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Descarte de resíduos sólidos e percepção


de residentes em Comunidades Ribeirinhas
da Amazônia Marajoara

Manolo Cleiton Costa de Freitas José Anderson do Monte Rodrigues


UFPA UFPA

Ana Carolina Gomes de Albuquerque de Leandro Marques Correia


Freitas UFCA
UFPA

10.37885/211207007
RESUMO

A presente pesquisa teve como tema o descarte dos resíduos sólidos em comunidades
rurais do município de Breves-Pará, sendo sua contribuição social voltada ao levanta-
mento de dados referente ao destino do lixo gerado na zona rural, além de investigar o
conhecimento prévio que os moradores trazem consigo a respeito das consequências do
descarte inadequados desses resíduos na natureza. Dessa forma, esta pesquisa almeja
alertar as autoridades do município de Breves-Pará acerca do destino inadequado que
determinadas comunidades rurais dão aos resíduos produzidos em domicilio, sendo
responsabilidade do poder público coletar e dar o destino correto para tal material. Os en-
trevistados apresentaram desinformação acerca do destino correto do seu lixo, princi-
palmente, desconhecem as possíveis consequências geradas pelo descarte incorreto
do lixo. Portanto, não forem tomadas medidas rigorosas por partes dos governantes e
secretarias competentes, como oferecer à população da área a coleta de resíduos sólidos
adequados, de forma a suprir as suas necessidades sanitárias, com o passar dos anos
a área alcançará um grau elevado de insalubridade ambiental/sanitária podendo afetar a
atividade econômica (trabalho) e, até mesmo, a expectativa de vida dos cidadãos da área.

Palavras-chave: Resíduos Sólidos, Destino do Lixo, Comunidade Ribeirinha.

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INTRODUÇÃO

Em geral, relacionam-se os problemas ambientais e de saúde pública, tanto no meio


urbano quanto no meio rural, sendo um exemplo, o descarte inadequado de resíduos sólidos
- (RSs) gerados pela parcela pobre das populações humanas. Entretanto, a problemática dos
resíduos sólidos não é uma exclusividade daqueles que sobrevivem com baixa renda, que
não possuem hábitos saudáveis e ecológicos. Além disso, cabe ressaltar que tal problema
atinge todos os níveis sociais, econômicos e educacionais (ARAÚJO, PIMENTEL, 2016).
Contudo, os grandes avanços tecnológicos alcançados pela humanidade, acompanha-
do pelo crescimento populacional humano, resultou no aumento do consumo de produtos
industrializados e tecnológicos, tais como: televisores, rádios, geladeiras, fogões e uma
infinidade de utensílios que praticamente se tornaram indispensáveis para vida moderna.
Com efeito, é possível notar que nos últimos anos, esses avanços geraram uma diversidade
de resíduos sólidos (lixo), que precisam de tratamento adequado ao ser descartado, com
finalidade de se evitar problemas ambientais e de saúde pública (SANTOS, SILVA, 2011).
Segundo Pinheiro et al. (2018), para suprir a necessidade de consumo da população,
devido ao crescente do número de pessoas, gera-se um aumento da exploração dos recursos
naturais. Logo, vale ressaltar que a prática de exploração e principalmente o consumismo
resultam na geração de resíduos, que descartados de forma incorreta, podem degradar o
meio ambiente. Além disso, todo material sendo durável ou não gera RSs, sendo compreen-
dido como um material que já não possui valor para quem adquiriu.
Para Araújo e Pimentel (2016), o conhecimento das causas e consequências do acú-
mulo de lixo em regiões rurais, sejam elas afastados ou não das cidades, é fundamental,
pois é por meio destes dados que o poder público poderá tomar providências cabíveis,
tendo em vista as diferentes realidades da zona rural. Além disso, novas políticas públicas
poderão ser implementadas com a finalidade de atender essas diferentes realidades, como
a problemática do descarte de RSs por moradores da zona rural.
Esta pesquisa surge como parte de um questionamento: Qual a destinação de resíduos
sólidos por comunidades ribeirinhas do município de Breves-Pará?; Quais os conhecimentos
básicos que os residentes destas comunidades têm sobre as consequências do descarte
inadequado dos resíduos sólidos gerados por eles?.
Diante dos questionamentos, realizados anteriormente, o desenvolvimento deste tra-
balho se faz necessário, pois pesquisas voltadas para temática da educação ambiental são
de suma importância para sociedades contemporâneas. Tendo em vista que a educação
ambiental é essencial na vida do homem por ser mais do que apenas ensino de conceitos
ecológicos. Ela deve ser compreendida como uma educação direcionada a conscientizar e

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a sensibilizar pessoas sobre as questões ambientais, tais como: o descarte inadequado de
resíduos sólidos, gerando poluição ambiental.
Além disso, a mesma esclarece como certas atitudes inconsequentes de uma parcela
da população afetam o equilíbrio do meio ambiente, prejudicando o presente e as gerações
futuras (MIRANDA, SOUZA, 2012).
A pesquisa teve como objetivo realizar o levantamento de dados sobre a destinação
dos RSs produzidos por três comunidades ribeirinhas pertencentes ao Município de Breves-
Pará. Nesse sentido, pretendem-se identificar se há a prática do descarte incorreto de RSs
e suas consequências e causas principais no entorno dessas comunidades. Bem como,
apontar o conhecimento prévio dos residentes das comunidades, acerca dos possíveis
problemas relacionados ao descarte inadequado de resíduos, e quais são as atitudes que
o poder público vem tomando em relação a tal problemática ambiental e de saúde pública.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Resíduos sólidos e lixo

Os RSs apresentam-se como uma problemática com acelerada evolução temporal e


que necessita de ser sempre discutida e refletida pelas gerações futuras.
O descarte inadequado desse material no meio ambiente provoca inúmeros impac-
tos ambientais para os ecossistemas. De acordo com a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), conceitua-se RSs como:

[...] resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de


origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de
varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistema
de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de
água [...] (ABNT, 2004).

Portanto, o lixo pode ser considerado como um resíduo sólido por apresentar as ca-
racterísticas mencionadas acima (HOLZER, 2012).
Dessa forma, o lixo é definido como sendo os restos produzidos por atividades humanas
e que não possui mais utilidade para seus geradores, sua classificação dar-se de acordo
com sua origem de sua produção, isto é, em diversos locais como domicílio, comércios,
indústrias, hospitais e setores especiais, segundo ABNT (1987), o lixo é classificado:
Lixo doméstico ou domiciliar – produzido essencialmente nas residências, constituin-
do-se basicamente de restos de alimentos, jornais e revistas, embalagens diversas, papel
higiênico e fraldas. 2515
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Lixo comercial – gerado por diversos setores do comércio, por exemplo, supermerca-
dos, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes e etc. A composição deste lixo
é em geral constituída por plásticos e embalagens em geral.
Lixo público – este é produzido no serviço público de limpeza pública, isto é, varrições
de rua e de espaços públicos, tais como, praças, feiras livres, praias e etc.
Lixo industrial – considerado o mais poluente, é oriundo dos diversos ramos da indús-
tria, sendo formado por lodos, cinzas, resíduos químicos de caráter básico e ácido, papeis,
plásticos, restos de metais, vidro, cerâmica e etc.
Lixo hospitalar – é gerado pelos hospitais, laboratórios, clínicas e farmácias. Constitui-se
basicamente de agulhas, seringas, garrotes, frascos de soro e uma infinidade de utensílios.
Cabe ressaltar que até mesmo materiais radioativos fazem parte do lixo hospitalar, oriundos
de equipamentos de Raio – X por exemplo.
Lixo especial – proveniente da construção civil e da agricultura, constitui-se de restos
de obras e demolições e embalagens de produtos agrícolas, retos de colheitas e etc.
Dessa forma, de acordo com a classificação e origem do lixo, seu descarte deve ser
adequadamente para evitar impactos significativos no meio ambiente. Ao ser descartado
inadequadamente é considerado o causador de graves problemas ambientais, seu volume
vem a cada dia se elevando, principalmente nos centros urbanos, chegandoa atingir quan-
tidades impressionantes (HOLZER, 2012).
De acordo com Mattos e Granatto (2005), a geração de lixo é um problema mundial,
sendo o cerne da seguinte questão: qual o destino ao ser dado para tanto lixo gerado. Dessa
forma, a coleta e o depósito final do lixo estão entres os mais importantes serviços de saúde
pública e bem-estar da sociedade em geral.
As consequências ocasionadas pelo descarte inadequado do lixo são a disseminação
de vetores de doenças à contaminação de águas subterrâneas por meio do chorume, isto é,
líquido de aspecto escuro, altamente tóxico, proveniente da decomposição dos resíduos de
natureza orgânica do lixo. Portanto, essa é a grande justificativa dada pela enorme preocu-
pação dos municípios com o tratamento e principalmente ao destino dado ao seu lixo, sendo
criado lixões e aterros sanitários como forma de armazenar o lixo produzido (HOLZER, 2012).

Lixões

Os lixões são locais destinado ao armazenamento final do lixo gerado por uma de-
terminada população, esses espaços, a céu aberto, geralmente não apresentam nem uma
medida de proteção ao meio ambiente ou até mesmo a saúde pública. Para Ferreira (2011),
esses espaços são verdadeiros reservatórios de vetores de doença, no qual ocasionam total

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desequilíbrio ecológico e condenam área no qual está inserida a morte, pois jamais poderão
ser reutilizadas.
Esses locais, lixões, são descartados diversos componentes eletrônicos, tais: como
televisores danificados e até mesmo pilhas e baterias, este último pode ocasionar danos
irreparáveis para a natureza, pois os resíduos químicos oriundos dos componentes desses
materiais são tóxicos devido a presença de metais pesados (DIONYSIO, DIONYSIO, 2010).
Desta forma, a alternativa tecnológica mais eficaz para minimizar os impactos causados
pela geração de lixo é a coleta seletiva e a reciclagem, pois é considerada uma alternativa
ambientalmente correta e sustentável. Além disso, contribui significativamente para redução
da entrada de resíduos nos aterros sanitários e lixões (MEDEIROS, 2015).

Coleta seletiva

Define-se como coleta seletiva toda ação de separação de materiais recicláveis de


não recicláveis, tal como: papeis, vidros e orgânicos. Dessa forma, o envio para reciclagem
torna-se mais eficaz e otimizado. Além disso, coleta seletiva é considerada uma prática
ambientalmente correta. Assim sendo, necessária sua implementação em todas as cidades.
Pois, é uma grande aliada na redução da problemática do lixo. Diante disso, a conscientiza-
ção da população é fundamental seguida sensibilização da sociedade como todo para que
haja mudança no hábito de produção e destino do lixo gerado em domicilio.

Reciclagem

De acordo com Richter (2014), considera-se como reciclagem todo processo de rea-
proveitamento de qualquer material, reaproveitando-o para outras finalidades. Cabe res-
saltar que este processo pode ser realizado de maneira artesanal ou industrial. Richter
(2014), afirma que:

O processo de reciclagem é considerado como a alternativa ambientalmente


mais viável para solucionar a problemática da destinação do lixo, pois com o
crescimento populacional cada vez mais crescente fica cada vez mais difícil
dar um destino correto para o lixo produzido, pois não há locais adequados
para construção de aterros sanitários e lixões. Além disso, a vida útil dessas
áreas é curta. (RICHTER, p. 28, 2014)

Entre as diversas vantagens relacionada a reciclagem, destaca-se a geração de empre-


go pois o material deve ser coletado e separados por pessoas que transformam em outros
materiais que são vendidos (RICHTER, 2014).

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Contudo, a Educação Ambiental atrelada às questões de Reciclagem e, sobretudo
fundamental para o entendimento e prática de pequenas ações consideradas simples, mas
que até então, passavam despercebidas pela sociedade (HOLZER, 2012).

MÉTODO

Local do estudo

O estudo ora apresentado foi desenvolvido em três comunidades rurais, a saber: São
Francisco, Santa Maria e Palmar, todas localizadas no rio Aranaí (0°51’14.8”S 51°01’12.3”W)
pertencente ao Município de Breves-Pa (figura 1). O público alvo desta pesquisa foram os
próprios moradores das comunidades, com faixa etária compreendida de 10-50 anos. Além
disso, no estudo em questão, optou-se pela abordagem da pesquisa de campo de natureza
quantitativa para análise dos dados.

Figura 1. Limites territoriais do município de Breves – Ilha do Marajó. Mapa da Fonte: https://www.embrapa.br/amazonia-
oriental/napt-marajo.

Coleta e seleção de informações

Segundo Gil (2002), a abordagem da pesquisa de campo tem com finalidade buscar
o aprofundamento de uma realidade específica. Portanto, foi realizada por meio de obser-
vações, sejam elas diretas ou indiretas, da rotina do grupo a ser estudado e de coletas de
informações, entrevistas ou questionários, com informantes para obter os questionamentos
e possíveis explicações e interpretações do que ocorrem nas três comunidades.

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Para atingir o objetivo dessa pesquisa, empregou-se como instrumento de coleta
de dados do questionário, no qual foi elaborado com 14 perguntas, sendo questões de
múltiplas escolhas.
As questões foram elaboradas para obter-se o maior número de informações sobre
os dois aspectos centrais na pesquisa. Assim, as questões estão descritas no Quadro 1.

Questões Alternativas de respostas


1. Existem algum tipo de coleta de lixo em sua comunidade? ( ) Não. ( ) As vezes. ( ) Sim.
( ) Descarto no rio.
( ) Queimo.
( ) Enterro em um local isolado.
2. Qual o destino que você dá para o lixo produzido em sua casa?
( ) Queimo e enterro o restante.
( ) Descarto em uma região de mata fechada.
( ) Outros.
3. Você possui o hábito de separar o lixo por tipo, por exemplo, orgânico (restos
( ) Não. ( ) As vezes. ( ) Sim.
de comida), metal, plástico, papel, vidro etc.?
( ) Não separo.
( ) Queima.
4. Se você separa o lixo, qual a destinação para o lixo orgânico (restos de alimen-
( ) Reutiliza.
to)?
( ) Enterra.
( ) Outros:
( ) Não separo.
( ) Queima.
5. Se você separa o lixo, qual a destinação para o lixo cortante (vidro e metais)? ( ) Reutiliza.
( ) Enterra.
( ) Outros:
( ) Não.
6. Você alguma vez já descartou no lixo doméstico pilhas ou baterias usadas e
( ) Talvez.
medicamentos (remédios) vencidos?
( ) Sim.
( ) Não.
7. Você sabe quais são os possíveis problemas causados pelo descarte desses
( ) Talvez.
materiais (pilhas, baterias e remédios) no lixo comum?
( ) Sim.
( ) Não.
8. Você já ouviu falar sobre Educação Ambiental? ( ) Acho que já.
( ) Sim.
( ) Nunca ouvi.
( ) Na TV.
( ) Algum familiar em casa.
9. Em que momento você ouviu falar sobre Educação Ambiental?
( ) Internet.
( ) Em uma palestra.
( ) Na escola.
10. Você tem noção dos impactos que podem causar ao meio ambiente o des- ( ) Sim.
carte de lixo a céu aberto? ( ) Não.
( ) Nunca falei.
11. Você fala ou já falou para seus familiares sobre a importância de não jogar
( ) As vezes falo.
lixo no chão ou em algum lugar que não seja a lixeira?
( ) Sempre falo sobre isso.
( ) Dos pais.
12. Você acredita que a obrigação de se falar sobre o assunte de preservação do ( ) Dos professores.
Meio Ambiente para as crianças e adolescentes é de quem? ( ) De pais e professores.
( ) Da SEMMA.
13. Você acha que se fossem realizadas, através de um programa de Educação
( ) Não.
Ambiental na comunidade, palestras sobre o correto descarte de resíduos
( ) Talvez.
sólidos resolveria a problemática do descarte incorreto do lixo sólido em sua
( ) Sim.
comunidade?
( ) Não.
14. Você participaria e/ou incentivaria a participarem de palestras, oficinas,
( ) Talvez.
cursos, etc, sobre o correto descarte de resíduos sólidos em sua comunidade?
( ) Sim.

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Neste sentido, o questionário por meio de entrevistas, caracteriza-se pela possibilidade
de ampliar conhecimentos e experiências, mediante o uso de perguntas dirigidas a pessoas
ligadas diretamente ao fenômeno estudado (GIL, 2002).
Contudo, a análise e interpretação dos dados obtidos mediante a aplicação dos ques-
tionários, deu-se através da elaboração de gráficos, quadros e porcentagens.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Análise das informações coletas junto às entrevistas realizadas foram organizadas


em forma de gráfico, isto é, a tabulação do questionário aplicado aos responsáveis pelas
residências, onde verificar quais as diretrizes a serem tomadas quanto ao manejo do lixo.

Diagnóstico da destinação de Resíduos Sólidos nas comunidades

O diagnóstico da destinação dos RSs nas comunidades estudadas, pôde ser investigado
a partir das questões de 1 a 7. Os dados obtidos foram compilados e expressos através de
gráficos produzidos com o auxílio do programa Microsoft Excel.
Os sujeitos atores da pesquisa ao serem questionados sobre a existência de alguma
forma de coleta de lixo (Questão 1), obteve-se como resultados, como é possível observar
no gráfico ilustrado na Figura 2, que 62% relataram não existir nenhuma forma, 24% afir-
maram que as vezes existe tal coleta, e 14% alegaram existir alguma forma de coleta de
lixo na comunidade.

Figura 2. Gráfico referentes as respostas da questão 1.

Ao ser abordado o tema destino do lixo gerado no meio rural, é necessário levar em
conta que essas regiões são menos povoadas, sendo caracterizadas pela deficiência de
serviços públicos de limpeza e saneamento (ROVERSI, 2013).
Os dados encontrados para as comunidades não são diferentes de outros estudos,
como o desenvolvido por Roversi (2013), relatou que os dados relativos à coleta de lixo na
zona rural, sempre demonstram a inexistência desse serviço, fazendo com que a população

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realize o descarte de forma inadequada do lixo ao meio ambiente, tais como: queimando,
enterrando e lançando em regiões de mata fechada.
A segunda questão foi realizada para verificar qual a destinação dos RSs, quando não
há coleta de lixo. Logo, com base nos dados apresentados no gráfico ilustrado na Figura 3,
pode-se observar que 30% dos entrevistados disseram queimar e enterrar o restante, 28%
descartaram em uma região de mata fechada, 22% dos moradores afirmaram descartar
no rio, e 16% dos moradores queimam seus resíduos em terrenos baldios e 4% declaram
outros destinos dado ao lixo.
O maior percentual encontrado é preocupante, pois pode liberar gases poluentes para
atmosfera. Além disso, o lixo pode poluir o ar, por meio da queima não controlada do
mesmo e até poluir de maneira visual, quando não é disposto adequadamente (DEBONI,
PINHEIRO, 2010).

Figura 3. Gráfico referentes as respostas da questão 2.

A segunda maior destinação dos RSs, Descarto em uma região de mata fechada
(28%), pode acarretar outros problemas ao meio ambiente, tais como: a contaminação das
águas e do solo.
Tal situação gera condições favoráveis ao aparecimento de vetores como ratos, baratas,
moscas e mosquitos, além de aglomerações de animais (cachorros e urubus) e silvestres
(serpentes), além de possibilitar a contaminação do solo, consequentemente, dos lençóis
freáticos pelo chorume (líquido proveniente de composição/lavagem do dos resíduos orgâ-
nicos e não orgânicos).
Na terceira questão foi verificado se há hábito de separação do lixo pelos ribeirinhos
das comunidades estudadas. A partir dos dados obtidos (Figura 4), verificou-se que 58% dos
entrevistados afirmaram “Não” separa o lixo para o descarte correto. Dessa forma, torna-se
um fator preocupante, devido as formas inadequadas de armazenamento do lixo, principal-
mente, associadas ao descarte inadequado, pode haver contaminação das águas, provocan-
do o aumento de doenças de veiculação hídrica para as comunidades estudadas. Também,

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observou-se que 40% dos entrevistados alegaram “Às vezes” separam de forma correta o
lixo produzido e 2% declararam (sim), que existem outras formas de separação do lixo.

Figura 4. Gráfico referentes as respostas da questão 3.

Para tanto, a Educação Ambiental é um processo de educação, responsável por formar


indivíduos preocupados com os problemas ambientais e que busquem a conservação e pre-
servação dos recursos naturais e a sustentabilidade, considerando a temática de forma holís-
tica, ou seja, abordando os seus aspectos econômicos, sociais, políticos, ecológicos e éticos.
Dessa forma, ela não deve ser confundida com ecologia, sendo, esta, apenas um
dos inúmeros aspectos relacionados à questão ambiental. Portanto, falar sobre Educação
Ambiental é falar sobre educação acrescentando uma nova dimensão: a dimensão am-
biental, contextualizada e adaptada à realidade interdisciplinar, vinculada aos temas am-
bientais e globais.
Os resultados das questões de 4 e 5, foram no gráfico ilustrado na Figura 5.

Figura 5. Gráfico referentes as respostas da questão de 4 e 5.

Observando-se o resultado para a quarta questão, verifica-se que foram assinaladas


apenas duas alternativas. A maior assinalação foi para a resposta “Outros” (64%) e a me-
nor foi “Não separa” (36%). A destinação indicada foi utilizar os resíduos (restos alimenta-
res) na alimentação de animais, que é uma prática muito recorrente em comunidades da
região amazônica.
A expressão restos alimentar é empregada para os resíduos orgânicos provenientes
do preparo de alimento humano, ou seja, na cozinha da residência, ou em qualquer outro
tipo de estabelecimento.
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Os resíduos orgânicos são encontrados em grande quantidade nos RSs de domicílios,
em proporções relevantes, tais como 65% dos orgânicos totais, sendo a demais proporção
considerada orgânicos não alimentares. Cabe ressaltar que orgânicos não alimentares são
os constituídos por folhas e galhos de árvores, restos de poda e outras infinidades de coisas
que representa 35% (VIANA et al., 2006).
Para Filho et al. (2012), considera-se lixo orgânico todo resto de comida em geral,
cascas de frutas, casca de ovo, folhas, caule, pó de madeiras, etc. Esses, são os exemplos
mais conhecidos de materiais orgânicos.
Além disso, uma das possíveis utilização dessa forma de lixo, além da alimentação de
animais, é a compostagem por ser eficaz no processo de biodegradação controlada desse
material orgânico, no qual transforma os RSs em compostagem. Cabe ressaltar que essa
biodegradação ocorre na presença de oxigênio proveniente do ar.
Na quinta questão, os entrevistados foram questionados sobre a destinação do lixo
cortante, tais como: metais e vidros. De acordo com o observado no gráfico da Figura 5,
observa-se que 40% afirmaram que “Enterra”, 24% afirmam dar “Outro” destino ao lixo, 18%
alegaram queima-lo, seguida de 18% que “Não separa” e descarta de maneira geral.

Avaliação sobre a percepção ambiental dos ribeirinhos

As questões 6 e 7 foram realizadas para jugar luz em uma questão muito pertinen-
te, que é o descarte de resíduos classificados como especiais (pilhas, bateria e medica-
mentos vencidos).
As pilhas e as baterias são dispositivos compostos por metais pesados, que são
metais perigosos tanto para o meio ambiente, quanto para saúde humana. Como rela-
ta Da Conceição et al. (2018):

O vazamento desses objetos pode contaminar solos e por extensão, o lençol


freático, dependendo da concentração dessas substâncias pode causar câncer,
doenças no sistema nervoso, rins entre outras. Tal fato também pode afetar
negativamente os ecossistemas aquáticos além de serem incorporados nas
cadeias alimentares, aumentando assim a sua concentração nos seres vivos
(DA CONCEIÇÃO et al., p. 355, 2018)

Os medicamentos são vendidos por inúmeras razões, todavia a questão principal é


quando estes vencem e são descartados de forma inadequados, pois como afirma Ramos
et al. (2016), que:

O uso irracional de medicamentos, a falta de venda fracionada, a distribuição


de amostras grátis por parte dos laboratórios e a mídia, que fomenta o consumo
e o abandono do tratamento, contribuem de forma significativa para o acúmulo
de grande quantidade de medicamentos sem utilidade nos domicílios, os quais
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posteriormente podem ser descartados em lugares inadequados. (RAMOS et
al., p. 150, 2017).

A sexta questão foi realizada para verificar, se os sujeitos da pesquisa já descartaram


pilhas, baterias e medicamentos vencidos no lixo comum.
No gráfico ilustrado na Figura 6, pode-se observar que 64% dos entrevistaram decla-
raram que “Talvez” já tenham descartado algum desses materiais; 30% afirmaram já terem
descartado e 6% alegaram nunca terem descartado tal material no lixo doméstico.

Figura 6. Gráfico referentes as respostas da questão 6.

A grande maioria das pessoas desconhece a composição de pilhas em geral utilizadas


em diversos aparelhos eletrônicos. Dessa forma, torna-se um fator positivo para o aumento
de problemas ambientas relacionados ao descarte incorreto desse material, e acabando
descartando em qualquer local ou simplesmente lançando nos rios e igarapés (RIZZATTI;
BESSA; PESSOA, 2013).
Os medicamentos são considerados resíduos químicos pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), à medida que são descartados de forma inadequada em
ambientes a céu aberto, tornam-se parte do lixo, disseminando doença através de vetores
que se multiplicam nesses locais ou que utilizam esses resíduos como forma de alimento
(PINTO et al., 2014).
Cabe ressaltar que os fármacos não podem ser removidos da água por meio de tra-
tamentos convencionais, sendo suas propriedades químicas persistentes, tais como: alto
potencial de bioacumulação e baixa biodegradabilidade, portanto não há métodos sanitários
para remoção total desses resíduos químicos da água (CRESTANA; SILVA, 2011).
A justificativa para o descarte inadequado de medicamentos deve-se ao desconheci-
mento da população e falta de orientação por parte dos poderes públicos, os quais são ocasio-
nadas pela escassez de campanhas informativas e explicativas sobre os riscos e problemas
relacionados ao descarte incorreto de fármacos ao meio ambiente (PINTO et al., 2014).

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A sétima questão foi proposta para verificar, se os sujeitos da pesquisa conhecem
sobre os possíveis problemas causados pelo descarte inadequado dos materiais (pilhas,
baterias e medicamentos).

Figura 7. Gráfico com os dados das respostas da questão 7.

De acordo com os dados apresentados no gráfico ilustrado na Figura 7, pode-se ob-


servar que 38% dos sujeitos afirmaram que “Talvez” saibam das consequências do descarte
inadequado desses materiais em lixo comum, seguida de 36% que alegam saber o real
problema causado pelo descarte incorreto de tal material e 26% relatam que desconhecem
os problemas causados pelo descarte inadequados de pilhas, baterias e medicamentos.
Na oitava questão, pôde-se observar que 46% dos sujeitos responderam que talvez
tenham ouvido falar sobre a Educação Ambiental, 36% afirmaram que já ouviram falar sobre
o tema, entretanto 18% alegaram que nunca ter ouvido se quer falarem sobre o tema.
A grande maioria dos entrevistados apenas “Talvez” ouviram falar sobre a educação
ambiental em algum momento, portanto é necessário difundir a educação ambiental em todos
os espaços sociais, pois, por meio dela é possível chegar ao desenvolvimento sustentável,
e será totalmente possível existir proteção ambiental junto ao desenvolvimento ambiental.
Entretanto, ocorrerá após os indivíduos compreenderem o que é a educação ambiental,
seus objetivos e metas a serem alcançadas (MEDEIROS et al, 2011).
De acordo com Pedroso (2010), pode-se definir à educação ambiental como as infor-
mações sobre o conhecimento acerca do meio ambiente em relação a sua preservação e
utilização com sustentabilidade de seus recursos naturais, como se pode ler no artigo 2º da
lei nº 9.795 de 27. 04. 1999, como sendo a educação ambiental, um componente essencial
e permanente da educação nacional. Nesse sentido, deve estar de forma articulada com
todos os níveis da educação (formal e não formal).
Portanto, a educação ambiental assume cada vez mais a função transformadora na
qual a corresponsabilidade dos indivíduos torna-se o foco principal para promover uma nova
forma de desenvolvimento sustentável.

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Dessa forma, a educação ambiental torna-se a condição necessária para modificar o
quadro crescente da degradação socioambiental, mas ela ainda não é o bastante, pois ela
ainda é apenas considerada para alguns como ferramenta necessária de mediação entre
culturas e interesses de grupos sociais distintos (PEDROSO, 2010).
Na nona questão - Em que momento você ouviu falar sobre educação ambiental? - foi
verificada qual a possível meio que estes sujeitos tiveram contato do a EA.
No gráfico ilustrado na Figura 8, pode-se perceber que 52% dos entrevistados afirma-
ram que ouviram falar sobre a educação ambiental por meio da televisão, 30% na escola e
18% nunca ouviram falar sobre o tema.

Figura 8. Gráfico referentes as respostas da questão 9.

Na questão 10, os sujeitos foram questionados sobre à percepção dos impactos cau-
sados ao meio ambiente, devido ao descarte do lixo a céu aberto. Logo, obteve-se que
72% dos entrevistados afirmaram desconhecer os impactos e 28% informaram conhecer
os impactos ambientais causados. Este resultado deixa bem clara a importância de serem
realizadas ações informativas como palestras, cartilhas e oficinas, principalmente sobre os
possíveis impactos ao meio ambiente do descarte de lixo a céu aberto.
Na questão 11, os entrevistados foram questionados, se há algum dialogo familiar
acerca da conduta correta do descarte correto do lixo. Observou-se que 52% “Às vezes”
discutem o tema com seus familiares, 34% “Nunca fala” sobre e 14% discutem constante-
mente sobre o assunto.
Os resultados obtidos na questão 10 (72% informaram desconhecer sobre os impac-
tos causados pelo descarta de lixo a céu aberto) e na questão 11 (52% alegam às vezes
discutem e 14% sempre falam sobre a necessidade de se jogar lixo no local correto). Juntas
revelam que há uma sensibilidade/preocupação com a questão, porém percebe-se os re-
sidentes ribeirinhos não possuem conhecimento teórico sobre o assunto, sendo esta uma
oportunidade para trabalhar a EA, para que haja maior entendimento sobre os problemas

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de descarte de RSs e, consequentemente, aumento na conscientização ambiental nas co-
munidades ribeirinhas.
Na questão 12 foi investigada a concepção dos sujeitos sobre a responsabilidade por
ações que contribuam com a preservação do meio ambiente. Assim, foi verificada qual a
percepção dos ribeirinhos sobre o assunto. Observou-se (Figura 9) que a grande maioria
dos entrevistados (42%) alegam que a obrigação de discutir temas sobre a preservação e
conservação do meio ambiente é um dever de pais e professores, seguida de 30% apenas
dos professores, 26% dos pais e 2% afirmam que o dever é da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente (SEMMA) da Cidade de Breves-Pará.

Figura 9. Gráfico referentes as respostas da questão 12.

Cabe ressaltar que a educação ambiental no espaço escolar é recomendada pelos


PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais - 1997, p. 19), no qual pode-se ler que a edu-
cação ambiental evidencia as necessidades de trabalho veiculada aos princípios de digni-
dade do ser humano, da participação, da corresponsabilidade, solidariedade e da equida-
de (GOMES, 2007).
Obteve-se a grande maioria 42% dos sujeitos informaram que os assuntos relacionados
com a preservação da natureza é dever de “pais e professores”. Para Piaget, a escola não
é o único local que pode possibilitar educação, pois a educação escolar ocorre de forma
específica, cumprindo um programa formal, enquanto outros espaços da educação ocorrem
por meio de experiências espontâneas, gerando perturbações e fazendo com que a inteli-
gência se desenvolva (GOMES, 2007).
Na questão 13, os sujeitos foram questionados sobre a realização de ações volta-
da a educação ambiental na comunidade. Logo, pôde-se observar que 78% afirmaram
que “Talvez”, 14% alegaram que “Sim” e 8% disse que a implantação de um programa
“Não” solucionaria.
Além disso, os entrevistados foram indagados sobre a possibilidade de participarem ou
incentivarem ações como palestras, cursos, oficinas e etc. sobre o manejo correto de RSs.
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64% disse que “Sim”, 26% afirma que “Talvez” e 10% afirma que “Não” participariam de tal
iniciativa. Portanto, nota-se que a grande maioria participaria e incentivaria a realização de
tal ação educativa em sua comunidade.
Somando os resultados para “Sim” e “Talvez”, obtém-se 90% e este percentual é con-
siderado positivo. Logo, estas comunidades são nicho muito importante para desenvolver
ações voltados a EA, sejam através da aplicação ciclo de palestras ou formação de agentes
ambientais comunitários.

CONCLUSÃO

Como é de conhecimento geral, o descarte correto do lixo, uma prática relacionada ao


saneamento, é considerada a mais eficiente forma de prevenção de doenças, entretanto há
um déficit destes serviços na grande maioria das cidades brasileira, sendo que este maior
ainda nas áreas de ocupação localizadas na zona rural, como é o caso da área deste estudo
(comunidades rurais ribeirinhas).
A partir desta pesquisa, conclui-se que as comunidades rurais, são ocupados majori-
tariamente por pessoas de baixa renda com índice de escolaridade insipiente, ou seja, com
um baixo grau de instrução ambiental e sanitária, levando-os à equívocos a respeito desses
assuntos, sendo estes os principais fatores que contribuíram para a procura destas pessoas
por hábitos incorretos de resíduos sólidos.
Quanto ao descarte de lixo nos rios, nota-se que é um fator alarmante, pois os morado-
res utilizam a água do mesmo para consumo humano, além disso utilizam em outras tarefas
domesticas. Portanto, faz-se necessário que seja distribuído aos moradores, uma solução
de hipoclorito de sódio (NaClO, para o combate de germes associados à água) e aumentar/
intensificar ao atendimento realizado pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s) com a
finalidade de orientar a população quanto as questões sanitárias e de saúde.
Foi possível observar que a disposição dos RSs e o lançamento deles diretamente
nos rios espaços de mata fechada. Essa forma incorreta de descarte tal material é um fator
negativo, ocasionando a poluição do solo e dos lençóis freáticos. Para amenização de tal
prática, indica-se a regularização da coleta de lixo, bem como a colocação de containers
em pontos estratégicos de coleta e, ainda, realizar campanhas de educação ambiental em
parcerias com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) e instituições de ensino,
visando promover o bem-estar social e ambiental para diversos públicos (crianças, jovens,
adultos e idosos), ressaltando a importância de se descartar de forma correta os RSs.
Desta forma, conclui-se que se não forem tomadas medidas rigorosas por partes dos
governantes e secretarias competentes, como oferecer as comunidades ribeirinhas coleta
de RSs de forma adequada, para suprir as suas necessidades sanitárias, com o passar dos
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anos, a área alcançará um grau elevado de insalubridade ambiental/sanitária podendo afetar
a atividade econômica (trabalho) e, até mesmo, a expectativa de vida dos cidadãos da área.
Os autores desta pesquisa esperam ter contribuído com a divulgação deste trabalho
no sentido de jogar luz as questões ambientais vividas por comunidades ribeirinhas da
Amazônia Marajoara. Além de ter apresentados os desafios com a gestão de RSs enfren-
tados pelas comunidades, que também pode ser compreendida com a realidade de muitas
outras comunidades ribeirinhas.

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