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Materiais Compósitos

Disciplina: Construção de Máquinas


Professor: Silvio Romero de Barros
Alunos:

• Carlos Alberto Salgado Carrilho

• Lucas Geoffroy de Souza

• Mateus da Silva de Carvalho Queiroz

• Natália Coelho Carmo

• Rodrigo Maximiano
Introdução

Material compósito

 Obtido com a combinação de dois ou mais


materiais;
 Tendência no mercado industrial mundial;

 Porém já existem a muito tempo;


Estrutura

Fases

 Matriz, são os materiais mais tradicionais:


• Polimérica;
• Metálica;
• Cerâmica;

 Material reforço ou fase dispersa;


• Normalmente fibras;
Estrutura

Comportamento das
fases
 O objetivo é melhorar as propriedades mecânica, que não são
alcançadas em materiais comuns;

 A matriz confere estrutura ao material, mantendo a fase


dispersa em suas posições relativas;

 Os reforços realçam as propriedades mecânicas do material;


Estrutura

PROPRIEDADES – quantidade, geometria da fase dispersa e propriedades individuais de cada


constituinte.
Tipos de materiais compósitos

MATRIZ MATRIZ MATRIZ


POLIMÉRICA METÁLICA CERÂMICA

Polímero; Ligas de alumínio;


Carbonetos;

Termoendurecível; Ligas de magnésio;


Nitretos.
Termoplástico. Ligas de titânio.
Tipos de materiais compósitos

MATERIAL DE
REFORÇO

Material inorgânico - vidros e carbonos;

Material orgânico - aramidas e poliamidas;

Material metálico - boro e alumínio; e

Material cerâmico - carbonetos e nitretos.


Tipos de materiais compósitos

FIBRA DE VIDRO
 Resina (matriz) de poliéster reforçada com
pequenas partículas de vidro;
 Peças com grandes variedades e tamanhos;
 Material leve, resistente, bom isolante térmico e
elétrico;
 Desvantagens: módulo de elasticidade reduzido,
sensibilidade a temperaturas elevadas e baixa
resistência a fadiga.
Tipos de materiais compósitos

FIBRA DE CARBONO

 Resina polimérica designada por epóxi;

 Diversas aplicações pela leveza;

 Alta resistência mecânica e térmica;


Tipos de materiais compósitos

FIBRA DE ARAMIDA

 Matriz polimérica composta de epóxi e por um


material de reforço;

 Alta resistência mecânica e térmica;

 Mais resistente que o aço, por unidade de peso.


Tipos de materiais compósitos

MATRIZ METÁLICA E CERÂMICA

 Resistente a temperaturas mais altas que os de


matriz polimérica;

 Uso reduzido comparando com o dos compostos


poliméricos - rentabilidade;

 Mais resistente que o aço, por unidade de peso.


Processos de fabricação

Molde Aberto: Laminação


Manual(Handlay-Up)
 Método mais simples, de baixo custo e grande

variedade de tamanhos das peça;

 A resina para laminação é aplicada por derramando,

escovando, por spray ou utilizando um rolo de pintar;

 Estrutura sanduíche;

 Moldes simples com cavidade única.


Processos de Fabricação

Molde Aberto: Spray-Up

 Operador controla espessura e consistência, depende

mais do operador do que a laminação manual;

 Equipamentos simples, portáteis e de baixo custo;

 A mecha de fibra contínua e a resina iniciada são

aplicadas através de uma pistola;

 Moldes simples com cavidade única.


Processos de Fabricação

Molde Aberto: Filamento Contínuo

 Alta resistência a tração em peças ocas, tubos e vasos

de pressão;

 Imersão em um banho de resina e enrolamento em

um mandril rotativo;

 Cura no próprio mandril;

 Mandris feitos de aço ou alumínio.


Processos de Fabricação

Moldagem de Polímeros Fundidos

 Uma mistura de resina e enchimentos é despejada em um molde (normalmente sem

reforços) e deixada para curar ou endurecer;

 Moldagem aberta e fechada.


Processos de Fabricação

Molde Fechado: Infusão a vácuo

 Processo de moldagem de baixo volume;

 Pressão no interior do molde inferior à pressão

atmosférica ;

 Ferramental de baixo custo;

 Molde semelhante aos do processo por molde aberto.


Processos de Fabricação

Molde Fechado: RTM (Resin Transfer


Molding)

 Transferência da resina para dentro do molde com os

reforços já dispostos e pré-orientados;

 Pode ser utilizado vácuo para acelerar o processo;

 Pode utilizar uma vasta gama de moldes;

 Utilizado para fabricação de peças automotivas em

larga escala.
Processos de Fabricação
Processos de Fabricação

Molde Fechado: Pultrusão

 Os fios contínuos de reforço são puxados e imersos

num banho de resina;

O reforço saturado é enrolado no perfil a ser

confeccionado

 Possibilidade de fabricação de perfis de diversos

formatos;
Processos de Fabricação
Processos de Fabricação

Molde Fechado: Moldagem por


pressão

 Tipos: Sheet molding compound (SMC), bulk molding

compound (BMC), thick molding compound (TMC).

 Utilização de prensas hidráulicas;

 Flexibilidade no design;

 Bom acabamento superficial.


Processos de fabricação
Aplicações

Os materiais compósitos são utilizados nas mais diversas

aplicações, sendo as mais importantes em aeronaves,

automóveis e para aplicações militares. Mas além dessas

aplicações, os materiais compósitos também são utilizados

na fabricação de tubulações etc.


Setor aeroespacial

Os componentes estruturais das aeronaves estão sendo cada

vez mais fabricados com materiais compósitos. Isso se deve

às excelentes propriedades mecânicas que este material

confere ao componente que está sendo projetado e por

permitir que sejam projetadas peças complexas.


Setor aeroespacial

Boeing 787: primeiro voo em 2011 Boeing 777: primeiro voo em 1994
Airbus A350: primeiro voo em 2015
Setor aeroespacial
Nanotubos na aviação de alta velocidade

Na aviação de alta velocidade, pensa-se já em voos hipersônicos, os quais


atingiriam velocidades acima de 6174 km/h (Mach 5). Para isso, limites
físicos e problemas de engenharia vêm sendo continuamente estudados e
superados.
Um grande desafio é lidar com o calor gerado pelo atrito da aeronave com
o ar, o qual eleva a temperatura da estrutura e modifica as propriedades
de sua matéria-prima. A opção que mais parece se adequar em termos de
desempenho nessas condições severas é os nanotubos de nitreto de boro.
Quando comparada com os famosos nanotubos de carbono, já utilizados
na aviação, a nova opção de nanotubos não mostra sinais de degradação
até a temperatura de 900°C, contra 400 °C do concorrente à base de
carbono. Além disso, sua resistência à corrosão e estabilidade térmica
também são superiores.
Setor automotivo

A busca pela redução de peso dos veículos fez com que a

indústria automotiva iniciasse a utilização de compósitos

poliméricos. Porém, não é amplamente utilizado devido ao

alto preço em relação ao alumínio e o aço.


Setor automotivo
BMW i3

O BMW i3 é um carro elétrico. Para


compensar o peso das baterias, toda a
sua estrutura é feita em fibra de
carbono. Dessa forma, contribuindo
para que o veículo alcançasse 300km
de autonomia

Curiosidade: O custo desse carro é de


R$ 170.000,00
Setor automotivo
Puma

Puma é uma marca nacional que


produzia carros esportivos de
forma artesanal nos anos de 70 e
80. Os veículos dessa empresa
tinham a carroceria feita em fibra
de vidro.
Alguns veículos, de outras
fabricantes, utilizam dessa fibra
nos painéis externos.
Concreto armado

O concreto trata-se de um material compósito formado por partículas agregadas que


são interligadas num corpo sólido por algum tipo de meio ligante, isto é, um cimento.
Os dois tipos de concretos mais familiares são aqueles feitos com cimentos portland e
asfáltico, onde o agregado é cascalho e areia. Concreto asfáltico é largamente usado
principalmente como um material de pavimentação, enquanto que o cimento portland é
empregado como um material estrutural de construção civil.

No concreto Armado, a resistência mecânica do concreto de cimento portland pode ser


aumentada por meio de hastes, fios, barras ou telas de aço, que são embutidas no
concreto fresco e não curado. Assim, o reforço torna a estrutura endurecida capaz de
suportar maiores tensões de tração, compressão e cisalhamento.
Concreto à prova de terremotos

Esse tipo de concreto é chamado de EDCC, composto cimentício dúctil


eco-amigável, consiste de polímero e cinzas volantes, material
proveniente das poeiras geradas na queima de carvão em termoelétricas.
Enquanto o concreto tradicional é frágil, sendo vulnerável às tensões
geradas durante abalos sísmicos, o EDCC é dúctil como nenhum outro
material de construção, apresentando menor tendência em quebrar
durante um evento do gênero. Essa ductilidade é proveniente das fibras
poliméricas utilizadas em sua composição, assim como sua elevada
resistência. Ele foi testado e resiste a abalos sísmicos de intensidades até
9,1.
Colete à prova de balas

A grande revolução que permitiu o surgimento dos coletes


modernos foi a invenção, em 1965, do kevlar: uma fibra de
aramida, material sintético semelhante ao náilon, leve e flexível,
mas cinco vezes mais resistente que o aço. Feitos de várias
camadas de fibra entrelaçadas, esses coletes acolhem a bala,
achatando sua ponta e distribuindo seu impacto por todo o tecido,
até paralisá-la por completo. O número de camadas determina o
nível de proteção do colete.
Mangueiras e tubos offshore

A resistência da fibra aramida, Kevlar, ajuda as instalações de petróleo


offshore a realizarem operações vitais. A fibra aramida é o principal
reforço de resistência, permitindo o uso de mangueiras termoplásticas
flexíveis no lugar de tubos de aço. Ele também é usado para ajudar a
reforçar os dutos de perfuração, os tubos que carregam o petróleo do
fundo do oceano até a plataforma de produção. Combinando suas
propriedades de resistência química, à corrosão e a resistência ao
alongamento sob carga ajuda a torná-lo especialmente adequado aos
rigores da extração e produção de petróleo offshore.
Materiais para odontologia

O uso de compósitos à base de polímeros é uma opção para


reparo dentário. Em preenchimentos dentários de pequeno
tamanho são uma excelente alternativa e conferem boa
estética. Os compósitos são feitos a partir de uma resina
polimérica e uma carga de partículas vítreas, misturadas e
ajustadas até se assemelharem à coloração original do dente.
Ao final, é realizado um tratamento de superfície para unir
efetivamente o polímero e a carga vítrea. Devido aos avanços
recentes, esses materiais são cada vez mais populares e
confiáveis, conferindo bastante segurança na junção entre
material e dente.

Comparativo entre obturações de um composto metálico (acima) e de compósito (abaixo)


FIM

Dúvidas?

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