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AMBIENTAL
Salvador/BA
2012
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WASHINGTON ARAUJO
Salvador/BA
2012
SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO 4
CONCEITOS 5
HISTÓRICO 6
PRODUÇÃO DE PET NO BRASIL 7
RECICLAGEM DE PET NO BRASIL 10
RECICLAGEM: DE UM PROBLEMA À SOLUÇÃO 11
A IMPORTÂNCIA DOS CATADORES 12
LEGISLAÇÃO 13
CONCLUSÃO 14
REFERÊNCIAS 16
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INTRODUÇÃO
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pode ser mais voltado aos aspectos econômico-financeiros, a fim de não haver
perdas em detrimento à preocupação ambiental e desenvolvimento
sustentável.
Para se ter uma idéia, esta última década foi particularmente importante no que
se refere à conscientização das pessoas sobre os danos que o uso
indiscriminado dos recursos pode causar ao meio ambiente. Isso se corrobora
com as ações da ANVISA em normatizar a utilização, produção e reciclagem
desses produtos, levando a uma conscientização da sociedade a assumir
atitudes mais críticas em relação às suas opções de consumo.
CONCEITOS
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bases culturais cultivadas, a manutenção do estoque
ambiental existente e as necessidades econômicas.
Para Mano e Mendes (1999), o termo PET pode ser definido como um polímero
sintético, macromolécula caracterizada que possuem unidades químicas unidas
por ligações covalentes, que se repetem ao longo da cadeia e se aquecidos
numa alta temperatura que gere “amolecimento”, tornam fluidos e passíveis de
moldar por ação do homem, isolada ou conjunta de calor e pressão. Além do
mais, possuem boa aparência, são isolantes térmicos e elétricos resistentes ao
impacto e de muito baixo custo. Por este motivo, sua utilização vem crescendo
em larga escala no Brasil.
HISTÓRICO
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Dupont. Nessa mesma época ele já havia desenvolvido o náilon 6.6, uma
poliamida e procurava novos polímeros para a produção de fibras, em
substituição à seda. Inicialmente, um grande número de poliésteres com baixa
massa molecular e sem nenhuma propriedade comercial foi desenvolvido e a
continuidade da pesquisa permitiu a obtenção de polímeros que, quando
solidificados, podiam ser estirados muitas vezes o seu comprimento e se
tornavam transparentes, brilhantes e resistentes à tração.
Ainda segundo autores acima citados, dados da Dupont informam que este
poliéster, nos anos 50, foi utilizado na sua indústria têxtil e somente a partir dos
anos 60 o PET tornou-se disponível como matéria prima para a embalagem,
sendo amplamente utilizado para o acondicionamento de alimentos. Já no ano
de 1962, surgiu o primeiro poliéster pneumático utilizado pela Goodyear e só
nos anos 70 o processo de injeção e sopro permitiu a introdução do PET na
aplicação de garrafas, revolucionando o mercado de embalagens,
principalmente o segmento de bebidas, área que, atualmente mais se utiliza a
PET.
Para Silvino Filho et. all (2004) a produção nacional de PET iniciou-se em 1989
e atende estritamente a um mercado de bebidas carbonatadas, que hoje é
considerado o terceiro do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos e
México. A capacidade do parque industrial brasileiro mostra-se insuficiente
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para atender aos usuários locais. Apesar da capacidade ociosa de 34%, o país
importa a mesma quantidade de PET produzido localmente.
De acordo com Datamark (2003) apud Silvino Filho et. all (2004), a distribuição
da indústria de embalagens plásticas nos estados do Brasil ainda é bastante
concentrada. Entre oito estados mais importantes no setor, três estão na região
Sudeste, três são do Sul e dois do Nordeste, evidenciando que o centro-sul do
país é considerado como o eixo produtivo mais significativo. No ano 2000,
esses oito estados respondiam por 60.978 empregados formais (89%) da mão-
de-obra total, concentrando em empresas de médio e pequeno porte. Trata-se
de mão-de-obra, em sua maioria, desqualificada sendo que 61,58% dos
empregados têm no máximo o primeiro grau completo. Já no estado de São
Paulo destaca-se com 39,27% da produção nacional e com 31.436
empregados formais, enquanto os outros sete estados variam entre 2 e 11% da
produção e com média de 4.220 empregados formais.
Ainda cita com veemência Datamark (2002) apud Silvino Filho et. all (2004) que
uma gama de empresas leva a uma grande concorrência que pode ser
considerada negativa por dificultar a busca de estratégias que tragam
melhorias ao setor tais como: maior poder de negociação com fornecedores e
clientes externos; formação de alianças tecnológicas buscando inovação; e
maior penetração em novos mercados. O cenário de grande concorrência pode
gerar oportunidades para empresas que investirem em diferenciação, gerando
contínua inovação e saindo da competição por preços.
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Ainda segundo estudos da UNICAMP (2003), as embalagens plásticas já
ocupam uma boa fatia do mercado das exportações de produtos plásticos.
2001 foi especial para s exportações no Brasil, tendo exportado U$
499.006.432,00 em produtos plásticos sendo que U$ 71.373.563,00(14,30%)
decorrentes de embalagens. A balança comercial no que se refere aos
produtos plásticos ficou, no entanto, negativa para o Brasil uma vez que as
importações corresponderam a U$ 660.258.241,00 ficando também negativa
no tocante às embalagens plásticas cujo montante importado ficou em U$
97.418.665,00. Fazendo a comparação das exportações de embalagens
plásticas com embalagens de outros materiais, tem-se que as plásticas (30,5%)
estavam em segundo lugar em 2000, perdendo somente para embalagens de
papel e papelão (41%). Os principais alvos da exportação foram Chile (25%),
Argentina (23,38%) e Estados Unidos (18,50%) em 2001. Nas importações o
Uruguai (31,22%) se destaca, seguido pelos Estados Unidos (19,56%) e
Argentina (12,07%). Esses dados demonstram que os países sul-americanos
são os melhores parceiros comerciais do Brasil, apesar das intensas atividades
com os EUA.
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Leite (2003) ainda cita, com razão, que um dos piores problemas originados no
descarte de materiais plásticos no Brasil é o espaço que acabam ocupando nos
aterros sanitários e grandes lixões. Embora representem algo em torno de 10%
do peso total do lixo, ocupam até 20% de seu volume que culminam em
aumento dos custos de coleta, transporte e descarte final dos resíduos
urbanos.
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O processo mecânico pode ser dividido, segundo dados da ABIPET (2006), em
três etapas:
a) Recuperação: Fase em que as embalagens que descartadas em lixo
comum ganham a denominação de matéria-prima. As embalagens recuperadas
serão separadas por cor e prensadas. A separação por cor é necessária para
que os produtos que resultarão do processo tenham uniformidade de cor,
facilitando assim, sua aplicação no mercado. A prensagem, por outro lado, é
importante para viabilizar o transporte das embalagens.
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“apesar de todos os fatores positivos ao meio
ambiente,” a reciclagem gera gastos de água e energia,
polui o ar e mananciais de água, podendo gerar, ainda,
os seus próprios resíduos. Ele ainda reforçam a
reciclagem como solução para a diminuição de resíduos
apresenta muitos aspectos a serem melhor elucidados,
não só quanto aos seus reais benefícios, mas quanto ao
escoamento dos resíduos recicláveis. Tanto pelo lado
econômico, quanto pelo ambiental, é necessário que se
realizem estudos mais aprofundados dos processos de
reciclagem, antes de intensificar a separação de
resíduos domésticos”.
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catador enfrenta com relação ao PET: primeiro, a densidade das embalagens
optar por outros materiais com valor monetário inferior, mas que lhe
e Campos (2009).
LEGISLAÇÃO
A reciclagem no Brasil, não possui uma legislação específica, que defenda sua
utilização. Mas é necessário lembrar que o uso dos mesmos limites de pureza
e controle do material virgem não devem afetar a saúde do consumidor.
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* FDA: Food and Drog Administration USA - órgão do governo Americano que faz o controle dos alimentos,
medicamentos, cosméticos e produtos derivados do sangue humano.
** ILSI: International Life Science Institute – Europe – Entidade não governamental que atua junto a outros órgãos
internacionais que contribui para melhor entendimento e resolução de problemas científicos em nutrição, toxicologia, e
segurança ambiental e de alimentos.
De acordo com Ereno, (2005) ocorreria uma maior valorização do produto
(PET) com a abertura deste mercado no Brasil e conseqüentemente, atividades
mais rentáveis em reciclagens. O retorno dessas embalagens de alimentos ao
seu próprio ciclo, caso seja mesmo autorizada, será uma vitória, um sucesso,
mas o maior beneficiado serão os consumidores, parcela da população que
mais utiliza as vantagens do produto em seu cotidiano. Portanto, essa ação
será de grande valia, pois contribuirá para uma despoluição mais efetiva do
meio ambiente, promovendo desenvolvimento sustentável, pelo menos no que
se refere ao “lixo” de PET.
CONCLUSÃO
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É notável que as empresas e indústrias do ramo de reciclagem de resíduos
sólidos necessitam crescer economicamente e obter lucros, entretanto
precisam identificar alternativas de produção e reciclagem viáveis e
sustentáveis de crescimento e controle a ponto de não agredir o meio
ambiente.
Observa-se, ainda, que uma grande solução para destinação dos resíduos
sólidos hoje produzidos no Brasil está na máxima diminuição dos mesmos em
aterros sanitários, pela utilização de PET em reciclagem e produção de outros
itens. A reciclagem surgiu para a busca constante de reintrodução desses
produtos que se “jogaria fora” ou se tornaria lixo propriamente dito.
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Quanto aos aspectos legais, a reciclagem e produção ainda não possuem uma
legislação específica, que defenda sua utilização, mas, algumas resoluções de
órgãos nacionais e internacionais, a exemplo da ANVISA, FDA e ILSI. Enfim, é
necessário reforçar a dimensão ecológica em detrimento da financeira,
lembrando que ambos devem estar em harmonia, para solucionar o problema
do uso ilimitado dos recursos naturais de forma indiscriminada e degradante.
REFERÊNCIAS
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LEITE, P. R. Logística Reversa - Meio Ambiente e Competitividade. São
Paulo: Prentice Hall, 2003.
Mano, E. B.; Mendes, L. C; Introdução a polímeros, 2a ed., Edgard Blücher
Ltda: São Paulo, 1999.
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