Você está na página 1de 32

Disciplina: GESTÃO AMBIENTAL

Professor (a): Flávia

PLÁSTICOS

Rivana Bezerra Modesto

Guaíba, Maio de 2019.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................3
1.1 Objetivo................................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO..........................................................................................5
2.1 O que é o material plástico?..............................................................................5
2.2 Composição do plástico....................................................................................5
2.3 Tipos de plásticos...............................................................................................6
2.4 Simbologia dos plásticos..................................................................................7
2.5 PET: poli (tereftalato de etileno)........................................................................9
2.6 PEAD: polietileno de alta densidade..............................................................10
2.7 PVC (Policloreto de Polivinila)........................................................................10
2.8 PEBD: polietileno de baixa densidade...........................................................11
2.9 PP: polipropileno..............................................................................................12
2.10 PS: poliestireno.................................................................................................13
2.11 Poliuretano........................................................................................................14
2.12 Plástico PLA......................................................................................................14
PLA: poli (ácido lático).................................................................................................14
Vantagens....................................................................................................................15
Desvantagens..............................................................................................................16
2.13 RECICLAGEM DOS PLÁSTICOS.....................................................................16
2.14 IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM DOS PLÁSTICOS....................................19
2.15 USOS INOVADORES POR MEIO DOS PLÁSTICOS.......................................19
2.16 DADOS DOS PLÁSTICOS NO BRASIL E NO MUNDO...................................21
Europa.........................................................................................................................22
Estados Unidos...........................................................................................................22
2.17 CURIOSIDADE DO PLÁSTICO.........................................................................23
Isopor é reciclável?......................................................................................................23
2.18 PROCESSO DE RECICLAGEM DO ISOPOR...................................................25
2.19 TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DO LIXO..........................................................28
3. CONCLUSÃO..........................................................................................................28
4. ANEXOS “NOTÍCIAS”............................................................................................29
5. REFERÊNCIAS.......................................................................................................34

1. INTRODUÇÃO

O plástico é um material indispensável e fundamental para a sociedade,


principalmente por inúmeros itens, que só existem devido a sua criação.
Inicialmente, os materiais plásticos surgiram com o objetivo de substituir materiais de
origem animal, como o marfim dos elefantes. E foi assim que o plástico se
consolidou como um material leve, resistente e versátil.
Tudo começou por volta de 1860 quando o inglês Alexandre Pakers iniciou
seus estudos com o nitrato de celulosa, um tipo de resina que ganhou o nome de
"Parkesina". O material era utilizado em estado sólido e tinha como características
principais flexibilidade, resistência a água, cor opaca e fácil pintura. Em 1862,
ocasião da Exposição Internacional de Londres, Pakers apresentou as primeiras
amostras do que podemos considerar o antecessor da matéria plástica, ponto
central de uma grande família de polímeros que nos dias de hoje contém centenas
de componentes. Em 1863, o tipógrafo americano John Wesley Hyatt (1837 - 1920)
soube de um concurso em Albany, no estado de Nova York (EUA), lançado pela
empresa Phelan and Collander, que produzia bolas de bilhar. Quem fosse capaz de
desenvolver um material que pudesse substituir o marfim, que estava ficando raro na
fabricação das bolas de bilhar, ganharia dez mil dólares. A partir disso, Hyatt
começou a pesquisa do marfim artificial ou qualquer novo material que pudesse
satisfazer as expectativas da empresa. Hyatt obteve sucesso em 1870,
aperfeiçoando a celulóide - uma versão comercial do nitrato de celulosa com adição
de piroxilina, cânfora, álcool, polpa de papel e serragem. Nasceu, então, a primeira
matéria plástica artificial. A palavra plástico – derivada do grego plastikos, flexível –
define qualquer material capaz de ser modelado com calor ou pressão para criar
outros objetos.
Antes mesmo de ser inventado, ele já existia na natureza, as resinas de
certas árvores conhecidas desde a antiguidade são consideradas plásticos naturais,
bem como o marfim, moldado desde o século XVII. Já o plástico artificial surgiu com
a contribuição de vários inventores, cada um deles obtendo um pequeno avanço.
O plástico substitui com vantagens uma série de matérias-primas utilizadas
pelo homem há milhares de anos, como vidro, madeira, algodão, celulose e metais.
Além disso, ao substituir matérias-primas de origem animal, como couro, lã e marfim,
possibilitou o acesso a bens de consumo pela população de baixa renda. Depois da
descoberta do poliestireno, polietileno, PVC, poliamidas (Nylon) e poliéster, o
conhecimento dos mecanismos de polimerização contribuiu, nos últimos anos, para
o nascimento de outros materiais plásticos com características físico-mecânicas e de
alta resistência ao calor, os chamados tecnopolímeros ou polímeros para
engenharia.
A partir de 1945, as matérias-primas plásticas entraram com tudo na casa das
pessoas, independentemente de condição social. Em 1949 foi inaugurada a primeira
fábrica de poliestireno, a Bakol S.A, em São Paulo. Logo foi iniciada a produção
comercial do poliestireno de alto impacto. No início dos anos 60, F.H. Lambert
desenvolveu o processo para moldagem de poliestireno expandido.
Com a introdução do plástico no mercado mundial novas demandas foram
surgindo, como produtos descartáveis, artigos para o lazer, eletroeletrônicos entre
outros. No setor de eletrodomésticos, por exemplo, a utilização do plástico está em
constante crescimento e evolução. Nos dias de hoje, o plástico é considerado
essencial para o progresso da humanidade.

1.1 Objetivo
O objetivo do presente trabalho é abordar o conceito de plástico, os diferentes
tipos de plásticos utilizados pela sociedade no Brasil, e ao redor do mundo. Analisar
seus aspectos relacionados à tipologia, composição, origem, meios em que o
mesmo é utilizado dentro do atual contexto social, sua reciclagem, além de
demonstrar alguns problemas decorrentes da utilização dessa matéria prima na
sociedade, e algumas notícias relacionadas ao assunto.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 O que é o material plástico?


Os plásticos são polímeros que se moldam a partir da pressão e do calor.
Outro conceito, materiais sintéticos obtidos por polimerização ou fenômenos naturais
de multiplicação dos átomos de carbono nas cadeias de tempo moleculares de
compostos orgânicos do petróleo (nafta), e outras substâncias naturais.
Os plásticos são materiais que, por serem compostos por resinas, proteínas e
outras substâncias, são fáceis de moldar, e podem modificar a sua forma de maneira
permanente a partir de uma certa compressão e temperatura. Um elemento plástico,
por conseguinte, tem características diferentes de um objeto elástico. De uma forma
geral, uma vez que alcançam o estado que caracteriza os materiais que
costumamos denominar como plásticos, são bastante resistentes à degradação e,
ao mesmo tempo, são leves. Deste modo, os plásticos podem ser usados para
fabricar uma ampla gama de produtos.
O custo reduzido de fabricação, a sua resistência à deterioração, a
impermeabilidade e a possibilidade de ser pintado em diferentes tons, são alguns
dos motivos que fazem que os plásticos sejam tão famosos. Porém, os plásticos
também apresentam algumas desvantagens: muitos deles não são suscetíveis de
serem reciclados, o que contribui e muito para o aumento da contaminação no meio
ambiente; por outro lado, os plásticos não costumam resistir ao calor excessivo,
acabando por derreter, e por libertar, às vezes, substâncias tóxicas.

2.2 Composição do plástico.


O plástico vem das resinas derivadas do petróleo e pertence ao grupo dos
polímeros (moléculas muito grandes, com características especiais e variadas).
A palavra plástico tem origem grega e significa aquilo que pode ser moldado.
Além disso, uma importante característica do plástico é manter a sua forma após a
moldagem.

Fluxograma origem do Plástico.

2.3 Tipos de plásticos.


Por se tratar de um material derivado do Petróleo, os plásticos caracterizam-se
por serem bastante inflamáveis e, principalmente, e de difícil biodegradação. Eles
também se apresentam de várias formas como: rígidos, maleáveis, opacos,
translúcidos, fáceis ou difíceis de derreter pela ação do fogo, entre outras
características que permitem inúmeras utilizações, que os tornam capazes de servir
como matéria prima para quase todos os produtos existentes no mercado.
Quanto às suas características relacionadas à capacidade de fusão,
amolecimento pelo fogo e reciclagem, eles são divididos em: termoplásticos,
termorrígidos e elastômeros.
Os termoplásticos são aqueles caracterizam-se pela sua capacidade de fusão,
derretimento sob a ação do fogo, por serem facilmente dissolvidos pelos mais
diversos tipos de solventes químicos, e também pelo seu valor para a reciclagem.
Eles amolecem ao serem aquecidos, podendo ser moldados, e quando resfriados
ficam sólidos, e tomam uma nova forma. Esse processo pode ser repetido várias
vezes, o que os torna os mais populares entre os diversos tipos de plásticos
utilizados na indústria no comércio, e, por isso mesmo, responsáveis por quase 80%
de toda a produção.  Ex: polipropileno, polietileno.
Os termorrígidos ou termo fixos, ao contrário dos termoplásticos, são bem mais
inflexíveis, fáceis de serem quebrados e – talvez sua principal característica –
bastante resistentes à ação do fogo. Eles não derretem facilmente sob a ação do
fogo e, por isso, dificilmente são utilizados para a reciclagem. Ex: poliuretano
rígido. Especificamente com relação a isso, a alternativa que lhes resta é a sua
trituração e incorporação em outros materiais, como forma de ao menos reutilizá-los,
mesmo que não possam ser transformados em outros produtos, como acontece com
os termoplásticos.
Por fim, os elastômeros. Um elastômero é um polímero que apresenta
propriedades "elásticas", obtidas depois da reticulação. Ele suporta grandes
deformações antes da ruptura. O termo borracha é um sinônimo usual de
elastômero. Essa característica, ao menos, permite a sua utilização como matéria-
prima para um número maior de produtos.

2.4 Simbologia dos plásticos.

No Brasil existe uma norma (NBR 13.230) da ABNT - Associação Brasileira de


Normas Técnicas, que padroniza os símbolos que identificam os diversos tipos de
resinas (plásticos) virgens. O objetivo é facilitar a etapa de triagem dos resíduos
plásticos que serão encaminhados à reciclagem. Os tipos são classificados por
números, conforme abaixo
Imagem 1: Classificação dos plásticos por tipologia.

Imagem 2: Produtos cotidianos com os tipos de plásticos


2.5 PET: poli (tereftalato de etileno).

Imagem 3: Garrafa plástica

Polietileno tereftalato, ou PET, é um tipo de plástico formado pela reação


entre o ácido tereftálico e o etileno glicol. O plástico PET normalmente
compõe frascos e garrafas para uso alimentício/hospitalar, cosméticos, bandejas
para micro-ondas, filmes para áudio e vídeo e fibras têxteis. É um material muito
utilizado por ser transparente, inquebrável, impermeável e leve. Por ser um
termoplástico, o PET é reciclável. A desvantagem é que o PET é feito a partir do
petróleo - uma fonte não renovável - e, quando misturado a outros tipos de
materiais, como fibras de algodão - no caso das roupas de PET - a sua reciclagem
fica inviabilizada.
2.6 PEAD: polietileno de alta densidade

Imagem 4: Galão de plástico

O polietileno de alta densidade, ou PEAD, está presente em embalagens de


detergente e óleos automotivos, sacolas de supermercados, garrafeiras, tampas,
tambores para tintas, potes, utilidades domésticas, entre outros. É um
material plástico muito utilizado por ser inquebrável, resistente a baixas
temperaturas, leve, impermeável, rígido e com resistência química. Por ser um
termoplástico, o PEAD é reciclável. Ele pode ser obtido a partir do petróleo ou de
fontes vegetais, quando ocorre o último caso, ele é chamado de plástico verde.

2.7 PVC (Policloreto de Polivinila)

Imagem 5: Cano PVC

O plástico PVC, ou melhor dizendo, policloreto de polivinila, é um tipo de


plástico muito encontrado em embalagens para água mineral, óleos comestíveis,
maioneses, sucos, perfis para janelas, tubulações de água e esgoto, mangueiras,
embalagens para remédios, brinquedos, bolsas de sangue, material hospitalar, entre
outros. Ele é muito utilizado por ser rígido, transparente (se desejável), impermeável,
resistente à temperatura e inquebrável.
O PVC é formado por 57% de cloro (derivado de um sal do mesmo tipo do sal
de cozinha) e 43% de eteno (derivado do petróleo). No Brasil, a taxa
de reciclagem do PVC tem crescido ao longo do tempo. O reaproveitamento do
material, quando bem separado, pode ser feito de forma simples e menos onerosa.

2.8 PEBD: polietileno de baixa densidade.

Imagem 6: Saquinho Plástico Transparente.

O polietileno de baixa densidade, ou PEBD, está presente em sacolas para


supermercado e boutiques; filmes para embalar leite e outros alimentos; sacaria
industrial; filmes para fraldas descartáveis; bolsa para soro medicinal; sacos de lixo,
entre outros. É um tipo de plástico muito utilizado por ser flexível, leve,
transparente e impermeável. Por ser um termoplástico, o PEBD é reciclável. Ele
pode ser obtido a partir do petróleo ou de fontes vegetais, quando ocorre o último
caso, assim como o PEAD já mencionado, ele é chamado de plástico verde.

2.9 PP: polipropileno


É um termoplástico derivado do propeno (plástico reciclável). Ele possui
propriedades semelhantes às do polietileno, mas com ponto de amolecimento mais
elevado. Esse tipo de plástico tem como características conservar o aroma, ser
inquebrável, transparente, brilhante, rígido e resistente a mudanças de temperatura.
É muito utilizado em filmes para embalagens e alimentos, embalagens industriais,
cordas, tubos para água quente, fios e cabos, frascos, caixas de bebidas,
autopeças, fibras para tapetes e utilidades domésticas, potes, fraldas e seringas
descartáveis, etc.
O PP possui uma variação chamada BOPP, um plástico metalizado de
difícil reciclagem, usual em embalagens de salgadinhos e biscoitos. BOPP? O bi-
axially oriented polypropylene (BOPP) ou, melhor dizendo, película de polipropileno
biorientada, é um tipo de filme plástico encontrado em embalagens de salgadinhos,
biscoitos, sopas instantâneas, barrinhas de cereais, chocolates, rótulos de garrafas
PET, ovos de páscoa e por aí vai. Ele é muito usado por ser fácil de colorir, imprimir
e laminar. O aspecto metalizado é a principal característica visual do BOPP, mas ele
também pode ser transparente, opaco ou fosco. As propriedades físicas do plástico
BOPP são excelentes para o bom condicionamento de alimentos, pois evitam
contato do produto com gases, oxigênio, variações de temperatura e umidade.
Como se não bastasse, esse tipo de plástico tem impressão facilitada e desliza
facilmente nas máquinas de empacotamento, o que melhora o rendimento na
produção das fábricas alimentícias.
Apesar das conveniências industriais, se descartadas de forma incorreta,
as embalagens plásticas de BOPP, quando não entopem valas agravando o
problema das enchentes, escoam para o mar causando sufocamento de animais,
com o agravante de demorarem no mínimo 100 anos para se decomporem, como
todo plástico comum. Além disso, em contato com células tronco, o BOPP altera a
expressão genética, sendo potencial agente cancerígeno. Aqui no Brasil o consumo
de embalagens está cada vez maior (4 a 7% ao ano). Só em 2010 geramos 60,7
milhões de toneladas de resíduo sólido! Para nossa tristeza, conseguimos reciclar
apenas 962 mil toneladas de todo esse material. Um dos motivos de estarmos tão
longe da reciclagem de todo nosso resíduo sólido é a falta de identificação ou
identificação errônea nas embalagens.
Provavelmente já vimos aquele triângulo de três setas indicando que o
material é reciclável. É legal quando o encontramos, mas só isso não basta.
Também é preciso um número indicando de que tipo de material se trata e, no caso
das embalagens que possuem mais de uma camada, uma sigla indicando o tipo de
revestimento. Esse é o caso do BOPP, que para ser identificado precisa haver além
das três setas, a sigla "BOPP".
2.10 PS: poliestireno

Imagem 7: Plástico interior da geladeira.

O poliestireno, utilizado em potes para iogurtes, sorvetes, doces, frascos,


bandejas de supermercados, geladeiras (parte interna da porta), pratos, tampas,
copos descartáveis, aparelhos de barbear descartáveis e brinquedos é
uma resina do grupo dos termoplásticos. Além de ser reciclável, o poliestireno
possui características como leveza, capacidade de isolamento térmico, baixo custo,
flexibilidade, e a moldabilidade sob a ação do calor, que o deixa em forma líquida ou
pastosa.

2.11 Poliuretano
O poliuretano é um plástico da família dos termorrígidos, que têm como
característica a rigidez: depois que os plásticos termorrígidos são moldados, eles
não voltam mais ao seu estado original e não amolecem nem mesmo com o calor.
Por esse motivo, esse tipo de plástico é de difícil reciclagem, mas ela pode ser feita:
é possível reutilizar os rejeitos desse produto, por exemplo, na composição de pisos,
pistas de atletismo, revestimentos entre outros.

2.12 Plástico PLA

PLA: poli (ácido lático)


O plástico PLA é produzido a partir do ácido lático obtido pela fermentação
do amido de beterraba, mandioca e outros vegetais. É compostável, biodegradável,
reciclável (mecânica e quimicamente), biocompatível e bioabsorvível. O plástico
PLA pode ser utilizado em copos, recipientes, embalagens de alimentos, sacolas,
pratos descartáveis, garrafas, canetas, bandejas, filamentos de impressora 3D e
outros. O problema é que, como no caso dos filamentos de impressoras 3D, ele
acaba sendo misturado a outros tipos de plásticos, o que inviabiliza
sua reciclagem. Esse ácido é aquele que é produzido pelos mamíferos (incluindo
nós humanos), e também pode ser obtido diretamente pelas bactérias - nesse caso,
o processo é um pouquinho diferente.
No processo de produção do PLA, as bactérias produzem o ácido lático por
meio do processo de fermentação de vegetais ricos em amido, como a beterraba, o
milho e a mandioca, ou seja, é feito utilizando fontes renováveis.
O PLA com boas propriedades mecânicas apresenta duas características
inconvenientes: a baixa resistência ao impacto e à alta temperatura. Para reduzir
sua fragilidade, utilizam-se plastificantes orgânicos tais como glicerol e sorbitol. Mas
também é possível a inserção de fibras naturais ou a produção de blendas (mistura
mecânica de plásticos diferentes onde não existe reação química entre eles) para
melhorar esses aspectos.
As normas estadunidenses ASTM 6.400, 6.868, 6.866; a europeia EN
13.432 e a brasileira ABNT NBR 15.448 permitem que, após a mistura do PLA com
outros plásticos para melhorar sua qualidade, até 10% da massa final do material
seja não biodegradável.
Vantagens
O plástico PLA é um plástico compostável, biodegradável, reciclável
mecanicamente quando ocorre a “transformação física dos objetos descartados de
maneira que estes venham ser úteis novamente” e quimicamente quando ocorre a
“transformação do polímero num monômero por meio da aplicação de solventes e de
calor que objetiva torná-lo utilizável”, e bioabsorvível. Além disso, possui validade
adequada para a maioria dos usos em embalagens descartáveis, além de ser obtido
de fontes renováveis (os vegetais).
Em comparação aos plásticos convencionais, tais como o poliestireno
(PS) e polietileno (PE), que demoram de 500 a 1000 anos para se degradarem,
o PLA ganha em disparada, pois sua degradação leva de seis meses a dois anos
para acontecer. E quando é descartado corretamente, transforma-se em substâncias
inofensivas porque é facilmente degradado pela água.
Quando pequenas quantidades do PLA passam da embalagem para os
alimentos e acabam indo parar no organismo, não trazem risco de danos à saúde,
pois ele se converte em ácido lático, que é uma substância alimentar segura e
naturalmente eliminada pelo corpo. Por apresentar essas características, ele vem
sendo muito utilizado em intervenções médicas, substituindo os implantes de metal.
Os implantes de plástico PLA causam menos inflamações, evitam a
sobrecarga de tensão no órgão fraturado e a necessidade de uma segunda cirurgia
para a retirar do material.
Ele também é uma melhor alternativa para as sacolas plásticas tradicionais,
que são feitas de plástico oriundo de fontes não renováveis por meio da queima de
combustível fóssil.

Desvantagens
É ótimo que o plástico PLA possui a possibilidade de ser biodegradado, mas
nem sempre isso é possível. Para ocorrer a degradação adequada é preciso que os
descartes de plástico PLA sejam feitos corretamente. Isso implica que o material
seja depositado em usinas de compostagem, onde há condições adequadas de luz,
umidade, temperatura e quantidade correta de micro-organismos.
Infelizmente, a maior parte do resíduo brasileiro acaba indo parar em aterros
e lixões, onde não há garantias de que o material se biodegrade 100%. E pior,
normalmente as condições dos lixões e aterros faz com que a degradação seja
anaeróbia, ou seja, com baixa concentração de oxigênio, fazendo com que haja
liberação de gás metano, um dos gases mais problemáticos para o desequilíbrio
do efeito estufa.
Outra inviabilidade é que o custo de produção dos produtos de PLA ainda é
elevado, o que torna o produto um pouco mais caro que os convencionais.

2.13 RECICLAGEM DOS PLÁSTICOS

A cadeia produtiva da reciclagem começa com o consumidor, que separa e


entrega as embalagens ou produtos plásticos para a coleta seletiva ou aos PEVs –
Pontos de Entrega Voluntária. De lá, o material é recolhido pelos catadores e
cooperativas e levado para os Centros de Triagem onde cada produto é separado
pelo tipo de resina. Por isso, os produtos recebem essa numeração de 1 a 7 que
auxilia na identificação. 1. PET, 2. PEAD, 3. PVC, 4. PEBD, 5. PP, 6.PS, 7.
OUTROS
Depois da Triagem, cada grupo de material é levado para as Recicladoras.
O processo de reciclagem dos materiais plásticos, é dividido em etapas:

1. SELEÇÃO E SEPARAÇÃO DOS MATERIAIS : O primeiro passo a ser seguido


é realizar a separação dos materiais provenientes de diversas fontes
(resíduos industriais, resíduos de coleta seletiva, resíduos de cooperativas de
catadores, etc.) de acordo com a simbologia dos materiais plásticos e do tipo
de material do qual esse resíduo é feito. Normalmente os resíduos
provenientes de indústrias já vem previamente separados de acordo com o
material e devidamente identificados, facilitando a identificação, contudo, os
resíduos provenientes principalmente de coleta seletiva necessitam de uma
triagem para que possam ser separados. As cooperativas de catadores
normalmente possuem seu próprio processo de triagem, que é feito
separando os materiais por tipo e posteriormente por cor, pois valoriza o
mesmo no momento da venda.

2. MOAGEM E FRAGMENTAÇÃO: Os materiais previamente separados são


então submetidos ao processo de moagem mecânica, que é feito comumente
em moinhos de facas, fragmentando os resíduos em partículas de menor
dimensão, que são chamadas de flakes.
3. LAVAGEM E SEPARAÇÃO: Os flakes passam por um processo de lavagem
que é feito utilizando água. Neste momento, a separação dos materiais é feita
através da diferença de densidade, onde os materiais menos densos se
mantêm na superfície dos tanques de água e os mais densos tendem a
permanecer no fundo.
4. SECAGEM: Após serem lavados e separados por densidade, os flakes são
então submetidos ao processo de secagem, que é feito com auxílios de
secadores que utilizam a circulação de ar quente para efetuar a secagem de
forma homogênea. Quando os materiais possuem a densidade muito baixa,
podem passar por processo de aglutinação, que promove aumento de
densidade dos flakes, possibilitando que os mesmos sejam então submetidos
a próxima etapa.
5. REPROCESSAMENTO OU EXTRUSÃO: Os flakes são inseridos no funil de
alimentação de uma máquina chamada extrusora, onde passam por um
cilindro de metal que possui resistências em seu exterior, que promovem o
aquecimento deste cilindro, previamente programado de acordo com o tipo de
material que vai ser processado. No interior deste cilindro há uma rosca
transportadora, que faz movimentos rotacionais transportando o material ao
longo do cilindro e promovendo além do transporte, a homogeneização e
consequentemente a plastificação do material (através da geração de calor
causada pelo atrito entre o material e as partes metálicas da máquina). Em
seguida esse material é forçado a passar por orifícios que dão forma ao
material, ou seja, ele é extrudado através de uma matriz, formando os
filamentos, que são resfriados em uma banheira contendo água circulante
(para manter a temperatura sempre estável e facilitar o resfriamento do
filamento), em seguida passam por um secador para retirada da umidade e
são então granulados e embalados.
Existem outros tipos de processos de reciclagem para materiais que são de difícil
separação:
 RECICLAGEM QUÍMICA: Consiste em despolimerizar o material plástico,
através de reações e processos químicos, formando como produto outras
substâncias químicas diferentes do polímero de origem.
 INCINERAÇÃO: Este processo de reciclagem consiste em queimar os
materiais plásticos em fornos apropriados, e convertendo a energia
térmica gerada em outras formas de energia, como energia elétrica ou vapor
por exemplo. Este tipo de processo é utilizado quando os materiais não
podem ser separados e seu reprocessamento é inviável devido à grande
chance de contaminação e degradação, e é uma alternativa como fonte de
energia para industrias.

Imagem 8: Fluxograma da reciclagem do plástico.

2.14 IMPORTÂNCIA DA RECICLAGEM DOS PLÁSTICOS

Uma vez descartados, os materiais plásticos podem levar séculos para se


decompor. Eles entopem aterros sanitários, e sobrecarregam as instalações de
processamento de resíduos. Transformando garrafas, embalagens e outros plásticos
em novos produtos, a reciclagem ajuda o meio ambiente e cria novas oportunidades
econômicas. A reciclagem de plásticos mantém os materiais ainda úteis fora dos
aterros e estimula as empresas a desenvolver produtos novos e inovadores feitos a
partir deles. Há também a reutilização que traz economia, além de proporcionar a
criação de diversos materiais e até móveis a partir deles ou com eles, e quando
reutilizados de forma criativa, podem ser usados na decoração e organização de um
ambiente.

Os processos naturais que degradam muitos produtos de papel, papelão e


madeira em alguns meses não afetam muito os materiais plásticos. Nos aterros, os
plásticos se acumulam, criando um volume de lixo que parece nunca desaparecer.
Na natureza, fragmentos de plástico tornam-se incômodos desagradáveis e perigos
para os animais.

2.15 USOS INOVADORES POR MEIO DOS PLÁSTICOS


O uso de plásticos reciclados em produtos requer pensamento criativo por
parte de designers, técnicos e fabricantes. Inovações incluem decks de construção
feitos de plástico reciclado, que nunca apodrece; tipos de roupas esportivas;
interiores de veículos e na decoração e organização de interiores de uma casa.
Artistas se voltaram para plásticos reciclados para projetos artísticos instigantes.
Embora a quantidade de plásticos que eles usam seja pequena em comparação com
os usos comerciais, eles ajudam a aumentar a consciência ambiental e inspirar o
pensamento criativo.
Outras formas de reutilizar o plástico de forma inteligente, e criativa se incluem
no ramo da tecnologia ou da engenharia. Como por exemplo, o projeto do engenheiro
mecânico uruguaio Juan Muzzi. Seu projeto consiste em utilizar garrafas plásticas na
confecção de esquadros de bicicletas, dando origem as Muzzicycles.

Imagem 9: Muzzicycles

Outro exemplo que alinha Beleza, economia e praticidade em uma solução


ecologicamente correta, é a empresa de Reciclagem Rio Claro (RRC) que une todas
essas qualidades na fabricação dos Pisos Intertravados, ideais para projetos que
exigem produtos de qualidade, e que respeitam o meio ambiente.
A empresa produz pisos produzidos com plástico 100% reciclado e borracha
moída, também reciclada. Estão disponíveis em várias cores que agregam beleza e
sofisticação a áreas externas. Para a fabricação dos pisos, a RRC utiliza todos os
tipos de plásticos retirados da natureza, principalmente de rios, além de pneus
descartados. Esses pisos podem ser utilizados em áreas de calçadas de residências
Indústrias, Condomínios, estacionamentos para veículos leves, praças, playgrounds.
Possuem como atrativos: Preço competitivo semelhante aos pisos de cimento, muito
mais leves, diminuem o custo do transporte, simples instalação: basta adicionar 20%
de cimento, umedecer a superfície e aplicar areia média ou pó de pedra. Aprovados
nos mais exigentes testes de esforço mecânico e de abrasão, como o do Instituto
Mauá.
Enfim, a criatividade do provo brasileiro já gerou tijolos, elementos
decorativos, móveis e outros itens curiosos, todos feitos com garrafas PET.

Imagem 10: Piso 100% reciclado.

2.16 DADOS DOS PLÁSTICOS NO BRASIL E NO MUNDO.


No caso da reciclagem de plástico, tem-se um material cujo processo de
reciclagem acaba gerando renda para milhões de brasileiros. Isso acontece, pois os
tipos de plásticos que podem ser reciclados são muitos. E claro, o plástico existe em
muitos itens da vida cotidiana e reciclá-lo é um favor feito ao meio ambiente. Como
já é comum no país, uma boa parte dos resíduos plásticos produzidos não recebe a
destinação adequada, mesmo que o percentual de aproveitamento para a
reciclagem seja alto. A reciclagem do plástico, além de ser, evidentemente,
altamente necessária para nós, enquanto sociedade, também pode ser uma boa
oportunidade de negócio para a indústria. Apesar disso, a coleta de resíduos ainda é
um gargalo para o avanço da reciclagem, segundo aponta uma pesquisa realizada
pela FIA (Fundação Instituto de Administração) para o PICPlast – Plano de Incentivo
à Cadeia do Plástico. O estudo aponta que o índice de reciclagem ficou em torno de
26% do total do plástico consumido na produção de embalagens no país, sendo que
em 2016 esse volume representou cerca de 550,4 mil toneladas. O número ainda é
tímido, se comparado ao potencial de crescimento desse mercado. No ano de 2017,
o consumo aparente de plástico foi de 6,5 milhões de toneladas, um aumento de
3,8% na comparação com 2016. As embalagens correspondem à maioria do
material que vai para a reciclagem – em torno de 90%. Desse universo, cerca de
80% têm sua origem em produtos de curto ciclo de uso, com descarte rápido.
A produção anual subiu de 2 milhões de toneladas métricas, em 1950, para 400
milhões de toneladas métricas, em 2015. Um estudo de 2017 da Science  informa
que,  “das 6,3 bilhões de toneladas de lixo plástico produzidas de 1950 até 2015,
apenas 9% foram reciclados. 12% terminaram incinerados, e 79% estão acumulados
em aterros sanitários ou no ambiente natural.”
O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, e recicla apenas 1%, o
consumo chega a 10kg por ano/pessoa. Na Europa e Japão, 50 kg por ano/por
pessoa. Nos Estados Unidos o número é de 70 kg por ano/por pessoa.

Europa
Em 2011 o país campeão na reciclagem de plásticos foi a Suíça (53%). Em
seguida, a Alemanha (33%), Suécia (33,2%), Bélgica (29,2%), Itália (23,5%), países
que incineram a maior parte do plástico coletado seletivamente (dados do
Cempre). Antonio Silvio Hendges informa que “a média da União Europeia (2012) foi
25,4%.”

Estados Unidos

De acordo com a Environmental Protection Agency- EPA, 9,5% de material


plástico gerado no fluxo de resíduos sólidos municipais (MSW) dos EUA foi reciclado
em 2014. Outros 15% foram queimados para energia. E 75,5% foram enviados para
aterros sanitários.
Imagem 11: Índice de recolhimento de PET entre (1994-2012)

Imagem 12: Composição gravimétrica da coleta seletiva e Perfil dos plásticos no Brasil.

2.17 CURIOSIDADE DO PLÁSTICO

Isopor é reciclável?
Esta é uma indagação que muitas pessoas fazem, mas que devido à baixa
divulgação, não são devidamente informadas. Por possuir valor econômico reduzido
e não ser um material denso, as cooperativas de reciclagem não costumam valorizar
a reciclagem do isopor ou poliestireno expandido. Mas respondendo ao
questionamento inicial, SIM! Este material é 100% reciclável, e existem empresas e
cooperativas especializadas em reciclagem de poliestireno expandido.
O poliestireno, mais conhecido como isopor, é totalmente reciclável, mas
apenas 7% dos brasileiros sabem disso, segundo pesquisa realiza da pela empresa
de embalagens Meiwa, de São Paulo. Em Curitiba, já é possível reciclar o isopor
com uma máquina trazida por meio de uma parceria entre a Meiwa, a Santa Luzia
Molduras (empresa de Santa Catarina responsável pela máquina), o Sindicato dos
Estabelecimentos Parti culares de Ensino do Paraná (Sine pe-PR) e o Instituto Pró-
Cidadania de Curitiba (IPCC) na usina de reciclagem de Campo Magro, na região
metropolitana.
Isso significa que, ao contrário do que muitos pensam, o isopor pode e deve
ser descartado com outros resíduos sólidos como papéis, vidros, metais e plásticos.
“O isopor na verdade é um plástico, e por isso é 100% reaproveitado”, explica o
gerente de desenvolvimento e mercado da Meiwa, Ivam Michaltchuk. Em Curitiba,
cerca de 200 famílias já trabalham com a reciclagem de isopor na usina de Campo
Magro. Eles vendem o material por quilo para a Santa Luzia, que faz a reciclagem.
Uma segunda máquina de reciclagem de isopor foi instalada no presídio de
Piraquara, na região metropolitana. A iniciativa faz parte do Projeto Revima –
Revalorizando Vidas e o Meio Ambiente. Por mês, os presos processam cerca de
4,5 toneladas de isopor, que vem da embalagem de suas refeições.
Além de Curitiba e São Paulo, existem poucas cidades no país que reciclam o
isopor. Michaltchuk explica que a maior dificuldade encontrada para reciclar este
material está no transporte, devido a sua baixa densidade. “É um material leve, mas
que ocupa muito espaço, e contem gás pentano em sua composição. A máquina
recicladora que existe na usina serve justamente para retirar o gás e compactar
estes resíduos.
A máquina recicla cerca de 300 toneladas por mês, quantidade que ajuda a
salvar cerca de 5 mil árvores. “A matéria-prima substitui a madeira ao ser usada para
fazer molduras para quadros, sancas, rodapés, réguas e brinquedos”, diz
Michaltchuk. O material reciclado também é usado como insumo para concreto leve
e solado plástico para calçados. Só não pode ser reaproveitado para embalar
alimentos.

Imagem 13: Na máquina instalada em Campo Magro – PR, são recicladas 300 toneladas por mês,
quantidade suficiente para poupar 5 mil árvores
Imagem 14: Muito volume, pouco peso. Essa combinação, por muitas vezes torna inviável
economicamente a reciclagem do isopor, mas ele é 100% reciclável

2.18 PROCESSO DE RECICLAGEM DO ISOPOR


O material pode ser reciclado de três formas. A reciclagem mecânica
transforma o produto em matéria prima para a fabricação de novos produtos. A
energética usa o poliestireno expandido para a recuperação de energia, devido ao
seu alto poder calorífico. Já a reciclagem química reutiliza o plástico para a
fabricação de óleos e gases. O material também tem sido utilizado no isolamento
térmico de edifícios. Ao ser queimado em usinas térmicas para a geração de
energia, o poliestireno expandido se transforma em gás carbônico e vapor d’água.
Por isso, sua fabricação não apresenta nenhum risco à saúde humana nem ao meio
ambiente. O isopor não é solúvel em água, não contamina alimentos, não causa
danos à camada de ozônio, pois não contém gás clorofluorcarbono, o CFC, e o seu
processo de fabricação consome pouca energia. Principais etapas:
1ª Etapa: “Quebra” do isopor em pedaços menores (forma correta para melhoria da
reciclagem e ocupação do espaço). 2ª Etapa: O material é aglutinado, através de
exposição ao calor e ao atrito; 3ª Etapa: Já bastante adensado, o material é
colocado na extrusora, onde é submetido a novo aquecimento, em temperaturas
controladas, até seu “derretimento” (e não a queima); 4ª Etapa: Nesse estado, o
isopor é homogeneizado e transformado em filetes, na forma de espaguete; 5ª
Etapa: Depois de resfriados e secos, os filetes passam por uma máquina de picotes
que transforma o poliestireno em grânulos;
Após a cinco etapas do processo de reutilização, conforme informado acima,
o material está pronto para ser reutilizado novamente em diversas formas e formato.
O termobloco é um bloco pré-moldado a base de cimento isopor e aditivos
que não só trazem benefícios a natureza, mas também a quem utiliza, pois diminui o
gasto com estrutura, aumenta o conforto térmico diminuindo drasticamente o
consumo de energia com climatisadores de ar (ar condicionado).

Imagem 15: Termobloco.

Imagem 16: Exemplos de utilização do isopor reciclado, termobloco

Segundo pesquisa sobre o setor, divulgada em 2012 a reciclagem do EPS


pós-consumo tem crescido em um ritmo de 25,3% ao ano, um resultado muito
positivo e comparável aos de países desenvolvidos. Em 2008, por exemplo, o Brasil
reciclava apenas 13,9% do que era descartado.
As 22 recicladoras de EPS faturaram juntas R$ 85,6 milhões e possuíam uma
capacidade instalada de 30.473 toneladas. A região Sudeste respondia por 41,9%
do EPS reciclado, seguida pela região Sul, com 37,1%.
A construção civil é o maior mercado para o EPS reciclado, com cerca de
80% (misturado em argamassa, concreto leve, lajotas, telhas termo acústicas,
rodapés e decks de piscinas). Outras aplicações são verificadas na indústria de
calçados (solados, chinelos), móveis (preenchimento de pufes, por exemplo) e
utilidades domésticas (vasos de flor, floreiras, molduras de quadro), entre outros
produtos
Imagem 17: Utilização do isopor reciclado nos segmentos.

A desinformação é o fator número 1, juntamente com a insuficiência da coleta


seletiva. Mesmo com os bons índices apresentados, a reciclagem do Isopor ® ainda é
pouco conhecida por parte da população e até das cooperativas. Mas temos
apostado em iniciativas para ampliar ainda mais a reciclagem, com base em projetos
de educação ambiental e apoio à atuação das cooperativas que, muitas vezes,
resistem a recolher o material em função de seu baixo peso e grande volume.
Enfim, para que se possa melhorar a reutilização do poliestireno e evitar
maiores danos ambientais, a sociedade, como as empresas, devem-se conscientizar
da importância de efetuar o descarte deste material de forma correta e não como lixo
comum, pois assim, todos contribuirão com a melhoria do meio em que vivemos.

2.19 TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DO LIXO

Imagem 18: Tempo de decomposição do lixo.

3. CONCLUSÃO.
O presente trabalho permitiu algumas conclusões interligadas aos tipos de
plásticos existentes, suas utilizações, sua reciclagem e suas peculiaridades em
relação a cada tipo. Que o plástico é uma matéria prima fundamental para a
sociedade no que diz respeito às atividades econômicas que necessitam dele, é um
fato consolidado. Porém ao mesmo tempo que o mesmo se tornou o marco
importante do século XX ao substituir matérias primas animais consideradas
exauríveis, possibilitando que todas as classes econômicas obtivessem produtos por
meio dele, que até então eram somente adquiridos pela classe mais favorecida da
sociedade na época, plástico atualmente se tornou um grande problema de ordem
ambiental, no quesito descarte, pois em grande parte do mundo e no Brasil, o
plástico ainda não tem sua totalidade reciclada, no mesmo nível que o mesmo é
produzido. Então um dos problemas identificados na maioria das situações, é a falta
de informação quanto ao descarte correto, e a conscientização que é a chave para
contornar a situação. Outros aspectos identificados, é a falta de valorização das
pessoas que realização essa coleta, a criação de mais cooperativas voltadas a
reciclagem dos vários tipos de produtos, treinamentos, e aplicação do que se ouve
muito falar por aí, mas a prática ainda é mínima ou falha dos 5R’s.

4. ANEXOS “NOTÍCIAS”
5. REFERÊNCIAS

https://plasticovirtual.com.br/historia-e-evolucao-do-plastico/

http://www.innova.com.br/

https://edukavita.blogspot.com/2013/09/plastico.html

https://www.compam.com.br

https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/mergulhador-bate-recorde-de-profundidade-
e-encontra-plastico-no-fundo-do-mar

https://recordeuropa.com/noticias/mundo/mergulhador-desce-ao-local-mais-
profundo-do-oceano-e-encontra-plastico-18-05-2019/

https://www.ecycle.com.br/738-plastico-pla

http://www.plasticotransforma.com.br/etapas-do-processo-de-reciclagem-do-plastico

http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de-plastico/processo-de-reciclagem-
de-plastico/

http://www.recicloteca.org.br/plastico/cadeia-da-reciclagem-de-plasticos/

http://embalagemsustentavel.com.br/2010/09/02/dica-rotulagem-reciclagem/

http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de-isopor/isopor-e-possivel-reciclar/

http://www.vidasustentavel.net/reciclagem/reciclagem-do-isopor-poliestireno-
expandido/

http://cempre.org.br/informa-mais/id/49/isopor----um-material-com-alto-potencial-de-
reciclagem

https://www.reciclagemnomeioambiente.com.br/tipos-de-reciclagem-de-plastico-
quais-sao/

https://www.aecweb.com.br/emp/cont/m/piso-intertravado-colorido-e-produzido-com-
plastico-100-reciclado_24665_5948

 http://www.plastivida.org.br/
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/03/04/brasil-e-o-4o-maior-produtor-de-
lixo-plastico-do-mundo-e-recicla-apenas-1.ghtml

https://www.pensamentoverde.com.br/dicas/conheca-bicicleta-feita-de-garrafa-pet/

Você também pode gostar