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FISCAL DE OBRA

MANUAL DE FISCALIZAÇÃO EFICIENTE


LEGISLAÇÃO
 A atividade de “fiscalização” é definida na Resolução nº 1010 do CONFEA, Anexo I, como “atividade que
envolve a inspeção e o controle técnicos sistemáticos de obra ou serviço, com a finalidade de examinar ou
verificar se sua execução obedece ao projeto e às especificações e prazos estabelecidos”.

 Para cada contrato, é obrigatória a nomeação de pelo menos um fiscal, de acordo com o artigo 67 da Lei
n° 8.666/93. Desse modo, o profissional é considerado o representante da administração pública e tem
poder de decisão para corrigir falhas que possam ocorrer durante a execução.

 A responsabilização do Fiscal da obra pública é expressamente mencionada no artigo 70 da Lei nº 8666:


“O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros,
decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado”.

 Conforme artigo 78 da Lei nº 8666, constitui motivo para rescisão do contrato de execução da obra
pública o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e
fiscalizar a sua execução, que é o Fiscal da obra.
FORMAÇÃO

Ser graduado em :
• Engenharia civil;
• Arquitetura;
• Tecnólogo da área de Engenharia Civil;
• ou técnico em edificações.
ATRIBUIÇÕES DO FISCAL DE OBRA

• A prática do fiscal de obras exige que ele tenha um bom conhecimento


técnico das normas técnicas de execução e projeto, bem como da
legislação aplicável às obras e da legislação do sistema Confea - Crea. Além
disso, o fiscal precisa ser capacitado em relações humanas para não
complicar desnecessariamente as relações entre construtores e
contratantes. Ter conhecimento dos procedimentos de Segurança do
trabalho, e de licitações, para executar ajustes necessários à obra, além de
familiaridade com a legislação ambiental e de posturas, que também é
fundamental para a execução de qualquer obra. Ademais, a fiscalização da
obra implica o conhecimento prévio e completo do projeto a ser
executado por parte do fiscal, já que é por meio dele que o profissional
sabe o que deve verificar.
FUNÇÕES DO FISCAL DE OBRA
• Obtenção de cópia da documentação da obra (projetos completos, especificações, memoriais, caderno de
encargos, edital de licitação, contrato, proposta da contratada, cronograma físico- financeiro, ordem de
serviço, ART ou RRT, instruções e normas da SEE);

• Visita periódica à obra com jornada semanal de 4 horas, em horário comercial e em dias alternados,
conforme contrato;

• Preenchimento do diário de obra que ficará sob responsabilidade do presidente da Caixa Escolar;

• Relatório semanal com avanço físico e relatório fotográfico para comprovação;

• Fiscalização e supervisão dos serviços conforme projeto;

• Execução das medições para efeito de pagamento;

• Ajuste na planilha - caso venha a divergir em alguns aspectos do que está especificado e contratado,(caso
dos itens acrescidos ou classificação de material discordante), deverá ser avaliada e adequada mediante
ajuste, de acordo com as regras da SEE;

• Laudo conclusivo ao final da obra ou quando de sua paralisação.


CUIDADOS QUE O FISCAL DE OBRA DEVE TER
• Não autorizar nenhum serviço sem a prévia autorização formalizada da SEE/MG;

• Não danificar elemento de estrutura, concretagem, fundação,


impermeabilização, forma/desforma, corte/aterro, armadura dos elementos
estruturais, locação e principalmente reparos para comprovar a execução física
do objeto.

• Responderá em relação a terceiros pelos danos que resultem da sua imperícia ou


negligência, segundo os princípios gerais da responsabilidade civil.

• As medições e ajustes de obra são fiscalizadas pela auditoria geral do Estado,


portanto é imprescindível a execução das mesmas dentro das regras com as
devidas autorizações.
CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO DE OBRA
PROCEDIMENTOS PARA REALIZAR MEDIÇÃO

• Utilizar a planilha de contrato para preencher a primeira coluna da planilha;


• Na segunda coluna efetuar sua medição com a coluna percentual, ao final da medição, assim saberá quais os
itens serão parte integrante das próximas medições;
• A última coluna será utilizada para observações sobre o local de intervenção;
• Somente serão aceitas as trocas de serviços formalizadas, (ajuste de obra), com a devida autorização;
• São de responsabilidade do Fiscal de obra, juntamente com a empresa e presidente da Caixa Escolar a
execução do processo ajuste de obra que será encaminhado à SRE para aprovação;
• Solicitar modelo de planilha de ajuste e atentar-se para as regras da SEE.
• Atentar-se para critérios de medição que estão especificadas na descrição dos itens da planilha SEE, em caso
de dúvida verificar descrição do item no caderno de especificações,(para mais detalhes verifique TCPO
Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos da Editora Pini).
• Os itens utilizados devem seguir rigorosamente a nossa planilha oficial, em casos excepcionais devem ser
justificadas e aprovadas pela SEE.
• EX: Espessura de bancada
DIÁRIO DE OBRA
Obs: O Diário de Obras é a memória da obra e nele deverão ser registradas todas as
ocorrências relacionadas com a sua execução, preenchendo todos os campos das suas
folhas e determinando o que for necessário para regularização de falhas, defeitos, não
conformidades, uma vez observados. Devendo ser mantido sob a guarda e responsabilidade
da Contratada, em local acessível à fiscalização.

Nele deverá constar:


 Pessoal efetivo.
 Serviços em execução.
 Equipamentos.
 Avanço físico da obra.
 Registros de ensaios de qualidade dos materiais empregados.
 Registros quanto as áreas de Segurança do Trabalho.
 Anotações do Responsável Técnico da obra.
 Anotações da Fiscalização.
 Ocorrência de chuvas.
 Acidentes de trabalho, e outros.
MODELO DE PLANILHA DE MEDIÇÃO
MODELO DE PLANILHA DE MEDIÇÃO
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRA
• DEVERÁ SER ENCAMINHADO JUNTAMENTE COM RELATÓRIO FOTOGRÁFICO PARA A REGIONAL SEMANALMENTE
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRA
• DEVERÁ SER ENCAMINHADO JUNTAMENTE COM RELATÓRIO FOTOGRÁFICO PARA A REGIONAL SEMANALMENTE
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRA
• DEVERÁ SER ENCAMINHADO JUNTAMENTE COM RELATÓRIO FOTOGRÁFICO PARA A REGIONAL SEMANALMENTE
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO DE OBRA
• DEVERÁ SER ENCAMINHADO JUNTAMENTE COM RELATÓRIO FOTOGRÁFICO PARA A REGIONAL SEMANALMENTE
RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
LEGISLAÇÃO E BIBLIOGRAFIA DE CONSULTA
A lei 5.194 de 24 DEZ 1966 regulamentou o exercício da Engenharia, Arquitetura e
Agronomia.

Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977: institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica”


na prestação de serviços de engenharia, arquitetura e agronomia; autoriza a criação,
pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), de uma mútua
de assistência profissional e dá outras providências

A Lei nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010, regulamentou o exercício da Arquitetura e


Urbanismo; Criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil CAU/BR e os Conselhos
de Arquitetura e Urbanismo.

Lei nº 8.666, de 21 de junho de 2003: regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal e institui normas para licitações e contratos da Administração Pública.
http://legislacao.planalto.gov.br

Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações


Públicas – TCU- Tribunal de Contas da União - 3ª edição.

SAMPAIO, F. M. Gerenciamento e Orçamento de Obras. Apostila aplicada na pós-


graduação latu sensu. Curso de Especialização em Auditoria de Obras Públicas.
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Faculdade de Tecnologia, Universidade
de Brasília. Brasília, 2001.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS

Superintendente de Infraestrutura Escolar


Ana Maria Almeida Vilela

Diretoria de Gestão da Rede Física


Rosângela Zuba

Equipe técnica da Rede Física


Giselle Melo – Engenheira Civil

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