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PRODUTIVIDADE
Aldo Silva Santos
2 QUALIDADE E PRODUTIVIDADE
Em relação à produtividade veremos que está associada com o melhor resultado para
a empresa. Dentro deste contexto, é possível dimensionar eficiência do processo, e
para a empresa como resultado geral a sua eficácia. Assim sendo, vamos analisar a
ótica da produtividade e os resultados esperados em termos de eficiência e eficácia
para a organização.
Finalizando este contexto vamos abordar duas práticas essenciais que envolvem as
Boas Práticas de Fabricação (BPF) e de Armazenagem (BPA), principalmente voltados à
indústria de produtos que afetam a saúde humana, como alimentos, bebidas, produtos
de higiene e beleza, e outros que envolvem o consumo pessoal e que podem afetar a
saúde humana.
Porém, depois de feita esta aquisição, o cliente irá lidar com algumas situações que
irão ou não facilitar o uso deste produto e fazer com que conheça o mesmo. Esta
identificação fará em muitas vezes o consumidor ter uma visão sobre este produto e
ele futuramente será associado se tiver que comprar novamente, mesmo que não seja
o mesmo produto, mas já irá considerar esta marca de fabricante de acordo com
Custódio (2015).
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Da mesma maneira que o consumidor tem esta percepção, para a empresa é
importante entender também o quanto estas características influenciam na satisfação
ou não deste consumidor. A empresa estabelece seus primeiros passos através da
pesquisa de um produto no mercado, sua concepção, o projeto do produto, o estudo
do material, os custos, a fabricação e as garantias, como a assistência técnica. Este são
passos até o produto chegar ao consumidor, porém é importante que os aspectos
sejam percebidos não só pelo consumidor, mas também pela empresa.
Desempenho técnico ou funcional: grau com que o produto cumpre sua função básica.
Exemplo: celular, fazer e receber chamadas; automóvel, transporte de passageiros;
televisor, imagem e som.
Disponibilidade: grau com que o produto encontra-se disponível para uso quando
requisitado, ou seja, quando se precisa não está quebrado ou não se encontra em
manutenção. Por incrível que pareça é um ponto que pode deixar o cliente insatisfeito.
Já pensou toda vez que for usar uma impressora ela dá pane, ou fica intermitente? É
para deixar o consumidor insatisfeito.
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imagine um produto que não tem conserto, ou seja, deu defeito tem que descartar.
Isto também irá deixar o consumidor insatisfeito.
Assim como os produtos, alguns fatores são visíveis, tanto ao cliente como aos
próprios proprietários. Mas, será que eles estão realmente tendo a visão do cliente?
Vamos ver alguns destes fatores.
Tangibilidade: está relacionado à qualquer fator aparente que faça gerar expectativa,
algo visual ou mensurável. Exemplo: instalações e equipamentos novos ou usados,
higiene e limpeza do local, postura de atendimento, entre outros diversos. Uma das
situações que mais chamam a atenção é o aspecto visual. Imagine ir a uma lanchonete
e não ter higiene, isto com certeza, afasta o cliente.
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alguém competente para aquilo que precisa, além de voltar, ainda o indica para
outros. Por isto a competência é um fator primordial a quem presta serviços.
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que em um shopping center, porém a qualidade tende a ser dentro da expectativa no
caso do shopping, pois tem este custo sobressalente.
A Produtividade é mais que uma simples medida de eficiência produtiva, ela está
relacionada aos objetivos que toda empresa busca atingir, para que se tenha o melhor
resultado na produção ou prestação de um serviço. (Paranhos Filho, 2012)
Prodt = Qt onde,
It
Vamos utilizar um exemplo simples: supondo que uma Fábrica de Laticínios produza
240 Quilos de Queijo em 8 horas efetivas de trabalho. Neste caso temos o resultado
como a produção de 250 Quilos e como recurso as 08 horas de trabalho.
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A Produtividade será então:
It 08 horas (Recurso)
Também podemos ter outros fatores associados à esta medição. Vamos rever o
mesmo exemplo, considerando agora o uso de 02 funcionários no processo, que
também é um Recurso utilizado. Sendo assim teremos:
É importante que a empresa saiba o que está querendo medir como produtividade,
para que a mesma possa avaliar o quanto o processo está adequado.
Porém de nada adianta medir a produtividade se não houver uma META estabelecida e
o MONITORAMENTO da produção.
Produtividade Global: muitas vezes é possível medir uma produtividade mais ampla
com um período mais longo como o anual e fazer comparativos entre anos anteriores,
assim como períodos mensais e utilizar o mesmo critério, acompanhando e
monitorando o processo. Existem situações também que a empresa não tem muito o
detalhe do processo e pode fazer também uma medição Global, por exemplo:
Suponhamos que uma empresa fature no ano corrente, a soma de R$ 3,52 milhões e,
para isto, utiliza 148 funcionários em seu quadro de trabalho. A meta da empresa é ter
uma produtividade de R$ 1,5mil por funcionário. Como o período de faturamento é
anual e o quadro de trabalho é fixo, neste caso temos que converter um dos valores.
Para simplificar vamos atualizar o valor em R$ para o período mensal. Neste caso
temos R$ 3,52 milhões / 12 meses, onde o valor mensal é de R$ 293,3 mil de
faturamento. Agora sim podemos achar a Produtividade, e neste caso vamos dividir o
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resultado R$ mensal encontrado pelo número de funcionários, onde teremos: R$ 293,3
/ 148 func., e a Produtividade será de R$ 1,98 mil por funcionário.
Outra métrica para se medir o desempenho de uma organização, está relacionada aos
Objetivos de Desempenho. O mesmo remete a alguns indicadores estratégicos para
avaliar e acompanhar o desempenho da empresa face ao ambiente externo (que
envolve os clientes) e no ambiente interno (que envolve os aspectos operacionais).
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Objetivo Rapidez ou Velocidade: ter agilidade nos processos, cumprir os prazos
acordados, atender prontamente, principalmente na área de Serviços (comércio
eletrônico, hospitais, bancos, restaurantes).
Objetivo Custos: envolve um processo interno à empresa, que pode afetar o cliente em
relação ao repasse do custo, e consequentemente, ao lucro da empresa. Reduzir
custos, reduzindo qualidade pode ser um grande risco à empresa.
Estas são então algumas das métricas para se medir o bom desempenho da
organização.
Estas práticas foram ao longo do tempo estimuladas a serem praticadas não apenas
nas Indústrias, mas na Cadeia como um todo, desde a sua origem no Produtor primário
até o elo final da Cadeia de Abastecimento.
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De acordo com Germano (2013), estes procedimentos também envolvem:
Para completar as Boas Práticas de Fabricação tem como objetivo garantir a eficácia de
algumas regras consideradas cruciais à proteção do produto, pois uma vez que houver
falhas, há grande risco de contaminação em qualquer etapa do processo produtivo, o
que pode gerar danos à saúde humana.
É importante salientar que as BPF são uma obrigação legal para todas as organizações
do segmento de alimentos, não importando o seu tamanho, produto ou atividade. O
não atendimento à legislação, bem como a alegação de desconhecimento deste
manual, configura uma infração sanitária, passível de penalização até o fechamento do
estabelecimento.
Outra prática próxima das BPF são as BPA (Boas Práticas de Armazenagem) elas
abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de
alimentos, distribuidores, atacadistas e transportadores a fim de garantir a qualidade
sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos
durante o seu processo de armazenagem e transporte.
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Fonte: o próprio autor
As BPA são normas e requisitos que vão além do processo fabril e está mais associado
às questões Logísticas, pois é muito comum ser feita a manipulação destes produtos
por empresas que não têm uma experiência de processo fabril e por isto é necessário
também adotar regras rígidas ao longo da Cadeia de Abastecimento.
Conclusão
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Em relação à Produtividade, vimos que a mesma é um indicador que estabelece a
efetividade da empresa utilizando seus recursos adequadamente para gerar os
resultados ou anseios da organização. A Produtividade tem relação com a Eficiência da
empresa, enquanto que a Eficácia responde pelos objetivos organizacionais, pois está
relacionado ao atendimento ao cliente.
Referências
GERMANO, Pedro M. Leal; GERMANO, Maria Izabel S.. Sistema de Gestão: qualidade e
segurança dos alimentos. Barueri-SP, Editora Manole, 2013.
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