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COMPLEXO ESCOLAR MARTÍRES DO UGANDA

TRABALHO DE QUÍMICA GERAL

TEMA

FIBRAS BORRACHAS E ELASTÔMEROS

Adriana Brenda

Ariela Mene

Dário Almeida

Ludimila dos Santos

INTRODUCÃO
Fibras são materiais constituídos por macromoléculas, os polímeros, que, por sua
vez, são compostos por uma sequência de monómeros (unidade que se repete num
polímero). São elementos filiformes que apresentam um elevado comprimento em
relação à dimensão transversal máxima, sendo caracterizadas pelas suas
flexibilidade e finura.

A borracha é um polímero, o que significa que é um produto composto por moléculas


formadas a partir de uma mesma unidade estrutural repetidas um grande número de
vezes e ligadas quimicamente entre si.

Elastómeros são materiais poliméricos reticuláveis, a temperaturas inferiores à sua


temperatura de decomposição. São duros e tipo vidro a baixas temperaturas e não
são sujeitos a fluxo viscoso a altas temperaturas. Em vez disso, especialmente à
temperatura ambiente, eles comportam-se de maneira “rubber-elastic”. Este
comportamento é caracterizado pelos relativamente baixos valores de módulo de
corte que são pouco dependentes da temperatura.

Fibras-Tipos e Classificacão
Em relação à composição, as fibras podem ser orgânicas ou inorgânicas. As fibras
orgânicas se dividem, ainda, em naturais ou artificiais. Existem controvérsias
relativas a alguns tipos de fibras e sua classificação, principalmente no que se refere
às fibras de celulose. Apesar de provenientes da natureza (plantas fibrosas ou
madeira), o pré-tratamento antes do seu emprego ainda sucinta opiniões
contraditórias.

As fibras classificadas como naturais podem ser subdivididas em vegetais, animais e


minerais. As fibras minerais são formadas por cadeias cristalinas com grande
comprimento. As fibras de origem animal têm cadeias protéicas, enquanto as
vegetais apresentam natureza celulósica. Dentre as últimas se destacam as fibras
de sisal, bambu, coco e bananeira. Além da abundância e disponibilidade, uma das
principais vantagens da utilização deste tipo de fibra consiste no reduzido consumo
de energia envolvido em sua produção, quando comparado ao necessário para a
fabricação das fibras sintéticas (Giacomin, 2003). Entretanto, sabe-se que a
durabilidade das mesmas pode ser comprometida, caso seja incorporada a uma
matriz, com caráter alcalino, que, ao longo do tempo, afetam sua integridade. De
forma a minimizar estes efeitos as fibras podem sofrer tratamentos superficiais que a
protegem da ação da água e de outros agentes agressivos, e podem ser projetados
de forma a colaborar na aderência fibra-matriz.

As fibras podem se dividir, de acordo com sua elasticidade, em fibras de baixo e alto
módulo, diferindo, assim, suas aplicações. As fibras de alto módulo melhoram a
resistência do compósito, principalmente à tração, enquanto as de baixo módulo
propiciam melhores resistências ao impacto e permitem ao compósito trabalhar no
estágio pós fissurado, controlando a abertura e propagação das fissuras
aumentando consideravelmente sua tenacidade quando aplicado teores adequados.

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O estudo do processo investigativo tem sido marcado pela manipulação e
modificação de certas propriedades específicas dos materiais, de forma a adequar
seu uso a diversas situações. A descoberta de novas propriedades em novas fibras
naturais como é o caso da fibra de buriti, produz novos processos investigativos e
comparativos com as demais classificações de fibras sendo estas vegetais, animais
ou minerais.

Propriedades Químicas das Fibras

Com relação às propriedades químicas, pode-se dizer que todas elas se referem ao
comportamento das fibras quando submetidas à ação de ácidos, álcalis, oxidantes
ou a de quaisquer outros tratamentos químicos. Sob esse ponto de vista podemos
considerar:

a) EFEITO DOS ÁCIDOS – As fibras têxteis estão comumente sujeitas a soluções


ácidas. Dependendo da concentração, temperatura, tempo, etc, o comportamento
das diferentes fibras varia. Geralmente, as fibras celulósicas não resistem aos
ácidos, especialmente os de origem mineral, como é o caso do ácido sulfúrico.
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b) EFEITO DOS ÁLCALIS – Desde os tempos mais remotos, os agentes alcalinos
têm sido usados para a lavagem e o branqueamento de produtos têxteis. O sabão,
em si, forma uma solução alcalina na água. De uma maneira geral e levando-se em
conta a concentração, as fibras celulósicas resistem melhor aos álcalis, do que aos
ácidos.

c) EFEITO DOS SOLVENTES ORGÂNICOS – A introdução, até certo ponto recente


da lavagem a seco, tornou importante a resistência das fibras aos solventes
orgânicos. Solventes como o tetracloreto de carbono e o tricloroetileno são
frequentemente usados para a limpeza dos tecidos e os efeitos destes sobre a fibra
é obviamente importante.

NOTA IMPORTANTE: Os diferentes comportamentos apresentados pelas fibras em


relação aos produtos químicos (propriedades químicas), associados às propriedades
físicas, são de grande valia para a identificação de fibras.

Propriedades Físicas das Fibras

a) Natureza – Refere-se à sua classificação como matéria-prima. Exs.: algodão, lã,


seda, poliéster, etc.

b) Comprimento – É a dimensão da fibra em seu estado natural.

c) Finura – É a medida do diâmetro da fibra.

d) Alongamento – É a deformação longitudinal máxima que a fibra suporta antes de


romper-se.
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e) Elasticidade – É a capacidade que a fibra possui de recuperar, total ou
parcialmente, o seu comprimento inicial, após a cessação da força que a deformava.

f) Morfologia – A vista longitudinal e o corte transversal que caracterizam a forma da


fibra.

g) Porosidade – Quanto mais porosa, mais higroscópica é a fibra, ou seja, mais


capacidade ela apresenta de absorver umidade ou corante.

h) Umidade – É o percentual de água que o material possui em relação ao seu peso


úmido.

i) “Regain” – É o percentual de água que o material possui em relação ao seu peso


seco. Obs: 0% de “regain” é sempre maior do que o % de umidade.

j) Lustro – É o brilho natural da fibra. A forma da fibra também influencia no brilho.


Quanto mais lisa e circular, maior brilho a fibra apresenta. Obs: As fibras químicas
podem ser opacas, semi-opacas e brilhantes.

Classificacão das Borrachas

As borrachas podem ser classificadas em grupos, usando uma nomenclatura


considerada satisfatória, Norma DIN/ISO 1629, e apresentada na tabela seguinte.
Fornecemos também, na mesma tabela, algumas indicações de polaridade e grau
de saturação.

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Algumas delas são: SBR - Elastômero de Estireno-Butadieno é bastante similar com
a borracha natural, porém mais homogêneo, e consequentemente, menos elástico.
Essa é a borracha de maior consumo em todo o mundo. Por ser de baixo custo é
utilizada para a fabricação de pneus e bandas de rodagem. Além disso, também é
utilizado na confecção de solados, adesivos,  artefatos técnicos sem muita exigência
mecânica ou química como buchas, batentes, punhos, passa fios, protetores e perfis
.
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BR - Elastômero Polibutadieno tem como principais características: ótima
flexibilidade, resistência à abrasão e às baixas temperaturas. Além disso, se
desenvolve melhor no calor devido sua alta resiliência, propriedade que também lhe
confere alta resistência  ao fendilhamento por de flexão. Largamente utilizado na
indústria de pneus e também utilizado na fabricação de mangueiras, buchas,
batentes e outros.
 

EPDM - Elastômero Etileno-Propileno-Dieno  possue como característica mais


importante a resistência que tem às degradações provocadas de forma natural
(Intemperismo), como por meio do oxigênio, do ozônio, ar e até mesmo pelo calor. A
composição é utilizada principalmente em peças de carros, como em frisos,
palhetas.
 

NBR - Elastômero Acrilonitrila-Butadieno ou simplesmente Nitrilica é extremamente


resistente ao petróleo e seus demais derivados. Dessa forma, a borracha se torna a
mais recomendada para a produção de juntas, vasos, retentores, mangueiras e
outros.
 

TPE - Elastômero Termoplástico reúne algumas características tanto da borracha


como também do plástico. São utilizados para cabos de escovas de cabelo e de
dentes, para manoplas de motobikes, perfis de acabamento e outros.
 

NR - A borracha é um polímero natural que é obtido da seiva de vários vegetais,


sendo que as árvores da seringueira (Hevea brasiliensis) são as principais.

Aplicação da Borracha Natural

É um dos principais produtos utilizados na indústria de transportes, de produtos


hospitalares e bélicos, e é usada na fabricação de mais de 40.000 produtos, dentre
estes as borrachas de apagar grafite, cabos elétricos, pneus, etc. Vantagens do uso
da borracha natural: possui vantagens ecológicas, como a valorização e
preservação das florestas pelas comunidades. Desvantagens: ainda está em fase de
pesquisas, durabilidade quanto à exposição ao calor.

 
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Aplicação da Borracha Sintética

A borracha sintética possui maior durabilidade, resistência à rachaduras e à


abrasão, porém sua resistência e flexibilidade são inferiores à natural, o que faz com
que em algumas aplicações haja uma mistura entre as borrachas dos dois tipos. É
utilizada na indústria de cabos, pneus, etc. Vantagens: resistência térmica,
resistência à abrasão, prova d’água, qualidade superior. Desvantagens: não
apropriado para solventes polares.

Descarte e Impacto Ambiental da Borracha

O descarte inadequado de pneus, feitos a partir da borracha, é definitivamente um


problema seríssimo. Devido a suas características de longa duração e resistência a
impactos, tornam-se difíceis de eliminar, então os aterros sanitários não podem nem
ao menos recebê-los inteiros, gerando assim, custos para a desintegração dos
pneus. Quando inteiros, são difíceis de serem armazenados pois ocupam grandes
espaços, além de se transformarem no ambiente perfeito para a proliferação de
insetos transmissores de doenças, como o Aedes Aegypti. Também oferecem o
risco de incêndio, pois queimam com facilidade, gerando assim uma fumaça
poluidora composta por diversos elementos que são liberados na combustão,
podendo causa contaminação da água, tornando-a imprópria para consumo.

Uma maneira de descartar conscientemente esses pneus seria a utilização destes


nos chamados asfaltos-borracha, um asfalto que é modificado em sua composição
com a presença de borracha moída proveniente de pneus, e que inclusive tem um
desempenho melhor em sua função que os asfaltos de composição convencional.
Cada quilômetro de pavimentação utiliza até mil pneus, reduzindo assim, o impacto
ambiental do mesmo se descartado inadequadamente.

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Tipos de Elastômero

Assim como acontece com os compostos poliméricos, os elastômeros apresentam


dois principais tipos de estrutura: natural e sintética. Cada uma conta com
características diferentes, atuando em diversas aplicações.
A versão natural é originária das seriguelas amazônicas. Durante o processo de
extração, é encontrada uma espécie de cola (látex). Para que esse material fique
pronto para uso, ele deverá passar por processos de tração e homogeneização. Ele
também passa por aditivos e tratamento térmico.

Já o elastômero de silicone ou sintético pode ser feito por meio da polimerização


de monômeros, como butadieno, isopreno, isobutileno e cloropreno. A mistura
dessas substâncias é utilizada para melhorar as qualidades do produto, tornando-o
mais seguro e maleável.

Principais características do elastômero

O desenvolvimento do elastômero é pensado para que ele atenda demandas que


necessitem de desempenho e durabilidade. Para isso, ele conta com algumas
características que contribuem para sua alta performance, como flexibilidade,
variações de dureza, compressão e resistência à abrasão.

Resistência à abrasão
O elastômero termoplástico possui resistência em situações de desgastes intensos,
com grande durabilidade e flexibilidade. Além disso, sua característica de resistência
à abrasão pode variar de acordo com a necessidade de cada aplicação, contribuindo
positivamente para a segurança do projeto.

Dureza
Quando a questão é amplitude de dureza e aplicações, a capacidade de trabalho do
elastômero de PU vai além da borracha. A dureza desse item é determinada pelo
método Shore. O poliuretano, por exemplo, conta com uma faixa de dureza que vai
de 10 Shore A até 95 Shore D.

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Resistência e flexibilidade

Outra qualidade desse material é sua ampla resistência a rompimentos e rasgos,


além de excelente flexibilidade. Isso só é possível devido à combinação de
durabilidade e dureza que ele possui, o que ajuda na preservação de sua vida útil

Características de compressão

Esse item também tem um ótimo suporte de compressão, carga e tensão, sendo
muito eficiente em aplicações que precisam de boa resistência de peso. Essa
qualidade é muito explorada em ambientes industriais.

Aplicações do Elastômero

As aplicações desse produto podem ser feitas em diferentes setores industriais.


Inclusive, o elastômero na construção civil pode ser aplicado em fios e cabos de
energia e telecomunicação, telhas, tubulações e muito mais.

Os elastômeros nas aplicações industriais podem ser empregados na fabricação de


calçados (solados), peças do mercado automotivo, acessórios e eletrônicos,
mangueiras, entre outros.

Outro ponto importante desse composto é o fato de que ele cumpre uma função
multifacetada. Isso significa que os elastômeros podem se moldar às mais diversas
finalidades, proporcionando rigidez ou maleabilidade.

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Relacção e Diferença Entre Borrachas e Elastômeros

A borracha, matéria-prima, é o material de partida para a manufactura de


elastómeros (borracha). 

Os elastómeros são materiais poliméricos reticuláveis, a temperaturas inferiores à


sua temperatura de decomposição.

A propriedade predominante dos elastómeros é o comportamento elástico após


deformação em compressão ou tracção. É possível, por exemplo, esticar um
elastómero até dez vezes o seu comprimento inicial, e após remoção da tensão
aplicada, verificar que ele voltará, sob circunstâncias ideais, à forma e comprimento
originais.

O perfil das propriedades que pode ser obtido depende fundamentalmente do


elastómero escolhido, da formulação do composto utilizada, do processo de
produção e da forma e desenho do produto. As propriedades que definem um
elastómero só podem ser obtidas usando compostos adequadamente formulados e
após vulcanização subsequente [1].

Elastómeros, ou borrachas, são classes de materiais que, como os metais, as fibras,


as madeiras, os plásticos ou o vidro são imprescindíveis à tecnologia moderna.

Relativamente ao termo borracha que abrange um grande número de compostos


macromoleculares que podem ser reticuláveis para formar estruturas
tridimensionais, deve referir-se que é usual dizer-se que “A borracha, matéria-prima,
está para os compostos de borracha assim como a farinha está para o pão” [2],
pretendendo-se assim frisar que, apesar da escolha dos aditivos utilizados e da
quantidade usada de cada um deles num composto poderem originar variações
consideráveis nas propriedades do produto final, a característica determinante é
dada pela borracha utilizada nesse composto.

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Vulcanização

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Vulcanização é um processo criado acidentalmente por Charles Goodyear que, no
ano de 1839, derramou uma mistura de látex e enxofre sobre o fogão quente. O
resultado foi a queima da massa que, ao invés de derreter, se tornou uma borracha,
mais resistente do que era conhecida até então.
O processo químico da vulcanização permite que todas as propriedades da borracha
sejam otimizadas para a utilização industrial, conferindo maior força de tensão,
resistência à dilatação, maior elasticidade e capacidade de adaptação ao clima.

Este procedimento de vulcanização da borracha é realizado até os dias atuais e


consiste na realização de um processo químico fácil, que aquece o material
juntamente com enxofre — oferecendo propriedades resistentes ao látex. Outras
substâncias foram incluídas com o passar dos anos, permitindo que a vulcanização
seja feita mais rapidamente e em locais com baixas temperaturas, sem que as
condições climáticas afetem o processo.

A borracha é um produto resultante do processo de coagulação do látex, substância


extraída de uma árvore chamada seringueira. Mesmo após ser tratada e
transformada em borracha, essa substância pode apresentar características
indesejáveis para a utilização industrial, tais como: baixa resistência à tração,
dissolução em solventes orgânicos, fácil oxidação e baixa resistência ao calor e
oscilações de temperatura constantes.

A solução dos problemas para o estado cru da borracha foi o processo de


vulcanização, que permite a utilização do material na indústria e a comercialização
de produtos que levassem, em sua composição, a borracha vulcanizada.

A descoberta do processo de vulcanização permitiu que o material fosse utilizado


amplamente, com destaque especial para o ramo automotivo. Isto porque o
procedimento foi essencial para a criação da borracha utilizada em pneus, que
precisam ser bastante resistentes e estáveis, independentemente da temperatura,
com maior força de tração.

É possível notar que o sobrenome de seu criador, Goodyear, é uma das principais
marcas de pneus automotivos atualmente, devido à sua criação.
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CONCLUSÃO

Podemos concluir que as fibras ,borrachas,e elastômeros são polimeros com uma
vasta gama de aplicação como na produção de técidos(fibras) ,pneus e
farmaceuticos, como luvas(borrachas) e na fabricação de calçados solados, peças
do mercado automotivo, acessórios e eletrônicos, mangueiras (elastomeros).
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