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Silvio Inácio – CC IMPL

IMPLANTAÇÃO DA OBRA – CONSTRUÇÃO CIVIL

Roteiro para implantação do canteiro e execução da obra :

1. Verificação do tempo necessário para obter as licenças junto aos órgãos públicos;
2. Regularização de todos os procedimentos;
3. Realização da matrícula do imóvel e solicitação do alvará de construção;
4. Solicitar a certidão negativa de débito ( CND);
5. Verificar se existe no local rede elétrica e infra estrutura de água e esgoto;
6. Instalar uma placa indicando o responsável técnico para garantir uma gestão de canteiro de obras;
7. Definição de um espaço para guardar os materiais, bem como montar o layout do local;
8. Analisar as possibilidades para contratação de funcionários e a capacidade técnica deles;
9. Lembrar sempre de ficar atento aos direitos trabalhistas dos operários, bem como a utilização dos EPIs;
10. Definir o que será feito com os resíduos da obra ou seja a coleta seletiva do lixo; *
11. Organização do fluxo de caixa para manter as contas da obra em dia;
12. Gerenciar a obra para se certificar de que a entrega será feita dentro do prazo estabelecido;

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EXEMPLO NA MONTAGEM DO CANTEIRO DE OBRAS

Análise para aquisição do terreno:


O primeiro ponto para início de uma obra é a escolha do terreno, principalmente quando estamos falando
de construção civil, já que o local em que a obra será desenvolvida é um dos principais pontos da obra. A
análise do terreno apontará de fato se o local escolhido é o mais adequado para o desenvolvimento do
projeto e conseqüentemente a construção da obra,o terreno deverá estar compatível com o tipo de
projeto em relação à topografia, localização e preço. Nessa fase, é feita uma análise de oferta da região
escolhida, para identificar potenciais nichos de mercado e entender as possíveis dificuldades e
oportunidades encontradas na região, que podem otimizar ou retardar o desenvolvimento do projeto.As
leis urbanísticas da cidade e da região também são alvo de pesquisas desse estudo como o Plano Diretor,
Plano Regional, exigências de segurança etc. e os pontos mais relevantes devem ser selecionados a fim de
encontrar as soluções necessárias para a realização da obra e uma opção dessa etapa é que muitas vezes é
possível encontrar soluções de projetos que são incentivadas pelos órgãos fiscalizadores, o que pode
tornar o projeto muito mais econômico e eficiente. Ao realizar uma pesquisa de mercado, ficará definida as
expectativas para as vendas, assim será possível entender se a demanda é suficiente e se o momento
econômico é o mais indicado para o desenvolvimento do projeto e isso indicará, também, se a escolha do
terreno foi feita de maneira certa. Nesse momento é importante incluir todas as despesas possíveis para
que a obra tenha um pleno funcionamento, as despesas com materiais e compra do terreno, as taxas e
tributações impostas e outras despesas.

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O estudo da viabilidade técnica e econômico-financeira:
Análises como tributações, taxas, terreno adquirido, região escolhida, mercado disponível, bem como os
gastos e custos para a implantação do empreendimento são fundamentais para constatar a viabilidade do
projeto. Essa fase de planejamento é indispensável para qualquer negócio.
A análise completa de viabilidade técnica vai dizer se o projeto é viável ou se existem mudanças
necessárias para fazer com que a obra seja implementada. Portanto, definidos os locais, levando em
consideração a topografia, mercado consumidor, entraves ou estímulos tributários, bem como os esforços
financeiros para adquirir material e divulgar o empreendimento são condizentes com a realidade da
empreitada. Após identificar todos os gastos e despesas para concretizar o projeto, fica muito mais fácil
saber se é economicamente viável ou não. Portanto, o estudo de viabilidade técnica é complementar ao
estudo de viabilidade econômica, já que indicará todos os custos envolvidos e fará a correta projeção do
retorno que será obtido com a obra e para o desenvolvimento de qualquer empreendimento é preciso
realizar um estudo de viabilidade técnica, onde no ramo da construção civil, as legislações são específicas e
rigorosas e os investimentos costumam ser altíssimos, por isso, ela se torna fundamental. Conhecer e
mensurar a taxas, impostos, bem como os gastos com a aquisição do terreno e publicidade são alguns dos
dados necessários para tornar uma obra viável.O investidor depende não só de espaço físico (terreno),mas
também do preço do capital e da disponibilidade de recursos para financiar o longo período de produção
existe a necessidade em utilizar um método racional auxiliar à tomada de decisão em momento anterior ao
comprometimento com elevados dispêndios, podendo assumir o processo exposto no diagrama a seguir.

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Elaboração dos projetos:
NBR13532 - Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura
Esta norma aborda a confecção dos projetos arquitetônicos, mas regulando as condições exigidas para a
construção de edificações, tanto em construção e ampliação, quanto em modificação, recuperação
etc.Descrevendo as etapas do projeto arquitetônico (levantamento de dados, estudo de viabilidade,
estudo preliminar da Arquitetura entre outros), a norma detalha quais as informações de referência devem
constar do projeto.Identificação; descrição; condições climáticas, de localização e de utilização; exigências
e características relativas ao desempenho no uso e aplicações do produto ou objeto estão entre as
informações que devem ser registradas no projeto, conforme esta norma.

NBR12284 - Áreas de vivência em canteiros de obras

A norma ABNT NBR 12284/NB 1367 define o canteiro de obras como: áreas destinadas à execução e apoio
dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência. Esta
norma devem ser aplicadas em conjunto a fim de assegurar melhor segurança e desempenho nos canteiros
de obras.
O atendimento as legislações é um item a ser levado em consideração no planejamento de um canteiro de
obras,estabelecendo vários parâmetros quanto a itens como área de vivencia,entre eles estão os
refeitórios, vestiários, sanitários, alojamentos, etc.. Também devemos atentar para a (NB-1367, 1991),
áreas de vivência em canteiro de obras,onde esta norma também estabelece vários parâmetros para

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construção de um canteiro de obras: visto como local de trabalho, ambiente agradável, limpo e
organizado,fácil movimentação, fácil localização de materiais, visto como ferramenta de marketing,
atrativo a atenção de futuros clientes, transmitir sensação de orgulho ao cliente, mostrar a preocupação
com o produto desde seu inicio.

NR – 18 Norma regulamentadora

Entre as diversas diretrizes desenvolvidas para regulamentar e manter o ambiente de trabalho saudável,
encontramos a Norma Regulamentadora 18 (NR 18), a construção civil é um setor que, quando não é bem
monitorado, oferece grandes riscos aos trabalhadores e do mesmo modo, esta norma foi lançada para
criar direcionamentos que devem, obrigatoriamente, ser aplicados nesse campo de trabalho, onde esta
norma determina as condições mínimas para evitar acidentes e danos à saúde gerados pela atividade. A
Norma Regulamentadora 18 determina diretrizes sobre as condições do ambiente de trabalho na indústria

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e na construção. Logo, esse conjunto de regras direciona empregadores e empregados sobre as melhores
práticas de ordem administrativa, de planejamento e de organização.Entre os tópicos da NR 18 são
estabelecidos direcionamentos sobre ambulatórios, instalações sanitárias, cozinha, áreas de lazer e outras
indicações referentes às áreas de vivência no ambiente de trabalho. Posteriormente, você encontrará boas
práticas sobre o estoque de materiais, EPIs e EPCs, sobre demolição, instalações elétricas, carpintaria e
estruturas de concreto .
A construção civil apresenta uma das maiores taxas de freqüência de acidentes do cenário nacional.
Contudo, apesar das fiscalizações, as atividades são realizadas em situações precárias e sem garantia a
segurança daqueles que trabalham no ambiente. Freqüentemente, em sua maioria, estes acidentes geram
graves conseqüências.Na construção civil apresenta uma das maiores taxas de freqüência de acidentes do
cenário nacional. Contudo, apesar das fiscalizações, as atividades são realizadas em situações precárias e
sem garantia a segurança daqueles que trabalham no ambiente. Freqüentemente, em sua maioria, estes
acidentes geram graves conseqüências.Neste cenário, foi criada a NR 18, para se garantir o cumprimento
de diretrizes que melhoram as condições de trabalho. Logo, esta norma é uma importante ferramenta para
que sejam evitados acidentes, minimizados riscos e que seja preservado o bem-estar dos trabalhadores.Em
razão dessa relevância, a norma é bastante detalhada em suas diretrizes e orientações, que são separadas
para cada tipo de serviço e ambiente dentro de um canteiro de obras.
Este cenário, foi criada a NR 18, para se garantir o cumprimento de diretrizes que melhoram as condições
de trabalho. Logo, esta norma é uma importante ferramenta para que sejam evitados acidentes,
minimizados riscos e que seja preservado o bem-estar dos trabalhadores.Em razão dessa relevância, a
norma é bastante detalhada em suas diretrizes e orientações, que são separadas para cada tipo de serviço
e ambiente dentro de um canteiro de obras. Antes de qualquer coisa é necessário comunicar a Delegacia
Regional do Trabalho sobre a sua construção. Para isso, informe;o tipo de obra;endereço da sua
obra;endereço correto e qualificação do contratante, empregador ou condomínio;número máximo de
empregados;data de início e finalização.Em síntese, para se adequar à NR 18 é necessário criar uma
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).Além disso, vale ressaltar que a CIPA só é necessária
em obras que durarem mais de 180 dias (6 meses). Para as demais situações, apenas uma comissão
provisória de prevenção de acidentes seria o suficiente. Não basta apenas criar os programas e comissões
que são exigidos pela NR 18, é fundamental que todos possíveis riscos no canteiro de obras sejam
identificados, de forma que esses grupos elaborem planos para atenuá-los. Em 2020, a NR 18 sofreu
algumas alterações, ela sofreu um corte de cerca de 40% dos seus itens. As mudanças mais importantes da
atualização de 2020.

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1. Em vez do PCMAT, (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção
Civil) as construtoras devem elaborar um Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.
2. A NR 18 passa a incluir um quadro anexo que deverá ser detalhada a carga horária mínima de acordo
com cada atividade a ser realizada na obra.
3. São obrigatórias as instalações de banheiros químicos, bem como gruas de pequeno porte.
4. As bandejas de proteção não são mais obrigatórias e só podem ser instaladas quando propostas por
profissional legalmente habilitado.
5. Equipamentos como, por exemplo, as gruas, devem ter cabine climatizada.
Por envolver a segurança e saúde do trabalhador em obra, o descumprimento da NR 18 gera algumas
conseqüências para empresas que não seguirem suas diretrizes. Caso a empresa não cumpra com as
diretrizes tratadas na NR 18, ela ficará sujeita a algumas responsabilidades de ordem: administrativa –
multas, embargo ou, até mesmo, interdição da obra; trabalhista e previdenciária – débitos de adicionais de
insalubridade e periculosidade, ação pública etc.; tributária – aumento da alíquota do Seguro de Acidente
de Trabalho e Fator Acidentário de Prevenção (SAT e FAP, respectivamente); civil e criminal. O uso da
tecnologia como aliadas nas atividades da empresa é fundamental para garantir excelência, qualidade e
agilidade nos serviços, ela também pode ser utilizada como auxiliar na hora de reduzir os riscos
relacionados à saúde e segurança dos trabalhadores, verifica se a empresa está atendendo as diretrizes da
NR 18, evitando os encargos previstos caso ocorra o descumprimento da norma. A NR18 não deve ser vista
pelos gestores como uma obrigação a ser cumprida, mas como uma ferramenta de preservação e
planejamento e desta forma estará proporcionando um ambiente saudável e seguro, que
conseqüentemente se tornará mais lucrativo para a empresa.

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CONCLUSÃO:
Atualmente à conclusão que constatamos nas obras de pequeno porte os requisitos das normas NR 18 e
NBR 12284 são os mais negligenciados enquanto que nas obras de maior porte estes requisitos normativos
vêm sendo aplicados satisfatoriamente, porem em todas as obras à deficiência no uso de equipamentos
de proteção coletiva e individual e por tanto mostrando a necessidade de profissionais capacitados e
e bem informados quanto ao uso das proteções, além de merecerem maior atenção dos órgãos de
fiscalização da construção civil as áreas de convivência, as instalações hidrosanitárias destinadas aos
trabalhadores e os elementos de proteção coletiva da obra. Estes itens influenciam diretamente na
qualidade de vida do trabalhador, segurança e produtividade.

PROJETOS
É na etapa de projeto que as decisões tomadas interferem, direta ou indiretamente no custo, execução e
na qualidade do empreendimento. No que se refere aos custos uma avaliação correta deve contemplar o
somatório dos custos de construção, manutenção e uso para toda a vida útil da edificação. O projeto é um
conjunto de informações para a realização de uma construção, reforma, adequação e restauração, onde
este projeto define o que deverá ser construído no espaço pretendido.Um determinado projeto para
construção normalmente é constituído de alguns elementos importantes.

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COMPONENTES DE UM PROJETO:

ESTUDO PRELIMINAR: é um esboço no qual consta o que deverá ser construído e também para se verificar
se todas as necessidades foram corretamente identificadas e se a construção as atenderá
satisfatoriamente, além disso o estudo preliminar envolve o reconhecimento do terreno.
ANTEPROJETO: Apresentação gráfica simplificada em escala de construção para confirmação e/ou correção
do estudo preliminar e definição do projeto definitivo.
PROJETO INDICATIVO: É uma versão básica do projeto definitivo, para demonstração às partes
interessadas.
PROJETO LEGAL: É uma versão do projeto indicativo contendo as informações legais necessárias à
aprovação e registro nos órgãos públicos de fiscalização e nas concessionárias de serviços públicos(água ,
luz e companhia de gás).

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PROJETO EXECUTIVO: É o projeto completo final ( plantas, cortes, fachadas e etc.)e com todas as
informações gerais necessárias à execução da obra, onde este projeto executivo prevê todas as
interferências dos projetos complementares.
DETALHAMENTO DO PROJETO: É a definição precisa de todos os elementos construtivos a serem
empregados na construção(projetos ou desenhos específicos).
DETALHES CONSTRUTIVOS: São informações gráficas adicionais para melhor definição ou esclarecimento
de elementos construtivos a serem executados.
PROJETOS COMPLEMENTARES: São os projetos adicionais que complementam o projeto executivo para
execução da obra. São os projetos de fundações, estruturas, instalações, etc.
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA: São procedimentos que definem métodos e técnicas para a execução de serviços
de construção, descritos ou não nos projetos. As especificações técnicas, devem, ainda, providenciar a
indicação correta de locais de aplicação de cada um dos tipos de serviços, indicar as normas técnicas para
verificação específica de materiais, elementos, instalações, equipamentos.
MEMORIAL DESCRITIVO: Representa a relação dos materiais e equipamentos que irão constituir cada parte
da obra, devendo constar todos os detalhes que possam interessar à gestão eficiente do empreendimento.
CADERNO DE ENCARGOS: É o conjunto de informações, complementar ao projeto executivo principal, que
define como deve ser procedida a execução de determinado serviço, este caderno de encargos define os
métodos de execução, ou seja, como se deve construir. Normalmente é fornecido pelo contratante (por
exemplo, em caso de Licitações), contendo Especificações Técnicas e Memorial Descritivo, bem como
demais determinações estabelecidas no contrato entre as partes.
Em situações comuns, onde predominam as obras de pequeno e médio portes, é muito raro encontrar
projetos completos em todos os seus elementos e como a construção sempre demora, no mínimo, alguns
meses,a tendência é imaginar que alguns dos projetos complementares e detalhamentos podem ser feitos
durante o desenvolvimento da obra.Ocorre que a própria execução impõe suas tarefas, e a
complementação do projeto, muitíssimas vezes, não é feita a tempo, levando a atrasos e prejuízos.
O projeto (plantas, cortes, fachada, etc.), em geral, explica bem a forma do que irá ser feito, porém não
esclarece que material vai ser empregado e o seu acabamento. Por exemplo, um projeto, geralmente
constituído de plantas, não diz se uma determinada esquadria será de cedro e que terá como ferragens
uma fechadura tipo Yale e três dobradiças de 4", niqueladas, não diz que tipo de revestimento será usado,
tipo e marca de piso, etc.Surge então a necessidade do MEMORIAL DESCRITIVO, ESPECIFICAÇÕES
TÉCNICAS e de acabamento de uma obra.
Estes documentos tem como objetivo primário fornecer informações complementares quanto às
especificações técnicas e detalhadas dos materiais previstos em obra (fabricantes, dimensões,
cores,modelos, etc.), bem como os métodos, normas e técnicas construtivas a serem seguidas. Este
conjunto de variáveis incidem diretamente em:

• custos da construção;

• métodos construtivos para a execução dos serviços;

• prazo técnico da obra;

• padrão de acabamento do empreendimento,

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• qualidade na aquisição de materiais em obra, etc.

As ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS, que devem ser definidas ainda na fase do planejamento da obra (portanto
antes do início da construção), são aquelas que definem métodos e técnicas para a execução de serviços
de construção, descritos ou não nos projetos.As especificações técnicas, devem, ainda, providenciar a
indicação correta de locais de aplicação de cada um dos tipos de serviços, indicar as normas para
verificação específica de materiais, elementos, instalações, equipamentos.
O MEMORIAL DESCRITIVO representa a relação dos materiais e equipamentos que irão constituir cada
parte da obra, devendo constar todos os detalhes que possam interessar à gestão eficiente do
empreendimento. Estas informações são primordiais para a elaboração de um orçamento da obra, para
fins de acompanhamento físico-financeiro.A falta destas informações leva o orçamentista a fazer
considerações a respeito das características técnicas da obra que, muitas vezes, fogem bastante da
realidade construtiva.
As definições prévias das especificações técnicas beneficiam o responsável pela execução da obra quanto a
cometer o mínimo possível de improvisos, além de possibilitar uma programação para fechamento de
contratos (materiais e serviços), com a antecedência conveniente. Para se elaborar as especificações
técnicas de uma obra, há necessidade de identificar, a partir das plantas dos diversos projetos que
compõem a obra, os elementos que podem ser considerados relevantes de serem especificados. Entre
estes elementos podemos citar: detalhamento dos projetos; equipe de administração; projeto de canteiro
de obra; trabalhos em terra; tipo de fundação; tipo de estrutura; elevadores, alvenaria; soleiras, rodapés e
peitoris;esquadrias; ferragens; vidros; cobertura; tratamentos; revestimentos; pinturas; pavimentação;
instalações: elétricas, hidráulicas, telefone, gás, incêndio; esgoto sanitário; águas pluviais; lixo; aparelhos;
elementos decorativos; complementação da obra; fachadas, dimensionamento e detalhes de fixação de
mobiliário, etc.
As especificações de acabamentos definem claramente quais serão os materiais que comporão os
revestimentos e acessórios do empreendimento, em cada compartimento e no seu todo. O caderno de
especificações deve caracterizar as condições de execução e o padrão de acabamento dos serviços. Vários
são os critérios a serem usados para a definição dos acabamentos do projeto.

Podemos citar, entre outros:

• conforto na sua utilização

• aspecto estético;

• conservação e manutenção dos materiais;

• aspecto de redução dos custos;

• limitação da legislação local;

• característica de comercialização do empreendimento.


Muitas vezes as especificações de acabamento são alteradas durante a obra, motivadas por situações
como falta de material no mercado, materiais que não são mais fabricados, alteração do padrão de
especificação, por parte da diretoria, para adequar às condições de mercado. Quanto mais detalhado for o

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conjunto de especificações, mais detalhado e preciso será o planejamento técnico. Existe um conjunto de
normas, além dos parâmetros definidos pela empresa,que devem ser respeitados e efetivamente seguidos
na elaboração de projetos e que são fonte fundamental de informação para documentar o Conjunto de
Especificações.

IMPLANTAÇÃO DA CONSTRUÇÃO:

Aspectos Legais da Construção:


A construção de uma edificação exige que sejam considerados e atendidos diversos
aspectos,principalmente os de caráter legal, que tem início já na escolha do lote.A legislação é muito
ampla, e varia de um local para outro, motivo pelo qual recomenda-se, para todos os casos, a contratação
de um profissional (arquiteto ou engenheiro).Entretanto, é bom saber o que ela envolve.A primeira
questão refere-se às cláusulas contratuais do loteamento, que procuram uniformizar o bairro e, muitas
vezes,são até mais severas que o código de edificações do município. Elas podem definir,por exemplo,o
número de pavimentos, a taxa de ocupação(percentual, em relação à área total do terreno,ocupada pela
projeção da construção sobre o terreno), o tipo de edificação permitida se exclusivamente residencial ou
apenas comercial, o coeficiente de aproveitamento (índice que estabelece a relação entre o total de área
construída e a área do terreno) e a adoção de recuos maiores que os previstos em lei.Se o lote pretendido
está localizado á beira de represa, por exemplo, ou no litoral, ou ainda em região de mananciais (junto a
bacias hidrográficas) ou em área de floresta nativa, as exigências legais se multiplicam. No caso do litoral,
muitas faixas de terra são bens permanentes da Marinha Brasileira; se paga o preço de mercado do lote,
mais uma taxa à Marinha para ocupá-lo e ainda é preciso cumprir as exigências para sua ocupação.Em área
de proteção aos mananciais,o problema está mais na taxa de ocupação e no coeficiente de
aproveitamento, visando prejudicar o menos possível a vegetação nativa.Árvores centenárias não podem
ser derrubadas; muitas vezes, elas são identificadas pelo diâmetro do seu tronco, e precisam estar
indicadas no levantamento planialtimétrico.No caso das matas naturais, por maior que seja o terreno, a
taxa de ocupação e o coeficiente de aproveitamento serão bastante pequenos, para que a construção da
edificação não caracterize um desmatamento. Ao visitar o loteamento, deve-se verificar se o mesmo está
em região protegida por lei especial.Principalmente em cidades grandes, não é incomum estar tramitando,
nas esferas municipal,estadual ou mesmo federal, projetos que impliquem,futuramente na desapropriação
parcial ou total de áreas e,conseqüentemente, na sua desvalorização, pois esse procedimento não respeita
os valores de mercado.Ao pensar em comprar um terreno urbano, é necessário conferir se há, no bairro,
algum projeto de porte, como uma alça viária, a duplicação de uma avenida, a construção de prédio
público ou até a urbanização de uma praça o que poderá levar parte do lote.O profissional pode identificar
a classificação do lote quanto à sua localização, o que a legislação de zoneamento permite construir e se há
projetos para alteração do uso do solo nas imediações, enfim dados que só quem acompanha as evoluções
de uma cidade ou região pode resolver.Uma vez resolvidos os prováveis problemas que envolvem a
compra,é preciso definir o profissional responsável pelo projeto.O custo do projeto é pessoal, embora cada
Associação de classe da região deva possuir uma tabela de honorários que serve de parâmetro para os
profissionais, e inclua ás bases de um custo real destes serviços em termos regionais.A escolha de um
profissional que já atue na cidade é uma boa alternativa,uma vez que, com certeza,o profissional já deve
estar cadastrado junto à respectiva prefeitura.Os procedimentos legais e burocráticos junto à prefeitura

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devem ser cumpridos pelo profissional ou pelo proprietário, ou por terceiros,com a devida procuração
legal. Os documentos exigidos normalmente são:
• Título de propriedade do imóvel, devidamente registrado(escritura);
• Cópia do IPTU;
• Xerox do documento de inscrição da obra no INSS;
• Memorial descritivo, especificando os materiais a serem utilizados,em duas vias (assinadas pelo autor do
projeto e pelo proprietário);
• Peças gráficas (plantas, implantação, cortes, fachada principal,tabela de iluminação e ventilação com
carimbo próprio da prefeitura,assinadas pelo autor do projeto, pelo responsável pela obra e pelo
proprietário);
• Via da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) recolhido o valor em Banco para o CREA;
• Cópia do recibo atualizado dos profissionais envolvidos e cadastrado na prefeitura e seu número de
registro;
• Cópia da carteira do CREA dos profissionais;
• Comprovante de pagamento das taxas e emolumentos exigidos pela prefeitura (que variam de cidade
para cidade) referentes ao andamento do processo a ser instaurado;
• Caso o setor municipal responsável pela liberação do Alvará de Construção encontre alguma
irregularidade, emitirá um comunique-se, ou seja, um comunicado oficial do problema encontrado e um
prazo para que este seja sanado; deve-se ficar atento aos prazos do comunique-se, para que as pendências
sejam resolvidas em tempo hábil, as prefeituras, via de regra, exigem que o canteiro construído na obra
seja cercado por tapumes, dão um prazo para seu cumprimento e cobram uma taxa para sua
execução(embutida nos comprovantes exigidos antes da aprovação do projeto). Todos os profissionais que
trabalharão na obra (à exceção dos autônomos) precisam ser registrados de acordo com as normas no
Ministério do Trabalho, pagando a Guia de Recolhimento da Previdência Social. Em um quadro de avisos,
em local visível,estarão os nomes dos empregados, horários de entrada e saída e horário de
funcionamento da obra.
Na obra ficará uma cópia da planta aprovada e o Alvará de Construção e de acordo com a legislação, deve
haver um banheiro, mesmo que os empregados não durmam no alojamento. A obra ainda deverá ter
ligação de água e luz e a placa do autor do projeto e do responsável técnico em lugar visível:se um fiscal do
CREA não a localizar,pode multar o profissional com base em lei federal.Dependendo da situação do
terreno, são estipulados horários para carga e descarga,da entrega do material de construção aos bota
foras de terra. A legislação é específica demais, mas os horários usados visam evitar que a construção
incomode a vizinhança.A fiscalização de obras, na verdade, não existe para aterrorizar os proprietários,
mas para impedir que a legislação seja ferida. Quando algum tipo de irregularidade é encontrado a
construção não confere com a planta aprovada, foram feitas alterações no projeto original, há desrespeito
às leis trabalhistas, o fiscal deve emitir uma notificação ao proprietário ou profissional responsável pela
obra.A exemplo do comunique-se, a notificação não é uma penalidade em si, mas um documento
legal,com prazo para que o proprietário ou o profissional apresente a solução do problema. Quando a
irregularidade é muito grave, pondo em risco a integridade física dos pedestres ou casas vizinhas ou sendo
obra clandestina,o fiscal da Prefeitura tem poderes para embargar (paralisar) a obra.Uma vez embargada,é
dado um prazo para regularizar (ou justificar) a irregularidade que gerou o embargo, pagando uma taxa
correspondente às adotadas na religação de água ou luz quando interrompidas por falta de
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pagamento.Concluída a obra, visitados os guichês que comandam os aspectos legais da construção e
cumpridas todas as obrigações técnicas e legais, é emitido o mais almejado dos documentos para quem
constrói:o Habite-se. Sem ele, não é possível ocupar o imóvel; com ele, acaba a interferência municipal
sobre a construção.

SERVIÇOS PRELIMINARES:
São caracterizados como serviços preliminares, a preparação para o inicio da obra, incluindo a limpeza do
terreno por exemplo, terraplanagem e/ou corte do terreno e compactação do solo (faça com
acompanhamento de um profissional, se tudo estiver perfeito, o terreno já pode receber as novas etapas
do planejamento de obras).
Mas também se encaixa neste item a montagem do canteiro e barracão de obras (local de armazenamento
de materiais e ferramentas). Mas tem-se utilizado container para isso, montagem do gabarito e a definição
dos eixos de execução das fundações.
Os serviços preliminares na construção civil representam uma etapa importante. Dessa maneira, é
necessário que não seja deixada de lado, para que os resultados finais sejam positivos e de acordo com o
que foi estipulado no planejamento, orçamento e projeto.A não execução dos serviços preliminares pode
acarretar uma série de problemas para a qualidade da obra, tornando-a insegura, sem qualidade estética e
prejudicando também o cronograma e orçamento.

Como preparar o terreno para construção:


1. Limpeza
A limpeza do terreno,será executada em duas etapas diferentes:
A limpeza da vegetação envolve a retirada de grama, plantas e arbustos. Se o espaço tiver árvores, no
entanto, há a necessidade de aprovação pela prefeitura da sua cidade. Trata-se de uma etapa importante
para facilitar a terraplanagem e garantir a estabilidade do solo;
A limpeza de materiais, por outro lado, inclui a remoção de entulho, construções antigas, pedras e até
cupinzeiros.Alugar caçambas para despejar os dejetos e a necessidade de procurar pessoas habilitadas
para fazer a limpeza do lote. Eventualmente, pode ser que a própria empresa que realiza a terraplanagem
ofereça também esse serviço.

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2. Condições de vizinhança
Uma importante etapa do início de obra é o registro das condições das edificações vizinhas.Esta
etapa,antigamente relegada a segundo plano, vem ganhando cada vez mais importância, uma vez que
permite maior segurança à empresa que constrói.A verificação prévia das condições da vizinhança permite
que a empresa não tenha surpresa desagradável durante a produção do empreendimento,seja com a
ocorrência de patologias diversas como trincas excessivas ou mesmo chegando-se a situações de
desabamentos de residências vizinhas. Por outro lado, permite, ainda, que se previna quanto às
reclamações infundadas de vizinhos.O registro deve ser feito em relatório técnico específico contendo
croqui com indicação das ocorrências, relacionados a fotos devidamente datadas e relatos das observações
realizadas. Hoje já é possível contratar empresas especializadas na realização deste tipo de serviço.

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3. Demolição
Quando da existência de edifícios no local em que se vai realizar a obra, pode-se ter a possibilidade de
aproveitamento de parte ou de todas as edificações existentes como instalações provisórias para
escritório, almoxarifado ou mesmo alojamento dos operários.Neste caso, cabe um estudo de implantação
do canteiro buscando utilizar tais construções durante o desenvolvimento da obra,deixando sua demolição
para o final.Nem sempre,porém, é técnica ou economicamente viável a utilização dessas construções,
sendo muitas vezes necessária sua completa remoção antes mesmo da implantação do canteiro,
caracterizando uma etapa de serviços de demolição.A demolição é um serviço perigoso na obra, pois é
comum mexer-se com edifícios bastante deteriorados e com perigo de desmoronamento. E não é só isto,
pois neste serviço "as coisas caem, desabam".Assim a segurança dos operários e dos transeuntes passa a
ser um cuidado fundamental.Neste sentido,é recomendado que a demolição ocorra, sempre que possível,
na ordem inversa à da construção,respeitando-se as características do edifício a se demolir.

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4. Demarcação do lote(planta de loteamento)
Para que nada seja construído fora da área real do terreno, é essencial definir seus limites e essa medida é
especialmente importante se os lotes vizinhos ainda não tiverem suas construções. A demarcação do
perímetro pode ser realizada utilizando estacas, muros de alvenaria ou alambrados, por exemplo.

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5. Levantamento topográfico
No levantamento topográfico, é necessário contratar um profissional capacitado para mapear a superfície
do seu terreno,onde este topógrafo irá analisar características como inclinação, acidentes geográficos e a
presença de objetos naturais, como árvores e pedras. Desse modo, é possível levantar as possibilidades de
construção para o lote, definindo o norte magnético.Existem três tipos de levantamentos topográficos: o
planimétrico, o altimétrico e o planialtimétrico. O primeiro se refere às medidas em um plano, enquanto o
segundo levanta medidas na vertical.A união desses dois resulta no levantamento planialtimétrico, método
que permite um mapeamento mais completo.

6. Projeto arquitetônico
Na seqüência dos trabalhos e já com os dados do levantamento topográfico em mãos, chega a hora de o
arquiteto realizar o projeto. Essa etapa deve vir entre a limpeza e a terraplanagem, uma vez que o desenho
da casa influencia no modo como o terreno será nivelado. Se a edificação tiver platôs, por exemplo, a
extração de terra será diferente daquela que seria feita para construir um único platô.

7. Terraplanagem (Movimento de terra)


Conjunto de operações de escavação, carga, transporte,descarga, compactação e acabamento executados
a fim de passar o terreno do estado natural para uma nova conformação topográfica desejada.O objetivo é
que tanto o tamanho quanto o nível da área plana fiquem iguais ao que foi previsto no projeto

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arquitetônico. Assim sendo, em terrenos com aclive, é preciso escavar e remover terra. Em terrenos com
declive, pelo contrário, é realizado o aterro.É um processo importante que exige atenção, por isso, para
evitar problemas de segurança, como deslizamentos e erosão, certifique-se de que a equipe contratada
seja experiente.Ao ser necessário um movimento de terra é possível que se tenha uma das seguintes
situações:
a) CORTE;
b) ATERRO; ou
c) CORTE + ATERRO.
A situação "a" geralmente é a mais desejável uma vez que minimiza os possíveis problemas de recalque
que o edifício possa vir a sofrer.Nos casos em que seja necessária a execução de aterros, deve-se tomar
cuidado com a compactação do terreno.
Os serviços ligados ao movimento de terra podem ser entendidos como um conjunto de operações de
escavação, carga, transporte, descarga, compactação e acabamentos executados afim de passar de um
terreno no estado natural para uma nova conformação topográfica desejada.Muitas vezes, este serviço
está associado ao de contenção da escavação, uma vez que, ao se realizar uma escavação,o solo
remanescente precisará ser contido a fim de que não se comprometa as regiões vizinhas.

8. Sondagem
Com esse serviço, é possível conhecer as características do terreno sob um ponto de vista técnico e
científico. Isto é, qual tipo de solo é aquele, a espessura das camadas que o compõe, se com a resistência
apresentada é possível localizar lençol freático etc.Posteriormente, uma empresa especializada deve
retirar amostras do solo do seu terreno, fazer análise laboratorial e emitir um relatório detalhado, onde o
objetivo aqui é coletar informações para que o profissional (engenheiro, tecnólogo, arquiteto ou técnico
de edificações) faça os cálculos referentes à fundação da sua casa.As sondagens podem ser realizadas
muito antes da decisão de início da obra para subsidiar etapas anteriores como estudo de viabilidade ou
projeto de contenções e fundações.As sondagens dão informações que permitem definir:

 Tipo de equipamento a ser usado na escavação e retirada do solo

 Tipo de contenção

 Tipo de fundação a ser usado no edifício


O tipo de sondagem depende do porte e características da obra.
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A mais comum: Sondagem de Simples Reconhecimento (NBR 6484) Método de penetração com circulação
de água ou SPT (Standard Penetration Test)

 Rápido

 Econômico

 Aplicável à maioria dos solos (exceto pedregulho)

9. Instalações provisórias (Elétrica e Hidráulica)


Finalizados os trabalhos de movimentação de terra, a primeira providência a tomar é a instalação
provisória dos serviços de água e energia elétrica. Essa ligação, quando solicitada às concessionárias,
costuma demorar alguns dias. É desejável que tais serviços sejam instalados, ainda que provisoriamente,
nos locais definitivos definidos pelo Projeto Arquitetônico.

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ELÉTRICA
São muitos os equipamentos necessários para o desenvolvimento das atividades de obra,como por
exemplo, betoneiras, serras elétricas, guincho para funcionamento do elevador de obra, gruas, entre
outros.Atualmente, a fonte de energia mais comum e mais viável para o funcionamento da maioria desses
equipamentos é a ELÉTRICA.Neste sentido, faz-se necessário que ainda durante a etapa de planejamento
do canteiro,seja identificada a potência dos equipamentos que serão utilizados.A soma das potências dos
equipamentos utilizados no canteiro, aliada a um fator de demanda dos mesmos (uma vez que nem todos
os equipamentos serão utilizados de uma única vez), possibilita conhecer a potência necessária para a rede
de energia a ser implantada.
Potência e sistema de alimentação dos equipamentos mais comuns em obras de edifícios.

HDRÀULICA
São relativas às instalações de água fria e esgoto.
A água, além de ser necessária para a higiene pessoal dos operários, é a matéria prima para alguns
materiais como concretos e argamassas. Assim, é necessário que se tenha quantidade suficiente e que a
mesma apresente qualidade compatível com as necessidades.Tanto para a higiene pessoal quanto para o
uso no preparo dos materiais básicos no canteiro, recomenda-se uso de água da rede pública,a qual
apresenta qualidade garantida.No caso de inexistência da rede pública de água no local da obra,caso
pouco comum, deve-se verificar a possibilidade de expansão da rede junto à concessionária.Em não
existindo a rede e nem mesmo plano para a expansão da existente, tem-se como alternativas a perfuração
de poços no local da obra ou ainda a compra da água, que comumente é entregue através de
caminhões.Vale observar que nos casos de obras de grande porte e longa duração, a água de poço,desde
que adequada às condições de uso, pode tornar-se uma alternativa economicamente mais viável, ainda
que exista a rede local.E dependendo da não existência de coletor público, talvez seja necessário a
execução de uma fossa séptica(dependendo do tipo de obra), que servirá para a coleta do esgoto sanitário
proveniente do banheiro provisório dos operários do canteiro de obras.

21
10. Contratação de operários
Após os serviços de terraplanagem é oportuno a contratação dos primeiros operários do empreendimento.
Obras de pequeno e médio porte, como a edificação de residências ou estabelecimentos comerciais,
podem começar com 1 Mestre de Obras, 1 Pedreiro e 1 Servente (auxiliar). Dependendo do método
construtivo, começar com 2 pedreiros pode imprimir maior velocidade nesta fase inicial. De qualquer
forma, é desejável que ao menos 1 Pedreiro permaneça em serviço até a entrega, para servir de “arquivo
vivo” dos serviços realizados. Este será denominado Encarregado. É obrigatória a comunicação à Delegacia
Regional do Trabalho, antes do início das atividades, do tipo da obra, das datas previstas para início e
término e do número máximo de trabalhadores. Já a matrícula no INSS, pode ser feita no prazo de 30 dias.
11. Execução de tapumes e galerias
É obrigatória a colocação de tapumes ou barreiras sempre que se executarem atividades da indústria da
construção, de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas aos serviços.Os tapumes devem ser
construídos e fixados de forma resistente, e ter altura mínima de 2,20m em relação ao nível do
terreno.Nas construções com mais de 2 pavimentos a partir do nível do meio fio, executadas no
alinhamento do logradouro, é obrigatória a construção de galerias sobre o passeio público (calçada), com
altura interna livre de, no mínimo, 3,00m.Em caso de necessidade de realização de serviços sobre o
passeio, a galeria deve ser executada na via pública, devendo neste caso ser sinalizada em toda sua
extensão, por meio de sinais de alerta aos motoristas nos 2 extremos e iluminação durante a noite,
observada a legislação do Código de Obras Municipal e a de trânsito.Existindo risco de queda de materiais
nas edificações vizinhas, estas também devem ser protegidas.
12. Contenções da vizinhança
Nas escavações haverá sempre a necessidade de contenções sempre que a escavação implicar em risco de
perda de estabilidade do terreno.Os principais tipos de contenções utilizadas em edifícios são:
• taludes;
• perfis metálicos + pranchões de madeira;
• misto (taludes associados a perfis metálicos + pranchões); e
• paredes diafragma.

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13. Drenagem e esgotamento de lençol freático
Há a necessidade de drenagem sempre que o lençol freático estiver localizado em cota tal que interfira
com as atividades de escavação e contenções.Neste caso, deve utilizar uma técnica de drenagem ou
esgotamento adequada à intensidade e tipo de interferência.

14. Instalação do canteiro de obras


Canteiro de obras:
De acordo com a Norma Regulamentadora 18 referente às condições e meio ambiente de trabalho da
construção,um canteiro de obras pode ser identificado como um espaço de trabalho fixo e temporário, em
que se desenvolvem as operações de apoio à execução de uma obra e é composto por áreas de vivência e
áreas operacionais.

Verificação dos pontos em acertar os últimos detalhes necessários antes de começar a obra em si, onde
essa etapa deverá abranger a preparação do espaço de armazenamento dos materiais de construção; a
colocação de um alojamento e de uma área de refeição para os trabalhadores e o fechamento do terreno
com tapumes ou muros. O canteiro de obras deve ser planejado e projetado antes mesmo do início da
construção de qualquer edificação. Esse processo otimiza o espaço de trabalho e possibilita maior
eficiência e segurança para a obra.

Planejar o layout de canteiro de obras, posicionando correta e ordenadamente equipamentos, insumos e


serviços, além de disciplinar o transito de veículos e pessoas é fundamental para reduzir as perdas de
material durante os trajetos, evitar deslocamentos desnecessários, diminuir o cansaço dos operários em
operações de vai-e-vem desnecessárias e otimizar o tempo de execução dos trabalhos, garantindo que as
matérias-primas cheguem às mãos certas com rapidez e oportunidade. Embora pareça óbvio essa
organização é extremamente complexa, pois envolve o planejamento do fluxo das aquisições, tempo de
estoque e do tempo de consumo de cada um dos mais de 600 materiais diferentes aplicados em uma
construção – cada um com peso, volume, validade e prescrições específicas de cuidados tanto para a
guarda quanto para a aplicação. Por exemplo, enquanto as fases de fundação e de estrutura exigem a
aplicação de vários materiais de grandes volume e massa, tais como areia, brita, cimento, aço e concreto,
na fase de acabamentos são requeridos materiais de fabricação especial, tais como esquadrias,
porcelanatos e tintas, exigindo áreas de estocagem e equipamentos de transporte diferentes.

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Acessos à obra e tapumes
Embora pareça um requisito óbvio, nem todos os canteiros possuem um portão para entrada de pessoas
exclusivo, fazendo com que as pessoas tenham que entrar pelo mesmo portão de acesso de veículos.A
localização do portão de pessoas deve ser estudada em conjunto com o estudo do(s) trajeto(s) que
visitantes e funcionários devem fazer ao entrar e sair da obra.
Qualquer que seja a localização do portão se recomenda que o mesmo atenda aos seguintes requisitos:

• Possua uma inscrição que o identifique, como, por exemplo, entrada de pessoas;

• Possua uma inscrição com o número do terreno;

• Possua uma fechadura ou puxador que facilite a abertura e o fechamento;

• Na placa de tapume ao lado do portão, ou na própria placa do portão, é recomendável a colocação


de uma caixa de correio, a qual tem dimensões usuais de 20 cm (largura) x 30 cm (profundidade) x
20 cm (altura);

• Possua uma campainha, que pode tocar, por exemplo, na zona de serviço do pavimento térreo, em
local próximo ao guincho e a betoneira, e no almoxarifado.
Quando existirem recursos para tanto, a campainha pode ser substituída por um porteiro eletrônico.Para
manter o portão permanentemente fechado pode ser utilizada uma fechadura de tranca automática
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acoplada a um sistema de molas, de forma que a simples batida do portão será suficiente para fechá-lo.Ao
entrar na obra é normal que o visitante, ou mesmo os funcionários, não saibam ao certo qual caminho
percorrer para chegar até as escadas de acesso aos pavimentos superiores ou às áreas de vivência.Isto
pode induzir à tomada de caminhos inseguros ou mais longos, sendo uma demonstração de descaso com o
planejamento do canteiro.
Para evitar este tipo de situação, uma boa medida é a construção de um acesso coberto para entrada de
pessoas, delimitado lateralmente. Este acesso deve ser uma passagem obrigatória para entrada e saída de
pessoas na obra. Deve começar no portão de pessoas e estender-se até uma área coberta, desenvolvendo
trajeto que desvie das áreas de produção e estoque de materiais, privilegiando, por outro lado, a passagem
junto as áreas de vivência e escritório, terminando em local próximo as escadas do prédio.Além da função
de segurança, o acesso pode ser aproveitado para fixação de cartazes relacionados ao marketing do
empreendimento,e também com setas indicativas de locais da obra e com instruções sobre procedimentos
de segurança. Acesso coberto para entrada de pessoas na obra.

A localização do portão de acesso de veículos deve ser estudada em conjunto com o layout das instalações
relacionadas aos materiais, devendo-se fazer tantos portões quantos forem necessários para garantir a
descarga dos materiais sem a necessidade de múltiplo manuseio dos mesmos.Neste sentido, deve-se
atentar para a existência de árvores em frente ao terreno, o que pode restringir a escolha da posição do
portão a uma ou duas opções.Caso o terreno esteja localizado em uma esquina, deve-se,
preferencialmente, colocar os portões na rua de trânsito menos intenso.Com relação aos tapumes, estes
devem ser mantidos em bom estado de conservação e limpeza. Por ser um dos aspectos da obra mais
visíveis para a comunidade, deve causar um impacto visual agradável. Além das tradicionais pinturas com o
logotipo da empresa, é comum que os tapumes sejam aproveitados para pinturas artísticas ou sejam
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pintados com cores chamativas, geralmente a cor principal do marketing do empreendimento.É usual que
sobre os tapumes sejam colocadas as placas da empresa e também de fornecedores.Tentando evitar que
tais placas sejam colocadas de forma desorganizada e mal conservadas, algumas empresas vêm utilizando
placas únicas, incluindo seu nome e o nome dos fornecedores, melhorando a aparência da entrada do
canteiro. A placa deve reservar um espaço para a colocação do selo do Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura (CREA), devendo conter ainda o nome dos responsáveis técnicos pela execução da obra e pelos
projetos e serviços complementares. Algumas empresas optam por iluminá-las, através de lâmpadas tipo
fotocélula ou refletores.

Movimentação e armazenamento de materiais


São citadas a seguir algumas dimensões usualmente adotadas no dimensionamento das instalações de
movimentação e armazenamento de materiais:
* elevador de carga: as dimensões em planta de 1,80 m x 2,30 m são as mais usuais para torres metálicas
de elevadores de carga;
* distância entre roldana louca e tambor do guincho: esta distância deve estar compreendida entre 2,5 m
e 3,0 m (NR-18), devendo ser considerada para estimar a posição do guincheiro;
* baias de agregados: as baias devem ter largura igual ou pouco maior que a largura da caçamba do
caminhão que descarrega o material, enquanto as outras dimensões (altura e comprimento) devem ser
suficientes para a estocagem do volume correspondente à uma carga.No caso da areia e brita,por
exemplo, as dimensões usuais são aproximadamente 3,00 m x 3,00 m x 0,80 m (altura);
* estoques de cimento: a área necessária para estocagem deve ser estimada com base no orçamento e na
programação da obra. As seguintes dimensões devem ser consideradas neste cálculo:
- dimensões do saco de cimento: 0,70 m x 0,45 m x 0,11 m (altura);
- altura máxima da pilha: 10 sacos. No caso de armazenagem inferior a 15 dias a NBR 12655 (ABNT, 1992)
permite pilhas de até 15 sacos;
*estoque de blocos: a área necessária deve ser estimada com base no orçamento e na programação da
obra.O estoque deve utilizar o espaço cúbico, limitando, por questões de ergonomia e segurança do
operário, a altura máxima da pilha em aproximadamente 1,40 m;

* caçamba tele-entulho: dimensões usuais em planta de caçambas tele-entulho são de 1,60 m x 2,65 m;

*bancada de fôrmas: a bancada deve possuir dimensões em planta que sejam pouco superiores às da
maior viga ou pilar a ser executado;

*portão de veículos: o portão deve ter largura e altura que permitam a passagem do maior veículo que
entrará por ele na obra, no decorrer de todo o período de execução. Usualmente a largura de 4,00 m e a
altura livre de 4,50 m são suficientes;

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*caminhões de transporte de madeira: para verificar se estes caminhões podem entrar no canteiro e
acessar as baias deve-se conhecer o seu raio de curvatura e suas dimensões.Dimensões usuais são as
seguintes:

- raio de curvatura: 5,00 m;


- largura e comprimento do veículo: 2,70 m x 10,00 m;

*caminhões betoneiras: dimensões usuais desses caminhões são as seguintes:


- raio de curvatura: 5,00 m;
- largura e comprimento do veículo: 2,70 m x 8,00 m.

Desperdícios e perdas por mau armazenamento são comuns em obras


Um problema comum em obras é o desperdício do material. Quando se realiza uma obra com profissionais
qualificados o desperdício pode chegar a até 15%; já se a mão-de-obra é informal, do tipo o pedreiro ser o
um conhecido do zelador ou uma indicação sem referência, pode-se chegar a um desperdício de 30% nos
materiais de construção.Assim, armazenar corretamente os materiais de uma obra é fundamental para
evitar danos e perdas; além disso, quando se tem organização e planejamento a produtividade da mão-de-
obra é maior.Abaixo seguem as melhores maneiras para o correto armazenamento dos materiais:

Areia
Deve ser estocada em local plano, devidamente cercada por madeiras e coberta por lona de plástico.

Pedras
Devem ser guardadas como o indicado para a areia.Não precisam ser cobertas.

Cimento
Por ser um material perecível (estocagem de 30 dias), estraga se ficar em contato com umidade. Deve ser
empilhada em local fechado e seco, sem retirá-lo de sua embalagem. Compre conforme a obra demandar.

Tijolos e blocos
Empilhados de forma a não ultrapassar 1,50 metro de altura. Devem ser cobertos com uma lona. Tijolos
aparentes devem ser empilhados sobre um tablado de madeira.

Cal
Empilhado em local fechado, longe de umidade. Assim como o cimento deve-se evitar sua compra em
grandes quantidades (tempo de estocagem: 30 dias). Deve ser comprado aos poucos, conforme a
demanda, pois se trata de um material perecível.
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Barras de aço
Devem ser guardadas de mesmo diâmetro juntas. Podem ser armazenadas em locais abertos, se não
ficarem expostas por muito tempo (até 90 dias). Não devem ser colocadas em contato com a terra.

Tubos e conexões
Separados de acordo com o tipo. Não devem ficar expostos ao sol.

Cabos, quadros de luz, tomadas e materiais elétricos em geral


Devem ser guardados em local fechado, separando-os por itens.

Telhas
As de barro devem ser empilhadas verticalmente. Dispostas de modo a ficarem próximas ao local em que
serão utilizadas (para evitar quebras).Telhas metálicas devem ficar um pouco inclinadas para não acumular
água.

Madeiras
As chapas compensadas devem ser cobertas com saco plástico e sem contato com o solo. Não se deve
empilhar um grande número, pois o peso pode danificar o material. Se a obra tiver tábuas para piso, elas
devem ser guardadas sobre estrado de madeira. Já o madeiramento para o telhado deve ser coberto com
plástico.

Portas e janelas
Devem ser guardadas dentro de casa e sem retirar suas embalagens. Dispostas em posição horizontal.

Azulejo e piso cerâmico


Deve evitar armazená-los em locais úmidos. Devem ser empilhados sem retirar as embalagens de papelão.

Vidro
Não deve ser estocado. Deve ser usado assim que chegar à obra, ou seja, na etapa final da obra, no
acabamento.

CONCLUSÃO
A combinação de um grande número de elementos de canteiro com a pouca disponibilidade de
espaço,torna a atividade de planejamento de layout semelhante à montagem de um quebra-
cabeça,exigindo que o planejador tenha disposição e criatividade para encontrar soluções inovadoras.É
importante ter-se sempre em mente que a implantação de um bom arranjo físico pode ter custos apenas
marginalmente superiores à implantação de um arranjo deficiente, e que o planejamento é que determina
a existência de uma ou outra situação.Por sua vez, a atividade de planejamento de layout consome uma
quantidade muito pequena de horas técnicas, não existindo, portanto, justificativas para a sua não
realização, já que os recursos despendidos são insignificantes face aos benefícios que resultam da sua
execução qualificada. Para obter um bom planejamento de canteiros, é fundamental a observância de
algumas diretrizes e procedimentos de planejamento.

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Tipos de canteiro de obras:

Os canteiros de obras são divididos em três tipos: restritos, amplos e lineares.

Canteiro restrito é quando a construção ocupa quase todo o terreno restando uma percentagem mínima
para a área de acesso.Nos canteiros denominados restritos, a construção ocupa todo o terreno ou a maior
parte dele. Este tipo é o mais freqüente em áreas urbanas, principalmente em bairros centrais, onde
devido ao alto custo dos terrenos, as edificações ocupam praticamente o lote inteiro e não há muito
espaço disponível para a instalação do canteiro de obras. Nessa modalidade de canteiro, o planejamento e
logística é essencial para não tumultuar a área de produção, que pela característica do canteiro, é limitada. Por isso,
é muito importante contar com um bom layout de canteiro de obras. Layout consiste na organização dos espaços e
equipamentos em uma determinada edificação. Dessa maneira, o layout de canteiro de obras nada mais é do que a
organização dos ambientes de um canteiro de obra e seus equipamentos por todo o espaço destinado a ele.

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Canteiro amplo é quando a construção ocupa somente uma parcela relativamente pequena do terreno e
neste caso, há bastante espaço para armazenamento de materiais, acomodação de pessoal e amplo
acesso.Os canteiros denominados amplos possuem apenas uma pequena parcela de terreno ocupada pela
construção. Há possibilidade de vários acessos para máquinas e veículos, bastante espaço para
armazenamento de materiais e acomodação para os funcionários.Esse canteiro é encontrado em
construções industriais, conjuntos habitacionais e em grandes obras.Essa tipologia de canteiro costuma ser
usada em obras de infraestrutura, como a construção de usinas hidrelétricas e pontes.

Canteiro linear (longitudinal) são canteiros longos e estreitos, é quando o tipo de canteiro apresenta
possibilidade de acesso por pontos, sendo restrito em apenas uma das dimensões.Os canteiros de obras
lineares são limitados em apenas uma dimensão e possuem poucas possibilidades de acesso.Alguns
exemplos de obras onde esses canteiros estão presentes são: obras de estradas de ferro, túneis, rodovias,
redes de gás, etc.

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CANTEIRO DE OBRAS - ÁREAS DE VIVÊNCIA (NR18)

Instalações móveis
As instalações móveis, inclusive contêineres, são aceitas em áreas de vivência de canteiro de obras e
frentes de trabalho, desde que cada módulo possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15%
(quinze por cento) da área do piso, composta por, no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas
para permitir eficaz ventilação interna.

As instalações móveis devem:


• garantir condições de conforto térmico;
• possuir pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros);
• garantir os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos na NR-18;

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• possuir proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento elétrico.

Nas instalações móveis, inclusive contêineres, destinadas a alojamentos com camas duplas, tipo beliche, a
altura livre entre uma cama e outra é de, no mínimo, 0,90m (noventa centímetros).

Instalações Sanitárias
Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das
necessidades fisiológicas de excreção.
As instalações sanitárias devem:
• ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene;
• ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídas de modo a manter o resguardo
conveniente;
• ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira;
• ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;
• não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;
• ser independente para homens e mulheres, quando necessário;
• ter ventilação e iluminação adequadas;
• ter instalações elétricas adequadamente protegidas;

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• ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros),ou respeitar o que determina o
Código de Obras do Município da obra;
• estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150m
(cento e cinqüenta metros) do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios.

As instalações sanitárias devem ser constituídas de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de
1(um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro,na
proporção de 1(uma) unidade para cada grupo de 10(dez) trabalhadores ou fração.Devem ser separados
por sexo as instalações sanitárias, vestiário e alojamento.

Lavatórios
Os lavatórios devem:
• ser individuais ou coletivos, tipo calha;
• possuir torneira de metal ou de plástico;
• ficar a uma altura de 0,90m (noventa centímetros);
• ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver;
• ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;
• ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros),quando coletivos;

33
• dispor de recipiente para coleta de papéis usados.

Vasos Sanitários
O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve:
• ter área mínima de 1,00m2 (um metro quadrado);
• ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m(quinze centímetros) de
altura;
• ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros);
• ter recipiente com tampa para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de papel
higiênico.

Os vasos sanitários devem:

• ser do tipo bacia turca ou sifonado;


• ter caixa de descarga ou válvula automática;
• ser ligados à rede geral de esgoto ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.

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Mictórios
Os mictórios devem:
• ser individuais ou coletivos, tipo calha;
• ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;
• ser providos de descarga provocada ou automática;
• ficar a uma altura máxima de 0,50m (cinqüenta centímetros) do piso;
• ser ligados diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica,com interposição de sifões hidráulicos.
Para o mictório tipo calha, cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros) deve corresponder a um
mictório tipo cuba.

Chuveiros
A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m² (oitenta decímetros
quadrados),com altura de 2,10m (dois metros e dez centímetros) do piso.Os pisos dos locais onde forem
instalados os chuveiros devem ter caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto,
quando houver,e ser de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira.
Os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individuais ou coletivos, dispondo de água quente.
Na área de banho deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha,correspondente a cada
chuveiro.
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Vestiário
Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que não residem no
local.A localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou à entrada da obra, sem ligação
direta com o local destinado às refeições.
Os vestiários devem:
• ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
• ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;
• ter cobertura que proteja contra as intempéries;
• ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) da área do piso;
• ter iluminação natural e/ou artificial;
• ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;

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• ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou respeitar o que determina o
Código de Obras do Município da obra;
• ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza;
• ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de 0,30m (trinta
centímetros).

38
Alojamento
Os alojamentos dos canteiros de obra devem:
• ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;
• ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;
• ter cobertura que proteja das intempéries;
• ter área de ventilação de no mínimo 1/10 (um décimo) da área do piso;
• ter iluminação natural e/ou artificial;
• ter área mínima de 3,00m2 (três metros quadrados) por módulo cama/armário,incluindo a área de
circulação;
• ter pé-direito de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) para cama simples e de 3,00m (três
metros) para camas duplas;
• não estar situados em subsolos ou porões das edificações;

• ter instalações elétricas adequadamente protegidas.

As camas do alojamento devem:


• ter altura livre permitida entre uma cama e outra e entre a última e o teto de, no mínimo, 1,20m (um
metro e vinte centímetros);
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• ter proteção lateral e escada para cama superior do beliche;
• ter dimensões mínimas de 0,80m (oitenta centímetros) por 1,90m (um metro e noventa centímetros) e
distância entre o ripamento do estrado de 0,05m (cinco centímetros), dispondo ainda de colchão com
densidade 26 (vinte e seis) e espessura mínima de 0,10m (dez centímetros).
• dispor de lençol, fronha e travesseiro em condições adequadas de higiene, bem como cobertor, quando
as condições climáticas assim o exigirem.
Os alojamentos devem ter armários duplos individuais com as seguintes dimensões mínimas:
• 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m
(quarenta centímetros) de profundidade, com separação ou prateleira,de modo que um
compartimento,com a altura de 0,80m (oitenta centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso comum e
o outro compartimento, com a altura de 0,40m (quarenta centímetros), a guardar a roupa de trabalho; ou
• 0,80m(oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinqüenta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta
centímetros) de profundidade com divisão no sentido vertical, de forma que os compartimentos,com
largura de 0,25m (vinte e cinco centímetros),estabeleçam rigorosamente o isolamento das roupas de uso
comum e de trabalho.

O alojamento deve ser mantido em permanente estado de conservação, higiene e limpeza.Nos


alojamentos é obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca para os trabalhadores por meio
de bebedouros de jato inclinado ou equipamento similar que garanta as mesmas condições, na proporção
de 1(um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração.Dentro do alojamento é proibido
cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição.Nas áreas de vivência dotadas de alojamento, deve ser
solicitada à concessionária local a instalação de um telefone comunitário ou público.Quando houver
pessoas com moléstia infecto-contagiosa nos alojamentos deve ser comunicado ao responsável para
remoção, pois é vedada a permanência destas pessoas.

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Refeitório
Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local adequado para refeições.
O refeitório deve:
• ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições;
• ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;
• ter cobertura que proteja das intempéries;
• ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições;
• ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial;
• ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
• ter mesas com tampos lisos e laváveis;
• ter assentos em número suficiente para atender aos usuários;
• ter depósito, com tampa, para detritos;
• não estar situado em subsolos ou porões das edificações;
• não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;
• ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitar o que determina o
código de obras do município da obra.
Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de
obra deve haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e
seguro para o aquecimento.O fornecimento de água é obrigatório, deve ser potável, filtrada e fresca para
os trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo equivalente,sendo
proibido o uso de copos coletivos.

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Cozinha
Quando houver cozinha no canteiro de obra, ela deve:
• ter ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão;
• ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitar o código de obras do
município da obra;
• ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material equivalente;
• ter piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil limpeza;
• ter cobertura de material resistente ao fogo;
• ter iluminação natural e/ou artificial;
• ter pia para lavar os alimentos e utensílios;
• possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos encarregados
de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios,não devendo ser ligadas à caixa de gordura;
• dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo;
• possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos;
• ficar adjacente ao local para refeições;
• ter instalações elétricas adequadamente protegidas.

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Lavanderia
As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado para que o trabalhador
alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal.Este local deve ser dotado de tanques
individuais ou coletivos em número adequado.A empresa poderá contratar terceiros para realizar este
serviço, sem ônus para o trabalhador.

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Área de lazer
Nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação dos trabalhadores alojados, podendo ser
utilizado o local de refeições para este fim.

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Ambulatório

Deve haver um ambulatório médico quando se tratar de frentes de trabalho com 50(cinqüenta) ou mais
trabalhadores.

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Água potável

O fornecimento de água é obrigatório. A água deve ser potável, filtrada e fresca para os trabalhadores por
meio de bebedouros de jato inclinado ou equipamento similar que garanta as mesmas condições,na
proporção de 1(um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração.Deve-se garantir que,do
posto de trabalho ao bebedouro, não haja deslocamento superior a 100 (cem) metros no plano horizontal
e 15 (quinze) metros no plano vertical.Na impossibilidade de instalação de bebedouro dentro dos limites

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referidos, as empresas devem garantir, nos postos de trabalho, suprimento de água potável,filtrada e
fresca fornecida em recipientes portáteis hermeticamente fechados, confeccionados em material
apropriado, sendo proibido o uso de copos coletivos.Em regiões do país ou estações do ano de clima
quente deve ser garantido o fornecimento de água refrigerada.

Almoxarifado
O principal fator a considerar no dimensionamento do almoxarifado é o porte da obra e o nível de
estoques da mesma, o qual determina o volume de materiais e equipamentos que necessitam serem
estocados.O tipo de material estocado também é uma consideração importante.No caso da estocagem de
tubos de PVC,por exemplo,é necessário que ao menos uma das dimensões da instalação tenha, no mínimo,
6,0 m de comprimento.Deve-se observar que o volume estocado é variável ao longo da execução da obra,
de modo que, em relação à fase inicial da obra, pode haver necessidade de ampliar a área disponível nas
fases seguintes em duas ou mais vezes.O almoxarifado abriga as funções de armazenamento e controle de
materiais e ferramentas, devendo situar-se idealmente, próximo a três outros locais do canteiro, de acordo
com a seguinte ordem de prioridades: ponto de descarga de caminhões, elevador de carga e escritório. A
necessidade de proximidade com o ponto de descarga de caminhões e com o elevador de carga é evidente.
No primeiro caso, a justificativa é o fato de que muitos materiais são descarregados e armazenados
diretamente no almoxarifado. No segundo caso, considera-se que vários destes materiais devem ser, no
momento oportuno, transportados até o seu local de uso nos pavimentos superiores, usualmente através
do elevador. Já a proximidade com o escritório é desejável devido aos freqüentes contatos entre o mestre-
de-obras e o almoxarife, facilitando-se, assim, a comunicação entre ambos.

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Escritório da obra
O dimensionamento desta instalação é função do número de pessoas que trabalham no local e das
dimensões dos equipamentos utilizados (armários, mesas, cadeiras, computadores, etc.),variáveis estas
que são dependentes dos padrões de cada empresa. Dimensões usuais de escritórios são 3,30 m x 3,30 m
ou 3,30 m x 2,20 m.O escritório tem a função de proporcionar um espaço de trabalho isolado para que o
mestre-de-obras e o engenheiro (somando-se a técnicos e estagiários, eventualmente) desempenhem
parte de suas atividades.Além disso, uma função complementar é servir como local de arquivo da
documentação técnica da obra que deve estar disponível no canteiro, incluindo projetos,
cronograma,licenças da prefeitura, etc.Em relação à sua localização, requer-se, além da proximidade com o
almoxarifado, uma posição nas imediações do portão de entrada de pessoas, a qual torne o escritório
ponto de passagem obrigatória no caminho percorrido por clientes e visitantes ao entrar no
canteiro.Também é interessante que esta instalação esteja posicionada em local que permita que do seu
interior tenha-se uma visão global do canteiro, de modo que o mestre e/ou engenheiro possam realizar, ao
mesmo tempo, atividades no escritório e acompanhar visualmente os principais serviços em execução.No
escritório a necessidade de uma boa iluminação faz-se mais presente do que nas demais instalações,
devido à natureza das atividades desenvolvidas, as quais exigem boas condições visuais para a elaboração
de desenhos, trabalhos em computador e leitura de plantas e documentos diversos.

Gestão nos alojamentos externos

Uma das formas de se manter o bom funcionamento de um alojamento é seguir um eficiente modelo de
gestão.Além disso, quando da sua instalação, é fundamental ter como premissa o atendimento à Norma
RegulamentadoraNR-18,do Ministério do Trabalho e Emprego.Os itens apresentados a seguir compõem
um modelo de gestão praticado por uma empresa do setor da construção. A empresa disponibiliza equipes
de limpeza para higienização do local e das roupas de cama, e de segurança para zelar do bem-estar dos
trabalhadores.Há também um cuidado especial no fornecimento de refeições e na comunicação dos
trabalhadores com os responsáveis da obra e com seus familiares.
Recomendações para a manutenção e o bom funcionamento dos alojamentos:

• Distribuição de Kits aos trabalhadores


Ao chegar ao alojamento, o trabalhador recebe o “kit alojamento”, que contém um travesseiro, um jogo de
roupa de cama, um cobertor e duas toalhas. Recebe também o “kit higiene pessoal”,que contém uma
escova dental, um tubo de pasta de dente, dois sabonetes e um barbeador descartável.

• Limpeza
A manutenção do alojamento é feita diariamente por uma equipe que cuida da limpeza geral do local e da
higienização das roupas de cama. Em alguns casos, as roupas de cama são enviadas para uma lavanderia
externa.
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• Segurança
Quanto à segurança dos trabalhadores alojados, normalmente contrata-se uma equipe para fazer a
segurança do alojamento 24 horas.Essa equipe é responsável por controlar a entrada de pessoas e por
zelar pela integridade física do trabalhador, além de proteger o patrimônio da empresa.

• Alimentação
Quanto ao fornecimento de refeições para o alojamento, o fornecedor deve atender a todas as exigências
da vigilância sanitária, bem como ter a licença de funcionamento do estabelecimento, para a entrega diária
de café da manhã, almoço e jantar.
• Comunicação
A previsão de comunicação para trabalhadores é fundamental. Assim, é disponibilizado um telefone no
alojamento para contato direto com o responsável da obra, para qualquer necessidade ou
emergência.Quando possível, de acordo com a região, é disponibilizado no alojamento instalação de Wi-Fi
para que os trabalhadores possam se comunicar com seus familiares via aplicativos de mensagens, Skype,
etc.
• Alojamentos externos
Outro ponto importante é ter como alternativa para qualquer eventualidade o pré-cadastramento de
pensão ou hotel que atenda às exigências da norma para a acomodação dos trabalhadores,caso
necessário.
• Monitoramento
Para garantir que os procedimentos de gestão ocorram da forma mais eficiente possível,os mesmos devem
ser acompanhados periodicamente por um técnico de segurança do trabalho.Esse profissional é
responsável por realizar o checklist de fiscalização do alojamento, realizando visitas diárias,assegurando o
cumprimento da norma regulamentadora, de modo a garantir as condições de habitabilidade do
alojamento, limpeza, entre outros.
• Checklist e relatórios
Com os registros de checklist realizados pelo técnico responsável é elaborado um relatório que,
semanalmente, é enviado aos gestores da obra e à coordenação de segurança e saúde no trabalho
(SST),com fotos e descrição dos pontos críticos, comprovando o estado em que se encontra o alojamento,
demonstrando os pontos positivos e os negativos a serem corrigidos e melhorados.

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LOCAÇÃO DA OBRA

A locação da obra é o processo de transferência da planta baixa do projeto (projeto executivo) da


edificação para o terreno, ou seja,os recuos, os afastamentos, os alicerces, as paredes, as aberturas etc.Na
fase de execução da locação da obra deve se adotar o máximo rigor possível.A presença do engenheiro
civil, tecnólogo ou arquiteto nesta fase deve ser constante e deve-se ter em mente que os elementos de
locação deverão permanecer na obra por um tempo razoável, até que se possa transferir para a edificação
pontos de referência definitivos.
Procedimentos que antecedem a locação da obra:
- o terreno deve estar limpo (capinado) e, preferencialmente, na cota de arrasamento das fundações
(estacas ou sapatas).
- é necessário conseguir a referência inicial que pode ser um ponto definido no terreno e um rumo ou uma
parede de construção vizinha. A referência mais comum em obras urbanas é o alinhamento predial que
geralmente é marcada por equipe de topógrafo da prefeitura ou por empresa prestadora de serviços
contratada pela município.
- estudar os projetos.
- providenciar todos os equipamentos e ferramentas necessários;

Equipamentos e ferramentas necessárias para se realizar a locação de uma obra:


- teodolitos e níveis;
- nível de mangueira;
- trena de 30 ou 50 metros;
- linhas de nylon;
- nível de pedreiro;
- Prumo;
- Arame;
- tinta esmalte (cores vermelha e branca), marreta, martelo e pregos etc.

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Podemos efetuar a locação da obra, nos casos de obras de pequeno porte, com métodos simples, sem o
auxílio de aparelhos, que nos garantam uma certa precisão. No entanto, os métodos escritos abaixo, em
caso de obras de grande área, poderão acumular erros, sendo conveniente, portanto, o auxílio da
topografia.
Os métodos mais utilizados são:
- Processo dos cavaletes.
- Processo da tábua corrida (gabarito)
Processo dos cavaletes
Os alinhamentos são fixados por pregos cravados em cavaletes. Estes são constituídos de duas estacas
cravadas no solo e uma travessa pregada sobre elas.Devemos sempre que possível, evitar esse
processo,pois não nos oferece grande segurança devido ao seu fácil deslocamento com batidas de
carrinhos de mão, tropeços, etc..

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A locação por cavaletes é indicada para obras de menor porte: garagens, barracões e ampliações e com
poucos elementos a serem locados.Nesse tipo de locação, os alinhamentos são definidos por pregos
cravados nos cavaletes constituídos de duas ou três estacas cravadas diretamente no solo e travadas por
uma travessa nivelada pregada nas estacas.

Após distribuídos os cavaletes, previamente alinhados conforme o projeto, linhas são esticadas para
determinar o alinhamento do alicerce e em seguida inicia-se a abertura das valas.
A grande desvantagem dos cavaletes por serem isolados é a dificuldade de se perceber deslocamentos
provocados pela circulação de equipamentos e operários, resultando com isso alinhamentos e locações
fora do previsto.

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Processo da tábua corrida (gabarito)

Este método se executa cravando-se no solo cerca de 50cm, pontaletes de pinho de (3"x3" ou 3"x4") ou
varas de eucalipto a uma distância entre si de 1,50m e a 1,20m das paredes da futura construção,que
posteriormente poderão ser utilizadas para andaimes.Nos pontaletes serão pregadas tábuas na volta toda
da construção (geralmente de 15 ou 20cm), em nível e aproximadamente 1,00m do piso. Pregos fincados
na tábuas com distâncias entre si iguais às interdistâncias entre os eixos da construção, todos identificados
com letras e algarismos respectivos pintados na face vertical interna das tábuas,determinam os
alinhamentos Nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome interligado
ao de mesmo nome da tábua oposta. Em cada linha ou arame está materializado um eixo da construção.
Este processo é o ideal.

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Locação por tábua corrida
A locação por tábua corrida, também chamada de tabela ou tabeira, é indicada para obras com muitos
elementos a serem locados.Consiste em contornar toda a futura edificação com um cavalete contínuo
constituído de estacas e tábuas niveladas e em esquadro (polígono em esquadro).

Depois de definidas as linhas do gabarito, sempre que possível distanciadas 1,20 m ou mais da futura
construção,fincam-se no solo os pontaletes que darão rigidez ao cercado, devendo desde já ficarem
alinhados e nivelados.

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Para uma maior garantia (obras de maior vulto) convém concretar a base das estacas, aguardando pelo
menos 24 horas para dar continuidade à locação.No caso do terreno apresentar uma inclinação acentuada
a locação pode ser feita com gabaritos em degraus (patamares), sempre em nível e esquadro.
Após a fixação dos pontaletes, estes devem ser serrados com o topo ficando no nível desejado.
- nível eletrônico a laser;
- ou em obras menores um nível de mangueira, constituído de uma mangueira transparente (cristal) de 12
a 15 mm de diâmetro, cheia de água limpa e livre de bolhas de ar no interior;

- Outro método de transferir o nível é esticando uma linha entre os pontaletes e pregando uma tábua
nivelada com nível de bolha, logo abaixo da linha.(não é muito preciso mais serve para marcações
preliminares)
- Partindo de um ponto definido no primeiro pontalete, transfere-se o nível para os demais pontaletes.

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Teodolitos(Estação Total) e Níveis
• Ponto deixado pelo topógrafo(marco topográfico).
• Solicitar ao topógrafo a conferência de eixos e divisas da obra(conferência).
• Após esta conferência, verificar as distâncias entre os eixos e as divisas.

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MAQUINAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS NOS CANTEIROS DE OBRAS

O uso de máquinas e ferramentas adequadas nos canteiros de obra,com certeza aumenta a eficiência e a
qualidade do serviço,reduzindo desta forma os custos na construção civil.Além disso, esses equipamentos
trazem mais qualidade para o produto e segurança para os trabalhadores.Porém, nem sempre os
profissionais conhecem todos os recursos disponíveis ou não sabem como aplicá-los de modo eficiente no
canteiro de obras.A utilização indevida ou de forma incorreta do maquinário na construção civil pode
diminuir a produtividade, atrasar as obras e mesmo causar graves acidentes.

1. Ferramentas manuais
As ferramentas manuais são essenciais em diversos canteiros de obras. Entre os itens mais utilizados estão
os alicates e as chaves,os alicates são instrumentos extremamente versáteis e que podem ser utilizados
para os mais variadas tarefas. Existem diversos modelos e cada um deles conta com finalidades específicas,
sendo que o mais conhecido e utilizado é o alicate universal.As chaves, como todos sabem, são utilizadas
para apertos em geral.

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2. Furadeira
Equipamento presente em diversos estágios de uma obra, desde as mais simples até as mais complexas.
Na construção, podemos encontrar modelos elétricos e a bateria, furadeiras de bancada, aquelas que
possuem função parafusadeira e também as furadeiras de impacto.A furadeira com impacto é capaz de
perfurar até as superfícies mais resistentes, o que pode ser extremamente útil para agilizar o andamento
da construção e diminuir o esforço dos funcionários.
3. Serra circular
É utilizada por carpinteiros na construção civil para cortes em madeira e além da serra circular, existem
também a serra tico-tico e a serra de esquadria.

4. Esmerilhadeira
Ferramenta ideal para esmerilhar, aparar ou cortar rebarbas de diversas superfícies como, por exemplo,
peças soldadas.
5. Lixadeira
É utilizada para desbastes e acabamentos nas mais variadas superfícies e existem muitos modelos
disponíveis no mercado, cada uma com suas diferentes características técnicas como, por exemplo, a
lixadeira orbital, de cinta, excêntrica, angular, de parede, entre outras.
6. Martelo
Ferramenta versátil, que abrange desde os modelos mais tradicionais até os mais modernos, como o
martelo demolidor e martelo rompedor, onde o martelo rompedor, por exemplo, é ideal para trabalhos
pesados que envolvam a perfuração de cerâmicas e concretos em obras de manutenção ou
construção.O martelete rompedor é empregado na demolição de pisos, colunas de concreto e vigas.

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7. Talhadeira e ponteiro
Muito usada na construção civil para realizar aberturas em paredes para passagem de tubulação em PVC,
conduítes de elétrica e até mesmo a retirada do excesso ou rebarbas de concreto.
8. Betoneira
Essa máquina ou equipamento é utilizada para mistura de concreto e argamassa e existem modelos a
diesel e também elétrica, com capacidades de 150, 250,360, 400 e 600 litros.

9. Motobomba
Esse equipamento tem como função transferir água, seja ela limpa ou suja (de acordo com cada modelo),
de um local para outro,principalmente quando o lençol freático está em um nível alto.

10. Equipamentos de medição


Trenas manuais e também a laser,esquadros,prumos,entre outros instrumentos de medição,são
fundamentais na construção civil, contribuindo para maior precisão na elaboração ou conferência dos
trabalhos, ajudando os profissionais a identificarem possíveis problemas e inconformidades.

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11. Extensão elétrica
Item essencial para operários que trabalham com ferramentas elétricas e sua função é levar a energia do
quadro de distribuição até o local desejado.
12. Compressor de ar
Pode ser utilizado para calibragem de pneus das máquinas no canteiro de obra, fonte de energia para
ferramentas pneumáticas (esmerilhadeiras pneumáticas para corte de metais, por exemplo), limpeza de
espaços e peças que serão concretadas como lajes, vigas, entre outras.

13. Sapo Mecânico


O compactador de solo, também conhecido como “sapo”, é uma máquina utilizada para adensamento de
terra, areia ou outros tipos de solo para estabilizar todo o terreno que recebe uma estrutura em
construção. Podem ser utilizados em obras de fundação, aterros, áreas grandes que receberão um piso,
valas, entre outros.

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14. Placa Vibratória
As placas vibratórias, também conhecidas como compactadores de placa, são equipamentos necessários
na construção e em reparos de vias e calçamentos, indicados principalmente para compactar solos
granulares soltos e pedras de pavimentação.

15. Bobcat
Em obras de grande ou pequeno porte, as escavadeiras bobcat são máquinas potentes cuja função é
escavar e remover o excesso de terra nos canteiros de obras, aterros sanitários e em áreas de mineração.

16. Clamshell (Escavadeira de Mandíbula)


O clamshell é um equipamento da construção civil utilizado em grandes obras de escavação, como
fundações e contenções. É basicamente composto por, duas mandíbulas de acionamento mecânico ou
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hidráulico,que é acoplado a uma máquina de grande porte,que pode ser um guindaste ou uma máquina
especialmente destinada a operar o equipamento.

17. Rolo compactador liso ou pé de carneiro


O uso do rolo compactador é bastante comum na terraplanagem. Esse equipamento serve para compactar
a terra para preencher vazios no solo, aumentando a capacidade de suporte do mesmo. Normalmente, ele
é usado para a compactação de uma rua ou rodovia que acabou de ser asfaltada, deixando a superfície
bem compacta e lisa.O rolo compactador também suprime outros materiais, como brita ou asfalto, para
garantir a durabilidade da estrada. Além disso, ele sela a superfície para que a água não penetre em sua
estrutura. O rolo compactador “pé de carneiro” é recomendado para arejar e secar sedimentos e argilas
molhadas, devido às suas patas que ampliam a área de contato ao penetrarem superficialmente no solo.
Assim, a evaporação do material a ser compactado é favorecida.

18. Caminhão Munck


Fundamental em qualquer obra,o caminhão Munck é capaz de fazer a movimentação de cargas com o
braço hidráulico.Bastante versátil, essa máquina seve para diversas tarefas: distribuição de blocos,
manilhas e outros materiais; transporte de equipamento e ferramentas; entre outras funções.O veículo
também pode ser usado como gaiola para fazer serviços em altura, pois é capaz de levar peças para o alto.

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19. Escavadeira
A escavadeira, também conhecida como pá mecânica, é bastante utilizada em construções para remover
terra, escavar o solo ou retirar aterro.Essa máquina é formada por vários componentes, como esteiras,
lanças, chassis e, por fim, a caçamba. O seu sistema hidráulico garante a força para a escavação.O óleo
encontrado no interior da máquina é bombeado para os diferentes pistões, adicionando força à
escavadeira.

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20. Caminhão pipa
Na construção civil, o caminhão pipa tem a função de umedecer o material até atingir a umidade perfeita
para compactação.Ele também serve para molhar a obra em épocas de seca, encher tambores e lavar
peças que receberão concreto.

21. Caminhão caçamba


Veículo usado para o transporte de terra, areia, brita, pedra, asfalto, material detonado, bota-fora,
material de demolição e quaisquer outros materiais.

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22. Caminhão betoneira
O caminhão betoneira é um veículo próprio para a mistura e preparação de concreto e sua velocidade de
mistura é de 12 a 14 rotações por minuto, a cada 5 minutos. Após a mistura do concreto, a velocidade de
agito fica entre 2 a 3 RPM.

23. Pá carregadeira
Esse equipamento tem por função de carregar caminhões e materiais pesados, escavando e terraplanando
terrenos.A sua versão menor, a mini-pá carregadeira, consegue transportar materiais e equipamentos com
grande versatilidade. Em função de seu tamanho, ela é capaz de acessar locais onde máquinas maiores não
podem alcançar.

24. Motoniveladora
A motoniveladora,conhecida também como niveladora de estrada ou autopatrol, tem como função
principal preparar a superfície para o nivelamento de estradas (terraplanagem). Em alguns casos, essa
máquina pode, inclusive, criar superfícies inclinadas ou transversais.Usada para obras grandes e de
trabalho pesado, essa máquina corta ou aterra sub-leitos, sub-bases e bases de acordo com as estacas de
marcação topográfica.

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25. Trator de esteira
Ideal para preparação e nivelamento de solos, o trator de esteira é usado em operações de terraplanagem
e na abertura e conservação de estradas.Ele também é muito útil em trabalhos de desbravamento,
empilhamento,reaterro sanitário, limpeza final,mineração e agricultura.Uma vantagem do trator de esteira
é que ele tem esteiras no lugar dos pneus. Essa máquina se movimenta muito bem em terrenos
pantanosos ou com terras soltas, pois as esteiras ajudam na aderência do solo e distribuição de peso.Outra
vantagem é que a durabilidade das esteiras é 30% a 40% maior do que a dos pneus comuns. E quando é
necessária a manutenção, basta trocar a banda de borracha e alguns rolamentos e roletes que estiverem
danificados.

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26. Retro escavadeira
Essa é uma das máquinas mais utilizadas em obras.A sua função é escavar valas e redes, além de
transportar materiais e carregar caminhões, desde que em terrenos de solo firme e seco.Com braços e
lanças de longo alcance, essas máquinas são ideais para escavações e aberturas mais profundas.

27. Empilhadeiras
Dentre as principais máquinas e ferramentas para a construção, destacam-se também as empilhadeiras.
São equipamentos perfeitos para empilhar cargas,mas também servem para fazer a distribuição e
transporte de materiais com mais rapidez no canteiro de obras.Elas podem ser utilizadas na movimentação
de armaduras, tijolos, cimento, peças, suprimentos, entre outros materiais.A empilhadeira agiliza os
procedimentos de carga e descarga de materiais e o transporte deles para estoques e locais de utilização.
Desse modo, ela evita que ocorram desperdícios, acidentes e danos comuns no transporte manual.

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28. Gruas (guindaste de torre)
As gruas servem para viabilizar e melhorar a movimentação vertical e horizontal de cargas e materiais nos
canteiros de obras. Equipamento pesado utilizado no transporte horizontal e vertical de materiais. A grua é
desmontável e, geralmente treliçado.É composto de duas extremidades: numa delas, fica a pinça
elevatória descendente e/ou ascendente; na outra, fica um imenso contrapeso, que estabiliza o conjunto,
evitando a sua queda.Normalmente, é fixada em pesada base sustentado por uma torre modular.É um
conjunto de possante motor com roldanas, acopladas a um ou mais cabos de alta resistência.Tipos de
grua: Diferentes tipos de gruas estão disponíveis no mercado, cada uma podendo atender a diferentes
necessidades da indústria da construção:

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Grua ascensional: Ela passa por ascensão, cresce ao longo do tempo. A grua ascensional deve ser fixada
em um fosso de elevador ou abertura nas lajes destinada a sua instalação e a cada acréscimo de
pavimentos, novos módulos estruturais são anexados.É muito útil para menores necessidades de
capacidade de carga, terrenos pequenos e edifícios bastante verticalizados. Há uma economia de custo por
utilizar a fundação do próprio edifício. Por outro lado, é preciso adequar o planejamento, de modo que
essa grua seja retirada sem atrapalhar a instalação de elevadores ou outros equipamentos.

Grua com torre fixa:É o modelo mais lembrado em termos de grua. A torre, estrutura em treliça espacial
vertical, fica fixa a uma fundação própria, enquanto que a lança pode ou não ter regulagem de altura.
Quando essa lança permite movimento vertical, há mais flexibilidade no transporte de cargas.Apesar de
haver uma fundação só para a grua, é possível a fixação em outros elementos como partes do edifício a
construir, gerando cargas horizontais que devem ser consideradas. Uma vantagem é permitir atender a
mais de um edifício por vez.

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Grua com torre móvel:Se a grua ascensional se destaca para edifícios extremamente verticais, as gruas
com torres móveis são úteis nas edificações bastante horizontais, como alguns tipos de centros comerciais,
por exemplo, ou condomínios.A grua fica sobre trilhos devidamente fixados, havendo o deslocamento
sobre rodas da torre. Não há fixação em edifícios ou no solo, o que faz com tenha altura limitada.

29. Guindaste
Um guindaste é uma máquina ou veículo projetado especialmente para erguer, mover e baixar cargas. Eles
podem ser fixo ou móvel em uma máquina ou veículo. Podendo ser caminhões, guindaste móvel,
guindaste articulado, para terrenos difíceis, guindaste de torre e guindastes sobre esteiras. Eles são usados
para desmontagem, construção e transporte de materiais na indústria ou construção.

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Guindaste móvel
Um guindaste com lança telescópica montada em uma plataforma móvel (atende transporte rodoviário,
ferroviário ou por água).

Guindaste telescópico
Tem uma lança que consiste em uma série de tubos montados um dentro do outro. Um mecanismo
hidráulico ou outro mecanismo de força estende ou retrai os tubos para aumentar ou diminuir o
comprimento total da lança. Utilizado para projetos de construção a curto prazo, instalar outdoors,
trabalhos de resgate, levantamento de barcos dentro e fora da água, entre outros. Estes guindastes
também podem ser montados sobre caminhões .

Guindaste Articulado
É um braço articulado hidráulico montado sobre um caminhão ou trailer, e é usado para carga e descarga.
As numerosas articulações (juntas) podem ser dobradas em um pequeno espaço quando o guindaste não
estiver em uso. O operador deve movimentar-se ao redor do veículo para ser capaz de ver a carga.

Guindaste montado sobre caminhão


Capazes de viajar em estradas, eliminando a necessidade de equipamentos especiais para transportar o
guindaste. A maioria dos guindastes deste tipo tem contrapesos de movimento para a estabilização, além
do previsto pela retranca. Cargas suspensas diretamente atrás é a mais estável, já que a maioria do peso
do guindaste atua como um contrapeso.
Guindaste de terreno acidentado
Um guindaste montado sobre um chassi com quatro pneus de borracha que é projetado para operações de
pegar e carregar e para fora da estrada, aplicações de “terreno áspero”. Estabilizadores são usados para
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nivelar o guindaste para içar. São máquinas monomotoras, com o mesmo motor impulsionando as rodas e
o guindaste, semelhante a um guindaste sobre caminhão.
Guindaste de todo tipo de terreno
É um tipo de guindaste com equipamentos necessários para viajar na velocidade das vias públicas e em
terrenos acidentados no local de trabalho, utilizando todas as rodas e direção de caranguejo. Tem de 2-9
eixos e é projetado para elevação de cargas de até 1.200 toneladas.
Guindaste Treliçado
Tem a lança treliçada ao invés de lança telescópica. Pode ser sobre caminhão ou Sobre esteiras. Um
guindaste sobre esteira é um guindaste montado sobre um chassi com um conjunto de faixas para
estabilidade e mobilidade. Variam em capacidade de elevação de cerca de 40 a 3.500 toneladas. Podem se
movimentar no local e realizar cada movimento com pouco ajustes. É capaz de viajar com a carga.
Guindaste Torre
São uma forma moderna de equilíbrio do guindaste, que consistem das mesmas partes básicas. Fixo ao
solo em uma laje de concreto (e às vezes ligadas aos lados de estruturas). Guindastes de torre muitas vezes
dão a melhor combinação de altura e capacidade de elevação e são utilizados na construção de edifícios
altos. O operador de guindaste ou se senta em uma cabine no alto da torre, ou controla o guindaste por
controle remoto via rádio a partir do solo.
Guindaste Pórtico
Tem um guindaste e uma casa de máquinas fixas ou em um carrinho que corre horizontalmente ao longo
dos trilhos, geralmente instalados em um único feixe (mono-viga) ou duas vigas (viga-dupla). O quadro do
guindaste é apoiado em um sistema de pórtico com vigas e rodas que correm no trilho do pórtico,
geralmente perpendicular à direção de viagem do carrinho. Estes guindastes existem em todos os
tamanhos e alguns podem movimentar cargas muito pesadas. Comumente utilizado em estaleiros,
instalações industriais e para carga e descarga de containeres.
Guindaste Aéreo
Também conhecido como “guindaste suspenso”, é uma ponte rolante que funciona muito semelhante a
um guindaste de pórtico, mas ao invés do movimento do guindaste inteiro, apenas o guincho e o carrinho
se movem em uma direção ao longo de um ou dois feixes fixos, geralmente montados ao longo de paredes
laterais ou em colunas elevadas na área de montagem da fábrica. Alguns desses guindastes podem erguer
cargas muito pesadas.

Cuidados na utilização do guindaste


Para trabalhar com guindastes é preciso utilizar equipamentos que estejam com a manutenção em dia e
adequados ao serviço, para evitar a sobrecarga e operados por profissionais habilitados. O plano de rigging
é um documento que agrega informações e cálculos sobre a área posicionamento e capacidade do
guindaste, bem como dimensões e peso da carga a ser movimentada e demonstra como será realizada a
operação. É uma garantia adicional de segurança.

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30. Andaime

O andaime é uma estrutura montada temporariamente no canteiro de obras que permite que os
trabalhadores possam realizar suas atividades com maior facilidade e segurança em locais altos. Muito
usado na construção civil, o andaime pode ser feito de alumínio, ferro ou aço e, para evitar acidentes,
tanto sua montagem quanto seu uso devem respeitar as normas vigentes e contar com a presença de
profissionais habilitados.
O andaime é uma estrutura montada temporariamente no canteiro de obras que permite que os
trabalhadores possam realizar suas atividades com maior facilidade e segurança em locais altos. O andaime
pode ser instalado em ambientes internos e externos e auxiliar, por exemplo, nas atividades de demolição,
reforma de fachada, fixação de janelas, pintura, limpeza e manutenção residencial e predial.
Muito usado na construção civil, o andaime pode ser feito de alumínio, ferro ou aço e, para evitar
acidentes, tanto sua montagem quanto seu uso devem respeitar as normas vigentes e contar com a
presença de profissionais habilitados. As orientações quanto ao dimensionamento, uso e montagem estão
presentes tanto na NR 18 como na NBR 6494 – Segurança nos Andaimes.

Andaime fachadeiro
O andaime fachadeiro é formado por torres modulares que formam paginações variadas que cobrem
pequenas e grandes fachadas. Essas torres modulares contam com a presença de quadros horizontais e
verticais, pisos metálicos, alçapão, diagonais e travessas. Esse modelo de andaime possui menor dimensão
que o andaime tubular e é indicado para locais mais estreitos.
O andaime fachadeiro é um dos modelos de andaime mais usados na construção civil e sua estrutura
auxilia os trabalhadores durante a realização de atividades de manutenção, reforma, construção, fixação
de revestimento e pintura de fachadas.

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Andaimes Móveis
Os andaimes móveis apresentam estruturas metálicas e estão apoiados sobre rodas, que permitem a sua
mobilidade dentro do canteiro de obras. O andaime de ferro móvel é indicado principalmente durante a
realização de atividades de manutenção, fixação de revestimento e pintura de fachadas. E lembre-se:
nunca movimente esse modelo de andaime de ferro com a presença de pessoas ou ferramentas em sua
estrutura.

Andaime tubular
O andaime tubular, também conhecido como andaime simplesmente apoiado, são andaimes que têm a
sua estrutura apoiada de forma simples e independente daquilo que está para ser construído. Existem os
modelos de andaime tubular ou andaime simplesmente apoiado leves cuja estrutura é usada por pintores
e carpinteiros e, os modelos de andaime tubular ou andaime simplesmente apoiado pesados destinados ao
uso de pedreiros, já que conseguem suportar cargas mais pesadas.Vale lembrar que o andaime tubular ou
andaime simplesmente apoiado, quando montado nas fachadas das edificações, deve ser externamente
revestido por tela, de modo a impedir a projeção e queda de trabalhadores e materiais.

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Andaime tubo roll
O andaime tubo roll é formado por meio da união de tubos metálicos com braçadeiras. Essa configuração
de montagem do andaime permite que o mesmo crie formas geometrias específicas de acordo com o local
a ser utilizado. Fabricados em aço inox ou aço-carbono, o andaime tubo roll possui mais durabilidade e sua
montagem dispensa o uso de ferramentas específicas. Esse modelo de andaime é indicado para diferentes
tipos de obras que vão de fixação de revestimento e pintura à manutenção e limpeza de fachadas.

Andaime suspenso (ou balancim)


O andaime suspenso, popularmente conhecido como balancim, se trata de uma cadeira anatômica presa
por cabos de aço e movimentada por meio de guinchos manuais ou elétricos (motorizados). O andaime
suspensa é largamente utilizado na construção civil, mas também pode ser usado na limpeza, manutenção
e pintura de fachadas de prédios e casas.
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Vale ainda comentar que o andaime suspenso auxilia também nas atividades realizadas em locais fechados
e com pouco espaço, como limpeza e manutenção de silos, poços e chaminés.

Andaime multidirecional
O andaime multidirecional é formado por poucas peças de encaixes diretos e precisos, com cunhas e
rosetas, que permitem a criação de formatos e paginações variadas. As peças do andaime são encaixadas
por pressão e permitem diversas angulações. Não é à toa que esse tipo de andaime é indicado para locais
mais complexos com muitas interferências como escadas, passarelas, tanques industriais e fachadas.

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Andaime industrial
O andaime industrial apresenta sistema de travas em X ao qual proporciona aos trabalhadores maior
segurança durante a realização das atividades.

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Como montar corretamente um andaime
A montagem correta do andaime é fundamental para garantir a segurança dos trabalhadores. Por isso,
essa atividade exige que o projeto e a instalação dessas plataformas sejam realizadas e acompanhadas por
um profissional habilitado, ao qual está ciente das normas que devem ser seguidas com base na NR 18 e na
NBR 6.494. Confira abaixo alguns fatores que devem ser levados em consideração na hora de realizar a
montagem do andaime.É fundamental a presença de um profissional durante a montagem e a
desmontagem das plataformas de andaime. Além disso, é solicitado o treinamento de NR35 trabalho em
altura para quem for montar e utilizar a plataforma acima de 2 metros. Fique atento quanto ao tipo de solo
do terreno do canteiro de obras. O terreno precisa ser preparado para receber a estrutura do andaime, por
isso é fundamental que o solo esteja reto e compacto, de maneira a agüentar o peso do andaime, dos
trabalhadores e das ferramentas que serão utilizados no local. Além disso, o piso de trabalho dos andaimes
deve ter forração completa, ser antiderrapante, nivelado e fixado ou travado de modo seguro e resistente.
É fundamental realizar a verificação na qualidade das estruturas do andaime para que os trabalhadores
possam realizar suas atividades com segurança. Dessa forma, além de fazer uma inspeção visual e tátil dos
componentes que forma sua estrutura, durante a montagem deve-se analisar o prumo e o alinhamento
das plataformas. Segundo a NR 18, os fabricantes dos andaimes devem ser identificados e fornecer
instruções técnicas por meio de manuais que contenham, dentre outras informações: especificação de
materiais, dimensões e posições de ancoragens e entroncamentos,bem como, detalhes dos procedimentos
seqüenciais para as operações de montagem e desmontagem. Os EPIs (equipamentos de proteção
individual) são obrigatórios para todos os profissionais que trabalham montando e desmontando os
andaimes e os que executarão as atividades. Por isso, é essencial que se forneça esses EPIs(capacete, luvas,
botas, óculos, protetores auriculares, uso do cinturão de segurança com duplo talabarte…) e fiscalização se
os funcionários estão fazendo uso correto deles.Além da montagem incorreta, o mau estado do andaime
também pode resultar em conseqüenciais graves para a saúde e segurança dos trabalhadores da obra.
Dentre elas, podemos destacar:
• Desabamento do andaime;
• Desabamento ou queda de materiais de construção (ferramentas, cabos, componentes do
andaime, etc.);
• Choque elétrico;
• Entalamento ou esmagamento dos trabalhadores;
• Queda dos trabalhadores.

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