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Magnum Eltz
Gerenciamento de
resíduos sólidos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste texto, você vai analisar conceitos, tecnologias e desafios no geren-
ciamento de resíduos sólidos. Os resíduos sólidos são gerados por todos
nós, que somos responsáveis pela sua separação e pela participação na
coleta seletiva. Você vai estudar, além da coleta seletiva, que é um dos
instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, outros princípios
importantes para a gestão dos resíduos.
De acordo com o Senado Federal (BRASIL, 2018), os cerca de 7 bilhões de seres humanos
espalhados pelo mundo produzem anualmente 1,4 bilhão de toneladas de resíduos
sólidos urbanos (RSU), o que gera em média de 1,2 kg por dia per capita. Quase a
metade desse total é gerada por menos de 30 países, os mais desenvolvidos do mundo.
Se o número parece assustador, um cenário ainda mais sombrio é traçado por estudos
da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial: daqui a 10 anos, serão
2,2 bilhões de toneladas anuais. Na metade deste século, se o ritmo atual for mantido,
teremos 9 bilhões de habitantes e 4 bilhões de toneladas de lixo urbano por ano.
Segundo a ABNT (NBR 10.004/2004), os resíduos sólidos são resíduos nos estados sólidos
e semissólidos que resultam de atividades da comunidade. Essas atividades são de
origem industrial, doméstica, de serviços de saúde, comercial, agrícola, de serviços e de
varrição. Consideram-se também resíduos sólidos os lodos provenientes de sistemas
de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle
de poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável
o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpo d’água, ou exijam, para isso,
soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004).
Mas como esses dois objetivos podem ser atingidos? Basicamente, eles
podem ser atingidos coma redução da geração de resíduos sólidos, promovendo
o reaproveitamento por meio da reciclagem e da reutilização de materiais (com
artesanato, por exemplo). Temos com isso uma série de benefícios, que incluem:
A Lei nº. 12.305/2010, em seu artigo 10, incumbe ao Distrito Federal e aos
municípios a gestão integrada dos resíduos sólidos gerados nos respectivos
territórios, sem prejuízo das competências de controle e fiscalização dos
órgãos federais e estaduais do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente),
do SNVS (Sistema Nacional de Vigilância Sanitária) e do Suasa (Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária). Também incumbe ao ge-
rador do resíduo sólido a responsabilidade pelo gerenciamento de resíduos
(BRASIL, 2010).
Gerenciamento de resíduos sólidos 7
Coleta seletiva
A coleta seletiva é a forma de gestão dos RSU mais utilizada no Brasil. Ela
consiste em um mecanismo de recolha dos resíduos, os quais são classificados
de acordo com sua origem e depositados em contentores indicados por cores.
Dessa forma, os materiais que podem ser reciclados são separados do lixo
orgânico (restos de carne, frutas, verduras e outros alimentos). O lixo orgâ-
nico é descartado em aterros sanitários ou usado para a fabricação de adubos
orgânicos (BARBOSA, 2014), conforme veremos mais adiante neste capítulo.
A Resolução CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº. 275,
de 25 de abril de 2001, estabeleceu um código de cores para diferentes tipos de
resíduos na coleta seletiva. No padrão das cores dos contentores, os materiais
que cada um deles recebe são (BRASIL, 2001):
Redução da geração
de resíduos Reutilização dos
resíduos
Reciclagem dos
resíduos Destino Final
correto
Reciclagem
https://goo.gl/D9Mxkp
10 Gerenciamento de resíduos sólidos
(a)
(b)
(a)
(b)
(c)
Levando-se em conta que mais da metade dos resíduos sólidos urbanos gerados no
Brasil são orgânicos, a compostagem apresenta diversas vantagens, como, por exemplo,
a economia do aterro sanitário, o aproveitamento agrícola da matéria orgânica, a
reciclagem de nutrientes para o solo e a eliminação de agentes patogênicos. Além
disso, é considerado um processo ambientalmente seguro.
Existem dois métodos de compostagem:
método natural: o material é disposto em pilhas e a aeração é realizada por revol-
vimentos periódicos; o tempo de compostagem varia entre 4 a 6 meses;
método acelerado: a aeração é forçada por tubulações perfuradas ou em reatores
rotatórios; o tempo de compostagem varia de 2 a 3 meses.
https://goo.gl/oq9MK1
Leituras recomendadas
IBRAHIN, F. I. D. Análise ambiental: gerenciamento de resíduos e tratamento de efluen-
tes. São Paulo: Érica, 2015.
NASCIMENTO NETO, P. Resíduos sólidos urbanos: perspectivas de gestão intermunicipal
em regiões metropolitanas. São Paulo: Atlas, 2013.
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