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COLETÂNEA DE TEXTOS
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da empresa. A este modelo de gestão chamamos de “Gestão pela Qualidade Total”
ou GQT.
Uma empresa para ser competitiva deve conhecer todos os fatos e dados
de seu contexto empresarial. A informação deve envolver todo o contexto do
ambiente, as ameaças e oportunidades no que se denomina “informação competitiva”.
Além de considerar as ameaças e oportunidades externas, a empresa deve
também conhecer suas atividades internas: seus pontos fortes e passíveis de
melhoria.
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CONCEITOS BÁSICOS DA QUALIDADE TOTAL
Requisitos do cliente – São os desejos dos clientes, o que eles esperam do produto.
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Programa da Qualidade – Ação planejada que tem como objetivo adequar o modo de
gestão da empresa, fazendo uso dos conceitos e técnicas da qualidade. Define quais
as técnicas que serão utilizadas ao longo do tempo.
Sendo uma filosofia, uma estratégia empresarial, a GQT possui uma série
de princípios que a distingue de outras estratégias. São elas:
O cliente como prioridade absoluta,
Priorizar a Qualidade,
Ampliação do conceito de Qualidade para prever a satisfação de
acionistas, colaboradores, comunidade, fornecedores e clientes,
Responsabilidade de todos pela Qualidade,
Melhoria Contínua,
Atuação de todos na melhoria da Qualidade,
Aplicação de técnicas estatísticas,
Educação e capacitação das pessoas,
Mudança de mentalidade,
Liderança.
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- Liderança comprometida e sabendo onde quer chegar;
- Treinamento intensivo;
- Trabalho em equipe;
- Uso de uma família inteira de técnicas ;
- Esforço genuíno e duradouro para entender o cliente;
- Visão clara dos objetivos;
- Integração da Qualidade com as estratégia básicas da empresa;
- Alta velocidade no desenvolvimento de novos produtos;
- Disposição de mudar;
- Compromisso com a melhoria contínua.
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A QUALIDADE COMO ESTRATÉGIA DE NEGÓCIO
Esse conjunto de decisões que devem ser tomadas pela empresa, visando
definir o caminho a seguir, ou como se posicionar frente ao ambiente é o que
chamamos de estratégia. Esse caminho a ser seguido é estabelecido por dois pontos
básicos: onde estamos e onde queremos chegar. Isso significa saber qual é a nossa
realidade atual e quais são os nossos objetivos. A partir disso podem ser traçados os
planos de ação para atingimento dos objetivos.
Tipos de Estratégias
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Foco de Atuação – a empresa se dedica a determinada parcela ou
segmento do mercado, ou uma linha de produtos, um mercado
geográfico, entre outros enfoques. A empresa busca atender melhor o
segmento alvo de sua atuação.
FOCO NO CLIENTE
Clientes – São todos aqueles que adquirem e fazem uso dos produtos da empresa.
Assim deve ser dada maior atenção àquelas características do produto que
são percebida pelos clientes. O cliente não está disposto a pagar pelas características
não percebidas.
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Simulação do papel do cliente
Tratamento das reclamações de clientes
Testes com o produto
Canal direto de comunicação
Reuniões com grupos de clientes
Toda empresa tem que ser analisada e entendida de uma maneira ampla,
considerando todas as suas funções, processos e atividades para gerar os produtos.
Essa é análise global é definida como “análise sistêmica” da empresa e procura
enxergar a empresa como um todo, usando o conceito de sistema.
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EMPRESA AMBIENTE
Matéria-prima
Insumos ADMINISTRAÇÃO
Informações
PROCESSOS
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ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS
ATIVIDADES
ATIVIDADES
TES
TES
DE
CLI
EN
DE
CLI
ENTRADA
EDO
FOR
NEC
SAÍDAS
RES
EN
ENTRADA
EDO
FOR
NEC
SAÍDAS
RES
SS TRANSFORMAÇÃO
TRANSFORMAÇÃO (outpus)
(outpus)
(inputs)
(inputs) (Execução)
(Execução)
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Medida: indicadores e meios para medir os resultados obtidos ou
utilização dos recursos.
MATÉRIA
MATÉRIA MÃO-DE-
MÃO-DE- MÁQUINAS
MÁQUINAS
PRIMA
PRIMA OBRA
OBRA
PRODUTO
PRODUTO
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GERENCIAMENTO DA QUALIDADE
Tudo isso deve ser feito de modo a atender a segunda parte do conceito de
gerenciar: atingir resultados.
Ciclo PDCA
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P – Planejamento
D – desenvolvimento
C – Checagem
A – Ação Corretiva
Definir
Definir novas
novas
metas Qual
Qual éé oo objetivo
objetivo ??
metas
Definir
Definir Metas
Metas
Definir
Definir ação
ação ee Meios
Meios
corretiva
corretiva
A P
Analisar
Analisar os
desvios
os C D Comunicar/Treinar
Comunicar/Treinar
os
os envolvidos
envolvidos
desvios
Comparar
Comparar Executar
Executar conforme
conforme
resultados
resultados com
com planejado
planejado
as
as metas
metas
Cartas de Controle
SISTEMA DA QUALIDADE
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Um processo é um conjunto de atividades.
Uma atividade é um conjunto de tarefas.
A tarefa é uma ação elementar do processo produtivo.
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PLANEJAMENTO
Planejamento Estratégico
MISSÃO
MISSÃO
NEGÓCIO
NEGÓCIO VISÃO
VISÃO
ANÁLISE
ANÁLISE ANÁLISE
ANÁLISE
INTERNA
INTERNA EXTERNA
EXTERNA
ANÁLISE
ANÁLISE ESTRATÉGICA
ESTRATÉGICA
Pontos
Pontos Fortes
Fortes ee Ameaças
Ameaças ee
Passíveis
Passíveis de
de Oportunidades
Oportunidades
Melhoria
Melhoria
FATORES
FATORES CRÍTICOS
CRÍTICOS DE
DE
SUCESSO
SUCESSO
PLANO
PLANO ESTRATÉGICO
ESTRATÉGICO
PLANO
PLANO TÁTICO
TÁTICO
OPERAÇÃO
OPERAÇÃO DO
DO
NEGÓCIO
NEGÓCIO
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
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A partir do planejamento estratégico, devem ser fixados os objetivos e
matas da empresa para cada ano. O planejamento anual é composto basicamente
pelos seguintes passos:
Esse plano geralmente é feito no final do ano e tem como horizonte o ano
seguinte. Este plano é desdobrado em Planejamento de Produção e Programação
Mensal.
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CONTROLE DE PROCESSO
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GERENCIAMENTO DE PESSOAS
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Das definições acima podemos concluir que ninguém motiva ninguém pois
motivação é algo espontâneo. A satisfação decorre de uma conduta motivada, porém
a motivação não leva necessariamente à satisfação.
NÍVEL NECESSIDADES
AUTO-REALIZAÇÃO Realização do seu próprio potencial,
Autodesenvolvimento, Criatividade, Auto-
expressão
AUTO-ESTIMA Autoconfiança, Independência, Reputação etc.
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MELHORIA CONTÍNUA
Nível de
desempenho do
processo Novo nível de
desempenho
MELHORIA
MELHORIA
Nível anterior
Tempo/Produção
Figura 07 – Melhoria Contínua.
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Os itens de avaliação do PNQ são:
1. Liderança,
2. Informações e análise,
3. Planejamento estratégico,
4. Desenvolvimento e gestão de recursos humanos,
5. Gestão de processos,
6. Resultados do negócio,
7. Foco no cliente e sua satisfação.
Monitoramento
Benchmarking
Gestão do Conhecimento
Inovação Tecnológica
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Gestão da Vida
Esta é uma tendência recente que enxerga o homem como um todo e suas
relações com o meio ambiente e a comunidade em que ele vive. Esse modo de
gestão integra a GQT com as condições de trabalho, segurança e saúde das pessoas
na empresa, com a Gestão Ambiental e a preservação do meio ambiente.
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NORMAS ISO 9000
HISTÓRICO
NORMAS DA
QUALIDADE PARA
USINAS NUCLEARES
NORMAS
MILITARES MIL STD 9858 (1959)
AMERICANAS
INÍCIO DE UM
PUBLICAÇÃO DA
MODELO MAIS
BS 5750 (1979) ABRANGENTE
NORMA DE
GUIAS PARA IMPLANTAÇÃO SISTEMA DA
QUALIDADE
Em dezembro de 2000 foi publicada a nova versão das normas ISO 9000 chamada
ISO 9000:2000. Com esta revisão, deixaram de existir as normas ISO 9002 e 9003.
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ISO 9000:2000
A nova ISO 9001:2000
Francesco De Cicco
Diretor-Executivo do QSP
No dia 15 de dezembro de 2000, foi finalmente publicada a nova série de normas ISO 9000,
após mais de quatro anos de discussões.
Usuários de todas as partes do mundo, ouvidos através de uma pesquisa conduzida pela
própria ISO, foram muito críticos em relação à ISO 9001 edição de 1994, classificando-a
como "pesadona", "confusa" e com "forte viés de manufatura". Esses aspectos foram
detalhadamente analisados, em conjunto com as sugestões dos usuários que queriam uma
norma voltada para os processos da organização, para seus clientes e para a melhoria
contínua do desempenho do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ).
Com tudo isso em mente, o Subcomitê (SC2) do TC 176 da ISO desenvolveu um modelo de
processo para retratar os requisitos genéricos de um SGQ, como mostrado na figura 1.
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Nota: O PDCA ("Plan", "Do", "Check", "Act") pode ser aplicado a todos os processos. Resumidamente, o
PDCA pode ser descrito da seguinte maneira frente à nova ISO9001:
O resultado final dessas considerações foi a criação de um novo formato para a ISO 9001, direcionado a um
enfoque de processo unificado, o qual classifica as atividades de uma organização em cinco seções básicas:
Seção 4 – Sistema de Gestão da Qualidade: estabelece requisitos globais para um SGQ, incluindo requisitos
para documentação e registros.
Seção 6 – Gestão de Recursos: estabelece requisitos para o fornecimento de recursos para o SGQ, incluindo
requisitos para treinamento.
Seção 7 – Realização do Produto: estabelece requisitos para produtos e serviços, incluindo atividades de análise
crítica de contrato, aquisição, projeto e calibração.
Seção 8 – Medição, Análise e Melhoria: estabelece requisitos para atividades de medição, incluindo medição da
satisfação do cliente, análise de dados e melhoria contínua.
A figura 2 a seguir mostra como os 20 elementos da ISO 9001:1994 foram redistribuídos pelas cinco novas
seções da edição 2000.
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Vista panorâmica da ISO 9001:2000
Na seqüência, vamos apresentar aos leitores uma visão geral de cada uma das cinco seções da nova norma.
Essa seção fornece os requisitos gerais do SGQ que devem ser atendidos pela organização, destacando-se as
seguintes condições:
Aqui faremos um breve parênteses, para falar um pouco mais sobre os requisitos de documentação. A nova ISO
9001 contém apenas seis áreas que requerem agora, de forma mandatória, a existência de procedimentos
documentados. Eles estão explicitados nas seguintes subseções:
Além do manual da qualidade, a nova norma exige também que a organização, para realizar suas atividades de
produção e serviços associados sob condições controladas, deve considerar a disponibilidade de instruções de
trabalho. Para todas as outras áreas, fica a critério de cada organização definir quais documentos
(procedimentos) cada área necessitará, a fim de garantir o planejamento, a operação e o controle efetivos de
seus processos.
Essa definição por parte da empresa deve se basear no tamanho, tipo e atividades da organização, na
complexidade e interação de seus processos e na competência de seu pessoal. Tal flexibilidade com os
procedimentos exigirá da empresa um cuidado muito maior em relação às suas necessidades de documentação,
o que levará também os Organismos Certificadores a auditar o SGQ com base em verificações e entrevistas
com as pessoas-chave da organização, que deverão demonstrar ter um efetivo controle sobre os processos e
sobre o SGQ como um todo.
A alta direção da organização, com a nova ISO 9001, deverá passar a ter um papel bem mais ativo em relação
ao SGQ. É requerido agora que a alta administração:
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periódicas do SQG, e demonstre que são tomadas decisões e ações relacionadas a atividades de melhoria do
SGQ, dos processos e dos produtos da organização.
Essa seção requer que a organização determine e forneça recursos para implementar, manter e continuamente
melhorar a eficácia do Sistema de Gestão da Qualidade. Também é requerido que sejam determinados e
fornecidos os recursos necessários para aumentar a satisfação do cliente, atendendo aos seus requisitos.
Outros requisitos dessa seção incluem as seguintes condições:
Executar atividades que afetam a qualidade do produto com pessoal competente, com base em ações de
educação, treinamento, habilidades e experiências apropriados, bem como avaliar a eficácia das respectivas
ações tomadas; Assegurar que as pessoas estão conscientes da relevância e importância de suas atividades e
de como estas contribuem para que os objetivos da qualidade sejam alcançados; Manter registros da educação,
treinamento, habilidades e experiência do pessoal; Identificar, fornecer e manter a infra-estrutura (instalações)
necessária para alcançar conformidade com os requisitos do produto, incluindo serviços de apoio como
transporte, comunicação e manutenção; Determinar e gerenciar os fatores do ambiente de trabalho necessários
para alcançar a conformidade do produto.
Os principais requisitos dessa seção incluem os elementos a seguir enumerados, devendo o usuário da norma
sempre lembrar que, conforme definido em toda a série ISO 9000, o termo "produto" pode também significar
"serviço":
Planejamento e desenvolvimento dos processos necessários para a realização do produto; Análise crítica de
contrato e comunicação com o cliente, nos processos relacionados ao cliente; Requisitos para projeto e
desenvolvimento do produto, incluindo o controle de alterações desses elementos; Requisitos para aquisição;
Produção e serviços associados (controle de processos, incluindo processos especiais); Identificação e
rastreabilidade; Controle da propriedade do cliente; Preservação do produto; Controle de dispositivos de
monitoramento e medição.
Nessa seção, os requisitos para auditoria interna foram ampliados, incluindo agora também a auditoria do SGQ
conforme disposições estabelecidas pela própria organização. Outros elementos dessa seção abrangem:
Exclusões
A subseção 1.2 ("Aplicação") da nova ISO 9001 merece especial atenção, particularmente dos usuários das
atuais normas ISO 9002 e ISO 9003:1994. Agora, eventuais exclusões estão limitadas somente aos requisitos
da seção 7, e cada exclusão deve ser explicada no manual da qualidade, a fim de garantir que os clientes não
sejam induzidos a erros ou fiquem confusos sobre o objetivo do SGQ da organização (os Organismos
Certificadores deverão explicitar as exclusões nos futuros certificados ISO 9001:2000 por eles emitidos).
A empresa deve definir claramente quais produtos estão dentro do escopo do SGQ. Aqueles que estiverem
incluídos nesse escopo deverão atender a todos os requisitos da ISO 9001:2000, a menos que a organização
possa demonstrar claramente que certos requisitos da seção 7 não se aplicam.
Exclusões típicas podem incluir: a) projeto, se a empresa não for a responsável pelo projeto ou desenvolvimento
dos produtos que ela fornece; b) propriedade do cliente: c) identificação e rastreabilidade; d) controle de
dispositivos de monitoramento e medição, especialmente no caso de organizações do setor de serviços.
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Observações Finais
De acordo com o que muitas empresas certificadas têm nos relatado, os maiores desafios para elas se
adequarem à nova ISO 9001 têm sido: o estabelecimento e a implementação de medições; a
incorporação da abordagem de processos à gestão dos negócios; a mudança do enfoque e do
pensamento baseado unicamente em conformidades; e o envolvimento efetivo dos membros da alta
administração nas questões relacionadas ao SGQ.
Teoricamente, as organizações certificadas terão até dezembro de 2003 para se adequar à ISO 9001
revisada. Mas, perguntamos: que empresa desejará carregar, daqui a alguns meses, o estigma de ser
uma organização que tem um sistema baseado numa norma "ultrapassada", que nem sequer considera
a melhoria contínua como requisito e é bastante centrada em "procedimentos documentados"?
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BRAINSTORMING1
As fases e os princípios
a - Determinação prévia do assunto
Deve ficar bem claro, quanto maior a antecedência melhor.
b - Apresentação dos princípios e regras básicas do brainstorming
- Supressão de críticas: internas e externas ao indivíduo (por parte
dos demais, do tipo: "Isto é bobagem" ou "Não tem sentido".
c - Coordenador
O coordenador vai passando a palavra de modo a evitar que vários
falem ao mesmo tempo ou que um anotador fique sobrecarregado. Ele não
deve fazer críticas mas pode estimular o Grupo indicando idéias sugestivas.
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O anotador anota as idéias, não nomes. As idéias de carona têm prioridade
para não se perder o momento.
- Deixar funcionar o processo de livre associação: por isso mesmo,
vale falar loucuras e são oportunas as caronas nas idéias lançadas.
- As idéias devem ser emitidas de FRASES CURTAS, sem
justificativas. Não é o momento para explicações. Ficam para depois.
- Quantidade de idéias: quanto mais, melhor.
- Para cada grupo de quatro a seis pessoas convém ter um
ANOTADOR, a não ser que se prefira o PAINEL. Neste caso, a pessoa lê a
idéia e afixa no PAINEL.
Final do Brainstormig
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BALANCED SCORECARD
Contudo este desenvolvimento tem que ser sustentado por uma análise e intervenção
constante na performance dos processos internos, os processos-chave do negócio.
A melhoria dos processos internos no presente é um indicador chave do sucesso
financeiro no futuro.
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Processos Internos/Operações: inovação (desenvolvimento de novos produtos e
processos), operação (produção, distribuição, vendas), serviços pós venda
(assistência técnica, atendimento a solicitações do cliente).
Aprendizado e Crescimento - Pessoas/Organização: desenvolvimento de
competências da equipe, Infraestrutura tecnológica, cultura organizacional e clima
para ação.
O Balanced Scorecard é definido para cada empresa de acordo com sua estratégia e
constitui um instrumento para gerenciar a implementação da estratégia.
Financeira
Indicadores
Iniciativas
Objetivos
“Para ter
sucesso
Metas
financeiro, como
deveríamos
parecer aos
acionistas?”
Processos Internos
Clientes
“Para satisfazer
Indicadores
Indicadores
Iniciativas
nossos Clientes
Iniciativas
Objetivos
“Para alcançar
Objetivos
e Parceiros, em
nossa Visão VISÃO E
Metas
Metas
Aprendizagem e
Crescimento
“Para alcançar
Indicadores
Iniciativas
nossa Visão
Objetivos
como
Metas
manteremos
nossa
habilidade de
mudar e
melhorar?”
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DEFINIÇÃO E PRINCÍPIOS DO QFD
Autor: Manoel Otelino
Fonte: Dissertação de Mestrado apresentada por Manoel Otelino junto a EESC -USP
Extração: a extração é o processo de criar uma tabela a partir de outra, ou seja, de utilizar
os elementos de uma tabela como referência para se obter os elementos de outra tabela
(CHENG et al., 1995). Segundo CHENG et al (1995), uma matriz de QFD é sempre
constituída do cruzamento de duas matrizes. Por exemplo, a casa da qualidade, a mais
famosa matriz de QFD, é composta do cruzamento da tabela dos requisitos dos clientes
com a tabela das características de qualidade.
Relação: a relação é o processo de identificar a intensidade do relacionamento entre os
dados das duas tabelas que compõem a matriz (CHENG et al., 1995).
Conversão: existem dois tipos de conversão. O primeiro, indicado por OHFUJI et al.
(1997), significa a transformação (ou modificação) dos dados originais coletados em
pesquisas de mercado para dados “trabalhados” e analisados que podem ser usados como
requisitos dos clientes. É, portanto, um processo qualitativo. O segundo, descrito por
CHENG et al. (1995) e por OHFUJI et al. (1997), se refere ao processo de transferir a
importância relativa (peso) dos dados de uma tabela da matriz para os dados da outra
tabela, em função da intensidade das relações existentes entre eles. É, portanto, um
processo quantitativo.
Princípios do QFD
Para CHENG et al (1995), o QFD se fundamenta sobre três princípios básicos, cada
um expressando um par de idéias: subdivisão e unificação; pluralização e visibilidade; e
totalização e parcelamento. Porém, SIVALOGANATHAN & EVBUOMWAN (1997) citam um
quarto princípio, o princípio do desdobramento. Estes princípios estão descritos abaixo:
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Princípio da Subdivisão e Unificação
A subdivisão se refere aos desdobramentos dos objetos de análise da metodologia
qualidade e trabalho, buscando um nível de detalhamento cada vez maior. A unificação se
refere à necessidade de reunir as idéias detalhadas encontradas em grupos hierarquizados.
Princípio do Desdobramento
Segundo SIVALOGANATHAN & EVBUOMWAN (1997), desdobrar significa
assegurar a qualidade do produto através da qualidade dos subsistemas; assegurar a
qualidade dos subsistemas através da qualidade das partes; assegurar a qualidade das
partes através da qualidade dos elementos dos processos de fabricação.
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GESTÃO DO CONHECIMENTO
O segredo não mais está em deter o conhecimento nas mãos de poucos, mas
divulgá-lo em toda a organização. Distribuir e não reter o conhecimento. A criação,
desenvolvimento e aplicação do conhecimento nas organizações se faz geralmente
através de quatro maneiras:
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1. Socialização: é a base para a aquisição do conhecimento tácito (refere-se ao
conhecimento pessoal, cuja natureza nem sempre permite que seja formalizado e
comunicado) é a experiência, aprendizagem a partir da observação, iniciação e
prática. O conhecimento tácito é eminentemente intuitivo. Esta forma de
aprendizagem não tem nenhuma relação com a linguagem.
2. Modelos mentais: são os insights da pessoa que funcionam como referência para
ações e decisões no ambiente de trabalho.
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4. Aprendizado em equipe: é a capacidade de desenvolver conhecimentos e
habilidades coletivas de colaboração. Habilidades sociais e capacidade de
relacionamento interpessoal são importantes.
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entre pessoas é o processo que constrói conceitos em cooperação com os outros. A
cristalização é o processo através do qual vários departamentos dentro da
organização testam a realidade e a aplicabilidade do conceito através do trabalho das
equipes passando a integrá-lo e incorporá-lo em suas atividades.
Mas as coisas nem sempre são fáceis. Os três principais desafios da gestão do
conhecimento são:
2 Peter Senge, The Fifth Discipline: The Art and Practice of Learning Organization, Nova York, Currency
Doubleday, 1990
3 Mike Pedler, John Burgoyne & Tom Boydell, The Learning Company, Nova York, McGraw-Hill, 1991
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SA8000 – DA QUALIDADE TOTAL À QUALIDADE SOCIAL
Resumo
A nível global, no decorrer das últimas, décadas sucessivas vagas de requisitos
têm atingido as práticas de gestão. As empresas adaptaram-se, ou estão a tentar
adaptar-se a normas de gestão da qualidade e gestão ambiental e a legislação,
normas e regulamentação no campo da segurança e saúde ocupacional. A publicação
da norma SA 8000, dedicada à "Responsabilidade Social" é um presságio de eventos
mais vastos.
Introdução
Cerca de 300.000 crianças trabalham ilegalmente nos Estados Unidos,
algumas ligadas a empresas de prestígio como Heinz, J.C.Penny, Sears, Wal-Mart e
Campbell. A lista de infrações é longa, crianças podem ser encontradas em estaleiros
de obra em Nova Iorque ou nas vindimas na Califórnia. O trabalho infantil tem trazido
às empresas americanas um benefício anual estimado em 137 milhões de Euros.
Estes dados foram revelados num estudo conduzido pela Associated Press (AP et
Kruse, 1998), que teve consequências sísmicas no mundo empresarial americano.
Como todo sabemos problemas similares podem ser encontrados no nosso lado do
Atlântico, de Lisboa a Vladivostok (vide e.g. OIT, 1998).
Contudo o trabalho infantil não é mais que um exemplo entre muitos de
práticas empresariais não éticas. Através do mundo ocidental tais problemas têm sido
regularmente descartados como pragas de países do 3.º mundo, mas uma nova
consciência de ética empresarial está a emergir que reconhece a verdadeira extensão
dos problemas existentes.
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Hoje em dia, com cada vez mais frequência, as empresas estão sujeitas ao
escrutínio de governos, clientes, sindicatos, grupos de defesa de direitos humanos,
comunidades locais e outros partes interessadas, para demonstrarem que as suas
atividades são conduzidas de uma forma social e eticamente aceitável.
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De onde vem a SA8000?
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O que é abrangido pela SA8000?
Trabalho infantil
Trabalho forçado
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requisito. A ainda relevante questão do trabalho escravo, e do tráfico de escravos não
é explicitamente mencionada.
Nos países em que as leis locais afectem estes direitos, a empresa deve tentar
encontrar ‘meios paralelos’ de os aplicar.
Discriminação
Práticas Disciplinares
Muitas outras práticas injustas ficam por abordar na norma (e.g. privação de
trabalho, redução da qualidade das condições de trabalho, isolamento, etc.)
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Figure 5: Brunei - Punição corporal exemplificada num manequim.
Horário de trabalho
Remuneração
Sistemas de Gestão
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5. Controlo de fornecedores;
6. Ações corretivas;
7. Comunicações externas;
8. Acesso para for verificação;
9. Registros.
Nos dias que correm as empresas são cada vez mais pressionadas para
dedicar os seus esforços a práticas laborais legais e socialmente corretas, extensivas
às suas escolhas de aprovisionamento. A velocidade do impacto dos media significa
que as empresas necessitam de ser mais flexíveis e transparentes, conquanto
problemas numa só instalação ou com um só fornecedor podem acarretar
conseqüências severas para toda a empresa. Mesmo as empresas socialmente mais
responsáveis podem sentir a necessidade de demonstrar publicamente o seu
empenho nos valores humanos básicos, após eventos serem ampliados fora das suas
proporções pelos media. Veja-se as complicações que declarações sobre a
homossexualidade trouxeram ao Banco da Escócia e à Laura Ashley.
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organizações por detrás da certificação SA8000 esperam que estes benefícios tragam
significativas poupanças, compensando o custo associado à certificação.
A questão ética deve ser também levanta quanto à aplicação da norma: deve
uma empresa ser auditada por outra entidade comercial sobre o seu desempenho
ético? Para agravar a situação não existe ainda publicada uma norma sobre auditoria
da gestão da qualidade social.
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empregue para induzir em erro os consumidores, transformando a SA8000 em não
mais que uma mudança cosmética.
Finalmente, e por definição, qualidade social não pode ser limitada aos
trabalhadores, ela abrange também as comunidades afetadas pela atividade da
empresa. Os requisitos da norma são muito focados no trabalhador, deixando as
portas abertas para má prática grosseira no que diz respeito à comunidade.
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Um horizonte mais vasto: Desenvolvimento sustentado
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Figura 6: Desenvolvimento sustentado: a trindade
Comentários finais
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?????????
Qualidade social??
Gestão ambiental
Saúde e segurança ocupacional
Qualidade Total
Gestão da qualidade
Garantia da qualidade
Controlo de qualidade
Inspeção da qualidade
Desenvolvimento organizacional
Controlo da produção
Estudos de trabalho
1960 1980 2000 2010
Figura 7: Ênfase da gestão na história recente
A relevância de cada abordagem não pode ser julgada per se, mas somente no
contexto de cada empresa e do seu ambiente. Cada abordagem pode ter o seu papel
na implementação da qualidade social, desde que as suas limitações e as
repercussões de atitudes reducionistas sejam inteiramente reconhecidas. Contudo o
caminho escolhido pode servir melhor os interesses da empresa de consultores que
vende esse serviço, que os interesses da empresa onde é seguido.
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10 TENDÊNCIAS PARA A DÉCADA NA ÁREA DA QUALIDADE
O presidente do Instituto Juran analisa o que está para acontecer em empresas de vanguarda e
sistematizam as principais forças que já estão em movimento no domínio da qualidade. Conhecendo-as
terá um retrato de como será a gestão da qualidade no século XXI.
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de tempo. Estes são os poucos problemas vitais que criam os avanços em termos de
qualidade através da redução de desperdícios e da melhoria significativa da
satisfação de clientes.
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5. Equipes de trabalho autodirigidas.
As empresas estão a caminhar no sentido de aquisição do controle por toda a
empresa.
Os horários de trabalho, a contratação, a formação, a gestão de salários, o
design de ferramentas, o desenvolvimento de processos, o desenho e redesenho de
processos e a reengenharia são efetuados por equipes, sem necessidade de recorrer
a planificadores externos para ditar as regras, estabelecer as normas e examinar o
desempenho.
O conceito de empregados investidos de poder (empowerment) abrange muitas
novas idéias. Este tipo de empregados possuem um controle próprio: os meios
necessários para avaliar a qualidade dos seus processos de trabalho, para
interpretarem as avaliações e para as compararem com os objetivos propostos,
agindo convenientemente quando o processo está fora de controle.
No entanto, o empowerment ultrapassa o mero autocontrole. Os empregados
sabem como alterar o processo e melhorar a performance; compreendem a forma de
planejar com vista à qualidade; sabem quem são os seus clientes, quais as suas
necessidades, desejos e expectativas; sabem projetar novos bens e serviços que vão
ao encontro dessas necessidades; sabem desenvolver os processos de trabalho
necessários; sabem como desenvolver e utilizar as avaliações de qualidade
necessárias; e sabem como melhorar continuamente os processos.
Em resumo, compreendem e utilizam diariamente os três processos básicos de
gestão da qualidade: planejamento, controle e melhoria da qualidade. Estes três
processos universais de gestão, freqüentemente denominados como a Trilogia Juran
constituem o mais importante bloco da gestão da qualidade total.
6. Sistemas de Informação.
Donald Peterson, antigo presidente da Ford Motor Company , salienta
sobremaneira a importância da correta informação. Quando a Ford ´espiou´
(benchmarking) a concorrente Mazda, ficou extremamente bem impressionada com a
forma de gestão desta seção do negócio. Como afirma Peterson: ´Talvez o mais
importante se prenda com a forma como a Mazda identificou os tipos de informação e
como se convenceu de que eles eram verdadeiramente úteis, sem se preocuparem
com outros tipos de dados. Na Ford, éramos bombardeados com montanhas de
dados inúteis e perdíamo-nos com a existência de inúmeros níveis de controle desses
mesmos dados.´
Os sistemas de informação constituem uma parte importante da gestão da
qualidade total. Contudo, em muitas empresas eles estão ainda numa fase
embrionária, ou, mais grave ainda, já existem, mas não são utilizados. Na conferência
do Instituto Juran realiza- da em 1991, Tim Schlange apresentouuma notável tese
descritiva da sua pesquisa de mestrado sobre sistemas de informação de qualidade.
Durante a sua pesquisa levada a cabo na Universidade de Columbia, Schlange
estudou os sistemas de informação de qualidade em quatro empresas dos Estados
Unidos. A conclusão mais notória era o fato de apenas numa das empresas
estudadas ter encontrado pessoas que realmente utilizavam a informação na
qualidade. Essa empresa, a Xerox, transformou os dados recolhidos em informação
útil, transformando essa informação em ação. A informação foi utilizada para melhorar
a geração seguinte de produtos, melhorar os processos de negócios, reduzir o tempo
dos ciclos, melhorar a distribuição, os serviços no terreno, compreender melhor as
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necessidades dos clientes e conceber produtos e serviços para irem ao encontro
destas necessidades.
As restantes empresas possuíam os dados e a informação, mas simplesmente
não os utilizavam.
8. Enfoque no cliente.
Atualmente, as empresas concentram-se nos clientes de uma forma
considerada há algum tempo como impensável ou impossível. A importância de se ir
mais além do que o simples objetivo de um cliente satisfeito, para um cliente leal ou
encantado, foi demonstrado recentemente pelo exemplo do Banc One. Os bancos
não constituem um negócio muito próspero nos Estados Unidos, mas a verdade é que
o Banc One tem-se saído bastante bem. De fato, o Banc One é o segundo banco
mais rentável do mundo. Estas são algumas lições que devem ser aprendidas no que
diz respeito à abordagem de clientes.
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O Banc One desenvolveu modelos estatísticos para perceber o comportamento
do cliente como uma função da satisfação de clientes. Descobriram que um cliente
encantado está cinco vezes mais inclinado a adquirir outros produtos financeiros do
que um cliente meramente satisfeito. Mais importante ainda, estes clientes
encantados terão quatro vezes menos probabilidades de deixar o banco quando
comparados aos clientes simplesmente satisfeitos.
O Banc One ficou surpreendido ao constatar que existe uma diferença muito
tênue entre os clientes que se encontram satisfeitos e aqueles que são neutros ou
mesmo insatisfeitos. Por outro lado, os clientes muito satisfeitos, ou os clientes
encantados, são os verdadeiros fornecedores de lucros, os leais. E mesmo que nós
não tenhamos esse produto, são eles que nos dão novas idéias e nos ajudam a
conceber novos produtos. Em resumo, eles trabalham conosco.
Este enfoque implacável nos clientes é precisamente a marca distintiva do
enorme sucesso da Wal-Mart. Sam Walton possui uma compreensão instintiva da
qualidade, ou seja, qualidade significa ´dar aos clientes aquilo que eles querem´. No
livro Sam Walton — Made in America, ele coloca-se na pele do cliente — algo que
nos é muito familiar — e diz-nos o seguinte: ´Se nos pusermos no lugar do cliente,
constatamos que queremos tudo: uma ampla variedade de mercadoria de boa
qualidade; os preços mais baixos possíveis; satisfação garantida naquilo que
compramos; um serviço eficiente e simpático; horários convenientes; estacionamento
gratuito; e uma experiência de compras agradável.´
Sejam bancos, venda a retalho ou indústria automóvel, as empresas que maior
sucesso atingem partilham uma obsessão comum: fazer do cliente o centro de tudo
quanto fazem. E não é suficiente satisfazer apenas os clientes; eles precisam de ser
encantados, ou seja, serem eles próprios surpreendidos por não verem as suas
necessidades apenas satisfeitas, mas excedidas.
9. Benchmarking e Auto-avaliação.
O benchmarking e a auto-avaliação poderá ser uma das mais úteis tendências
desenvolvidas nos últimos 12 anos. Empresas no México, Austrália, América do Sul,
Europa, África, Sudeste da Ásia e mesmo no Japão estão a utilizar os critérios do
Prêmio Nacional de Qualidade Malcolm Balridge para avaliar a sua performance.
Muitas outras empresas estão a utilizar as normas de qualidade ISO9000 tanto para
uma auto-avaliação como para uma avaliação por terceiros. Na Europa, as empresas
estão a começar. a utilizar os novos critérios do Premio Europeu de Qualidade para
medirem a sua performance em relação a um conjunto rigoroso de requisitos de
qualidade.
Este tipo de avaliações fornece aos gestores de topo uma boa base dos níveis
atuais de performance de qualidade. Quando os gestores se disponibilizam a
perceber estes critérios e o que é necessário para melhorar estes níveis, podem
desenvolver planos de ação para melhorar as suas empresas. Um primeiro passo
muito importante para todo este processo consiste em compreender o nível de
performance da nossa própria organização, para seguidamente o comparamos com
uma outra organização.
Um dos maiores benefícios do Prêmio Nacional de Qualidade Malcolm Balridge
foi o surpreendente aumento dos contactos dos gestores de topo com os verdadeiros
líderes da gestão da qualidade total. Por exemplo, a Xerox teve mais de 10 mil visitas
desde que ganhou o Prêmio Malcolm Baldridge. A IBM, a Xerox, a Milliken, a Federal
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Express e a Motorola tiveram de estabelecer dias especiais para partilharem com os
seus visitantes os resultados de gestão da qualidade bem como as formas que lhes
permitiram alcançar esses resultados.
Pela primeira vez na história dos Estados Unidos, os gestores estão a prestar
atenção ao que outras empresas alcançaram em termos de qualidade, como
obtiveram estes resultados, e qual o papel desempenhado pelos líderes empresariais
nesta proeza. Este tipo de benchmarking, pessoal e organizacional, é uma das mais
importantes tendências na gestão da qualidade. Interrogado por um jornalista sobre
como alterar a cultura empresarial e alcançar resultados notáveis, Donald Peterson,
ex-presidente da Ford Motor Company, respondeu: “Cada empresa tem que encontrar
quais as empresas no mundo que são melhores na sua indústria. Seguidamente, tem
que ´espionar´ (benchmark) as operações mais eficazes e mais lucrativas dos
negócios a nível doméstico e internacional.” Aqueles que o fazem — tal como a Xerox
— alcançam resultados incríveis.
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