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Aula 3
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Pró-reitoria de EaD e CCDD
Conversa inicial
Contextualizando
Problematização
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Marca B – consumidas pelas classes C, D e E, menos tradicional nos
supermercados, mais tradicional em mercadinhos e sem propaganda veiculada
na TV.
c) Durabilidade – quanto tempo o produto vai durar? Esta é uma informação citada
na embalagem do produto, ou seja, na caixa de bombons, no entanto, ao avaliar o
produto como um todo, observei que a embalagem da marca A garante o produto em
seu estado de conservação até a data indicada na caixa, o da marca B, não.
d) Estética – o produto é bonito? É agradável para quem vê? Por toda a estrutura e
pelo investimento em marketing, o bombom da marca A é mais bonito que o da marca
B, e, pela minha opinião, isso auxilia na hora da compra.
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Resolução do Caso
O conteúdo a ser estudado nessa rota nos permitirá resolver questões como essa no
dia a dia.
Garvin (1992: 59) identifica ainda oito dimensões com vistas a identificar seus
elementos básicos:
1. Desempenho
2. Características/Especificações
3. Confiabilidade
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4. Conformidade
5. Durabilidade
Uso proporcionado por um produto até ele se deteriorar fisicamente. Certas vezes, é
difícil interpretar a durabilidade de um produto, neste caso, a durabilidade passa ser o
tempo até o produto precisar de reparos. Medida da vida útil de um produto: aspectos
técnicos e aspetos econômicos.
6. Atendimento
7. Estética
8. Qualidade percebida
Uma dimensão subjetiva. Reputação é um dos principais fatores que contribuem para
a qualidade percebida. Exemplo: propaganda, marca do produto, participação no
mercado, divulgação informal do produto, etc.
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TEMA 02: O custo da qualidade
Segundo Juran, “custos da qualidade são aqueles custos que não deveriam existir se
o produto saísse perfeito pela primeira vez”. Este autor associa os custos da qualidade
com as falhas de produção que levam a retrabalho, desperdício e perda de
produtividade. Feigenbaum, no entanto, descreve custos da qualidade como aqueles
custos relacionados com a definição, criação e controle da qualidade, assim como
garantia e requisitos de segurança, avaliação e retro alimentação da configuração da
qualidade. Todos os custos relacionados com falhas nos requisitos de produção e
depois que o produto já se encontra nas mãos do cliente. Feigenbaum afirma que
estes custos estão diretamente ligados à satisfação do cliente.
A medida do desempenho dos programas da qualidade pode ser feita pelas falhas do
processo produtivo, assim, podemos, então, medir melhor os custos dessas falhas.
Harrington enfatiza a utilização de medidas de custos da qualidade em programas de
melhoria e os define como custos incorridos para ajudar o empregado a fazer bem o
seu trabalho, custos para saber se a produção é aceitável, assim como todo o custo
que incide sobre a empresa e o cliente, porque a empresa não cumpriu as
especificações e expectativas do cliente.
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Classificação dos custos de qualidade – segundo o modelo de Feigenbaum
a) Custos de prevenção – são todos os custos incorridos para evitar que as falhas
aconteçam, tais como:
Planeamento da qualidade;
Revisão de novos produtos;
Controlo de processos;
Análise e aquisição de dados;
Relatórios de qualidade;
Planeamento e administração dos sistemas de qualidade;
Controlo do projeto;
Obtenção das medidas de qualidade e controlo do equipamento;
Suporte aos recursos humanos;
Manutenção do sistema de qualidade;
Custos administrativos da qualidade;
Gerenciamento da qualidade;
Estudo de processos;
Informação da qualidade;
Outros.
Inspeção de matéria-prima;
Inspeção e teste;
Testes de equipamento;
Material consumido nos testes;
Avaliação de stocks;
Custos de preparação para inspeção e teste;
Custos de controlo de compras;
Operações de laboratório;
Aprovações de órgãos externos como governo, seguro, laboratórios;
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Envio dos produtos testados para a produção;
Demonstração de qualidade, relatórios de qualidade;
Manutenção e setup;
Testes de produção.
c) Custo das falhas internas – são os custos derivados de algum erro do processo
produtivo, seja falha mecânica ou humana. Alguns exemplos de falhas internas:
Refugos;
Retrabalho;
Paradas;
Esperas;
Falhas do fornecedor;
Utilização de material rejeitado para outras finalidades;
Ações corretivas derivadas de materiais e processos;
Outros custos internos.
Atendimento a reclamações;
Material devolvido;
Custos com garantia;
Custos de concessões dadas aos clientes, descontos;
Custos com falhas externas, após garantia;
Serviço de atendimento ao cliente;
Outros custos externos.
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Como medir custos da qualidade
Esses custos são obtidos pela identificação de itens de prevenção, avaliação, falhas
internas e externas. Os cálculos de custos são retirados de relatórios contáveis. O uso
do conceito de valor agregado aos custos da qualidade relaciona os itens de
prevenção e falhas com as atividades que agregam ou não valor para o consumidor.
Podemos entender que o gerenciamento da qualidade baseia-se em eliminar
atividades que não agregam valor e que resultam em custos desnecessários para a
organização.
Considerações finais
O sistema de custos de qualidade tem mostrado ser uma ferramenta importante para
o gerenciamento da qualidade, aliado à estratégia da empresa.
Uma das formas mais simples de se definir produtividade é como sendo a razão entre
a saída (ou o resultado final) de um processo e a entrada, que representa os recursos
necessários à obtenção da saída.
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Como conclusão, podemos afirmar que a produtividade representa quantas unidades
de saída conseguimos para obter uma unidade de entrada. Algumas pessoas
interpretam de maneira equivocada a equação da produtividade. Podemos dizer que
para aumentar a produtividade é necessário fazer duas coisas: ou aumentar a saída,
mantendo a quantidade; ou, para uma mesma saída, diminuir os recursos. Mas, há
outras variáveis envolvidas, como a demanda de mercado, por exemplo, os preços,
etc.
A produtividade pode ser vista de forma mais ampla, levando em conta todas as
variáveis existentes nos processos. O aumento da produtividade deve ser feito
baseada no aumento da qualidade dos produtos durante todo seu ciclo de vida. O
aumento da produtividade é muito maior que o simples aumento dos níveis de
produção. Ele está integrado aos conceitos de qualidade total, levando a empresa a
buscar ganhos em todos os aspectos de suas operações a partir da qualidade.
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a mesma quantidade de matérias-primas e produzindo alfinetes idênticos aos
anteriores, então poderemos dizer que a empresa agora está mais produtiva:
Agora, vamos supor que a taxa de rejeição da empresa era de 10% antes da
reestruturação, ou seja, 10% da sua produção diária era rejeitada por não atender a
requisitos (problema na qualidade). Após a reestruturação, essa taxa aumentou para
45 %. E aí? Como ficou a produtividade? Maior ou menor? A conta é simples:
Antes Depois
Produção real = 5.000 – 500 = 4.500 Produção real = 5.000 – 2.250 = 2.750
Concluímos, com isso, então, que a produtividade piorou. Essa é uma conta que
muitas empresas não levam em consideração na hora de demitir vários funcionários
e obrigar os demais a fazer todo o trabalho pelos demais. Você não pode dizer que
está sendo mais produtivo só porque executa o mesmo volume de trabalho que antes,
com menos funcionários. Você deve levar em consideração também a qualidade do
produto ou serviço (resultado) que está sendo gerado com a equipe de trabalho
reduzida.
Essa conta da produtividade pode ser feita para qualquer recurso, por exemplo,
matéria-prima. Se você utilizar material de baixa qualidade, com o objetivo de produzir
mais produtos, você pode estar comprometendo a qualidade e, consequentemente, a
aceitação do seu produto por clientes. Por isso, em vez de usar o conceito clássico de
que produtividade é igual ao volume de produção dividido pelos insumos, é preferível
dizer que produtividade é igual a resultados/insumos, pois, assim, os resultados
também estão levando em conta a qualidade do que é produzido.
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Muitas pessoas tratam a qualidade como uma área isolada das demais,
principalmente em relação às finanças. Isso é um erro grave, na minha opinião. Os
conhecimentos sobre a qualidade podem ser utilizados como uma poderosa
ferramenta para melhorar o desempenho financeiro das empresas. Esse é um dos
princípios básicos da Gestão pela Qualidade Total.
Qual a sua estratégia para vender? Quem correr mais e com mais qualidade vencerá.
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Planejamento Estratégico, sua política e seus objetivos da qualidade são desdobrados
deste planejamento. Os objetivos da qualidade devem ser possíveis de serem
medidos, podendo ser avaliados através do estabelecimento de metas e do uso de
indicadores que permitam aos demais gestores acompanhá-los e realizar a gestão de
seus processos.
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as organizações. Para atingir objetivos estratégicos através da gestão da qualidade,
é necessário implantar um modelo de gerenciamento e controle da qualidade para a
otimização e racionalização de processos, criando uma cultura inovadora que
possibilite acompanhar as tendências do mercado. No Brasil, podemos citar três
modelos bem difundidos e com resultados reconhecidos, no ambiente empresarial:
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Os conceitos de qualidade, produtividade e competitividade
caminham juntos e estão interligados e interdependentes, pois a competitividade
decorre da produtividade, que, por sua vez, decorre da qualidade. Podemos afirmar
que a sobrevivência da empresa depende da sua competitividade, e esta da sua
produtividade, e esta, finalmente, da qualidade, conforme nos mostra a imagem a
seguir:
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Na Prática
Escolha um produto que você tenha adquirido recentemente. Agora, com base nas
dimensões de Garvin, analise e relate para cada dimensão o que você pôde observar
sobre a qualidade do produto adquirido. Se desejar, faça uma publicação no fórum da
disciplina, pois poderá ajudar outros colegas de curso e esclarecerem as suas
dúvidas.
Síntese
Referências
file:///C:/Users/User/Documents/Abordagem%20das%20Dimens%C3%B5es%20de%
20Qualidade,%20segundo%20Garvin.htm
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RIGONI, José R. Conceitos de Qualidade e Produtividade para a melhorar o
desempenho da sua empresa. 2010. Disponível em:
<http://www.totalqualidade.com.br/2010/05/conceitos-de-qualidade-e-
produtividade.html>. Acesso em: 04 jul. 2016.
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