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RELATÓRIO
QUALIDADE TOTAL E MELHORAMENTO EM PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
FLORIANO/PI
2023
RELATÓRIO
Por outro lado, cada vez mais as corporações devem identificar em que ponto pode-
se obter a melhoria contínua, mostrando que a gestão da qualidade é necessária
nos processos e estratégias internas dos setores da empresa: Para que as
empresas conquistem os níveis competitivos exigidos pelo mercado atual, elas
devem reformular o sistema gerencial para que ele possa coordenar o uso das
técnicas e ferramentas disponíveis e garantir as condições necessárias ao
planejamento, controle e melhorias de cada um dos processos; só assim a empresa
alcançará resultados satisfatórios (SILVA & PESO, 2001).
Embora a “semente” da GQT tenha sido plantada na década de 1930, foi entre as
décadas de 1950 e 60 que ela viria a se consolidar como um importante ponto de
apoio na gestão. É nessa época que William Edwards Deming, Armand Feigenbaum
e Joseph Juran sistematizariam o planejamento estratégico aliado ao controle de
qualidade.
Não por acaso, é consenso que ele é, de longe, o estrangeiro que mais influenciou
a cultura de trabalho no Japão, onde vieram a surgir conceitos como o Toyotismo e
Kaizen. Dessa forma, a Gestão da Qualidade Total pode ser compreendida como
todas as medidas que uma empresa toma para melhorar produtos e serviços de
forma permanente.
CONCEITO
Gaither & Frazier (1999) definem qualidade como “a percepção do cliente do grau
que o produto ou serviço atende a suas expectativas”, sendo muito parecida com a
de Oakland (1994).4 Caravantes, Panno e Kloeckner (2005) destacam que a
satisfação das necessidades dos clientes precisa ocorrer tanto no momento da
compra quanto durante o período de utilização, dando respaldo ao produto com o
melhor custo possível, minimizando as perdas e fazendo melhor que os
concorrentes.
Chiavenato (2003) diz que o controle da qualidade total se atribui às pessoas que a
produzem, e não somente aos gerentes e aos dirigentes para se atingir os padrões
de qualidade. O controle burocrático dá lugar para o controle das pessoas
envolvidas no processo; segundo ele, a qualidade total é baseada no empowerment
das pessoas, que “significa proporcionar aos funcionários as habilidades e a
autoridade para tomar decisões que tradicionalmente eram dadas aos gerentes”.
ORIGEM:
Segundo Chiavenato (2003), a Qualidade Total tem sua origem a partir da aplicação
da Melhoria Contínua, iniciando com trabalhos de implantação do controle
estatístico da qualidade por autores da Teoria Matemática. Melhoria contínua deriva
da palavra japonesa Kaizen que significa: [...] um processo de gestão e uma cultura
de negócios e que passou a significar aprimoramento contínuo gradual,
implementado por meio do envolvimento ativo e comprometido de todos os
membros da organização no que ela faz e na maneira como as coisas são feitas.
OBJETIVO
O principal objetivo é criar consciência de qualidade em todos os processos e áreas
da empresa. A Gestão da Qualidade Total almeja a satisfação de colaboradores e
clientes. Fazendo, com isso, que se torne ainda mais eficiente e competitiva no
mercado.
Sem processos bem definidos que viabilizem esses dois objetivos, dificilmente um
negócio se mantém próspero e competitivo, e por uma simples razão: ele não
contará com instrumentos de controle. Afinal, é disso que a GQT cuida, controlar
resultados tendo em vista objetivos cada vez mais ambiciosos. A partir disso, a
empresa que a adota se coloca em condições de extrair uma série de vantagens
que, de outra forma, seria impossível perceber, esses são alguns dos benefícios:
Controle de processos.
● Melhoria da organização interna.
● Aumento da produtividade dos colaboradores da empresa.
● Organização mais competitiva no mercado.
● Maior satisfação dos clientes. Maior rentabilidade.
PRINCÍPIOS
As Normas Internacionais de Gestão da Qualidade utilizam sete princípios definidos
no padrão ISSO 9001 para orientar os processos da organização para um
desempenho eficiente.
● Foco no cliente
Esse princípio é centrado em atender e superar as expectativas e necessidades
atuais e futuras dos clientes.
● Liderança
Uma boa liderança é essencial para o sucesso organizacional. Ela precisa ser
voltada para a construção de uma cultura organizacional de unidade e senso de
propósito entre os colaboradores.
● Engajamento de pessoas
Os colaboradores precisam estar engajados na criação e entrega de valor da
organização. Requerem ser incentivados a promover suas habilidades de forma
consistente.
● Abordagem do processo
Os processos do sistema de gestão da qualidade são interdependentes e
precisam ser entendidos na totalidade para serem adequadamente
otimizados. Isso inclui entender os recursos, controles e interações
envolvidos no sistema. Quando isso é feito, os funcionários entendem como
seus resultados são produzidos.
● Melhoria contínua
É necessário que uma organização melhore seu desempenho atual,
responda às mudanças e crie oportunidades de crescimento.
● Tomada de decisão baseada em evidências
Decidir é um processo complicado que envolve muita subjetividade. Muitas
vezes, requer considerar várias fontes de informação, bem como interpretá-
las.
● Gestão de relacionamento
O gerenciamento do relacionamento entre a organização e seus
stakeholders precisa ser mutuamente benéfico, para assim obter
colaboração e sucesso nos negócios.
FERRAMENTAS
PDCA
Uma ferramenta bastante conhecida e utilizada em muitas empresas é o PDCA,
pois se adapta a qualquer segmento de trabalho. Ela ajuda na elaboração,
execução, acompanhamento e melhoria de um projeto, se apoiando em quatro
pilares básicos, dos quais se derivam seu nome. São eles:
Planejar (plan): definir o que será feito e suas metas;
Executar (do): colocar o planejamento em ação;
Verificar (check): analisar os dados e resultados obtidos;
Agir (act): avaliar os resultados, identificando pontos de melhorias e ações
corretivas.
Essa é uma ferramenta cíclica, que não tem fim, uma vez está sempre buscando o
aprimoramento do processo e a mitigação de riscos.
A melhoria contínua incentivada pelo PDCA pode dar à sua organização uma
vantagem competitiva distinta sobre os concorrentes. O aumento da produtividade
e eficiência devido ao uso do ciclo PDCA aumentará em médio e longo prazo a
lucratividade do seu negócio e a satisfação do cliente.
5S
5S ou House keeping é um conjunto de técnicas desenvolvidas no Japão e
utilizadas inicialmente pelas donas-de-casa japonesas para envolver todos os
membros da família na administração e organização do lar.
Esse programa pode ser conhecido com outros nomes, porém 5S é o mais utilizado
e vem das iniciais das cinco técnicas que o compõe:
Seiri - organização, utilização, liberação da área;
Seiton - ordem, arrumação;
Seiso - limpeza;
Seiketsu - padronização, asseio, saúde;
Shitsuke - disciplina, autodisciplina.
FLUXOGRAMAS
Silvaet al (2001), apresenta ainda, que o fluxograma “é uma fonte de oportunidade
de melhorias para o processo, pois fornece um detalhamento das atividades,
concedendo um entendimento global do fluxo produtivo”. O autor considera que esta
ferramenta pode ser a mais complexa do Controle da Qualidade Total, porque para
sua elaboração é exigido um senso analítico11 e crítico e muita prática em sua
montagem, caso contrário não passará de “uma obra de arte moderna” que não
esclarece ou informa; ao contrário, só confundirá. Fluxograma é “a representação
gráfica das atividades que interagem em um determinado processo, sob a forma
sequencial de passos, de modo analítico, caracterizando as operações e os agentes
executores”, segundo Amazonas (et alii, 2008).O fluxograma de produção é uma
forma de gestão e organização de todas as fases da produção a fim de torná-las
mais eficazes.
O fluxograma de produção é o que permite aos gestores:
Identificar os gargalos de produção;
Delimitar, com clareza, os responsáveis por cada etapa produtiva, atividade
ou processo;
Estimar recursos, mão de obra, insumos e tempo necessários para a
produção;
Definir os padrões dos procedimentos da gestão e do operacional;
Estabelecer listas de verificação de produção;
Definir e revisar funções, responsabilidades e autoridades entre os
colaboradores;
Determinar atividades que necessitam de registros e formulários
determinados;
Eliminar o retrabalho, as atividades redundantes e desnecessárias e as
tarefas
De baixo valor agregado.
IMPLEMENTAÇÃO
Em termos gerais, pode-se concluir também, que com uma gestão da qualidade
melhora o ambiente de trabalho dos colaboradores de uma empresa, principalmente
entre outros setores, que são seus clientes internos. Porém, os resultados serão
percebidos com uma vigilância constante em manter esta rotina e a busca de uma
melhoria da qualidade contínua, que garantiria o sucesso da implantação destas
novas ações.
ANALISAR OS KPIS
Sem uma avaliação do desempenho não há como fazer a Gestão da Qualidade.
Essa avaliação, por sua vez, implica definir os principais Indicadores Chave de
Desempenho (KPI) da empresa.
Nesse sentido, a empresa deverá adotar indicadores por setor e eles deverão ser
“desmembrados” internamente.
REFERÊNCIAS
NATALI, M. Praticando o 5S: na indústria, comércio e vida pessoal. São Paulo:
Editora STS, 1995. 101p.
RIBEIRO, H. 5S A Base para a Qualidade Total: um roteiro para uma implantação
bem sucedida. Salvador: Casa da Qualidade. 1994. 115p.
BEZERRA, Felipe. Ciclo PDCA – conceito e aplicação (guia geral). 2017. Disponível
em:http://wiki.samae.com.br/images/1/16/Ciclo_PDCA_Conceito_e_Aplicacao.pdf.
Acesso em: 05/12/2023.
AMAZONAS, Bruno de Andrade Costa; FILHO, Emir Machado Guimarães;
ALMEIDA, Fabiana Silva de; LIMA, Jorge Bezerra; MENEZES, Lidyane de Gusmão;
AREM, Lucas Silveira; SANTOS, Obderan Bispo dos; NASCIMENTO, Wadson
Dihego Soares.Gestão da qualidade total. 2008.
SILVA, Patricia Roberta Sampaio da; PESO, Rogério Carrasco. Qualidade total. In:
BALLESTERO-ALVAREZ, María Esmeralda (Coordenação).Administração da
qualidade e da produtividade:abordagens do processo administrativo. São Paulo:
Atlas, 2001.
OAKLAND, John Smoltz. Gerenciamento da qualidade total (tradução: Adalberto
Guedes Pereira). São Paulo: Nobel, 1994.