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UNIVERSIDADE SALVADOR

EETI – Escola de Engenharia e Tecnologia da Informação

WASHINGTON ARAUJO

SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL

Relatório da situação dos resíduos


sólidos no Brasil apresentado a
professora Clélia Oliveira, como pré-
requisito para avaliação parcial da
disciplina Saneamento Básico.

SALVADOR/BA
2018.2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................... 5
3 MÉTODOS...........................................................................................................6
5 CONCLUSÃO.....................................................................................................10
REFERÊNCIAS.................................................................................................. 11
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1 INTRODUÇÃO

Atualmente o mundo vive um momento delicado com relação aos seus


recursos naturais. Desde o aumento populacional, concomitante aos hábitos de
consumo, a sociedade se depara com uma problemática em relação aos impactos
ambientais. Para minimizar tais dados cada vez mais catastróficos, governos,
empresas, instituições e sociedade buscam por novas alternativas para reverter ou
diminuir os danos causados ao planeta. As Nações unidas em 2016, divulgou
relatórios alarmantes em que metade da humanidade mundial vive nas zonas
urbanas, e a estimativa para 2030 é que 60% da população continuarão nestas
áreas, o que culmina em ainda aumentar os problemas. Paralelamente, a população
global deve chegar a 9,6 bilhões até 2050, e especialistas avaliam que seriam
necessários três planetas para gerar recursos naturais para sustentar os estilos de
vidas atuais.
O estilo de vida de cada ser que habita este mundo é preocupante, e medidas
precisam ser adotadas urgentemente, tendo em vista que, ao aumentar a população
e consequentemente o consumo, o aumento da geração de resíduos sólidos
urbanos, especialmente nos grandes centros, decorrente do crescimento da
população, associado ao poder de compra e o consumo de produtos com
embalagens descartáveis como papel, plástico, vidro e metal, tem diminuído a vida
útil dos aterros sanitários e provocado maiores impactos ambientais (Rocha, 2012).
Os impactos causados ao meio em que se vive já é conhecido, pois a
extração de recursos naturais para produzir os bens de consumo que se utilizam em
uma sociedade e a produção de resíduos sólidos gerados por esta situação causam
inúmeros danos ao meio ambiente. Os trabalhos de reverter esta logística são uma
forma de minimizar estes processos, porém, percebe-se que existe uma consciência
de que para reduzir a geração de resíduos é preciso mudar os padrões de produção
e consumo, como meio de minimizar os impactos ambientais, através do uso
sustentável dos recursos naturais e do consumo consciente (Bensen, 2006).
Para reverter ou diminuir os efeitos nocivos ao meio ambiente, medidas como
gerenciamento adequado dos resíduos sólidos produzidos em uma sociedade, tem

demonstrado uma eficiência a fim de diminuir os problemas existentes. A coleta


seletiva, desde a separação caseira, aos grandes geradores, tem demonstrado uma
melhora nos eixos urbanos, pois os aterros que foram pensados para uma
destinação adequada destes, requerem uma atenção e consequentemente uma
ação de toda uma população.
O Brasil, segundo dados divulgados pela ONU (Organização das Nações
Unidas) em 2016, descarta de forma incorreta cerca de 80 mil toneladas de resíduos
sólidos urbanos, diariamente. E destes, somente, 40% são coletados e segredados
adequadamente. E ainda, persiste problemas de lixões municípios afora e
trabalhadores vulneráveis a esta realidade ainda trabalham de forma incorreta,
agravando o número de doenças provenientes destas situações.
Ações devem ser em conjunto sociedade-governo, para mudar o quadro e
diminuir os efeitos mundo afora. Por isso, dados foram coletados no Brasil para
mostrar a situação atual destes resíduos e buscar alternativas para uma convivência
melhor de homem-natureza.
Ações simples como compostagem doméstica a partir de frações orgânicas
em residências com famílias de quatro moradores tem demonstrado eficácia,
ajudando a diminuir os problemas enfrentados em grandes centros.
Projetos envolvendo escolas e comunidades em que são ofertadas educação
ambiental em todo o seu desenvolvimento, desde criança até a juventude, ajuda a
multiplicação de valores que antes, não era tão bem trabalhado como nos dias
atuais.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para os autores Ezeah; Fazarkelev; Roberts, (2013) as estimativas otimistas


sugerem que apenas 30% a 70% dos resíduos produzidos nas cidades em
desenvolvimento são recolhidos para se jogar fora, ou seja, não são reciclados.
Esses números alarmantes poderiam ser menores se houvesses um conhecimento
e um trabalho entre sociedade e governo. Diante disso, esses resíduos não
recolhidos muitas vezes são depositados em lixões a céu abertos, sem nenhuma
normatização, ao longo das ruas ou em leitos de rio e, esta prática induz a
degradação ambiental e traz riscos à saúde pública, aumentando problemas de
saúde que poderiam ser evitados. Por isso, percebe-se que existe uma importante
discussão acerca de procedimentos como reciclagem e coleta seletiva, desde as
residências aos grandes geradores.
A discussão sobre desenvolvimento sustentável, as atividades analisadas em
primeiro momento são aquelas de preservação, recuperação, reciclagem e controle
do meio ambiente. O que se percebe, em toda uma sociedade, são que, o senso
comum considera que estas atividades estarão desvinculadas à estratégia de
qualquer pessoa, empresa, gerando custos e incorrendo mais gastos. Se esta
realidade fosse repensada por cada indivíduo, empresa, instituições, cientistas,
mudanças estariam remodelando processos produtivos a fim de promover o
desenvolvimento sustentável (Vellani; Nakao, 2009). Salienta-se que a discussão em
torno dos resíduos sólidos está em evidência na sociedade moderna, fato observado
pela recente implantação da diretiva europeia, e no Brasil, com a criação da Política
Nacional dos Resíduos Sólidos.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010, a referida Lei 12.305, define
reciclagem como o processo de transformação dos resíduos sólidos, que envolve
alterações dos processos físicos-químicos ou biológicos, com a ideia de
transformação. Insumos que podem trazer melhorias em toda uma sociedade
através de práticas, educação e mudanças que melhorem a qualidade de vida atual
e não afetem as gerações que virão.

3 MÉTODOS

Utilizou-se uma abordagem qualitativa e experimental, abordando o


referencial teórico sobre o assunto e posteriormente a pesquisa aprofundada sobre
os resíduos sólidos no Brasil.
Fonte: https://situacaobrasil2011/lixo-domestico-geografia

Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/784351/brasil-residuos-e-as-cidades-desigualdades-sociais-e-gestao

GRÁFICO DE 2016:
https://www.archdaily.com.br/br/784351/brasil-residuos-e-as-cidades-desigualdades-sociais-e-gestao-

O brasileiro produz em média um quilo de resíduos por dia, em uma


família de três pessoas, segundos dados do IPEA (Instituto de Pesquisa e
Economia Aplicada). Desses dados, estima-se que 51,4% é de matéria
orgânica, 31,9% de material reciclável e 16,7% de resíduos gerais não
recicláveis. Por isso, com a implantação da Lei Nacional dos Resíduos
Sólidos torna-se para empresas e sociedade em geral, uma maior
responsabilidade com relação aos seus resíduos gerados. E mais ainda,
segundo o instituto, uma das ações mais crescente e viável nos últimos anos,
é a compostagem, processo responsável pela transformação de materiais
orgânicos, em que setores como domicílios, escolas, bares, restaurantes,
shoppings e hotelarias são bons exemplos de locais apropriados para
gerenciamento de seus orgânicos.
Algumas empresas nos eixos rurais já utilizam deste processo já algum
tempo e tem demonstrado que o bom gerenciamento destes recursos, além
de gerar diminuição de gastos com adubos, ainda gera emprego e renda para
uma faixa da sociedade mais carente, sem contar que, o segmento é bastante
útil no que diz respeito aos alimentos saudáveis que são ofertados no
comércio.
A tabela abaixo mostra como o Brasil se comporta com relação as
compostagens e suas leis aplicadas em alguns municípios afora:
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4 CONCLUSÃO
Este trabalho permitiu um melhor entendimento de bases teóricas, facilitando
a compreensão dos princípios básicos que fundamentam a problemática dos
resíduos sólidos no Brasil.

A elaboração deste relatório permitiu abranger os conhecimentos a respeito


do assunto proposto, permitindo melhor assimilação de seus conceitos de pesquisas
que abrangem o assunto envolvido.

As aplicabilidades na Engenharia Ambiental, assim como em qualquer outra


engenharia, são de extrema importância em conciliar pesquisas e soluções para
uma melhor interação com o meio ambiente de uma forma convicta e importante. A
conscientização de uma sociedade e as técnicas diversas envolvendo diminuição de
resíduos são pertinentes em qualquer segmento.

Por fim, este trabalho proporcionará oportunidades à comunidade científica e


afins, a aprofundar sobre o assunto, incentivando os estudantes das engenharias em
pesquisas voltadas ao assunto.
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REFERÊNCIAS

Bensen, G. R., & Jacobi, P. R. (2011). Gestão de resíduos sólidos em São Paulo:
desafios dasustentabilidade. Revista Estudos Avançados, 25(71), p. 135-158.

Ezeah, C., Fazakerley, J. A., & Roberts, C.L. (2013). Emerging trends in informal
sector
recycling in developing and transition countries. Waste Management, 33(11), p.
2509-2519.

Nakao, H.; S.; Investimentos Ambientais e redução de custos. Revista de


Administração da Unimep, v. 7, n. 2, Agosto 2009.

MMA - Ministério do Meio Ambiente – Lei n. 12.305/2010 – Política Nacional dos


Resíduos Sólidos - Brasília – DF, 2010.

Onu Brasil. (2016). Desenvolvimento sustentável. Recuperado em 6 novembro,


2016, de https://nacoesunidas.org.

Pires, C. G. P.; Ferrão, G. E. - Revista Trópica: Ciências Agrárias e Biológicas –


Compostagem no Brasil Sob uma Perspectiva da Legislação Ambiental. p.01-18,
v.09, n.01, 2017

Rocha, D. L. (2012). Uma análise da coleta seletiva em Teixeira de Freitas –


Bahia. Revista Caminhos de Geografia, 13(44), p. 140-155.

Vellani, C.; L.;. Investimentos Ambientais e redução de custos. Revista de


Administração da Unimep, v. 7, n. 2, Agosto 2009.

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