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São Paulo
2019
ii
MOHAMED AWADA
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado à Escola
politécnica da Universidade
de São Paulo para obtenção
de título de especialista em
Gestão do Projeto Estrutural.
Área de concentração:
São Paulo
2019
iii
RESUMO
As lajes alveolares protendidas são elementos estruturais que ainda não dispõem de
ampla literatura nacional especializada e nem de normas técnicas específicas para
seu dimensionamento e execução. Observando essa problemática, este estudo teve
como objetivo geral dimensionar uma laje alveolar protendida. Por meio dos seguintes
objetivos específicos: apresentar os tipos de combinações; demonstrar as perdas de
protensão e criar um roteiro de cálculo para uma laje. Assim, apresentou-se um roteiro
de cálculo e para demonstrar sua eficiência foram utilizadas planilhas em Excel para
apresentar um exemplo numérico. Ao final, comprovou-se a eficiência do roteiro
apresentado e assim, espera-se contribuir com a literatura na área de lajes alveolares
protendidas.
ASTRACT
Prestressed honeycomb slabs are structural elements that do not yet have extensive
national specialized literature or specific technical standards for their design and
execution. Observing this problem, this study had as its general objective to dimension
a prestressed alveolar slab. Through the following specific objectives: present the
types of combinations; demonstrate prestressing losses and create a calculation
roadmap for a slab. Thus, a calculation script was presented and to demonstrate its
efficiency, Excel spreadsheets were used to present a numerical example. In the end,
it was proved the efficiency of the presented script and thus, it is expected to contribute
to the literature in the area of prestressed honeycomb slabs.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 01
2 LAJES ALVEOLARES PROTENDIDAS ............................................................... 03
2.1 HISTÓRICO ........................................................................................................ 03
2.2 DEFINIÇÃO ......................................................................................................... 04
2.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS .................................................................... 07
2.4 PROCESSO DE PRODUÇÃO ............................................................................ 08
2.4.1 Produção em formas fixas............................................................................. 09
2.4.2 Extrusão .......................................................................................................... 14
2.5 MARCAÇÃO E RECORTES DOS PAINÉIS........................................................ 17
3 VERIFICAÇÃO DOS ESTADOS LIMITES............................................................. 18
3.1 VERIFICAÇÃO DOS ESTADOS LIMITES .......................................................... 18
3.1.1 Combinações de ações em serviço .............................................................. 19
3.1.2 Níveis de protensão ....................................................................................... 21
3.1.3 Estimativa da força de protensão ................................................................. 21
3.1.4 Verificação das tensões normais no concreto ............................................ 23
3.1.5 Verificação da deformação excessiva .......................................................... 27
3.2 VERIFICAÇÃO DOS ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS ......................................... 30
3.2.1 Estado limite último devido a solicitações normais ................................... 30
3.2.2 Estado limite último devido a solicitações tangenciais .............................. 34
4 PERDAS DE PROTENSÃO ................................................................................... 36
4.1. PERDAS POR RETRAÇÃO E FLUÊNCIA DO CONCRETO ............................. 36
4.2 PERDAS POR RELAXAÇÃO E FLUÊNCIA DO AÇO DE PROTENSÃO............ 37
4.3 PERDAS DE PROTENSÃO POR ATRITO DOS CABOS ................................... 38
4.4 PERDA DE TENSÃO NA ARMADURA DECORRENTE DA DEFORMAÇÃO
IMEDIATA DO CONCRETO...................................................................................... 38
4.5 PERDA DE TENSÃO NA ARMADURA DECORRENTE DE ACOMODAÇÃO DAS
ANCORAGENS ......................................................................................................... 39
5 DIMENSIONAMENTO DE PAINEL ALVEOLAR ................................................... 40
5.1 CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS E MATERIAIS ........................................ 40
5.2 DADOS DA PROTENSÃO .................................................................................. 41
5.3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO ................................................................................ 41
5.4 VERIFICAÇÃO PARA ELU NO ATO DA PROTENSÃO ..................................... 43
vi
1 INTRODUÇÃO
deve realizar-se um estudo do seu comportamento, já que inexiste que faça uso de
concreto com baixo teor água/cimento como para os equipamentos extrusores. No
Brasil, espessura das lajes executadas têm espessuras pequenas, entre 10 e 30 cm,
gerando grande dificuldade no processo produtivo, já que são elementos mais frágeis
e delicados, enquanto em outros países as lajes chegam a apresentar espessuras de
70 cm.
Trata-se de um elemento pouco considerado na literatura brasileira, além de
existirem poucos profissionais com conhecimento adequado nessa área, que são
capazes de se responsabilizarem por projetos e produção desse tipo de laje. Neste
cenário, as empresas levam em consideração os estudos internacionais, fazendo uso
de tabelas onde são indicados os tipos de lajes e suas características. Por meio
desses dados, os projetistas determinam quais lajes devem ser utilizadas em cada
pavimento.
Assim, torna-se relevante o estudo sobre dimensionamento de lajes alveolares
protendidas para a verificação da capacidade à flexão e cisalhamento, sendo o
segundo normalmente o mais crítico, já que inexiste armadura para combater esse
esforço, além da importância de verificar as deformações que essas lajes sofrem, as
quais apresentam muita variação ao longo do período de exposição tanto no estoque
quanto em obra.
A avaliação do comportamento estrutural de uma peça também deve considerar
o processo industrial de produção e da execução da obra, os quais são poucos
difundidos, sendo que existem diversas premissas que podem facilitar ou atrapalhar
este processo. Esses detalhes valem ser mostrados para que o processo seja
conhecido como um todo, desde a avaliação da situação em projeto até o momento
em que as lajes são entregues e montadas nos canteiros.
Assim, por meio deste estudo espera-se contribuir com as literaturas nacionais
expandindo o conhecimento sobre lajes alveolares protendidas, objetivando um
melhor desenvolvimento de projetos e de metodologias de fabricação.
Neste sentido, o objetivo geral deste estudo foi de dimensionar uma laje alveolar
protendida. Por meio dos seguintes objetivos específicos: apresentar os tipos de
combinações; demonstrar as perdas de protensão e criar um roteiro de cálculo para
uma laje.
3
2.1 HISTÓRICO
aderência inicial mais empregado no mercado, uma vez que, pois baixo custo de
produção frente ao desempenho do aço de protensão desencadeia uma grande
benefício em relação a outras metodologias estruturais (CARVALHO, 2012).
2.2 DEFINIÇÃO
Uma vez que as lajes alveolares protendidas são produtos industrializados, sua
produção gera menos resíduos sólidos e desencadeia menos impacto, como poluição,
ruídos entre outros. Além disso, diminui a quantidade de serviços na obra, bem como
os riscos de acidentes de trabalho (GUSTANI, 2017).
A produção fora do canteiro de obras torna o local mais limpo e organizado,
assim o processo de transporte e manuseio de materiais é facilitado. No caso das
lajes alveolares somente as placas e, eventualmente o aço para armadura do
capeamento, deverão ser recebidos e descarregados com auxílio de guindaste, ou
pela grua da própria obra, simplificando o recebimento, estoque e manuseio do
produto (TATU, 2014).
Petrucelli (2009), destaca que o processo de execução de montagem é rápido
e simples. Tatu (2014), complementa que uma equipe de três funcionários operários
pode render, sem dificuldade, a 50m2/h, o que correspondente a 400m2 em 8 horas
de trabalho.
A protensão reduz a espessura da laje e os alvéolos o peso do pavimento
(Petrucelli, 2009). Os alvéolos permitem ainda abrigar redes elétricas e hidráulicas,
proporcionando melhor aproveitamento dos espaços, além disso, possuem
excelentes propriedades térmicas e acústicas. A laje alveolar é, ainda, capaz de
alcançar grandes vãos, mesmo com cargas de utilização elevadas, possui ainda o
eficiente controle de deflexão (TATU, 2014).
Por serem autoportantes, as lajes alveolares não utilizam escoramentos em sua
montagem. Mesmo quando e necessária a utilização de capa de concreto, as placas
alveolares tem capacidade para resistir a estas cargas. As lajes alveolares são
produzidas em indústrias modernas que detém todos os matérias, máquinas e
técnicas que asseguram a qualidade das peças. A minimização de materiais e mão-
de-obra no processo de construção e, principalmente, a redução considerável nos
prazos de execução torna a laje alveolar uma solução viável para obras com prazos
curtos e canteiros pequenos (TATU, 2014).
8
Migliore (2008), complementa que o corte deve ser rentes à face das lajes pré-
moldadas.
2.4.2 Extrusão
resistência a compressão, protege a armadura com mais eficiência, uma vez que
conta com baixa porosidade e adensamento ideal (GRANDE, 2009).
Após a concretagem na pista, é realizado o acabamento superficial (Figura 14)
e a peça segue para a cura (a vapor ou por lona, idêntica a cura do método em formas
fixas) e, quando o concreto adquire resistência suficiente, é feito o corte das lajes com
uma serra de disco diamantado (Figura 15), de acordo com o estabelecido em projeto.
A protensão passa a atuar no elemento a partir desse instante (CATOIA, 2011).
complementa que o estado que limita os deslocamentos máximos (flechas) e deve ser
verificado em qualquer tipo de estrutura.
O ELS-D corresponde ao estado no qual a tensão normal é nula em pelo menos
um ponto da sessão transversal, inexistindo tração no resto da seção. Verificação
usual em concreto protendido (NBR 6118, 2014).
O ELS-DP refere-se ao estado onde garante-se a compressão na seção
transversal, na região onde existem armaduras ativas. Essa região deve se estender
até uma distância ap da face mais próxima da cordoalha ou da bainha de protensão
(Figura 16) (NBR 6118, 2014).
Onde:
Fd,ser: valor de cálculo das ações para combinações de serviço;
Fq1k:valor característico das ações variáveis principais diretas;
1: fator de redução de combinação frequente para ELS;
2: fator de redução de combinação quase permanente para ELS.
21
Onde:
𝑃𝑒𝑠𝑡 : força de protensão estimada;
𝜎𝑎𝑑𝑚 : é a tensão admissível, que depende da combinação de serviço e do nível
de protensão;
𝑀𝑔1 : momento fletor devido ao peso próprio;
𝑀𝑔2 : momento fletor devido ao carregamento permanente adicional;
𝑀𝑞 : momento fletor devido ao carregamento acidental;
𝑊𝑖 : momento resistente inferior da seção transversal;
Ψ: coeficiente de ponderação, que depende da combinação de serviço;
𝐴𝑐 : área de concreto da seção transversal;
𝑒𝑝 : excentricidade do fio de protensão.
A 𝜎𝑎𝑑𝑚 correspondente da Equação 1 é dependente da combinação de serviço
a ser analisada, que deve estar em conformidade com o nível de protensão prescrito
na Tabela 13.4 da NBR 6118 (2014). Assim, a carga de protensão determinada deve
corresponder ao valor absoluto mais elevado entre as cargas de protensão calculadas
com cada combinação de serviço. Após o cálculo da proteção estimada, calcula-se o
número de fios, para cada tipo de aço. O número de fios deve ser determinado em
razão a carga de protensão estimada e a proteção de cada fio. A proteção para cada
fio deve ser definida por meio da Equação 2.
𝑝𝑖 = 𝜎𝑝𝑖 𝐴𝑝 . (1 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠) (Equação 2)
Onde:
23
0,77. 𝑓𝑝𝑡𝑘
𝜎𝑝𝑖 =≤ { } (Equação 3)
0,90. 𝑓𝑝𝑦𝑘
Onde:
𝑓𝑝𝑦𝑘 : valor característico da resistência de escoamento convencional do aço
de protensão;
Araújo (2007) explica que este tipo de verificação deve ser feita quando os
cabos de protensão forem liberados. A Equação 5 determina o cálculo das tensões
para o ato da protensão.
1 𝑒𝑝 𝑀𝑔1
𝜎𝑎𝑡𝑜 = 𝑃0 . (𝐴 + 𝑊 ) − 𝑊
(Equação 5)
𝑐
Onde:
1 𝑒𝑝 𝑀𝑔1 𝑀𝑔2
𝜎𝐹𝐶 = 𝑃50 . (𝐴 + 𝑊 ) − − (Equação 8)
𝑐 𝑖 𝑊 𝑊
Onde:
𝑃50 : é a força inicial de protensão, desconsiderando as perdas iniciais e 50%
das perdas progressivas.
Ao final da construção, as tensões devem obedecer aos limites apresentados
nas Equações 9 e 10.
A Equação 11 deve ser utilizada para todos os casos de ELS, onde será
modificado apenas o valor do coeficiente de ponderação .
1 𝑒𝑝 𝑀𝑔1 𝑀𝑔2 𝑀𝑞
𝜎 = 𝑃∞ . (𝐴 + 𝑊 ) − − − Ψ. (Equação 11)
𝑐 𝑊 𝑊 𝑊
Onde:
𝑃∞ : é a protensão para o tempo infinito.
As verificações efetuadas para a protensão limitada combinação frequente
são apresentadas nas Equações 12 e 13.
𝜎𝑏𝑜𝑟𝑑𝑎−𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 ≥ 𝜎𝐸𝐿𝑆−𝐶𝐸 (Equação 12)
Onde:
𝑝𝑖𝑖𝑛𝑓 : protensão por fios com as perdas;
𝑊𝑖 : momento resistente inferior da seção transversal.
Araújo (2007) explica que a Equação 20 pode ser adaptada a fim de calcular a
quantidade máxima de cabos, aplicada com os carregamentos atuantes no ato da
protensão.
𝜎𝑐𝑜,1 Δ𝜎𝑐𝑡,1
𝜀𝑐,1 = 𝜑𝑡𝑡0 + 𝑞2 (Equação 21)
𝐸𝑐 𝐸𝑐
𝜎𝑐𝑜,2 Δ𝜎𝑐𝑡,2
𝜀𝑐,1 = 𝜑𝑡𝑡0 + 𝑞2 (Equação 22)
𝐸𝑐 𝐸𝑐
Onde:
𝜀𝑐2 −𝜀𝑐1
Δ𝜃 = (Equação 23)
𝑎+𝑏
(𝑖) (𝑖)
𝜀𝑐2 −𝜀𝑐1
Δ𝜃𝑖 = .𝜆 (Equação 24)
𝑎+𝑏
Onde:
1
𝜃0 = 𝑛 ∑𝑛−1
𝑥−1 (𝑛 − 𝑥)Δ𝜃𝑥 (Equação 26)
30
Para o estado limite último no ato da protensão, ainda devem ser consideradas:
a) a resistência característica do concreto será igual àquela correspondente à
idade fictícia no ato da protensão;
b) para esta verificação, admite-se os seguintes valores para os coeficientes de
ponderação, com as cargas que efetivamente atuarem nessa ocasião, conforme as
Tabelas 11.1 e 12.1 da NBR 6118 (2014).
Vale ressaltar que no ELU a armadura ativa já está pré-dimensionada, assim o
ELU é utilizado para análise das seções. Verificando os ELU, chega-se as seguintes
considerações: que armadura previamente calculada é suficiente por si só para as
condições adotadas ou será necessário calcular uma armadura passiva complementar
(ARAÚJO, 2007).
O momento fletor resistente pode ser dimensionado através de metodologias
iterativas, com convergência rápida e valores satisfatórios.
Estes processos de verificação são iterativos devido ao comportamento dos
aços de protensão, que apresentam um diagrama tensão-deformação caracterizado
por um trecho inicial elástico-linear bem definido e, a partir de um certo valor, um
trecho plástico inclinado. A NBR 6118 (2014) estabelece que o diagrama tensão-
deformação do aço de protensão deve ser fornecido pelo fabricante ou obtido através
de ensaios executas em conformidade com a NBR 6349. A norma ainda estabelece
32
Onde:
𝜏𝑅𝑑 = 0,25𝑓𝑐𝑡𝑑
𝑓𝑐𝑡𝑑 = 𝑓𝑐𝑡𝑑,𝑖𝑛𝑓 /𝛾𝑐
𝐴
𝑝1 = 𝑏 𝑠1𝑑, não superior que |0,02|
𝑤
Para os demais casos 𝑘 = |16 − 𝑑|; não menor que |1|, com d em
metros;
Onde:
𝜏𝑅𝑑 : tensão resistente de cálculo do concreto ao cisalhamento;
𝐴𝑠1 : área da armadura de tração que se estende até não menos que 𝑑 + 1𝑏,𝑛𝑒𝑐
além da seção considerada;
𝑏𝑤 : largura mínima da seção ao longo da altura útil d;
𝑁𝑆𝑑 : força longitudinal na seção devida à protensão ou carregamento
(compressão positiva).
As seguintes recomendações devem ser consideradas, conforme prescreve a
NBR 6118 (2014):
a) Na zona de ancoragem de elementos com protensão com aderência prévia,
a equação que define Rd1 V só se aplica quando os requisitos de ancoragens são
satisfeitos;
b) No caso da pré-tração deve ser levada em conta a redução da protensão
efetiva no comprimento de transmissão;
Neste ponto, é válido ressaltar que a região de apoio é uma região de
descontinuidade.
Assim, casos onde o comprimento da ancoragem e as perdas de proteção
nestas áreas devem ser analisados mais profundamente para um melhor
entendimento da análise do esforço cortante (ARAÚJO, 2007).
36
4 PERDAS DE PROTENSÃO
Ic
Wi = yi (Equação 30)
Ic
Ws = ys (Equação 31)
Onde:
Wi: módulo resistente da seção em relação à fibra inferior
Ws: módulo resistente da seção em relação à fibra superior
Ic: momento de inércia da seção bruta de concreto
yi: distância da fibra inferior em relação ao CG
ys: distância da fibra superior em relação ao CG
Deve-se escolher o tipo de concreto e aço que serão usados no painel pois são
fatores limitantes a resistência a tração e compressão. Em peças pré-fabricadas é
comum utilizar cimento de classe CP-V-ARI, de alta resistência inicial e armadura ativa
inferior CP-190 e CP-210.
41
5.3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO
𝐹𝑑 .𝐿
𝑉𝑠𝑑 = − 𝐹𝑑 . 0,5ℎ (Equação 35)
2
42
Onde:
Fd: carregamento distribuído solicitante;
L: comprimento do painel alveolar.
O momento fletor pode ser obtido no meio do vão pela simples Equação 36.
𝐹𝑑 .𝐿2
𝑀𝑠𝑑,𝑣ã𝑜 =
8
(Equação 36)
𝑝
𝜎p∞ = (1 − 100) . 𝜎pi (Equação 37)
𝑀
𝐾𝑀𝐷 = 𝑏.𝑑2𝑠𝑑
𝑓
(Equação 38)
𝑐𝑑
𝑠𝑑 𝑀
𝐴𝑝 = 𝐾𝑍.𝑑.𝜎 (Equação 40)
pd
43
De acordo com a ABNT NBR 6118 (2014, p. 123), em seu item 17.2.4.3 o ELU
no ato de protensão pode ser verificado através de hipóteses suplementares ou por
meio de um processo simplificado que determina limites para tensões de tração e
compressão. A Equação 5 determina o cálculo das tensões para o ato da protensão e
a equação calcula a força de protensão inicial.
1 𝑒𝑝 𝑀𝑔1
𝜎𝑎𝑡𝑜 = 𝑃0 . ( + )− (Equação 41)
𝐴𝑐 𝑊 𝑊
Onde:
∆𝑙
𝜀𝑙 = Deformação decorrente do aço conforme a pista de protensão e
𝐿
sistema de ancoragem;
∆𝑙 – Acomodação ou recuo característico da ancoragem (valor que pode ser
medido nas fábricas);
𝐿 – Comprimento da pista de protensão;
44
Onde:
𝑡−𝑡 0,15
𝑙(𝑡,𝑡0 ) = 1000 . (41,67
0
) - Coeficiente adimensional;
Onde:
𝑁𝑝 𝑁𝑝 .𝑒 2 𝑀.𝑒
𝜎𝑐𝑔𝑐𝑎𝑏𝑜 = + − − tensão no centro de gravidade dos cabos;
𝐴 𝐼 𝐼
𝐸𝑝
𝛼= - relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto;
𝐸𝑐
Onde:
𝑁𝑝 𝑀𝑝 .e 𝑀.𝑒
𝜎𝑐𝑔𝑐𝑎𝑏𝑜 = ( 𝐴 + ) φ(𝑡,𝑡0 ) − . φ(𝑡,𝑡0 ) - tensão no centro de gravidade dos
𝐼 𝐼
cabos;
φ(𝑡,𝑡0 ) - coeficiente de fluência dado pelo período do carregamento
considerado,
Mp – momento devido à força de protensão na seção;
M – soma dos momentos fletores na seção devido às ações atuantes;
Np – esforço normal de protensão;
e – excentricidade do cabo na seção;
A – área da seção transversal de concreto;
I – inércia da seção.
Onde:
𝜀𝑐𝑠 = 𝜀1𝑠 𝜀2𝑠
𝜀𝑐𝑠∞ − é o valor fi nal da retração;
𝜀1𝑠 é o coefi ciente dependente da umidade relativa do ambiente e da
consistência do concreto (ver Tabela A.1);
𝜀2𝑠 é o coefi ciente dependente da espessura fictícia da peça:
33+2ℎ
𝜀2𝑠 = 20,8+3ℎ𝑓𝑖𝑐 (Equação 50)
𝑓𝑖𝑐
Onde:
ℎ𝑓𝑖𝑐 : espessura fictícia, expressa em centímetros (cm) (A.2.4);
𝛽𝑠 (𝑡) ou 𝛽𝑠 (𝑡0 ): coeficiente relativo à retração, no instante t ou t0 (Figura A.3);
t: idade fictícia do concreto no instante considerado, expressa em dias;
t0: idade fictícia do concreto no instante em que o efeito da retração na peça
começa a ser considerado, expressa em dias.
46
𝑡 3 𝑡 2 𝑡
( ) +𝐴( ) +𝐵( )
100 100 100
𝛽𝑠 (𝑡) = 𝑡 3 𝑡 2 𝑡
(Equação 51)
( ) +𝐶( ) +𝐷( )+𝐸
100 100 100
onde
A = 40;
B = 116h3 – 282h2 + 220h – 4,8;
C = 2,5h3 – 8,8h + 40,7;
D = −75h3 + 585h2 + 496h – 6,8;
E = –169h4 + 88h3 + 584h2 – 39h + 0,8;
h é a espessura fictícia, expressa em metros (m); para valores de h fora do
intervalo (0,05 ≤h ≤1,6), adotam-se os extremos correspondentes;
t é o tempo, expresso em dias (t ≥3).
Onde:
(t,t0 ) -ln[1- (t,t0 )]
c 10,5(t,t0)
p 1(t,t0)
𝐴𝑐
𝜂 = 1 + 𝑒𝑝2
𝐼𝑐
𝐴𝑝
𝜌𝑝 =
𝐴𝑐
𝐸𝑝
𝛼𝑝 =
𝐸𝑐𝑖28
1 𝑒𝑝 𝑀𝑔1 𝑀𝑔2 𝑀𝑞
𝜎 = 𝑃∞ . (𝐴 + 𝑊 ) − − − Ψ. (Equação 53)
𝑐 𝑊 𝑊 𝑊
48
ELS-F:
0,85.𝑓𝑐𝑘
−𝑓𝑐𝑡,𝑓 ≤ 𝜎 ≤ (Equação 54)
𝛾𝑐
ELS-D:
0,85.𝑓𝑐𝑘
0≤𝜎≤ (Equação 55)
𝛾𝑐
6 EXEMPLO NUMÉRICO
Quadro 2 – Seção
Seção genérica de uma laje de 200 mm de altura Propriedades Geométricas
Área = 0,1427 m²
Perímetro = 5,87 m
bwi=0,04m
I = 0,0007 m4
bwe=0,05m
ys = 0,0995 m
0,0007
Ws = = 0,007𝑚3
0,0995
0,0007
Wi = = 0,0069𝑚3
Seção simples 0,1005
es = 0,11005-0,031=0,069m
Área = 0,2017 m²
Perímetro = 5,97 m
I = 0,0013 m4
ys = 0,1131 m
0,0013
Ws = = 0,0115𝑚3
0,1131
0,0013
Wi = = 0,0095𝑚3
0,1369
es = 0,1369-0,031=0,1059m
Seção composta
Fonte: Autor, 2019
50
6.1 CARREGAMENTOS
Quadro 3 - Aç
Ação PESO ESPECÍFICO Calculo Intensidade (kN/m) γ Fd
Peso próprio 25(kN/m3) 0,1427*25 3,5675 1,3 4,63775
Capa 25(kN/m3) 0,05*1,2*25 1,5 1,4 2,1
Revestimento 2(kN/m2) 1,2*2 2,4 1,4 3,36
Acidental 5(kN/m2) 5*1,2 6 1,5 9
Total 19,09 kN
Fonte: Autor, 2019
1,4.59,68
𝐾𝑀𝐷 = 1,25.(0,25−0,031)2 ∗30000=0,0465
Interpolando
KX=0,7031
KZ=0,9719
εs = 10‰ – domínio 2
51
Quadro 4 - Perdas
Tempo decorrido da
Etapa Ação Seção Perdas
concretagem
9 PERDAS
g1 pp (5,87+3,866+2,616+1,25)/4 3,4005
ETAPAS A B C D B ϕf
2 154,68 200,21 263,78 4378,39 0,08 2,61
3 176,16 310,16 308,45 5590,91 0,30 2,31
4 195,41 405,31 350,45 6644,99 0,46 1,51
5 233,60 583,33 440,25 8632,67 0,47 1,25
ETAPAS M ep Ix
2 11,15 0,069 0,007
3 4,69 0,069 0,007
PROGRESSIVAS 4 7,50 0,1059 0,0013
(t ,t 0 ) -ln[1- (t ,t 0 )] 0,0707 5 18,75 0,1059 0,0013
c 10,5(t ,t 0 ) 2,307
p 1(t ,t 0 ) 1,0707 εcc= 1,03E-04
Δσ 20,57942239 Mpa
1,971
1,93E-03
4,21
Δσ 178,89 Mpa
σpinfini 1212,053468
utilizando o apendice descobre-se o pré alongamento Δε 6,0616
16,0616
σpd 1530,51
VERIFICAR
RESISTENCIA A FLEXÃO
Cálculo para tensoes normais nas
bordas
σ,i 4,97 Mpa
σ,s 8,70 Mpa
VERIFICAR FLEXÃO
-
σct> 2,980714286 OK!
σc< 21,25 OK!
VERIFICAR
RESISTENCIA AO
CISALHAMENTO
fctd 1604,981221 kN/m2
τrd 401,2453052 kN/m2
ρt 0,006603774 <0,02 OK!
K=1,6-d 1,38 >1
σcp1 3270,80028 kN/m2
Vrd1 75,86856142 kN
αv2 0,8
Vrd2 314,82 kN
Vsd<Vrd OK!
56
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXOS
ANEXO A – KMD E TENSÃO NO AÇO DE ARMADURA ATIVA
61