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RECURSOS HUMANOS

VOLTADOS PARA GESTÃO DA


QUALIDADE E AMBIENTAL

UNIDADE III
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por escrito, do Grupo Ser Educacional.

Edição, revisão e diagramação:


Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD

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Silveira, Rinaldo

Recursos Humanos voltados para Gestão da Qualidade e Ambiental - Unidade 3 -


Recife: Grupo Ser Educacional, 2018.

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Grupo Ser Educacional


Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611

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Sumário

Para início de conversa....................................................................................... 4


COMPETÊNCIA E CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL............................................... 5
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL......................................................................... 14
COMPETÊNCIA APLICADA A SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL............. 18

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Recursos Humanos voltados para gestão da Qualidade e Ambiental
Unidade III

Para início de conversa

Olá, caro (a) aluno (a),


Nesta unidade, veremos pontos importantes relacionados com a conscientização
ambiental e a sua importância dentro das organizações tanto a nível da modificação de
comportamento, como para reconhecimento da empresa e como apta para os selos de
qualidades tão importantes no mercado competitivo.

As pessoas se interessam hoje mais do que em qualquer época em saber se o que ela
está consumindo em matéria de produtos e de serviços não está contribuindo de uma
forma ou de outra para a degradação do meio ambiente. Isso se chama conscientização
ambiental.

A forma com a qual as empresas tratam as questões relacionadas com reuso, reciclagem
de materiais, controle de emissão de gases poluentes na atmosfera, controle de despejo
de detritos nos oceanos, nos rios e bacias hidrográficas, são questões amplamente
discutidas no mundo atual e que no final das contas pesam na balança do comércio
interno e externo.

Também veremos como o consumidor tem se preocupado mais com a origem dos
produtos e serviços que consome e utiliza, importando-se não tão somente com o preço
de custo, mas também, de uma forma mais exigente com relação à maneira como esses
produtos foram fabricados, a procedência e se a empresa fabricante está inserida
em programas de qualidade de vida e Preservação do Meio Ambiente. É o chamado
consumo consciente.

A forma com a qual as empresas tratam as questões relacionadas com reuso, reciclagem
de materiais, controle de emissão de gases poluentes na atmosfera, controle de despejo
de detritos nos oceanos, nos rios e bacias hidrográficas, são questões amplamente
discutidas no mundo atual e que no final das contas pesam na balança do comercio
interno e externo.

Surge então o marketing verde que teve a visão dessa fatia de consumidores que já
estão engajados na causa do Meio Ambiente. Com isso, criou-se um potencial de
crescimento para aquelas empresas antenadas com as mudanças organizacionais de
preservação do meio ambiente e sustentabilidade.

Os Produtos passam a ser classificados e apresentarem selos na embalagem: “eco


friendly” como “produto verde”, “produtos orgânicos”, “ecologicamente correto”,
‘reciclado”, “reutilizável”, “troca refil” “biodegradável”, “consome menos energia”,
e esses selos de embalagens visam uma comunicação com o consumidor final que
promova o consumo consciente desses produtos no mercado.

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Para Resumir

Na unidade anterior, você se lembra de que estudamos sobre os treinamentos


empresariais? Sim, abordamos os diversos tipos de treinamentos que podem ser
aplicados dentro das organizações. Vimos o passo a passo para planejamento e
implantação dos treinamentos, o levantamento das necessidades de treinamentos,
a avalição de treinamentos, os métodos mais utilizados e eficazes, falamos sobre o
CHA (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), Avaliação da eficácia e resultados dos
treinamentos, bem como o registro deles.

COMPETÊNCIA E CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL


Introdução

Orientações da Disciplina

Você vai iniciar a leitura do seu livro-texto e nós vamos comentando os pontos mais
importantes aqui no Guia de Estudos, OK? A leitura do livro-texto é obrigatória nesta
Unidade.

É muito importante que você realize a leitura com bastante atenção, pois vários
pontos estão interligados entre si.

Vamos lá?

Como anda a conscientização ambiental pelo mundo?

Fig.1:Fonte: blog inteligência ambiental de Marcos Alejandro Badra

Há anos que a humanidade começou a perceber que deveria fazer algo para frear a degradação do Meio
ambiente, pois estudos comprovavam o avanço eminente de um colapso que geraria danos irreparáveis
ao Planeta Terra.

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Segundo a jornalista  Abrantes, podemos verificar que: “na primeira  conferência ambiental em
Estocolmo, as grandes nações decidiram realizar esse encontro novamente a cada dez anos. Nesses
encontros mundiais as mudanças ambientais são avaliadas e, então, são apresentadas novas metas para
as décadas seguintes. Acompanhe agora as grandes conferências em defesa do meio ambiente.

Quais foram as principais conferências ambientais?

Estocolmo, Suécia (1972)


Obteve destaque nesse evento a criação da Carta de Estocolmo, que ressaltava a necessidade de uma
nova atitude civilizatória. Foi estabelecido que os recursos naturais poderiam suprir as necessidades das
gerações presentes, mas deveriam também continuar garantindo as mesmas necessidades das próximas
gerações.

Nairóbi, Quênia (1982)


Certos países se reuniram após a avaliação da Conferência de Estocolmo para formarem uma Comissão
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Essa comissão se encontrou em Nairóbi e
em 1987 publicaram um relatório chamado Nosso Futuro Comum, que apontou a necessidade de um
desenvolvimento sustentável.

Rio de Janeiro, Brasil (1992)


Conhecida como Rio 92 ou Eco 92, contou com a presença de representantes de 170 países, além de
várias ONGs. Na ocasião, diversos documentos foram assinados, visando principalmente modificar o
modelo consumista de desenvolvimento para algo mais sustentável.

Johannesburgo, África do Sul (2002)


Essa  conferência da ONU sobre meio ambiente  foi chamada de  Rio+10. Ela começou com
pouco otimismo por conta da falta de comprometimento das nações desenvolvidas, que aumentaram
seus impactos ambientais, com exceção de alguns países europeus.

Rio de Janeiro, Brasil (2012)


Foi uma conferência embasada nos pilares econômicos, sociais e ambientais, tratando basicamente de
dois temas:
1. O desenvolvimento da economia verde, ou seja, a interseção entre o ambiente e a economia, que está
fundamentada na erradicação da pobreza;
2. A reestruturação do governo das Nações Unidas baseando-se no desenvolvimento sustentável para
garantir, dessa maneira, o compromisso político internacional em torno da sustentabilidade.”

Política Ambiental Nacional

Você pode perceber que vários órgãos foram criados na década de 70 e 80 na tentativa de conter a
devastação ambiental no Brasil. Até que em 1988 ficou instituída na Constituição Federal a nova política
ambiental nacional. No artigo 225 onde diz que “Todos tem direito ao Meio Ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

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O primeiro encontro Internacional para falar desse assunto foi em 1972 na conferência de Estocolmo
onde o Brasil sugeriu desenvolvimento social e econômico como a melhor forma para preservação do
Meio Ambiente. Porém antes disso em 1965 foi institucionalizada no Brasil a preservação ambiental, com
a criação do novo Código Florestal Brasileiro criando-se novas áreas de Preservação Permanente e de
Reserva Legal.

No ano seguinte à Conferência Internacional de Estocolmo, foi criada no Brasil a Secretaria Especial de
Meio Ambiente do Interior (SEMA) que dividia funções com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
Florestal (IBDF). A partir de 1981 foi Instituída a Política Nacional do Meio Ambiente, criando-se assim o
Sistema Nacional do meio Ambiente (SISNAMA) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente o (CONAMA).

Fig.2 – Fonte: brasilescola.uol.com.br

Esse assunto que vem sido debatido por décadas, agora tem sido focado com maior ênfase, devido aos
estudos realizados acerca do prognóstico sombrio para o planeta nos próximos anos.

A população tem uma grande responsabilidade na preservação do Meio Ambiente, porém, é necessário
que seja intensificada a educação voltada à preservação ambiental, pois ainda existe uma grande maioria
que não possui a devida consciência da sua responsabilidade agindo como se não houvesse amanhã. A
sociedade não tem plena consciência do problema ambiental.

E os empresários, executivos e donos de multinacionais assim como os gestores de diversos setores,


também fazem parte dessa sociedade que ainda não percebeu a importância dessa conscientização, que
necessita ser iniciada nas crianças ainda em tenra idade e depois ao longo de toda sua educação.

A nova geração precisa ser educada para essa consciência e também precisa atuar como agente
influenciador para as antigas gerações que pouco ouviram falar sobre esse tema. A questão da preservação
ambiental pode ser desenvolvida com programas muito simples como a separação do lixo por exemplo,
que tem um grande papel na redução de impactos ambientais, quando praticada em casa, nas escolas e
nas empresas.

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Quando se explica para uma criança os problemas ambientais e mostra a ela a amplitude do mal que
isso poderá causar, isso pode gerar um efeito muito positivo na sociedade em si. Aí entra o papel das
organizações em desenvolverem um sistema de Gestão Ambiental, para que se dê continuidade ao
processo iniciado em casa e nas escolas.

Pois na atual conjuntura é inaceitável que ainda existam cenas de ambientalistas e voluntários recolhendo
toneladas de lixo de praias, rios, matas e de locais considerados patrimônios culturais. Com isso,
percebemos que ainda há muito a se fazer a respeito desse assunto no intuito de que possamos diminuir
o impacto da degradação ambiental e desse modo possamos proporcionar um mundo melhor para as
futuras gerações.

As empresas têm sido muito cobradas nesse sentido. No controle da emissão de gases tóxicos, no
controle do despejo de resíduos, no reaproveitamento de materiais, e essas questões envolvem também
os selos de qualidade que atualmente são quesito obrigatório para questões mercadológicas (exportação,
mercado competitivo). Portanto, as empresas têm se visto “obrigadas” a adequar seus processos de
produção e funcionamento às normas e leis que dizem respeito à preservação do meio ambiente.

Um conceito que também está sendo inserido na cultura organizacional e na sociedade em geral é a
do desenvolvimento sustentável, em que as atitudes abrangem o crescimento econômico totalmente
engajado à proteção do meio ambiente na atualidade e também para as futuras gerações. Outro fato que
tem crescido a cada dia é a exigência por parte do consumidor final em saber se a empresa que fabrica
o produto ou fornece o serviço, cumpre as normas estabelecidas no controle da preservação ambiental e
sustentabilidade.

Nesse novo conceito de cuidados com a origem dos produtos está inserido o novo paradigma de consumo.
O consumismo e o desperdício acabam sendo substituídos pela exigência de melhor qualidade de vida e
de um consumo responsável e sadio que vem sendo incutido nas mentes das novas gerações.

Sabemos que a ganância e o lucro a qualquer preço permeiam permanentemente o mundo empresarial
global. Porém é fato que quando houver, e se houver, o colapso ambiental no planeta além de afetar
toda a população, afetará também as empresas, pois, tudo se tornará mais caro, mais difícil, causando
consequentemente a elevação dos custos de produção e distribuição. Então a partir desse pensamento
é que as organizações precisam se conscientizar que o problema é uma questão de sobrevivência literal.

Os países em desenvolvimento têm degradado o meio ambiente, sem controle algum no uso da água, sem
controle no desmatamento florestal, sem controle na destinação dos resíduos sólidos, e negligenciando
o tratamento dos resíduos líquidos. Pensam no lucro de forma irresponsável, e gananciosa, sem sequer
lembrar de que o meio ambiente manifestará e já manifesta sua reação a essas incontáveis agressões.

Secas prolongadas, derretimento das geleiras causando inundações, tempestades, furacões, tsunamis,
superaquecimento global, e tantos outros fenômenos que prejudicam a agricultura, encarecem a energia,
a água, prejudicam e encarecem a distribuição de bens e serviços.

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Visite a Página

Para saber um pouco mais sobre como o homem vem tratando


nosso Planeta acesse o LINK:

ORGANOGRAMA COM TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Fig. 3 Fonte: compostcheira.eco.br/residuos-solidos-ou-residuos-solidos-urbanos

Para Refletir

Você sabe o que é resíduo sólido?

De acordo com a Lei n° 12.305/10, Resíduos sólidos são quaisquer materiais,


substâncias, objetos ou bens descartados resultantes de atividades humanas em
sociedade, e cuja destinação final se procede nos estados sólido ou semissólido, bem
como gases e líquidos contidos em recipientes cujas particularidades tornem inviável o
seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água.

Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei N° 12.305, de 2 de agosto de 2010.

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos, foi estabelecido a fim de organizar, instituir, determinar as ações
e políticas para gerir os resíduos sólidos no Brasil. Um dos principais pontos da instituição da lei é para a
proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos,
tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para

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propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos para destinação ambientalmente
adequada dos rejeitos.

O Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – Sinir, é um importante
instrumento da PNRS, pois contém informações fornecidas pelos Cadastros Nacional de Operadores de
Resíduos Perigosos, Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras
de Recursos Ambientais, Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental,
pelos órgãos públicos responsáveis pela elaboração dos planos de resíduos sólidos, por demais sistemas
de informações que compõem o Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente – Sinima e pelo
Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico – Sinisa.

Outro importante ponto dentro da Lei 12.305, determina que a responsabilidade dos geradores de resíduos é
compartilhada entre: fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, cidadão e titulares de serviços
de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo.

A PNRS incorpora conceitos modernos de gestão de resíduos sólidos e se dispôs a trazer novas ferramentas
à legislação ambiental brasileira. Alguns desses aspectos:

Logística Reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizado por um conjunto


de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos
ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada;

Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição;

Ciclo de Vida do Produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de
matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final;

Catadores de materiais recicláveis: incentivo a mecanismos que fortaleçam a atuação de associações


ou cooperativas, o que é fundamental na gestão dos resíduos sólidos;

Prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para: produtos reciclados e recicláveis; bens,


serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente
sustentáveis; integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

??? Você sabia?

As leis que tratam do meio ambiente no Brasil estão entre as mais completas e
avançadas do mundo?

A Lei de Crimes Ambientais reordenou a legislação ambiental brasileira no que se refere


às infrações e punições. “Uma das maiores inovações foi apontar que a responsabilidade
das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras da infração”,
explica Luciana Stocco Betiol, especialista em Direito Processual Civil e pesquisadora
do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).

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Para ela, no entanto, mais do que os avanços representados pela lei, o Brasil carece de mecanismos
de fiscalização e apuração dos crimes. “O País possui um conjunto de leis ambientais consideradas
excelentes, mas que nem sempre são adequadamente aplicadas, por inexistirem recursos e capacidades
técnicas para executar a lei plenamente em todas as unidades federativas”, explica.

Tanto o Ibama quanto os órgãos estaduais de meio ambiente atuam na fiscalização e na concessão de
licença ambiental antes da instalação de qualquer empreendimento ou atividade que possa vir a poluí-lo
ou degradá-lo.

O Ibama atua, principalmente, no licenciamento de grandes projetos de infraestrutura que envolvam


impactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás da plataforma continental. Os
estados cuidam dos licenciamentos de menor porte.

Tipos de crimes ambientais

De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, eles são classificados em seis tipos diferentes:

1. Crimes contra a fauna: agressões cometidas contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória.

Fig. 5 fonte: LINK.

2. Crimes contra a flora: destruir ou danificar floresta de preservação permanente mesmo que em
formação, ou utilizá-la em desacordo com as normas de proteção.

Fig. 4 fonte: LINK.

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3 Poluição e outros crimes ambientais: a poluição que provoque ou possa provocar danos à saúde
humana, mortandade de animais e destruição significativa da flora.

Fig 6. – fonte: LINK.

4. Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural: construção em áreas de


preservação ou no seu entorno, sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida

Fig 8.- Fonte: Blog Urbe Carioca

5. Crimes contra a administração ambiental: afirmação falsa ou enganosa, sonegação ou omissão


de informações e dados técnico-científicos em processos de licenciamento ou autorização ambiental.

Fig.7 – fonte: LINK.

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6. Infrações administrativas: ações ou omissão que viole regras jurídicas de uso, gozo, promoção,
proteção e recuperação do meio ambiente.

Fontes:
Embrapa Meio Ambiente
Ministério do Meio Ambiente
Ibama
Imazon - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia
Lei de Crimes Ambientais: A Lei da Natureza

Acesse sua Biblioteca Virtual

Para complementar os conhecimentos sobre a Legislação Ambiental e Responsabilidade


social e Administrativa do meio ambiente, leia os livros recomendados para
complementação de conhecimentos sobre as Leis que regem e normatizam a
Preservação do Meio Ambiente no Brasil:

• Ações Corretivas e Preventivas para a Qualidade da Gestão Ambiental.


• Tutela e Responsabilidade Administrativa do Meio Ambiente.

Como o RH poderia contribuir para que as empresas trabalhem direcionadas à preservação do


meio ambiente?

Na iminência de uma diminuição de lucros imposta pela própria ação da natureza, é que as empresas
se sentirão induzidas a investir na educação ambiental, na redução da agressão ao Meio ambiente, na
responsabilidade social e ambiental.

O profissional de RH poderá além de trabalhar na questão da qualidade de vida, trabalhar duro na questão
do respeito ao meio ambiente, despertando uma consciência ecológica de que a agressão constante ao
meio ambiente poderá implicar na impossibilidade de sobrevivência no Planeta.

Os colaboradores podem ser influenciados de muitas maneiras para que ocorram as mudanças
significativas dentro da organização. Por exemplo, durante a Semana de Prevenção de Acidentes poderão
ser incluídos temas que possam ser relativos às questões de preservação, como: reciclagem, coleta
seletiva, contaminação de rios e mares, importância da preservação da fauna e flora para sobrevivência,
e sobre sustentabilidade.

O RH tem um importante papel em dar esse start dentro do ambiente empresarial, e promover ações
de engajamento nas causas ambientais. A Responsabilidade social e ambiental passa assim a ser
competência da Gestão de RH lembrando sempre de preparar e cuidar de pessoas também significa
pensar no seu bem-estar a longo prazo, visualizando a organização como um patrimônio a ser preservado
para futuras gerações.

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Veja o vídeo!

Assista ao vídeo sobre Preservação do Meio Ambiente


(Duração 1:08). LINK.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações
Unidas, “Desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades dos seres humanos da
atualidade, sem comprometer a capacidade do planeta para atender as futuras gerações. Portanto, é o
desenvolvimento que não esgota os recursos, tornando-os perenemente disponíveis, se possível”.

Alguns países hesitavam em investir em programas de conservação ambiental por julgar que a poluição
e a deterioração ambiental eram consequências inevitáveis do desenvolvimento industrial. Mas com o
avanço tecnológico, missões espaciais, satélites, internet, foi possível que se desenvolvessem estudos
científicos e pesquisas sobre o clima e a atmosfera terrestre.

E constatou-se o que já era previsível, sem um planejamento efetivo na utilização de nossos recursos
naturais e sem um controle estratégico de distribuição que dividisse de um modo mais justo os benefícios
do crescimento econômico, o planeta entraria no caminho sem volta da degradação ambiental.

Então, pensando no conceito de desenvolvimento sustentável como uma via de acesso ao desenvolvimento
econômico sem prejuízo aos sistemas que mantém e dão suporte à vida no planeta é que se criou a
Agenda 21. A agenda 21 selava um compromisso entre as nações de cooperar entre si para que se busque
esse desenvolvimento sustentável.

Visto que o crescimento demográfico, a pobreza, a desigualdade são problemas de âmbito global, é
necessário que se desenvolvam programas para cada local, focando em seus principais problemas e
buscando soluções viáveis para aquela localidade integrando-a a projetos específicos de proteção do
meio ambiente integrados ao desenvolvimento sustentável.

É preciso estudar cada localidade com seus potenciais de desenvolvimento e em contrapartida seus
principais problemas para que desse modo se criem projetos consistentes que realmente possam ser
colocados em prática e coexistam em harmonia com o ecossistema local.

A Declaração de Política de 2002 da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (Johanesburgo,


África do Sul), afirma que ele é construído sobre três pilares interdependentes e que se suportam
mutuamente: desenvolvimento econômico, desenvolvimento ambiental, e proteção ao meio ambiente.
Para que esses três pilares permaneçam de pé é necessário que países ricos alterem drasticamente seu
estilo de vida, ainda que isso signifique bater de frente com a ganância e a alta lucratividade de uma
minoria no planeta.

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Dicas

Veja algumas dicas de filmes sobre os assuntos estudados:

A Corporação - Imagine viver num mundo onde somos  governados  por  grandes
corporações, que colocam o lucro acima de tudo e de todos. Na verdade, não
precisa imaginar, pois nós já vivemos nesse mundo, em que as maiores empresas e
conglomerados têm  mais poder  que o próprio governo, controlando o que vestimos,
comemos, assistimos, compramos, falamos e até estudamos na faculdade. É o que
mostra o documentário “A Corporação”, lançado em 2003 e dirigido por Mark Achbar
e Jennifer Abbott com base no livro A Corporação – A Busca Patológica por Lucro e
Poder, de Joel Bakan.

Com 145 minutos de duração, o documentário conta casos que exemplificam o poder


das corporações e os negócios e tratativas que elas fazem para ganhar dinheiro,
muitas vezes  não se preocupando  com o  bem-estar  dos funcionários, a  saúde  dos
consumidores, ética no trabalho, direitos humanos e a preservação do meio ambiente.
Como afirma o diretor Michael Moore, um dos convidados entrevistados no filme, “a
cobiça é tanta que o rico venderá a corda para se enforcar se achar que pode lucrar
com isso”. 

Conceito de Competência

Entre os profissionais de Recursos Humanos, uma definição de competência comumente utilizada é a


seguinte: conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes que afetam a maior parte do trabalho de uma
pessoa, e que se relacionam com o desempenho no trabalho. A competência pode ser mensurada, quando
comparada com padrões estabelecidos e desenvolvidos por meio de treinamentos.

Com a globalização, as mudanças tecnológicas, econômicas, influenciando pessoas e organizações, esse


conceito tem sido estudado e analisado para dar uma visão mais ampla dos conceitos de competência.

Competência pode ser descrita como um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) que
justifiquem um alto desempenho, na medida em que há também um pressuposto de que os melhores
desempenhos estão fundamentados na inteligência e na personalidade.

Se nós podemos observar o comportamento, também podemos classificá-lo como sendo adequado ou não,
e pode ser melhorado. Se o comportamento produz alterações no ambiente, então podemos mensurá-lo.
Ensinar e desenvolver tecnologia e técnicas que uma organização precisa é possível. Entretanto, para
ensinar comportamento o desafio é bem maior e diferente.

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CONHECIMENTO E HABILIDADE = COMPETÊNCIAS TÉCNICAS
ATITUDES = COMPETÊNCIA COMPORTAMENTAL

Quando analisamos o cenário interno de uma organização temos que diferenciar Competências Essenciais
e Competências Individuais.

As competências de uma organização espelham ou retratam a empresa. A Visão, Valores e, principalmente,


a Cultura Organizacional definem as competências essenciais da organização. Todo colaborador tem a
obrigação de entender essas competências da organização.

Existe uma relação muito próxima entre as competências essenciais da organização e as competências
Individuais. Uma vez que esses dois blocos de competências distintas deveriam refletir a própria identidade
da organização, ilustrada por sua Cultura, Visão e Valores, mesmo sabendo que elas não são a mesma “coisa”.

As competências individuais contribuem para alcançar um objetivo individual de trabalho. Tem como
função básica atingir os resultados definidos. Competência Organizacional está para os estrategistas da
organização, assim como Competência individual está para os profissionais de Recursos Humanos. Focos
distintos, objetivos diferentes, porém devem estar associados. Como competências individuais.

A comunicação em equipe é necessária para se comunicar com os membros do grupo. As competências


individuais acabam influenciando diretamente em produtos e serviços de uma organização. Novamente,
o valor do capital humano vem se confirmando como um grande valor de mercado, e como vantagem
competitiva. Essas competências precisam ser treinadas, uma vez que se defina o que precisa ser
aprendido. Isso depende da Competência Organizacional, que é responsabilidade da alta gerência definir.

Outros autores descrevem e definem com algumas variações as Competências Organizacionais:


“Competências coletivas associadas às atividades, meios e atividades a fins”. Competências Individuais:
“Saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos,
habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo.”

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As competências são divididas em dois grupos:

Competências técnicas - é tudo o que o profissional precisa saber para desempenhar sua função, por
exemplo: idiomas, sistemas de computação, ferramentas etc. Essa competência pode ser aprendida.
Competências comportamentais - é tudo aquilo que o profissional precisa demonstrar como seu
diferencial competitivo e tem impacto em seus resultados, por exemplo, criatividade, flexibilidade, foco em
resultados e no cliente, organização, planejamento, liderança e tantas outras. Em gestão de competências,
as competências técnicas já estão no mercado há um bom tempo, fazendo parte da cultura organizacional.

O grande desafio na competência comportamental é como identificar e mensurar comportamentos. É


quando o indivíduo fica exposto a eventos que ocorrem de maneira imprevista, não programada, vindo a
perturbar o desenrolar normal do sistema de produção, ultrapassando a capacidade rotineira de assegurar
sua auto regulação, implica que a competência não pode estar contida nas predefinições da tarefa: a
pessoa precisa estar sempre mobilizando recursos para resolver as novas situações de trabalho.

Comunicação: comunicar implica compreender o outro e a si mesmo, significa entrar em acordo sobre
objetivos organizacionais, partilhar normas comuns para a sua gestão. A noção de serviço, de atender a um
cliente externo ou interno da organização precisa ser o pilar da comunicação, e estar presente em todas as
atividades. Para tanto, a comunicação é fundamental. O imprevisto torna-se o natural nas organizações.

Competências individuais requeridas para a liderança:

Uma vez analisadas algumas definições de Competências, podemos analisar mais precisamente as
competências individuais, mais precisamente, o papel da liderança, ou do líder. A inexistência de um consenso
quanto ao conceito de Competências Individuais, pode gerar divergências em caráter filosófico e ideológico,
pode também acontecer devido a adoção de diferentes enfoques, em diferentes áreas do conhecimento.

No entanto, a inexistência de um consenso, não significa que não existam pontos em comum. Primeiramente,
a competência é apresentada como um conjunto de características ou requisitos: saberes, conhecimento,
aptidões, habilidades, considerados indicadores capazes de produzir resultados planejados, ou ainda
soluções de problemas.

Como resultado dessa análise a competência individual requerida é a combinação de múltiplos saberes -
saber (conhecimento), saber-fazer (habilidades necessárias para se obter um bom desempenho. Exemplo:
habilidades para motivar, liderar equipes, negociar, planejar, etc.) e saber ser (refere-se às atitudes. Busca-
se um comportamento mais condizente com a realidade) - capazes de produzirem resultados necessários
para o atual contexto em que as organizações se encontram.

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COMPETÊNCIA APLICADA A SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL

Sustentabilidade Econômica

Sustentabilidade Ambiental Sustentabilidade Social

Figura 10: Sustentabilidade corporativa segundo a abordagem triple bottom line


Fonte: Elkington (1999, apud Ângelo, 2009)

Você provavelmente já percebeu que nas últimas décadas o termo sustentabilidade tem aparecido
com maior frequência na mídia, nas redes sociais, nos jornais impressos e televisivos e nos principais
programas de entretenimento.

A sociedade começa a perceber que o crescimento econômico acelerado poderia vir a causar prejuízos
ambientais irreversíveis para o Planeta. A utilização dos recursos naturais de forma indiscriminada, a
emissão de substâncias nocivas e poluentes no meio ambiente, o acúmulo de resíduos sólidos, entre
outros, causados em sua maioria, pelas grandes indústrias e corporações, resultam numa preocupação
com uma iminente catástrofe ambiental. Por isso a preocupação com os reflexos que isso traria a curto,
médio e longo prazo tem levantado a temática da sustentabilidade organizacional.

Essa temática que agora permeia as pautas das organizações deve seguir o objetivo de fazer com que as
atividades organizacionais se desenvolvam dentro de um contexto socioambiental de modo que ações e
atitudes tomadas agora não reflitam negativamente para o desenvolvimento de futuras gerações. Há de
se encontrar um equilíbrio, para que o crescimento e desenvolvimento econômico possam coexistir com a
preservação ambiental através da sustentabilidade.

Para que a sustentabilidade não se transforme em apenas mais uma “jogada de marketing” ou simples
“cumprimento de tabela” para se adequar às leis e normas, é que entra o papel dos gestores de nível
tático, de média liderança e de Recursos Humanos para transmissão das ideias de desenvolvimento e de
práticas sustentáveis dentro das organizações.

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Para Resumir

O conceito de competência como já vimos anteriormente se refere à tomada de


iniciativa, assumir responsabilidades sobre problemas e eventos que o indivíduo
enfrenta no seu dia a dia profissional. É quando o trabalhador “puxa a responsabilidade
para si”, assume a autonomia e iniciativa de seus atos.

Como as organizações desenvolvem a competência sustentabilidade organizacional?

Figura 11: Dimensões organizacionais da competência Fonte: Ângelo (2009), baseado em Ruas (2005)

As competências encontradas nos gestores podem auxiliar no avanço do entendimento e planejamento de


ações sustentáveis dentro da empresa. Com a identificação, avaliação e acompanhamento das competências
voltadas à sustentabilidade, acredita-se que a organização possa promover a sustentabilidade em seu
ambiente interno e externo. Conforme descrito por Munck, Borim-de-Souza e Zagui (2009, p. 12):

” ...as competências interligam homens e empresas, através de uma compreensão


sistemática e contributiva retroalimentadora, em que cada uma destas personagens
estabelece um compromisso social conjunto, através do qual todos precisam desempenhar
seus papéis em processos de desenvolvimento amparados por premissas responsáveis.
Há uma valorização do ser humano enquanto agente de mudanças e da organização como
um ambiente para recepção, tratamento e transferência destas revoluções. E tudo isto
pode ser validado por um eficiente e aplicável modelo de competências.”

A sustentabilidade organizacional tem trazido inúmeros debates e questionamentos, porém poucas


soluções, um dos motivos de pouco avanço é que a operacionalização da sustentabilidade demanda
investimentos e por isto, é muitas vezes tratada com relutância pelas organizações. Mesmo que as

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organizações pensem na sustentabilidade como oportunidade de negócio, como fonte de inovação, como
aumento de rendimento e diminuição de custo, ainda é difícil que se estabeleça um comprometimento
efetivo nessa questão, porém “se” as empresas podem ou não lucrar com investimentos ambientais e
sociais a questão mais relevante é: Mas “quando” é possível fazer isso?

Os profissionais de RH encontram-se em um cenário de grandes mudanças econômicas, políticas, culturais,


tecnológicas, sociais e organizacionais e dessa forma são necessárias novas ferramentas e também uma
forma nova e moderna de encarar e conduzir o relacionamento interpessoal, pois é papel também do RH
o compromisso com aspectos econômicos, sociais e ambientais nas organizações, desse modo deve estar
focado na sustentabilidade organizacional.

O profissional de RH precisa guiar a média gerência com o objetivo de ganhar completa cooperação de suas
equipes no que se refere à implementação de políticas sustentáveis. É preciso que o RH procure aliados,
apoiadores, conquiste colaboradores, compartilhando com eles essa nova visão de negócio, fortalecendo
uma cultura voltada à sustentabilidade. Para auxiliar no desenvolvimento da sustentabilidade organizacional.
É desejável atrair, manter, e desenvolver competências necessárias à realização desse objetivo.

As competências individuais dos gestores que favorecem a sustentabilidade organizacional têm um papel
de suma importância para a execução de ações que promovam o desenvolvimento econômico, social e
ambiental. Os líderes com competências de sustentabilidade estão profundamente conectados com as
práticas de sustentabilidade e responsabilidade social. Para esse líder isso é uma prática natural da sua
personalidade, ele a utiliza como ferramenta para a sua própria transformação e para transformação do
mundo. Normalmente esse indivíduo é intuitivo, toma decisões rápidas.

Tem a capacidade de identificar e aproveitar as aberturas e oportunidades para mudanças no sistema. Ele
analisa um problema através de múltiplas perspectivas sem estar excessivamente ligado a nenhuma delas.
Tem também a capacidade de perceber o que é necessário para ajudar a desenvolver um sistema tentando
intervenções diferentes, observa a resposta ao que foi proposto e se adapta de acordo com essa percepção.

Domina a arte da autotransformação, dos relacionamentos interpessoais e intrapessoal, e consegue


engajar pessoas, cultivando mentores. Cria condições para o desenvolvimento de indivíduos, grupos,
culturas e sistemas, ajuda o progresso do grupo, enxerga o próximo passo a ser dado em direção ao
desenvolvimento. Esse líder lida bem com as tensões oriundas de questões importantes. Trabalha muito
com teorias e estruturas sofisticadas:

Teoria de sistemas e de pensamento –  compreende os conceitos fundamentais e linguagem da


teoria dos sistemas. É capaz de aplicar sistemas de pensamento para entender melhor as questões de
sustentabilidade e apoiar o desenvolvimento de sistemas.

Teoria da complexidade e pensamento complexo  – compreende os conceitos fundamentais


e linguagem da teoria da complexidade, especialmente no que se refere à liderança. É capaz de
aplicar o pensamento complexo para melhor compreender as questões de sustentabilidade e apoiar o
desenvolvimento de sistemas adaptativos complexos.

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Teoria e reflexão integral – compreende os conceitos fundamentais e a linguagem da Teoria Integral. É
capaz de usá-la para avaliar ou diagnosticar um problema de sustentabilidade e projetar uma intervenção,
comunicação sob medida para diferentes visões do mundo e apoiar o desenvolvimento de si mesmo, de
outros grupos, culturas e sistemas.

Gestão de polaridade – compreende os conceitos fundamentais e linguagem da gestão de polaridade.


É capaz de reconhecer e envolver efetivamente polaridades importantes, tais como: subjetiva-objetiva,
individual-coletiva, racional-intuitiva, masculino-feminino, estruturada-dinâmica.

Fonte: Barrett Brown, em Liderança no Limite: Liderando a Mudança a partir da Consciência Pós-Convencional.

Práticas sustentáveis nas empresas (exemplos):

• Uso de sistemas de tratamento e reaproveitamento da água.


• Uso racional da água e da energia elétrica. 
• Reciclagem do lixo sólido.
• Reutilização de sobras de matéria-prima.
• Criação de projetos educacionais voltados para a preservação do meio ambiente.
• Adoção de projetos que visem o desenvolvimento educacional e cultural da comunidade em que a
empresa está inserida.
• Uso de materiais recicláveis para a confecção de embalagens dos produtos.
• Uso de sacolas biodegradáveis (caso de supermercados, por exemplo).
• Uso de filtros que retém os poluentes emitidos em determinadas fases da produção industrial.
• Não descartar esgoto ou resíduos químicos em rios, córregos ou lagos.
• Não poluir o solo com produtos químicos ou qualquer outro material poluente.
• Não utilização, em hipótese alguma, de trabalho infantil, forçado ou escravo.
• Respeito total as leis ambientais do país.
• Não adotar práticas que visem tirar vantagens em concorrências públicas. A empresa sustentável
não deve aderir, em hipótese alguma, à esquemas de corrupção. Vale lembrar que recursos públicos
desviados por corruptos significa menos investimentos em áreas essenciais para a população (saúde,
educação, transportes, lazer e etc.).
• Uso nos processos de produção, quando possível, de fontes de energia limpa e renovável.
• Não utilização de formas de discriminação (raça, cor, religião, orientação sexual e etc.) nos processos
de seleção de funcionários. Uso de formas justas, respeitando os princípios de igualdade de direitos
no processo seletivo.
• Respeito às leis trabalhistas do país, fazendo o pagamento de forma justa e garantindo todos os
direitos dos trabalhadores.
• Uso de práticas de produção que garantam a total segurança dos funcionários no ambiente de trabalho.
• Produção de mercadorias e prestação de serviços que não coloquem em risco a saúde e a segurança
física ou psicológica dos consumidores.
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• Uso de contratos com consumidores e outras empresas que sejam claros, objetivos e justos.
• Fornecimento de um sistema de atendimento ao consumidor (SAC) eficiente.
• Informar de forma adequada os consumidores a respeito das características dos produtos que vendem
ou dos serviços que prestam. Além disso, é importante que a empresa oriente seus consumidores a
respeito do descarte das embalagens, produtos com validade vencida ou que não serão mais utilizados
por qualquer outro motivo.
• Adoção, quando for o caso, do sistema de logística reversa. Este visa evitar que determinados produtos
sejam descartados no meio ambiente. Empresas fabricantes de pneus, pilhas, baterias, medicamente
e outros produtos que possam poluir o meio ambiente devem utilizar este processo.

??? Você sabia?

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criou um Índice de Sustentabilidade


Empresarial (ISE). É uma importante ferramenta de análise e comparação das empresas
que mantém ações na Bolsa de Valores, visando esclarecer os investidores sobre como
estas corporações estão adotando práticas de desenvolvimento sustentável.

Visite a Página

No trecho do artigo retirado do LINK acima contido no portal


ideia sustentável, podemos identificar 20 atribuições de um
líder em sustentabilidade.

O líder em sustentabilidade e suas 20 atribuições

Pensando em oferecer um “caminho das pedras” para empresas que querem refletir sobre o tema, o
Pacto Global da ONU lançou, em 24 de junho de 2010, um Plano para Liderança em Sustentabilidade.
Sua intenção foi criar uma espécie de modelo de atuação para as empresas signatárias, contribuindo
assim para desenvolver capacidades, habilidades e recursos.

Na introdução do documento, a entidade reconhece que, embora existam mais presidentes de corporações
liderando a agenda da sustentabilidade, o conceito ainda “não penetrou na maioria das empresas que
operam nos mercados em todo o mundo”. Leitura bastante adequada, com a qual concordamos.

Ao longo de sua experiência de 10 anos, o Pacto Global afirma ter aprendido duas lições importantes.
Primeira, que o alto desempenho em sustentabilidade das empresas líderes constitui a mais abundante fonte
de inspiração para aquelas que “se encontram nos degraus mais baixos da pirâmide da sustentabilidade.”

Segunda, que os atuais desafios globais – de clima, água, paz e biodiversidade – exigem novo patamar de
desempenho para as companhias que desejam “efetivamente cumprir a promessa da sustentabilidade.”

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Esse Plano criado pela ONU se estrutura em três dimensões – implantação dos 10 Princípios  em estratégias
e operações de negócios; apoio das empresas às questões e objetivos mais amplos da ONU – como,
por exemplo, Paz e Segurança, Ecossistemas Sustentáveis e Biodiversidade, Mitigação e Adaptação às
Mudanças Climáticas, Segurança Hídrica e Saneamento; e engajamento ao Pacto Global, por meio da
formação de redes, grupos de trabalho locais e globais, e iniciativas setoriais e temáticas.

Na intersecção dessas três dimensões, o Pacto Global identificou o que classifica como “componentes
transversais”. Eles são quatro. O compromisso dos líderes empresariais abre a lista.

De acordo com o modelo proposto, o principal executivo deve “fazer declarações públicas claras e
demonstrar liderança pessoal em sustentabilidade”. É seu papel também promover iniciativas para
ampliar o debate do conceito no setor de atuação, além de comandar o desenvolvimento de normas
setoriais específicas.

Espera-se ainda que ele lidere uma diretoria ou um grupo de executivos na condução da estratégia
de sustentabilidade empresarial, estabelecendo objetivos firmes e cuidando pessoalmente de sua
implementação. Recomenda, por último, que o líder número 1 inclua os critérios de sustentabilidade – e
os princípios do Pacto Global – nos grandes objetivos e nos sistemas de incentivo para a presidência e a
diretoria.

Analisando livremente o modelo proposto pelo Pacto Global da ONU, extraímos as seguintes 20 atribuições
para o líder em sustentabilidade:

1. Comandar a elaboração de uma estratégia consistente de sustentabilidade, buscando a cooperação


entre as diferentes áreas e as questões mais relevantes para o negócio e o seu setor de atuação;
fazer com que o conceito permeie a cultura organizacional, transformando-o em um valor corporativo
relevante para a definição da identidade da companhia;
2. Garantir a coordenação entre os diversos departamentos da empresa, com o objetivo de maximizar o
desempenho em sustentabilidade;
3. Avaliar riscos e oportunidades relacionados a questões de sustentabilidade para a empresa e o setor;
4. Identificar todos os impactos socioambientais causados pelas operações da empresa; cuidar para
minimizá-los ou eliminá-los;
5. Definir políticas e cenários para o futuro, estabelecendo metas mensuráveis;
6. Envolver e educar funcionários e colaboradores, adotando programas de desenvolvimento, e também
sistemas de incentivo;
7. Monitorar e mensurar desempenho com base em métricas para, por exemplo, gestão de água, energia,
emissões de gases de efeito estufa, poluição, efluentes e biodiversidade;
8. Responsabilizar, pela execução da estratégia, áreas corporativas essenciais como Compras,
Marketing, Recursos Humanos, Jurídico e Relações Institucionais, assegurando que nenhuma delas
atue em conflito com os compromissos e objetivos de sustentabilidade;
9. Alinhar estratégias, metas e estruturas de incentivo de todos os departamentos e unidades com os
objetivos e compromissos de sustentabilidade da empresa;

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10. Analisar cada elo da cadeia de valor, mapeando impactos, riscos e oportunidades;
11. Envolver fornecedores na estratégia de sustentabilidade; sensibilizar, treinar e capacitar parceiros de
negócio; monitorar o quanto estão alinhados com os compromissos e práticas da empresa;
12. Desenvolver produtos e serviços ou conceber modelos de negócio que contribuam para promover a
sustentabilidade;
13. Realizar investimento social alinhado com as competências da empresa e o contexto operacional de
seu negócio;
14. Integrar campanhas e iniciativas públicas, assumindo, em suas comunicações, compromissos com as
questões mais relevantes de sustentabilidade;
15. Coordenar esforços com outras organizações para potencializar investimentos, e não se sobrepor a
iniciativas de desenvolvimento sustentável;
16. Cooperar com organizações do mesmo setor em ações que ajudem a encontrar respostas para desafios
comuns;
17. Fazer o papel de mentor para empresas do mesmo ou de outro setor que ainda se encontrem em
estágio inicial de implantação de práticas sustentáveis; na condição de referência em liderança em
sustentabilidade, facilitar o acesso a informações por parte daqueles que desejam conhecer a política
da empresa;
18. Comunicar os resultados e a evolução de suas práticas de sustentabilidade, visando prestar contas às
partes interessadas e à sociedade;
19. Envolver e educar os stakeholders para que eles conheçam as políticas da empresa e participem
delas;
20. Capitanear o processo de mudança, inserir as dimensões social e ambiental na noção de sucesso
empresarial, estabelecer uma visão e uma missão de sustentabilidade.

Pode-se concluir que existe uma inter-relação entre competências organizacionais e a sustentabilidade
organizacional. Essa ligação deve ser objeto de reflexão e constante aprimoramento, visando à convergência
dos objetivos individuais e da organização para a sustentabilidade dos negócios e o atingimento das
estratégias empreendidas. Pode-se também observar, analisar e explorar a relação existente entre as
competências organizacionais e a sustentabilidade aplicada ao contexto empresarial.

Para Refletir

baseado no artigo de Ricardo Voltolini no portal ideia


sustentável: LINK.

A seguir proponho a você que responda um conjunto de perguntas essenciais que podem constituir um
roteiro de estudo, análise e síntese para avaliar de uma maneira geral como a organização que você
trabalha está lidando com o assunto sustentabilidade.

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Cada pergunta traz elementos para reflexão. Você encontrará subsídios para respostas nos textos de
cada tendência. Quanto mais respostas SIM você pontuar, significa que sustentabilidade e RH estão
caminhando mais próximos – e de forma mais estratégica – em sua empresa.

Sempre que a resposta for NÃO, consulte o texto da tendência, leia a opinião de especialistas e avalie
os cases recomendados.
 

Fig12 – Fonte: LINK.

Tendência 1: Abordagem estratégica

Em sua empresa, a sustentabilidade está no planejamento estratégico a ponto de influenciar


a visão, a missão, os valores, os objetivos e estratégias e, principalmente, as metas de cada
colaborador?

Se SIM, verifique o que o RH tem feito para disseminar os valores e para desenvolver, nos colaboradores,
as competências estratégicas que vão apoiá-los a realizar suas metas?

Se NÃO, o que o RH tem feito para inserir a sustentabilidade na agenda estratégica da companhia?
Com que frequência tem conversado com presidente e alta direção a respeito desse assunto? Tem
destacado inputs de sustentabilidade mais afinados com a estratégia de negócio que possam retirar o
conceito de uma agenda secundária? Tem utilizado argumentos sólidos, baseado em evidências, em favor
da incorporação da agenda sustentável na gestão de pessoas? Como tem atuado para colocar os valores
e as práticas de sustentabilidade na cultura da empresa?

Tendência 2: Desenvolvimento de competências

Sua empresa possui programas de educação corporativa ou iniciativas de desenvolvimento e


autodesenvolvimento focados no tema?

Se SIM, os programas tratam de modo equilibrado conhecimentos (saber), habilidades (saber fazer) e
atitudes (querer fazer)? Consideram a sustentabilidade como conteúdo específico ou conteúdo transversal
de outras áreas estratégicas?  Adotam formatos convencionais (instrutor/sala de aula) ou modelos “fora da
caixa”, baseados em vivências práticas em ambientes não empresariais? Enfatizam questões meramente
técnicas/instrumentais ou ressaltam também os valores? Envolvem profissionais de diferentes posições,
como os trainees, por exemplo, ou apenas os líderes? Os programas são oferecidos logo no processo de
integração do colaborador à empresa?

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Se NÃO, o que o RH tem feito para inserir a sustentabilidade no modelo de competências da organização?
Como tem trabalhado para que o desenvolvimento de colaboradores no tema seja regular e efetivamente
relacionado com competências, não se limitando a ações pontuais e genéricas?

Tendência 3: Engajamento do colaborador

sua empresa engaja os profissionais em programas de reciclagem, eficiência energética,


redução de desperdício e inovação para a sustentabilidade?

Se SIM, esses programas têm produzido bons resultados práticos? Mantêm uma conexão clara com os
valores da empresa, gerando um sentimento de orgulho e pertencimento? Abrem espaço para sugestões
de mudança? A empresa está preparada para receber e implantar essas sugestões?

Se NÃO, como o RH pode atuar para criar um ambiente que favoreça não só os empreendedores
corporativos, mas também os intraempreendedores, pessoas automotivadas e capazes de promover
mudanças inovadoras “de baixo para cima”? Como o RH está identificando esses sujeitos e estabelecendo
canais para troca de ideias entre eles? Nas entrevistas de desligamento, o RH tem avaliado o quanto a
empresa falha no engajamento desse tipo muito específico de profissional?

Tendência 4: Ambiente organizacional

sua empresa incorpora a sustentabilidade a um plano de incentivos com impacto na


remuneração variável?

Se SIM, há um programa estruturado de bônus de conhecimento de todos os funcionários? Recompensa


pontualmente boas ideias ou premia todos com bônus condicionado ao triple bottom line (TBL)? Condiciona
a remuneração variável ao cumprimento de metas específicas, como reciclagem, redução no uso de água
e diminuição de acidentes de trabalho, ou ao conjunto equilibrado de resultados econômicos, sociais e
ambientais?

Se NÃO, como o RH pode apoiar uma mudança transversal de cultura na empresa, alinhando incentivos e
desempenho em TBL? Como e com quais argumentos pode-se obter o patrocínio da alta liderança?

Tendência 5: Sinergia com a comunicação

A sua empresa está conseguindo comunicar a sustentabilidade para envolver os colaboradores?

Se SIM, as ações têm alcançado todos os funcionários e com uma linguagem adequada? Têm se iniciado
desde o primeiro dia do funcionário na empresa? Têm mostrado a evolução da empresa no tema? Têm
alinhado RH, Comunicação Interna e Relações Públicas para assegurar a consistência da mensagem,
clareza e transparência? Têm encorajado interesse e participação? Têm reconhecido o engajamento? Têm
transformado colaboradores-chave em advogados da causa? Têm sido criativas?

Se NÃO, como o RH pode trabalhar com a comunicação na construção de uma cultura de sustentabilidade?
Estando ele no centro da gestão de pessoas, qual o deve ser o seu papel no fundamental no alinhamento
das estratégias de talentos com as estratégias de negócios e de sustentabilidade?
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Triple bottom line
Também chamado de triple bottom line, ou Social, Ambiental, Financeiro, corresponde aos resultados de
uma organização medidos em termos sociais, ambientais e econômicos.
• Social - Refere-se ao tratamento do capital humano de uma empresa ou sociedade.
• Ambiental -Refere-se ao capital natural de uma empresa ou sociedade.
• Financeiro - Trata-se do lucro. É o resultado econômico positivo de uma empresa. As gerações de
empresas atuais se perceberam em um mercado novo, o que necessita que estas se preocupem com
o meio ambiente. Com isso, o conceito do tripé da sustentabilidade conhecido como triple bottom
line (PEOPLE, PLANET, PROFIT), pessoas, planeta, lucro) foi aplicado por grande parte delas, no qual
corresponde aos resultados de uma organização medidos em termos sociais, ambientais e econômicos.
O desenvolvimento sustentável pode ser compreendido como aquele que atende às necessidades
das gerações atuais sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atenderem às suas
próprias necessidades.
»» Este conceito foi criado nos anos 1990 por John Elkington, cofundador da organização não
governamental internacional SustainAbility

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Palavras finais

Caro (a) aluno (a),

Nesta unidade vimos questões de profunda importância na construção de uma


sociedade mais consciente com o Planeta, com o meio onde vive, com o próximo.

Vimos que as organizações já estão mobilizadas para a questão da sustentabilidade


e o pensar a longo prazo, tanto pelo fato de estarem sendo cobradas no sentido da
Legislação ambiental, selos de qualidade, consumidores mais antenados à essas
questões de preservação, como pela própria visão de futuro onde caso não façamos
algo agora, tudo será mais difícil no amanhã, inclusive a obtenção de lucros.

Nesse ponto o RH tem um papel primordial em conscientizar não somente colaboradores


como a alta diretoria das organizações da importância de estar engajados,
comprometidos, e empenhados em cumprir esse papel.

Vimos também que é necessário identificar competências tanto individuais quanto


organizacionais para trabalharem em prol da sustentabilidade organizacional.

É preciso que a prática da Responsabilidade Social Ambiental esteja incorporada ao


setor de Recursos Humanos para que possam introduzir na organização uma nova
cultura e uma política de incentivo da gestão ambiental, dessa forma com todos
inseridos nessa mentalidade haverá uma melhora contínua nos índices de qualidade
ambiental da empresa.

Lembre-se de fazer as atividades avaliativas disponíveis no Ambiente Virtual de


Aprendizagem (AVA). Caso tenha alguma dúvida, consulte o seu Tutor. Ele estará à
disposição para atendê-lo (a) e auxiliar no que for necessário.

Nos encontramos na próxima unidade.

Até lá!

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