no
reforço de matrizes poliméricas termoplásticas e termofixas, visto que oferecem um valor
maior ao produto final, devido ao custo de fabricação.

4 Como são fabricados os compósitos

Um compósito é composto por dois materiais diferentes, porém ambos conseguem


manter as suas propriedades individualmente, mas, quando misturados, apresentam um
comportamento muito diferente do proposto pelos dois quando não misturados. Exemplos
simples de compósitos se obtém ao se fazer combinações entre metais, polímeros e cerâmica
(metal + polímero, metal + cerâmica e polímero + cerâmica).

4.1 Processamento de compósitos reforçados com fibra Pultrusão

É um processo de produção que trabalha de forma contínua para a fabricação de


materiais maciços ou ocos de diversas formas. Em materiais compósitos são mais utilizadas
as matrizes de poliésteres, ésteres vinílicos e as resinas epóxis, e tendo como reforços fibras
de vidro, carbono e aramida.
Os perfis pultrudados podem adquirir diversos tipos de reforços, por exemplo como
Roving Direto T30, Roving Texturizado,Véu de Superfície, Manta de Filamento Contínuo e
Tecidos Especiais. Logo após os reforços de fibra de vidro serem impregnados com a resina,
o material é puxado através de uma ferramenta aquecida que foi fabricada no formato da peça
final e então curado e cortado, estabelecendo então a razão resina/fibra. Quando o material
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passa através da matriz aquecida, ocorre o processo de endurecimento, pegando assim sua
forma definitiva.

Figura 4

Esquema do Processo de Pultrusão. Fonte: Callister,W.D. Ciência e Engenharia de


Materiais:Uma Introdução. 7.ed. Rio de Janeiro:LTC,2008

4.2 Processamento de Compósitos com Matriz Metálica


É produzido através de um metal de baixa densidade, como por exemplo o alumínio e
magnésio, reforçado com partículas ou fibras cerâmicas. Ocorre o processo de sinterização
que é um tratamento térmico para ligar as partículas umas às outras em uma coerente e sólida
estrutura, via eventos de transporte de massa, que em sua maioria ocorre nos níveis atômicos.
Partindo disso ocorre as fases de processamento, a primeira é a síntese, na qual adota uma
força no interior da matriz, logo após o processo de modelagem. Quando os compósitos com
matriz metálica apresentam fibras descontínuas as modelagens ocorrem através de operações
padrões de conformação de metais, como por exemplo laminação, forjamento e extrusão.

4.3 Processamento de Compósitos com Matriz Cerâmica

Nesse modo de fabricação, é produzido através de dois métodos de estampagem quente,


estampagem isostática quente e técnicas de sinterização na fase líquida.

5 Aplicações dos compósitos

Os compósitos são aplicados em diversas categorias da indústria, por exemplo na


aeroespacial, automotiva, marinha e outras.

5.1 Aplicação dos compósitos em estruturas aeroespaciais

A primeira indústria que percebeu os benefícios dos compósitos foi a aeroespacial. Os


aviões, foguetes e os mísseis ficaram cada vez mais leves, rápidos e mais altos graças a ajuda
dos materiais compósitos, um dos materiais mais utilizados pela indústria aeroespacial é a
fibra de carbono por conta de suas características de alta performance, assim como os
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compósitos de fibra de vidro e de Kevlar que são utilizados para projetar e fabricar peças
aeroespaciais.
Os compósitos oferecem para a indústria aeroespacial a possibilidade de baixa perda
dielétrica na transparência do radar; estrutura laminada com interfaces fracas, absorção de
umidade e consequente degradação do desempenho em alta temperatura, capacidade de
manter a estabilidade dimensional e de alinhamento no ambiente espacial, capacidade de
moldar grandes formas complexas em tempo de ciclo pequeno, reduzindo a contagem de
peças e tempo de montagem, e muitos outros benefícios. Abaixo há uma figura X detalhando
os usos dos compósitos em um avião:

Figura 5 - Compósitos em um modelo de avião

fonte:
https://crescent.education/wp-content/uploads/2019/02/Module6-ApplicationofComposites.p
df

5.2 Compósitos na indústria automotiva

O maior volume de materiais compósitos avançados são vistos na indústria automotiva, a


maior motivação para tais usos dos compósitos são para a redução de peso para melhor
desempenho dos combustíveis, melhor qualidade de condução e resistência à corrosão.
A fibra de vidro tem o maior potencial para aplicações em estruturas automotivas e
atualmente as resinas de poliéster e vinil-éster provavelmente dominaram os sistemas de
resinas principalmente em relação ao custo-benefício e processabilidade.
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Há três critérios de desempenho aplicáveis a um novo material para o uso em aplicações


em estruturas automotivas, que são: durabilidade, absorção de energia e qualidade de
condução em termos de ruído, vibração e aspereza. A figura Y demonstra os usos dos
compósitos nas estruturas de um carro.

Figura 6 - Aplicações de compósitos em veículos

fonte:
https://crescent.education/wp-content/uploads/2019/02/Module6-ApplicationofComposites.p
df

5.3 Compósitos na indústria marinha

Logo após a Segunda Guerra Mundial, surgiram as primeiras aplicações de compósitos


de fibras de polímeros reforçados FRP (fiber reinforced polymer) nas construções de barcos.
A ideia foi substituir a madeira para FRP, que por muito tempo foi usada em pequenas
embarcações marítimas porque a madeira estava cada vez mais escassa e de alto valor e sem
contar que os barcos de madeiras eram facilmente degradados pela água do mar. A aplicação
de compósitos de fibras de polímeros reforçados foi lançada pela necessidade dos barcos
navais serem mais leves, fortes e resistentes à corrosão.
Cada vez mais os barcos de patrulhas navais estão sendo equipados completamente com
materiais compósitos, pois barcos com FRP são mais velozes e economizam combustível.
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6 REFERÊNCIAS

Applications of composites. Disponível em:


https://crescent.education/wp-content/uploads/2019/02/Module6-ApplicationofComposites.p
df. Acesso em: 10 abr. 2022

NETO, Flamínio Levy; PARDINI, Luiz Claudio. Compósitos estruturais: ciência e


tecnologia. 2. ed. rev. São Paulo / SP: Edgar Blucher Ltda., 2018. 418 p. v. 1. Disponível em:
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=DS1dDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA7
7&dq=tipos+de+compositos&ots=GBU6cKSyog&sig=GO2q5mUkqogYigBgNIqnnl07Ddg#
v=onepage&q&f=false. Acesso em: 1 abr. 2022.

ROCHA, Jennifer.Compósitos ou Composites Poliméricos. PreparaEnem, Disponível em:


https://www.preparaenem.com/quimica/compositos-ou-composites-polimericos.htm. Acesso
em: 9 abr. 2022

PERET, C. M. et al. Reforço mecânico por fibras poliméricas e seus efeitos na secagem de
concretos refratários. Grupo de Engenharia de Microestrutura de Materiais – GEMM,
Departamento de Engenharia de Materiais - DEMa, Universidade Federal de S. Carlos,
Carlos, SP, p. 1-676, 18 dez. 2003. DOI https://doi.org/10.1590/S0366-69132003000400011.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/ce/a/C4GLKg6YNVQjQNyP7MsBB4r/?lang=pt#.
Acesso em: 4 abr. 2022.

SILVA , Cícero Rafael Cena da. Obtenção e caracterização de fibras poliméricas e cerâmicas
pela técnica de “Blow-spinning”. 1. ed. Ilha Solteira: Unesp, 2013. 131 p. v. 1. Disponível
em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/102526/silva_crc_dr_ilha.pdf;jsessionid=
94FBAAD4DEDACBEE925899A4372450CC?sequence=1. Acesso em: 1 abr. 2022.

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