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PRODUÇÃO
Ricardo Jimenez Lopez
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Apresentação
Bons Estudos!
Quando falamos de qualidade, logo nos vem à mente algo relativo à durabilidade,
satisfação pessoal ou desempenho sobre um produto ou serviço, mas o conceito de
qualidade é um dos mais difundidos nas organizações, e apresenta um subjetivismo
que pode representar muitas coisas. Isso significa que para alguns o desempenho é
importante e, para outros, a durabilidade, ou ainda, que qualidade significa atender a
satisfação dos clientes ou o atendimento das especificações de um produto ou serviço.
E, mais ainda, que qualidade de um produto ou serviço atende as necessidades do
usuário. Nesse contexto, teríamos uma quantidade significativa de definições para o
conceito de qualidade, que variam conforme a visão de um autor ou organização.
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Com base no que notamos sobre Gestão da Qualidade Total, percebemos que as várias
definições tratam GQT como uma estratégia para a realização de negócios e visa à
maximização da competitividade das organizações através de conceitos e técnicas de
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gestão da qualidade. Logo, a GQT pode ser considerada como uma filosofia de gestão a
partir de atitudes e da utilização de técnicas da qualidade.
No Brasil, somente a partir dos anos 1990, o conceito de Gestão da Qualidade Total foi
sendo implantado nas indústrias e serviços, devido à grande quantidade de itens
rejeitados e qualidade considerada inferior em relação aos produtos estrangeiros.
Inclusive, a partir também dos anos 1990, tanto no Brasil como no exterior, as
organizações passaram a exigir a certificação da qualidade ISO 9001 reforçando os
conceitos de GQT nos seus processos produtivos e prestação de serviços.
O termo Gestão da Qualidade Total, a partir de 2000, foi sendo menos usual e passa a
ser denominado simplesmente de Gestão da Qualidade. Mas seu legado ficou presente
através de vários programas e conceitos, como:
Um dos princípios básicos da qualidade total informa que são os processos que devem
ser gerenciados, já que os resultados acontecem em decorrência do que ocorre no
curso deles. Por essa razão, torna-se relevante entender o significado de processo e
discorrer sobre duas ferramentas utilizadas para seu controle: o Ciclo PDCA e a
metodologia Seis Sigma.
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Costuma-se dizer que esse conceito associa o controle da qualidade a uma estrutura.
De fato, ainda que abrangente, a ideia de sistema cria a imagem de esforços
organizados em certa maneira. Essa ideia provém do conceito clássico de Controle da
Qualidade Total, formulado por Armand Feigenbaum no início dos anos 1960.
Logo, podemos concluir que a Manutenção não somente se preocupa com máquinas e
equipamentos, mas com um conceito mais amplo que atua na produtividade,
qualidade e eficiência dos processos produtivos de uma organização.
Manutenção Corretiva;
Manutenção Preventiva; e
Manutenção Preditiva.
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Análise de vibrações;
Medições dos parâmetros de trabalho, de tempos em tempos, como:
temperatura, pressão, concentração etc.
Ensaios de Termografia;
Análise de óleos lubrificantes;
Inspeções periódicas dos equipamentos e observações, inclusive com o
equipamento em funcionamento etc.
6.3.1 Benchmarking
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Uma das empresas pioneiras a utilizar o benchmarking foi a Xerox Corporation, que
buscou medir seu desempenho, direto e indiretamente, com relação aos impactos de
seus produtos e serviços na avaliação dos consumidores. Utilizando o benchmarking
como uma poderosa ferramenta competitiva, a Xerox iniciou por suas atividades
produtivas com um foco voltado para melhoria nas características e qualidade de seus
produtos e serviços. Com o sucesso alcançado, a alta direção definiu que todas as suas
unidades de negócio e centros de custos deveriam realizar benchmarking. A partir da
avaliação meticulosa do impacto de processos nos clientes, houve a identificação das
melhores práticas e métodos utilizados pela concorrência. E por fim, a Xerox entendeu
que não somente utilizar os melhores métodos e práticas da concorrência seria
suficiente, mas sim, objetivar a criação de uma vantagem competitiva que superasse o
desempen o da concorrência com uma visão de or aniza ões que seriam “mel ores
pr ticas” em determinadas atividades que e ecutavam, e que não necessariamente
eram seus concorrentes. Essa visão mais abrangente permitiu que a organização
obtivesse cooperação com outras empresas, como exemplo, a unidade de distribuição
da Xerox e sua logística duplicaram seus resultados em termos de produtividade por
meio do benchmarking colaborativo, portanto, não competitivo. Entre os benefícios
obtidos pelo benchmarking, temos:
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6.3.2 Sustentabilidade
Surgiu também outro conceito, o Triplo Button Line (TBL ou 3BL), que representa a
sustentabilidade como um tripé composto pelas dimensões econômica, social e
ambiental, que necessitam ser gerenciadas de maneira integrada. Fica claro, então,
que o TBL demonstra que os resultados das organizações não se resumem em atender
ao desempenho econômico financeiro, mas também atentar para os impactos
ambientais sobre a economia, a sociedade, o meio ambiente e a comunidade. Essa
visão aponta para um TBL com enfoque em um ambiente sustentável, através da
viabilidade econômica, ambiente socialmente justo e ecologicamente correto, que está
representado na Figura 6.1 da sustentabilidade empresarial.
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O Sistema Just in Time (JIT) foi desenvolvido pela Toyota, logo após o período pós-
segunda guerra mundial, no qual o conceito básico consistia de um sistema de
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A filosofia JIT/Lean tem sido aplicada em várias partes do mundo, embora sua
aplicação esteja calçada em práticas produtivas japonesas, o que necessita uma maior
mudança conceitual na sua aplicação no ocidente. Seguem expressões que estão
relacionadas com o JIT/Lean:
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Dessa maneira, o sistema JIT não aceita os problemas de estoques em excesso durante
o processo, sendo seu objetivo maior a redução dos estoques, através da eliminação
ou mitigação das causas geradoras de estoque. A Figura 6.2 representa um sistema
“empurrado” em compara ão a um sistema “pu ado”, em rela ão aos estoques.
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Podemos dizer que os estoques são mantidos nos sistemas tradicionais devido à
dificuldade em determinar o momento exato de produzir um item e suas quantidades
em relação à demanda, e essa dificuldade pode advir de um grande número de itens a
produzir, a estrutura complexa dos produtos fabricados, por restrições tecnológicas
que definem lotes mínimos de produção, e talvez até por necessidade de consolidar
cargas no transporte. Outras razões seriam pelas incertezas relativas à qualidade
produzida, disponibilidade de equipamentos e possíveis atrasos nas atividades de
fornecimentos internos e externos (suprimentos).
Também batizado de técnica japonesa de produção, o sistema Toyota passa por várias
denominações, que apesar de serem técnicas que fazem parte de sua filosofia, não
correspondem ao objetivo fundamental, que consiste de um sistema para eliminação
das perdas. Visto de forma simplista como aplicação de metodologia Kanban ou
apenas como um sistema produ ão “pu ado”, o sistema Toyota de produção busca o
sistema JIT/Lean com a eliminação de perdas nos processos produtivos. Outra
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característica importante, destacada pelo seu criador Taiichi Ohno, é que um produto
não conforme não deve seguir para a operação seguinte.
Essas distinções ficam óbvias nas três funções da administração da Toyota, a saber:
A Figura 6.3 destaca uma sequência de duas operações, na qual cada operação
apresenta o planejamento (responsabilidade do Sistema Toyota), o controle agregado
à execução (responsabilidade do Kanban) e a função inspeção em seguida.
Dentre os princípios do Sistema Toyota de Produção, existem alguns que são básicos e
que, de certa forma, caracterizam fortemente o sistema, como:
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Referências Bibliográficas
CARPINETTI, Luiz Cesar Ribeiro. Gestão da qualidade: conceitos e técnicas. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2016.
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