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Professor:

Eng. Fábio Kikuchi Yamura

Engenheiro Civil, Calculista de Estruturas, atua na área de projetos desde 2009.

Sócio-Diretor na empresa de Projetos KIKUCHI Arquitetura & Engenharia.

Sócio-Diretor do Instituto de Pós-Graduação INBEC Porto Velho.

Membro da Diretoria da ABENC-RO (Associação Brasileira de Engenheiros Civis de Rondônia)

Professor do Instituto de Pós-Graduação INBEC, YCON-SP, TQS, AEA-SP.

Especializações:

Estruturas de Concreto Armado pela IESPLAN em Brasília/DF.

Estruturas Metálicas pela FATESG em Goiânia/GO.

Estruturas de Concreto Protendido.

Reforço e Recuperação de Estruturas em Concreto – UNASP/SP (em andamento)

Engenharia Geotécnica: Fundações e Obras de Terra – INBEC (em andamento)

Informações adicionais:

Certificação em diversos cursos de estruturas nas instituições: INBEC, ABECE, YCON-SP, ABACUS-
RJ, IMPACTO-CE, AEA-SP, IDD-PR, QISAT, IEP-PR, SINDICER-RS, CBCA, ADAPT, etc.

Domínio de diversos softwares estruturais: Eberick, TQS v16, Cypecad, SAP2000, Metálicas 3D,
Mcalc3D, McalcLig, McalcAC, CadEM, Adapt Floor Pro e V-PRO.

Contato:

E-mail: contato@fabiokikuchi.com | Contato: (69) 99229-2222


SUMÁRIO
1. PROGRAMAÇÃO DO CURSO ............................................................................................................... 4
1. ARQUIVOS DO MATERIAL DE APOIO – CURSO EBERICK 2020: AVANÇADO .......................................... 5
2. PROJETO DE ARQUITETURA DO CURSO .............................................................................................. 7
3. CONFIGURAÇÕES FUNDAMENTAIS (AÇÕES, COBRIMENTO, VENTO, ETC) ........................................... 8
4. PROCESSAMENTO DA ESTRUTURA ................................................................................................... 21
Estado-limite de Deformações Excessivas (ELS-DEF)........................................................................ 22
Estado-limite de Vibrações Excessivas (ELS-VE) ............................................................................... 22
5. ESTABILIDADE GLOBAL (PRINCÍPIOS BÁSICOS) .................................................................................. 26
6. COMO DIMINUIR OS DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS E GAMA-Z ? .................................................. 28
7. DESAPRUMO (Imperfeições Geométricas Globais) ........................................................................... 29
8. RECAPITULANDO A CONFIGURAÇÃO GERAL: .................................................................................... 31
9. ANÁLISE ESTRUTURAL EM VIGAS: ..................................................................................................... 33
10. ANÁLISE ESTRUTURAL EM PILARES ............................................................................................... 46
11. VERIFICAÇÃO DOS ESFORÇOS E DESLOCAMENTO NO PÓRTICO ESPACIAL ..................................... 49
12. QUANDO SEMI-ENGASTAR UMA LIGAÇÃO VIGA-PILAR OU ATÉ MESMO ROTULAR? (Fonte: AltoQi)
50
13. ESBELTEZ EM PILARES (SOLUÇÃO DO P15) .................................................................................... 55
14. CARGA NEGATIVA EM PILARES (Fonte: QiSuporte) ....................................................................... 57
15. ANÁLISE ESTRUTURAL EM LAJES ................................................................................................... 60
16. ANÁLISE ESTRUTURAL EM ESCADAS ............................................................................................. 68
17. ANÁLISE ESTRUTURAL EM SAPATAS ............................................................................................. 70
18. ANÁLISE ESTRUTURAL EM BLOCOS DE FUNDAÇÃO ....................................................................... 76
1. PROGRAMAÇÃO DO CURSO

Figura 1 - Imagem 3D do Projeto Estrutural do Curso

 Configuração e Análise Global: Configuração das ações, combinações, vento, cobrimento,


resistência do concreto, fluência, desaprumo, deslocamentos horizontais, efeitos de 2ª ordem
global, P-Delta, conceitos de nós fixos e nós móveis e interpretação da janela de resultados de
processamento e soluções.
 Análise das Vigas: Conceito de torção de equilíbrio x compatibilidade, análise e solução das
deformações excessivas (contra-flecha, aumento de área de aço, tempo escoramento, umidade do
ar, viga T), diferença entre deslocamento elástico, imediato, imediato recalculado, diferido e total.
 Análise dos Pilares: Diferença entre vinculação rotulada, engastada e semi-engastada,
redistribuição de esforços na ligação pilar-viga, solução para esbeltez excessiva, carga negativa
(tirante).
 Análise das Lajes Maciças/treliçadas: Influência dos apoios (vigas) nas deformações das
lajes, plastificação dos apoios, solução das deformações excessivas. Utilização do Software TR-PROT
para cálculo de lajes treliçadas.
 Análise das Fundações (Sapatas e Blocos sobre Estacas): Bulbo de tensões, sobreposição das
fundações, sapatas associadas, viga alavanca, configuração da capacidade de carga verticais,
horizontais e momentos nas estacas.
DÚVIDAS FRENQUENTES:
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1) Preciso ter o software?!
Não é necessário, pois enviaremos um link para o aluno baixar e instalar uma versão EDUCACIONAL
previamente o Software Eberick em seu notebook.

2) Qual é o limite de tempo da versão Educacional (demonstrativa)?!


Não há limite de tempo. Mas como é uma versão para fins educacionais, não é possível salvar os
arquivos e nem exportar para dwg/dxf. No curso, será disponibilizada várias etapas previamente
salvas para acompanhar o curso completamente, dessa forma, não haverá empecilho por não salvar
as etapas.

3) Qual versão utilizaremos?!


Eberick 2020-11. (Versão mais atual-corresponde ao Eberick 2021)

4) Posso usar a minha licença do Eberick?!


Se tiver a versão 2019, 2020 ou 2021 pode usar sim, sem problema algum, independentemente se
for versão basic, plena, next, etc. Versões inferiores a essa não abrirá o arquivos de apoio, pois a
plataforma do Eberick mudou.

5) Limitações do sistema
Processador Intel i5 ou superior com sistema operacional em 64 bits.

1. ARQUIVOS DO MATERIAL DE APOIO – CURSO EBERICK 2020: AVANÇADO

Obs.: Não é necessário ter o autocad instalado, pois só vamos usar esses arquivos para importar
para o Eberick.

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Na pasta 01 – Materiais Complementares, temos os seguintes arquivos:

Na pasta 02 – Arquivos Eberick, temos os seguintes arquivos:

Obs.: A versão demonstrativa não salva, por isso os arquivos estão salvos por etapa nessa pasta.

Na pasta 03 – Normas, temos os seguintes arquivos:

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2. PROJETO DE ARQUITETURA DO CURSO

Figura 2 - Arquitetura do Pav. Térreo

Figura 3 - Arquitetura do Pav. Superior

Figura 4 - Arquitetura da Cobertura e Tampa Caixa d'água

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3. CONFIGURAÇÕES FUNDAMENTAIS (AÇÕES, COBRIMENTO, VENTO, ETC)
Menu  Estrutura  Configurações  Projeto  ações  aba ações (NBR 6118:2014)

O gama f1 considera a VARIABILIDADE das ações. O valor característico do carregamento


considerado no projeto não será́ exatamente a carga atuante na estrutura, ou seja, pode haver uma
variação.

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Por exemplo, quando você considera que o reboco terá 2cm para cada lado, será q vai ser isso
mesmo na prática? E a espessura do contrapiso vai ser realmente os 5cm que você adotou? Muito
provavelmente, em algumas regiões desses elementos, haverá essa variação sim.

O gama f3 considera as APROXIMAÇÕES de cálculo. Seja por elementos de barras (frame), de placas
(plate), de casca (shell) ou sólidos (solid), etc.. os processos de cálculo, por mais refinado que seja,
são simulações e simplificações de um comportamento real de uma estrutura. Se você calcular uma
viga, laje, bloco, etc.. por esses diferentes processos, haverá uma diferença dos resultados entre
eles. É pra diferença ser pequena e por isso deve-se fazer essa “correção” através do gama f3.

Aí, vem uma dúvida: quando utilizar a combinação favorável?


Dependendo das combinações das ações se ponderarmos o carregamento por 1.4 estaríamos
contra a segurança. Por exemplo: se tiver uma ação do vento ascendente (de baixo pra cima) + peso
próprio, como poderia ser essa combinação? Peso Próprio x 1,0 (pra baixo) + Vento x 1,4 (pra cima).
-
Entendeu? Essa combinação seria pior do que multiplicarmos tudo por 1.4.
Além disso, tem o gama f2 (representado pelo Psi 0, Psi 1 e Psi 2) que considera a SIMULTANEIDADE
das ações que é um fator que reduz esse valor de 1.4.

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Utilizado no ELS:

Ψ2 utilizado pra redução das cargas variáveis para verificação das deformações excessivas (ELS-
DEF). Quando se usa o Ψ2 estamos trabalhando com a combinação quase permanente.

Ψ1 utilizado pra redução das cargas variáveis para verificação de abertura de fissuras (ELS-W) e
vibração excessiva (ELS-VE). Quando se usa o Ψ1 estamos trabalhando com a combinação
frequente.

Utilizado no ELU:

Ψ0 utilizado pra redução das cargas variáveis no Estado Limite Último.

Exemplo de aplicação: Para calcular a flecha de uma laje utilizamos a seguinte expressão:

k ∗ p ∗ l4
f =
384 ∗ E ∗ I

Onde devemos aplicar o carregamento “p” na combinação quase-permanente, ou seja,


multiplicando a ação variável por Ψ2.

P = Peso Próprio da laje + Revestimento + (Acidental x Ψ2)

P = 2,5 kN/m² + 1,0 kN/m² + (1,50 x 0,3)

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Variabilidade: indica em que momentos a ação será considerada

 Permanente: age em toda a vida útil da estrutura, isto é, é considerada em todos os


casos de carregamento;
 Acidental direta: são aquelas que variam de acordo com o uso da edificação. No caso
de acidentais diretas, a ação pode ser tomada como acidental principal (sem fatores de
combinação).
 Acidental indireta: são aquelas que variam de acordo com o uso da edificação. No
caso de acidentais indiretas, a ação não será tomada como acidental principal, sendo
sempre aplicados os fatores de combinação.

Menu  Estrutura  Configurações  Projeto  materiais e durabilidade

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CONFIGURAÇÃO DA AÇÃO DO VENTO

Menu  Estrutura  Configurações  Projeto  Vento (NBR 6123:1988)

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A Velocidade característica Vk é a velocidade usada em projeto, sendo que são considerados os
fatores topográficos (S1), influência da rugosidade (obstáculos no entorno da edificação) e
dimensões da edificação (S2) e o fator estatístico (que considera a vida útil e o tipo de uso
edificação). A velocidade característica do vento pode ser expressa como:
Vk = Vo x S1 x S2 x S3

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Velocidade Básica do Vento: Máxima velocidade média medida sobre 3s, que pode ser excedida
em média uma vez em 50 anos, a 10m sobre o nível do terreno em lugar aberto e plano.
Fator S1 (Topográfico):

Fator S2 (MAIOR DIMENSÃO HORIZONTAL OU VERTICAL):

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Fator S2 (Rugosidade do
Terreno):

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26.4. Forças - Turbulência

A ação do vento sobre a estrutura pode


ser de baixa turbulência ou alta
turbulência. Segundo o item 6.5.3 da
NBR6123: “Uma edificação pode ser
considerada em vento de alta
turbulência quando sua altura não
excede duas vezes a altura média das
edificações nas vizinhanças, estendendo-se estas, na direção e no sentido do vento incidente, a uma
distância mínima de":

 500 m, para uma edificação de até 40 m de altura (prédio +/- 13 andares);


 1000 m, para uma edificação de até 55 m de altura (prédio +/- 18 andares);
 2000 m, para uma edificação de até 70m de altura (prédio +/- 23 andares);
 3000 m, para uma edificação de até 80 m de altura (prédio +/- 26 andares);

Vento com baixa turbulência leva a maiores valores de coeficientes de arrasto, ou seja, maiores
valores de força de vento, logo na falta de informações ou em caso de dúvida recomenda-se
considerar vento com turbulência Baixa.

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26.5. VERIFICAÇÃO AO ELS (ESTADO LIMITE DE SERVIÇO)

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4. PROCESSAMENTO DA ESTRUTURA

 Análise estática linear: sempre deve ser habilitado! O objetivo é determinar os


esforços em cada elementos estrutural.
Exceto para um caso específico que é para realizar um processo iterativo para as conferencias
da diferença de rigidez dos deslocamento “imediato” e “imediato recalculado”. (vamos ver
isso mais adiante)

 Verificação das etapas construtivas: utilizado somente no módulo de pré-moldados.

 Dimensionamento dos elementos: através dos esforços obtidos na análise estática


lienar, realiza o dimensionamento dos elementos (verificações aos elu e detalhamento).

Caso esse dimensionamento não seja feito no momento da análise, poderá ser feito
posteriormente.

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Estado-limite de Deformações Excessivas (ELS-DEF)

 Determinação das flechas no pórtico: determina as flechas totais presentes no


pórtico. Nesse cálculo, o programa passa a considerar efeitos de fluência e fissuração para
determinar a flecha diferida no tempo.

Fluência do concreto é o fenômeno do aumento gradual de deformação com o tempo,


sob tensão constante.

 Determinação das flechas na grelha: determina as flechas totais presentes na grelha.


Nesse cálculo, o programa passa a considerar efeitos de fluência e fissuração para
determinar a flecha diferida no tempo.

Vamos habilitar: "Cacular rigidez fissurada", o programa realiza um cálculo independente das barras
(vigas, lajes e pilares) para determinar uma nova rigidez que leva em consideração os efeitos da
fissuração. o programa se vale da expressão aproximada proposta por Branson (item 17.3.2.1.1 da
NBR 6118):

onde:

momento de inércia da seção bruta de concreto

momento de inércia da seção fissurada de concreto no estádio II,

momento fletor na seção crítica do vão considerado, momento máximo no vão para vigas
biapoiadas ou continuas e momento no apoio para balanços para a combinação de ações
considerada nessa avaliação

momento de fissuração do elemento estrutural

módulo de elasticidade secante do concreto (segundo o item 8.2.8 da NBR 6118:2003)

Estado-limite de Vibrações Excessivas (ELS-VE)

 Análise dinâmica do pórtico: avalia o comportamento do pórtico a vibrações e


carregamentos de vento dinâmicos.

Utilizado em edifício altos, gera resultados dos modos de vibração e variam conforme a
massa e a altura da edificação. Deve-se habilitar o vento dinâmico. No pórtico unifilar irá
apresentar os resultados da análise modal com as frequencias naturais de cada modo de
vibração. Com base no comportamento de cada modo, o programa calcula a parcela da
força do vento proveniente do efeito dinâmico (conforme NBR 6123), resultando em uma
aceleração máxima em cada direção e para cada pavimento.
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Essa aceleração definirá a percepção humana em relação aos efeitos dinâmicos que pode
ser imperceptível, perceptível, incômodo, muito incômodo e intolerável.

 Análise dinâmica da grelha: avalia o comportamento da grelha a vibrações. Nesse


curso, vamos avaliar isso na parte de “análise das lajes”.

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4.1. RELAÇÃO DA CARGA VERTICAL / ÁREA:

Pelos critérios do Eberick a relação usual (aceitável) para edificações é de 900 a 1300 kgf/m². Obs.:
O Eberick só contabiliza área onde tem laje.

DESLOCAMENTO HORIZONTAL (Fonte das imagens: QiSat – Curso Estabilidade Global)

Informa o deslocamento horizontal da estrutura, PROVOCADO PELA AÇÃO DO VENTO, para a


combinação frequente nas direções X e Y. Informa também o limite considerado para ambas as
direções conforme Tabela 13.3 da NBR 6118:2014.

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No nosso projeto o programa considera o valor de “L” com altura de: 200cm + 330cm + 330cm +
250cm = 1110 cm.

Como o limite do deslocamento no topo deve ser de L/1700 = 1110/1700 = 0,65 cm

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POR QUÊ DEVEMOS LIMITAR O DESLOCAMENTO HORIZONTAL ?

5. ESTABILIDADE GLOBAL (PRINCÍPIOS BÁSICOS)

O coeficiente γz (Gama-z) tem por principal objetivo classificar a estrutura quanto à deslocabilidade
dos nós (se a estrutura é de nós fixos ou móveis), a fim de destacar o quão significativo são os
esforços de 2ª ordem globais, em relação aos efeitos de 1ª ordem, para efeitos de cálculo.
A NBR 6118 determina o uso desse parâmetro para estruturas a partir de 4 pavimentos.

Momento de 1ª Ordem Global Momento de 2ª Ordem Global

 Momento de 1ª ordem global é gerado pelas forças HORIZONTAIS e na situação da


estrutura Indeformada!
 Momento de 2ª ordem global é gerado pelas forças VERTICAIS e na situação da estrutura
deformada!

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O item 15.4.2 da NBR 6118:2014 permite classificar as estruturas da seguinte maneira:

 Estruturas de nós fixos - γz ≤ 1.10: os efeitos globais de 2ª ordem são desprezíveis e podem
ser desconsiderados (inferiores a 10% dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas,
permite-se considerar apenas os efeitos locais de 2ª ordem;
 Estruturas de nós móveis - γz >1.10: os efeitos globais de 2ª ordem são importantes
(superiores a 10% dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, deve-se
obrigatoriamente considerar tanto os esforços de 2ª ordem globais como os locais.

Figura 5 - Imagem Curso Estabilidade Global da QiSat

Na prática, recomenda-se limitar o Gama-z em 1.30 (Máx.) para estruturas de concreto armado.

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Caso o Gama-Z for igual ou inferior a 1,10 podemos DESABILITAR o processo P-Delta no Eberick.
Mas vamos fazer isso mais tarde!

6. COMO DIMINUIR OS DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS E GAMA-Z ?


6.1. VINCULAÇÃO DA FUNDAÇÃO

Figura 6 - Imagem blog AltoQi


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6.2. ROTACIONAR ALGUNS PILARES (VER O VÍDEO NO LINK: https://youtu.be/8_Arl_uFRXo)
6.3. AUMENTAR A RIGIDEZ DOS PILARES (AUMENTAR A SEÇÃO NA DIREÇÃO CRÍTICA);
6.4. PILAR-PAREDE (EX: ESCADAS, ELEVADORES, ETC);

7. DESAPRUMO (Imperfeições Geométricas Globais)

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PODEMOS DESABILITAR AINDA AS AÇÕES Q NÃO UTILIZAREMOS, COMO TEMPERATURA,
SUBPRESSÃO, ÁGUA, RETRAÇÃO E SOLO PARA ESSA EDIFICAÇÃO.

8. RECAPITULANDO A CONFIGURAÇÃO GERAL:


8.1. CONFIGURAÇÃO DO COEFICIENTE DE PONDERAÇÃO DO PESO PRÓPRIO PARA 1.3

8.2. ALTERAÇÃO DOS FATORES DE COMBINAÇÃO Ψ0, Ψ1 E Ψ2 (0.5; 0.4 E 0.3,


RESPECTIVAMENTE)

8.3. MODIFICAMOS O COBRIMENTO DOS ELEMENTOS (PILAR, VIGA E LAJE)

8.4. CONFIGURAMOS A AÇÃO DO VENTO

8.5. IMPORTÂNCIA DE CONTROLAR OS DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS

8.6. CONCEITOS DE ESTABILIDADE GLOBAL:

 EFEITOS DE 1ª ORDEM GLOBAL SÃO PROVENIENTES DOS CARREGAMENTOS HORIZONTAIS

 EFEITOS DE 2ª ORDEM GLOBAL SÃO PROVENIENTES DOS CARREGAMENTOS VERTICAIS

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 ESTRUTURAS DE NÓS FIXOS - γz ≤ 1.10: OS EFEITOS GLOBAIS DE 2ª ORDEM SÃO
DESPREZÍVEIS E PODEM SER DESCONSIDERADOS (INFERIORES A 10% DOS RESPECTIVOS ESFORÇOS
DE 1ª ORDEM). NESSAS ESTRUTURAS, PERMITE-SE CONSIDERAR APENAS OS EFEITOS LOCAIS DE 2ª
ORDEM;

 ESTRUTURAS DE NÓS MÓVEIS - γz >1.10: OS EFEITOS GLOBAIS DE 2ª ORDEM SÃO


IMPORTANTES (SUPERIORES A 10% DOS RESPECTIVOS ESFORÇOS DE 1ª ORDEM). NESSAS
ESTRUTURAS, DEVE-SE OBRIGATORIAMENTE CONSIDERAR TANTO OS ESFORÇOS DE 2ª ORDEM
GLOBAIS COMO OS LOCAIS.

8.7. SOLUÇÕES PARA DIMINUIR O GAMA-Z:


 ENGASTAR A FUNDAÇÃO
 ROTACIONAR ALGUNS PILARES;
 AUMENTAR A RIGIDEZ DOS PILARES;
 PILAR-PAREDE (EX: ESCADAS, ELEVADORES, ETC);

8.8. COMPARAR A AÇÃO DO VENTO X DESAMPRUMO:

 SE 30% DA AÇÃO DO VENTO FOR MAIOR QUE O DESAPRUMO, DESCONSIDERA O


DESAPRUMO.

 SE 30% DA AÇÃO DO DESAPRUMO FOR MAIOR QUE O VENTO, DESCONSIDERA O


VENTO.

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9. ANÁLISE ESTRUTURAL EM VIGAS:

VERIFICAÇÃO EM ELU:
TORÇÃO DE EQUILÍBRIO X TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE (Fonte: QiSuporte)

ANALISANDO A V1: (TORÇÃO DE EQUILÍBRIO)

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ANALISANDO A V2: (TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE)

CONFIGURAR A TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE DE VIGAS CHEGANDO EM OUTRAS VIGAS:


Os valores indicados para essa redução é de 60% a 90%.

ROTULAR A VIGA VS3 E VC3 PARA RETIRAR A TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE NA VIGA DE APOIO.

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AUMENTAR A LARGURA DA VIGA VC1 POR CONTA DA TORÇÃO DE EQUILÍBRIO.

VERIFICAÇÕES EM ELS:
ANÁLISE DAS DEFORMAÇÕES (Tabela 13.3 da NBR 6118:2014)

Para calcular a flecha diferida nas vigas deve selecionar a janela de “determinação das flechas no
pórtico”:

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No Eberick: Janela de dimensionamento das vigas  ALT+X (para ver as flechas)
Bolinha Azul: Flechas de 0 a 0,49 cm;
Bolinha Amarela: Flechas de 0,50 a 1,00 cm;
Bolinha Vermelha: Flechas acima de 1,01 cm.

APLICAR CONTRA-FLECHA:

Contra-flecha deve ser o


deslocamento IMEDIATO
RECALCULADO e não pode
ultrapassar o limite de L/350.

Vejo um post sobre CONTRAFLECHA em: https://www.instagram.com/eng.fabiokikuchi/

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APLICA A CONTRAFLECHA E PROCESSAR A ESTRUTURA NOVAMENTE:

AUMENTAR A ÁREA DE AÇO

Aumentando a área de aço, principalmente a armadura de compressão, diminui o coeficiente de


fluência e, consequentemente, a flecha diferida (final).

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Após alterar a quantidade de aço, não é necessário reprocessar a estrutura, pode verificar direto
deformação e repare que ouve uma redução no deslocamento.

O QUE É VARIAÇÃO EI IMEDIATO ??

É a diferença percentual entre os deslocamentos


imediatos dividido pelo deslocamentos imediatos
recalculados. Os valores são arredondados, por
isso as porcentagens são aproximados.

Veja os valores da variação EI imediato (%) ao


processar a estrutura com a análise linear
habilitado:

O QUE É VARIAÇÃO EI IMEDIATO ??

OBS.: VAMOS TRABALHAR NAS VIGAS DO PAVIMENTO SUPERIOR

É a diferença percentual entre os deslocamentos imediatos dividido pelo deslocamentos imediatos


recalculados. Os valores são arredondados, por isso as porcentagens são aproximados.

Veja os valores da variação EI imediato (%) ao processar a estrutura com a análise linear habilitado:

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Para diminuir esses valores % devemos realizar uma segunda iteração. Como?

Desabilitando a análise linear e deixando a “determinação das flechas no pórtico” habilitados,


conforme a figura abaixo:

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Veja os NOVOS valores da variação EI imediato (%):

Verifique que nessa 2ª iteração os valores reduziram. Vamos fazem a 3ª iteração agora:

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AGORA VAMOS VERIFICAR AS DEFORMAÇÕES DAS VIGAS BALDRAMES.

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Por mais que você faça inúmeras iterações para o cálculo das deformações, repare que os
deslocamentos da viga VB6 não convergem.

Caso alguma viga não se aproxime de 0% é porque há algo errado. A viga não tem estabilidade para
convergência da rigidez e deve-se aumentar a seção da viga.

CRITÉRIO DE ANÁLISE PARA DETERMINAÇÃO DOS DESLOCAMENTOS NO EBERICK

FLECHA DIFERIDA DEVIDO À FISSURAÇÃO

46.1.1. ANÁLISE ESTÁTICA LINEAR PARA ENCONTRAR O DESLOCAMENTO ELÁSTICO:

Passo 1  Atribuir uma rigidez aproximada dos elementos estruturais, considerando a redução de
inércia devido à fissuração;

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Passo 2  Agora é possível obter o deslocamento da estrutura. É através desse deslocamento
(Método dos Deslocamento) que o Eberick calcula os esforços (momentos, cortantes, etc) e assim,
obtêm-se as áreas de aço.

Obs.: Como foi feito uma “consideração” de redução de rigidez, os valores obtidos são
APROXIMADOS, ou seja, não são reais e sim, estimados (chutados).

46.1.2. ANÁLISE NÃO-LINEAR PARA ENCONTRAR O DESLOCAMENTO IMEDIATO:

Passo 3  Nessa etapa, o objetivo é determinação das flechas nas lajes e nos pórticos levando em
consideração o cálculo da fissuração – inércia equivalente.

Passo 4  Para calcular a “verdadeira” redução de inércia, ou seja, a tal da inércia equivalente,
deve-se aplicar a equação de Branson:

Passo 5  Entretanto, para aplicar essa formulação e achar a inércia equivalente, é necessário
atribuir uma área de aço. E qual área de aço eu devo considerar para cada elemento estrutural?
Vamos pegar “emprestado” a área de aço que achamos na ANÁLISE LINEAR (passo 2).

Passo 6  A partir da área de aço, conseguiremos encontrar um novo deslocamento para o pórtico
e consequentemente, novos esforços (momentos, cortantes, etc) e uma NOVA área de aço.

46.1.3. RE-CÁLCULO DA INÉRCIA EQUIVALENTE (DESLOCAMENTO IMEDIATO RECALCULADO)

Passo 7  Agora vamos utilizar essa NOVA área de aço e realizar o processo novamente:

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Calcular a inércia equivalente com essa NOVA área de aço para obter novos deslocamentos, novos
esforços e consequentemente, novas armaduras.

Esse é um processo iterativo, que teoricamente, deve ser feito até que haja uma convergência entre
esse deslocamento recalculado e o deslocamento anterior.

Essa variação de EI imediato é justamente a relação entre EI imediato / EI imediato recalculado


expresso em %.

O Eberick faz essa iteração somete 1 vez. Para se fazer as demais iterações, deve-se fazer a seguinte
consideração na hora de processar (figura ao lado)

CONSIDERAÇÃO DA MESA COLABORANTE - VIGA T

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APÓS ESSE PROCEDIMENTO DEVE-SE CALCULAR E VERIFICAR OS DESLOCAMENTOS.

10. ANÁLISE ESTRUTURAL EM PILARES

VAMOS UNIFORMIZAR AS BARRAS, CONFORME VISTO NO CURSO BÁSICO E DEPOIS ANALISAR O


PILAR P6:

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VEJA QUE ESSE PILAR ESTÁ COM 22 BARRAS DE 10mm.
COMO PODEMOS REDUZIR ESSE AÇO E REDISTRUIR OS ESFORÇOS NA ESTRUTURA?

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TRAVAR O PILAR DO PAV. TÉRREO NA MENOR DIREÇÃO PARA REDUZIR COM COMPRIMENTO DE
FLAMBAGEM. PROCESSE A ESTRUTURA E VEJA QUE REDUZIMOS O AÇO NOS PILARES. PORÉM,
AINDA HÁ MUITO AÇO NO PILAR DA COBERTURA.
VAMOS PROSSEGUIR DA SEGUITNE FORMA:

10.1. VINCULAÇÃO ROTULADA OU LIGAÇÃO FLEXÍVEL

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10.2. VINCULAÇÃO ENGASTADA OU LIGAÇÃO RÍGIDA

10.3. VINCULAÇÃO SEMI-ENGASTADA OU LIGAÇÃO SEMI-RÍGIDA

11. VERIFICAÇÃO DOS ESFORÇOS E DESLOCAMENTO NO PÓRTICO ESPACIAL

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12. QUANDO SEMI-ENGASTAR UMA LIGAÇÃO VIGA-PILAR OU ATÉ MESMO ROTULAR?
(Fonte: AltoQi)

O valor de redistribuição pode ser arbitrado pelo usuário de acordo com a sua necessidade, mas as
especificações normativas devem ser levadas em consideração ao determiná-lo. A NBR6118:2014,
em seu item 14.6.4.3 (Limites para redistribuição de momentos e condições de dutilidade), define
que o coeficiente de redistribuição δ deve ser designado observando a deslocabilidade da estrutura,
o que pode ser feito por meio do coeficiente γz. O coeficiente δ é o quociente entre o momento
fletor de cálculo após efetuar a redistribuição e o momento fletor de cálculo na condição engastada
e segue os seguintes valores:

Desta maneira, se a estrutura for considerada como de nós fixos (γz ≤ 1.10), é possível adotar uma
redistribuição de até 25%, enquanto que, caso seja considerado como de nós deslocáveis (γ z > 1.10),

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a redistribuição não deve ultrapassar os 10%. De todo modo, caso o usuário queira aplicar uma
redistribuição maior do que a especificada no item 14.6.4.3 da NBR6118:2014, deve-se verificar a
capacidade de rotação plástica na região onde foi efetuada a redistribuição, procedimento
especificado no item 14.6.4.4 da mesma norma.

Este mesmo item indica que caso os valores de x/d (posição da linha neutra/altura de cálculo)
atendam certos limites, pode ser dispensada a verificação da capacidade de rotação plástica, de
modo que o usuário poderá arbitrar um valor qualquer de redistribuição. Isso ocorre pois, quanto
menor for o valor de x/d, menor será a área de concreto comprimido e maior será a contribuição
do aço na resistência da peça, que, por ser um material mais dúctil que o concreto, permite uma
maior redistribuição dos esforços. Neste caso, deve-se realizar a verificação viga a viga.

NO EBERICK: Na Janela de dimensionamento Vigas da cobertura: Selecione a VC2  Botão


Relatórios  Cálculo detalhado

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CÁLCULO DETALHADO: DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA NEGATIVA

A numeração dos NÓS é sempre no sentido da setinha da viga, ou seja, da esquerda para a direita.

MEMÓRIA DE CÁLCULO:

𝑦𝐿𝑁 3.27
𝑥 ( 0.8 ) ( 0.8 )
= = = 0.1277
𝑑 𝑑 32

 Se x/d for menor ou igual a 0.25  podemos reduzir a rigidez da ligação viga-pilar em
qualquer valor.

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 Se x/d for maior que 0.25  Devemos respeitar a redução da ligação viga-pilar conforme a
norma:
 Estrutura de nós fixos: podemos reduzir no máximo em 25%
 Estrutura de nós móveis: podemos reduzir no máximo em 10%

1. Clique duas vezes na viga VC2 no croqui e aperte no botão “Modelo...”


2. Mude o vínculo inicial* para semi-rígido

*Cada trecho de viga possui um vínculo inicial (esquerda) e um vínculo final (direita) – Ver o sentido
da seta

3. Selecione a janela “Permitir redução na rigidez diferente da configurada”


4. Atribua um valor de redução permitido.

FAÇA O MESMO PROCEDIMENTO PARA A LIGAÇÃO DA VIGA VS2 COM O PILAR P6 NO PAV.
SUPERIOR.

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FAZER A MESMA SOLUÇÃO DO P6 PARA O PILAR P7

PILAR P12: MOMENTO NA BASE DO DO ARRANQUE COM A SAPATA DE DIVISA

Ver o vídeo: https://youtu.be/-lOdwG9tT8Q

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13. ESBELTEZ EM PILARES (SOLUÇÃO DO P15)

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NA PRÁTICA: COMO IDENTIFICAR E SOLUCIONAR A FLAMBAGEM NOS PILARES?

NO EBERICK: Janela Edificação  pilares em prumada  selecione o pilar P15  aba “escalas”.

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COMO O PROGRAMA CONSIDEROU O COMPRIMENTO DE FLAMBAGEM DESSE PILAR P14?

14. CARGA NEGATIVA EM PILARES (Fonte: QiSuporte)

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EFEITO ALAVANCA

EFEITO PÓRTICO (DIFERENÇA RIDIGEZ DAS VIGAS)

QUANTO PODEMOS HABILITAR A OPÇÃO DE “PERMITIR CARGA NEGATIVA EM PILARES” ?

Link com a https://www.instagram.com/p/CHiRM00D_7y/


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RESUMO DA ANÁLISE DO PILARES:

 SE A ESTRUTURA FOR DE NÓS FIXOS (GAMA-Z MENOR/IGUAL A 1.10) PODEMOS REDUZIR A


LIGAÇÃO VIGA-PILAR EM ATÉ 25%

 SE A ESTRUTURA FOR DE NÓS MÓVEIS (GAMA-Z MAIOR DO QUE 1.10) PODEMOS REDUZIR A
LIGAÇÃO VIGA-PILAR EM APENAS 10%

 SE A RELAÇÃO x/d FOR ABAIXO DE 0,25 PODEMOS REDUZIR A RIGIDEZ DA LIGAÇÃO A


QUALQUER VALOR (30%, 40%, 80, 90 E ATÉ MESMO 100% - LIGAÇÃO ROTULADA)

 DIFERENÇA DE MOMENTOS EM PILARES

 GERALMENTE OS MOMENTOS APLICADOS NA DIREÇÃO DE MENOR INÉRCIA DOS PILARES


GERAM MAIS AÇO.

 CRITÉRIOS DE ESBELTEZ EM PILARES

 CARGAS NEGATIVAS EM PILARES

15. ANÁLISE ESTRUTURAL EM LAJES


Para calcular a flecha diferida nas vigas deve selecionar a janela de “determinação das flechas nas
lajes”:

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ANÁLISE DAS DEFORMAÇÕES (Tabela 13.3 da NBR 6118:2014)

No Eberick: Janela de dimensionamento das lajes  ALT+x

SOLUÇÕES USUAIS:

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1ª SOLUÇÃO: contraflecha (deve ser o
deslocamento imediato, porém não pode
ultrapassar o limite de l/350)

Lembrando que não é possível aplicar


contraflecha no eberick para as lajes. Isso
deverá ser feito manualmente no autocad.
Também, no Eberick, não é possível aumentar a
área de aço para reduzir os deslocamentos.

2ª SOLUÇÃO: ENGASTAR LAJES ADJACENTES

OUTRAS SOLUÇÕES:
 EDIÇÃO DAS BARRAS DA GRELHA
 AUMENTAR A RIGIDEZ DAS VIGAS QUE APOIAS AS LAJES

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ANÁLISE DINÂMICA DAS LAJES:

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UTILIZANDO O TRPROT PARA VEFICAR AS DEFORMAÇÕES:

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Uma solução é efetuar uma contraflecha de L/350, sendo L=469cm, então: 1.34 cm (eu arredondaria
para 1,5cm).

Outra solução é trabalhar no engastamento entre lajes:

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16. ANÁLISE ESTRUTURAL EM ESCADAS
16.1. CONDIÇÃO DE APOIO NAS ESCADAS

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ANÁLISE DAS DEFORMAÇÕES (Tabela 13.3 da NBR 6118:2014)

No Eberick: Janela de dimensionamento das escadas  ALT+x

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17. ANÁLISE ESTRUTURAL EM SAPATAS
17.1. BULBO DE TENSÕES

SOBREPOSIÇÃO DE TENSÕES DO BULBO DE PRESSÃO

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Video execução de SPT: https://youtu.be/H0G-X3Vlohw

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CONFIGURAR A TENSÃO DO SOLO:

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INTERAÇÃO SOLO ESTRUTURAL COM A SAPATA DO PILAR P5

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DEVE-SE FAZER VÁRIAS INTERAÇÕES ATÉ DIMENSÃO DA SAPATA CONVERGIR.

VERIFICAÇÃO DOS RECALQUE DA SAPATA S5:

PLANILHAS COMPRADAS DO SITE: https://www.sitengenharia.com.br/

17.2. SOLUÇÕES PARA SAPATAS DE DIVISA


17.2.1.1. VIGA DE EQUILÍBRIO OU ALAVANCA

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Vejo video sobre várias soluções para sapata de divisa: https://youtu.be/-lOdwG9tT8Q

Como lançar bloco ou sapata de divisa no eberick:

https://www.instagram.com/tv/CLsaAT8jeye/?utm_source=ig_web_copy_link

Como lançar bloco ou sapata de CANTO no eberick:

https://www.instagram.com/tv/CLt9WFVD-Jl/?utm_source=ig_web_copy_link

18. ANÁLISE ESTRUTURAL EM BLOCOS DE FUNDAÇÃO

Após alterar a fundação para bloco de um pilar, vamos copiar o bloco para os demais pilares
através do comando de copiar dados:

No início desse vídeo mostro como faz para mudar a fundação de sapatas para blocos:
https://youtu.be/oHnf-Q_naRo

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INTERPRETANDO O LAUDO DE SONDAGEM TÍPICO DE FUNDAÇÃO PROFUNDA:

Modelagem das estacas considerando o confinamento no solo (coeficientes de reação


horizontal):

https://www.instagram.com/p/CDJ00vLD_mU/?utm_source=ig_web_copy_link

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Item 8.2.1.2 da NBR 6122:2019

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TRAVAMENTO DOS BLOCOS DE COROAMENTO COM VIGAS BALDRAMES, EXEMPLO:

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DIMENSIONANDO A ESTACA DO P9 PARA RESISTIR ESFORÇOS DE MOMENTOS E CORTANTE:

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18.1. Menu  Estrutura  configurações  projeto  dimensionamento  aba blocos 
propriedades

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