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Só existe uma troca entre duas partes quando esta é valiosa para ambas – rutura com
a ideia de que o marketing é manipulador.
Inovação
Eficiência dinâmica
Novidade
Exemplo: Dell; 3M – empresa conhecida pela sua curiosidade em inovar
Oferta
inovação
eficiência
relacionamentos
Tópicos do Programa
Pontos Prévios
Mercados/clientes organizacionais
Empresas, instituições ou governos que adquirem bens para (objetivos de compra no
mercado B2B):
Uso próprio
Incorporação nos bens e serviços que produzem
Revenda juntamente com outros produtos e serviços a outras empresas,
instituições ou governos
Exemplo:
Um taxista compra um carro (B2B) – no ato da compra não é tao suscetível, não se preocupa
com certos aspetos.
Quando somos nós a comprar um carro (B2C) – apelar ao sentimento, ao “coração”, estímulos
resposta Pavlov que não são comuns no B2B
Oferta de mercado
Produto/serviço nuclear ampliado com serviços suplementares
Distinção frequente (critérios importantes na compra)
Funcionalidade: o que faz especificamente um produto ou serviço nuclear
Desempenho: o que a oferta, como um todo, disponibiliza ao cliente considerando
os custos incorridos na obtenção da funcionalidade
O valor de uma oferta
Exprime em termos monetários a sua funcionalidade ou desempenho numa particular
aplicação do cliente
i.e. os benefícios económicos, técnicos, de serviço e sociais que um cliente obtém em
troca do preço que paga por um produto/serviço.
Direito de acesso
Chave para aceder as coisas (diferente de “valor” que ocorre depois)
Valor
Benefícios
Benefícios líquidos = benefícios da oferta – custos de extração desses
benefícios (excluindo o preço de aquisição)
Contexto
Considerações de valor ocorrem sempre face a alternativas concorrentes (no
limite “make or buy”
O contexto é fundamental para qualquer serviço/produto
VALOR Preço
Benefícios e custos de extração dos Ponto visível do iceberg – é fundamental
benefícios (recursos a utilizar para usar as tornar visível a dimensão oculta do iceberg.
coisas) Monitorização cuidada das aquisições pelas
≠ Preço empresas.
A aprendizagem/formação é englobado neste A realidade das compras em B2C e em B2B é
conceito bastante distinta.
O valor existe em contextos específicos É essencial a criação de contexto porque não
(particular momento e espaço) existe valor fora do contexto.
Valor para quem? Quando? Onde? (contexto)
Onde
- ValorEmp e PreçoEmp de uma particular oferta
-ValorAlt e PreçoAlt da melhor oferta alternativa de um concorrente
Nota
- Tanto o fornecedor como o cliente podem diferir nas suas perceções sobre os
benefícios e a sua expressão monetária
Nota 1: Mais não é sempre preferível a menos; mais é melhor para alguns clientes mas
não para todos;
Exemplo: o óleo do carro tem mais valor quando muda ao fim de 2000 quilómetros em
vez de 1500 (o cliente dá mais importância a essa oferta – ele tende a escolher a que lhe
oferece maior diferença relativamente às outras)
(ValorEmp – PreçoEmp)
Vários fatores podem afetar a perceção do cliente sobre o valor a oferta
Prontidão de resposta
Prazos de entrega (excluímos a relação com determinado fornecedor se o mesmo não
cumprir os prazos – exemplo: “só consigo arranjar esse material para a semana”; clientes
de top não toleram empresas que falham nos prazos).
Variação nas datas de entrega prometidas
Condições dos produtos à chegada
Conformidade com o encomendado
Requisitos para encomendar (exemplo: quantidades mínimas exigidas)
Procedimentos de crédito, faturação e cobrança
Eficácia do apoio pós-venda
Documentação e instruções do produto
Desempenho do produto, adequação e funcionamento
Frequência de falhas e duração
Custos e dificuldade de manutenção, etc.
Em síntese
“O vendedor não deve assumir que o cliente percebe ou compreende corretamente o
valor ofertado”
Ir além da mera adoção do ponto de vista do cliente
Coordenação interna
VALOR
Coordenação com fornecedores e colaboradores
A eficiência e inovação podem ter a ver também com o que acontece noutras empresas
A vantagem competitiva pode não estar dentro da organização mas sim nos seus
fornecedores, uma vez que estes podem ser ensinados a trabalhar melhor (exemplo:
Toyota e fornecedores)
Abordagens radicais
Reengenharia (Michael Harmer)
Esquecer os processos existentes
Estabelecer objetivos ambiciosos para os processos
Em síntese
As organizações são vistas como um “cacho de competências” que gera uma oferta que
por seu turno deve gerar valor para os clientes.
Nota 1: capelinhas são as diferentes áreas de uma organização (exemplo: por vezes não
se aceitam as ideias por virem de outra área – área das vendas por exemplo)
Nota 2: nas empresas deve-se atuar gradualmente e nunca radicalmente – elevado risco
de destruir as empresas (é errado tratar a empresa como uma folha em branco)
Gama de relacionamentos
Relacionamento Relacionamento
(pouca importância) (grande importância)
(Jackson, 1985)
Relacionamentos Relacionamentos
Transacionais Cooperativos
“Puros” “Puros”
Continuum de relacionamentos
Anderson e Narus (2004)
Relacionamentos Relacionamentos
Transacionais Cooperativos
“Puros” “Puros”
Nota 1: aquilo que é de alto envolvimento para certas indústrias pode ser de baixo
envolvimento para outras – a gama de envolvimentos varia de empresa para empresa
(o grau de envolvimento de uma empresa com um determinado fornecedor pode ser
alto na empresa X e baixo na empresa Y).
Nota 1: para que a abordagem transacional funcione, a oferta tem de estar fechada;
sempre que houver ambiguidade há problema; critério: preço.
Nota 2: A abordagem transacional gere muita tensão (gira à volta dos contratos
altamente pormenorizados). Tem por base o leilão invertido: “Quem vende por menos?”
Nota 3: na abordagem cooperativa a questão de haver poucas alternativas pode ser
subjetiva – na realidade existem várias alternativas mas nem todas são consideradas.
Nota: Na gestão nos relacionamentos – numa relação existem pelo menos dois
elementos e as partes mudam ao longo do tempo, logo uma parte não consegue
controlar todo o processo.
Investimentos
Recursos tangíveis e intangíveis ao longo do tempo, por vezes pouco visíveis e
de difícil avaliação;
Por exemplo: contatos formais e informais – quem é quem, operações e prática
de negócio, intenções …
Aplicação de energia e recursos em X períodos na expetativa de ter resultados
no futuro
Adaptações
Alterações formais e/ou informais de procedimentos normais, i.e. investimentos
visando as especificidades de cada relação;
Investimento direcionado
Traduz-se na alteração de rotinas – mais caro
Por exemplo: modificar um produto/serviço, pequenas alterações na sequência
de produção, procedimentos administrativos, procedimentos de entrega, etc.
A adaptação pode envolver uma exposição ao outro – é necessário ter atenção
(exige confiança que se baseia em comportamentos passados e é útil no
futuro)
Confiança e comprometimento
O outro lado do oportunismo (o mundo surpreende!);
Demonstrar comprometimentos ou evitar aproveitar-se da outra parte;
A história interessa!
Constrói-se com o tempo – crença de que o outro não nos vai prejudicar
Não aproveitar as fraquezas dos outros em seu benefício
Não “brincar” com a confiança que nos é depositada.
Desenvolvimento
Exploratório
Aprendizagem mútua
Preço Estável
Investimento de tempo
intensiva
Alta inércia Rotina e
- Aprender
Construção de
O que podemos obter? - Reduzir distâncias Institucionalização
confiança através
Que e quanto Sem rotinas
- Investimentos
investimento? Sem comprometimento
- Adaptações informais
Que adaptações?
Que aprendizagem?
Relacionamentos
Se não houver relação as pessoas perdem noção de tempo
Conetividade de relacionamentos
Relação transacional de vendas relação relacional de vendas
Experiência de contexto mais amplo – partilha de clientes. Isto ocorre porque há uma
comparação entre clientes – tensão entre relacionamentos
Os relacionamentos podem quebrar-se em qualquer altura devido:
Ao fenómeno das redes – confronto de experiencias com outros
relacionamentos/ a tal comparação
Mudança de requisitos
A recursos insuficientes (económicos ou competências) para acompanhar o
outro
Falta de comprometimento
Business ≠ Personal
Business dancing – “são precisos dois para dançar o tango”
A empresa deve ser promiscua, deve envolver-se e negociar relacionamentos ≠ do que
acontece nos negócios
Atores
Atividades ligam,
Recursos alteram ou trocam Atividades
recursos pelo uso
de outros recursos
Alguns conceitos
Horizonte de rede (ver globalmente)
Visão do ator sobre a extensão da rede
Depende da experiencia direta na rede
Outros atores podem contribuir para ampliar o horizonte (ligações fracas –
ligações que não gastam muita energia mas que mantem contato – podem ser
atividades para determinados projetos ou investigação de mercado)
Nem tudo o que está no horizonte é relevante para a empresa
Temos contatos mas não mudamos o comportamento
O que for percecionado e entendido como importante passa para a dimensão: contexto de
rede
Contexto de rede
Subconjunto do horizonte que é relevante para a nossa empresa – a empresa
sabe que algo existe, interessa-se e vai investigar. Espécie de análise SWOT
numa perspetiva de redes.
Quando mudamos o comportamento e despendíamos energia naquela atividade
(requer esforço)
Estruturado em:
Atores: quem são as entidades que têm interesse para nós?
Atividades: o que fazem
Recursos: que recursos controlam
Relacionamentos: transacionais ou cooperativos (JIT, co-desing, contratos de
longa duração, single sourcing, leilões invertidos, etc.)
As perceções dos contextos de rede podem ser parcialmente partilhadas pelos
atores pois cada entidade vê as coisas segundo a sua experiência pessoal.
Duas empresas nunca podem ter a mesma visão do contexto pois esta não é
transferível, pelo menos, não totalmente
Identidade da rede
“Com quem é que trabalhas?”
Numa primeira fase há uma perceção inicial – vou ao site e vejo os seus
parceiros e apenas depois de começar o trabalho com essa empresa é que
percebemos mesmo a sua identidade.
Fenómeno temporal e contextual
Indicação do Poder e Competências do ator
“Diz-me com quem fazes negócio, dir-te-ei quem és”
A identidade pode ser parcialmente partilhada pelos atores da rede que a dão
através das associações que a organização tem.
Nota: o que acontece nas transações pode afetar os relacionamentos e vice-versa
(confiança mutua, expetativas a longo prazo)
Exemplo Tecmolde que é uma empresa que apenas trabalha com clientes exigentes
apesar de darem prejuízo. Arranjam por sua vez dinheiro noutra carteira de clientes
Conetividade
Interdependência objetiva e subjetiva entre relacionamentos
Networking – conetividade: grau em que um exchange de uma empresa afeta
outras (exemplo: trabalhamos com um fornecedor que é mau, o que vai afetar
a relação com os clientes – uma relação prejudica outras)
Fenómeno temporal e contextual
Exemplos de implicações:
Interpretação de outros atores sobre um particular relacionamento entre
duas empresas (ex.: pode facilitar ou dificultar o acesso)
Compatibilidade entre atividades executadas para um dos parceiros com
as executadas para outros (ex.: adaptação vs. Estandardização)
Reutilização noutros relacionamentos de recursos desenvolvidos com e/ou
para um parceiro (ex.: investimentos específicos)
Interdependências objetivas (existência de uma influencia específica –
exemplo: camião que se despista num sistema just-in-time)
Interdependências subjetivas (baseadas em opiniões e construções da
mente – exemplo: “aquela empresa não interessa”)
Nota:
Uma empresa pode recusar um serviço e um cliente, se o mesmo estiver abaixo das
exigências da empresa – isto é um exemplo de como afeta as competência da empresa.
Há empresas que não trabalham com clientes recorrentes a alteração no projeto (os
clientes pagam mas há os custos de atraso de entregas para outros clientes) – querem
apenas clientes que sabem o que querem
Há empresas que trabalham com estes dois tipos de clientes
Não há BEST-WAY
As correções são feitas pela organização que produz devido a uma discrepância entre o
pedido inicial e o produto final – custos do produtor/fornecedor (Ex: plástico não é o
melhor)
≠
Alterações – pedidas pelo cliente e pagas pelo próprio
A rede de SOMOLTEC
Moldes para plásticos
Produto único destinado a um cliente específico
Complementaridade entre atividades
No círculo: perceber como o distribuidor e o cliente atingem a resolução/conceção do
problema
Os 3 paradoxos das redes:
Uma rede é fonte de vida de uma empresa e gaiola que a prende
Uma empresa determina os seus relacionamentos e o que resulta deles
Quanto mais se reduz a liberdade de um fornecedor mais se reduz a sua inovação
Adaptações e comprometimento
A tecnologia Bluetooth
Início da década de 90: incerteza sobre tecnologias sem fios
1993/1997 – Ericsson – projeto MC-Link baseado em ondas rádio
1998 – Special Interest Group com Nokia, Intel, IBM e Toshiba
1999 - 500 Empresas aderem ao Adopters Agreement
2000 – O nº de aderentes ascende a 2020 empresas
Conclusões
As empresas não são “ilhas isoladas” – não são ilhas porque estão inseridas em
relacionamentos (têm fornecedores e clientes);
Há empresas que assumem uma figura dentro da organização que se destina a
ligar com a gestão de relacionamentos – sistema de networking instrumental
Há empresas em que é tudo “à molhada” – sistema intuitivo
Não escolhem entre ter ou não ter relacionamentos!
Estão inseridas em redes de relacionamentos interdependentes que:
Se estabelecem, desenvolvem e terminam no tempo
Combinam de forma seletiva atores, recursos e atividades
São únicos (não típicos) na sua história
Diferem na sua natureza
Podem ser centrais na geração de eficiência e inovação
Envolvem cooperação mas também conflito (não são “um mar de rosas”)
Tópicos do Programa
Valor, Processos de Negócio e Redes
Geração de Conhecimento sobre Empresas Clientes
Gestão e Desenvolvimento de Ofertas de mercado
Gestão de Relacionamentos com Clientes
Conhecimento codificado ou explícito VS. Conhecimento tácito (é difícil de transferir; não está
explicito em lado nenhum porque não se consegue expô-lo)
Market sensing
Definir o mercado
Avaliar a concorrência
Atribuir valor
Obter feedback dos clientes
Definir o mercado
Segmentação – processo de subdividir o mercado em grupos de empresas com
requisitos e preferências similares
Avaliar o interesse dos segmentos (estamos em B2B faz sentido analisar cliente e
cliente)
Estimar o potencial de vendas e lucros
Análise da regressão: extrapolação de tendências passadas
Evolução nas quotas de negócios dos clientes
o Qual a posição face a cada cliente?
o Espaço para alterar a forma de fazer negócios com o cliente?
o Qual a sua perceção d valor da oferta face Às alternativas?
o Qual o seu incentivo à compra? (Valor – Preço)
o Qual a sua filosofia atual (e tendências) de aprovisionamento?
Avaliar a concorrência
Julgamentos de valor/alternativas
Que alternativas são consideradas pelos clientes?
Quais as empresas que as desenvolvem?
Quais os seus objetivos, estratégia e competências (rede)?
Que tecnologias estão a ser desenvolvias noutras indústrias?
Fusões ou aquisições
Fontes de informação:
o Força de vendas (empresas devem parar de se focar na concorrência e chamar a força
de vendas)
o Técnicos
o Fornecedores
o Encontros da indústria
o Feiras (bom para observar os concorrentes)
o Engenharia inversa (comprar as ofertas dos concorrentes para analisa-las, desmontá-las
e melhorar os seus)
o Projetos de I&D,
o Artigos (jornais,
newsletters, etc.)
o Patentes
o Benchmarking
Atribuir valor
Atribuir valor em termos monetários pode ser difícil … mas pode ser uma
competência
Nem sempre os clientes reconhecem o valor da oferta
Alguns clientes exigem garantias
Ajuda a desenvolver conhecimento aprofundado sobre os sistemas de
utilização e negócio dos clientes
Ajuda a conhecer as ofertas alternativas
Ajuda a explorar formas de alterar os requisitos dos clientes e/ou dos seus
sistemas de utilização
Ideia base
Avaliar uma oferta, pela sua inserção no sistema do cliente, afeta:
Os custos totais (racionalização)
Os benefícios/valor adicional (inovação)
“Como afeta” deve ser traduzido em termos monetários (se possível!)
Nota: o valor que uma oferta tem para a organização mede-se consoante a forma como esta
contribui para o seu desenvolvimento, contribuição esta que deve ser traduzida em termos
monetários.
Nota: em B2B não se pode rejeitar nem dizer que não se vende
Envolvimento crescente dos fornecedores nas atividades de conceção
Inquéritos a empresas nos EUA:
44% das empresas entregaram aos fornecedores responsabilidades de conceção
o De componentes (78% dos clientes inquiridos)
o De subsistemas (48% dos clientes inquiridos)
o De sistemas (19% dos clientes inquiridos)
Nota: os fornecedores deixam de ser “armazéns” de onde se tiram os materiais e
passam a participar na conceção dos produtos
Nota: é importante profissionalizar as áreas das compras nas grandes empresas – quanto
mais a empresa aumenta mais se especializa em diferentes áreas; por exemplo: caso da
Toyota e a relação entre cliente e fornecedor é boa mas apenas porque ambos ganham e o
fornecedor não se limita a disponibilizar produtos/serviços mas também competências.
Buying orientation
Relacionamentos distantes (por vezes conflituosas – tende a manter o fornecedor à
distância)
Menor espaço para criar e partilhar valor
Enfâse nas transações discretas (pontuais) e a curto-prazo (transação a
transação)
Influência limitada do responsável das compras sobre o que adquire, quanto e
como (áreas de compra não se envolve)
Prémios dados aos gestores por redução dos preços dos fornecedores
Preço = critério de decisão
Propósitos centrais
1. Melhorar a combinação de preço, qualidade e disponibilidade:
Qualidade e disponibilidade como elementos base, mas não suficientes, para
avaliação dos fornecedores
Foco nos fornecedores que apresentam o preço mais baixo (num intervalo)
Seleção do fornecedor que apresenta o preço mais baixo
Processo negocial distributivo (“o bolo é fixo”) – o que um ganha o outro perde
Cliente geralmente indisponível para discutir os custos ou lucros do fornecedor
… por vezes indica o que entende ser uma margem “razoável” para o
fornecedor
Notas:
Os fornecedores devem ter uma equipa de orçamentos muito ágil pois há equipas
do Buying Orientation que funcionam com budget e o primeiro orçamento que se
encaixe nesse budget, o comprador aceita e não procura mais.
Política de open-book: o cliente pede ao fornecedor para ver os custos de produção
e é este que define o preço e qual a margem de lucro do fornecedor.
3. Evitar o risco
Recurso a procedimentos bem estabelecidos
Exemplo:
- Pedir orçamento a 5 fornecedores
- Dividir a encomenda (quota maior para os preços mais baixos)
- Considerar novos fornecedores apenas se o seu preço for inferior em 10% ao do
fornecedor “mais barato”
Cooperative pricing
- Lidar com a pressão exclusiva em preços mais baixos;
- Trabalho conjunto com o cliente visando a redefinição de especificações de
desempenho mínimo
- Trocar preços mais baixos pela relaxação de especificações (maior prazo, menos
variação nas ofertas, menos locais de entrega, menor apoio técnico) – exemplos de
como se pode baixar o preço
Notas: maior prazo – para daqui a um mês; variação nas ofertas – economias de escala;
menos locais de entrega – paga-se a alguém para andar de um lado oara o outro
Procurement orientation
Notas: abordagem que não enfatiza apenas o preço mas sim o custo total
Quando compro o produto a um fornecedor não dou apenas atenção ao preço mas
também ao desempenho do produto/equipamento ao longo do tempo
Total Quality Management – a empresa como um sistema
Reduções, mesmo que pequenas, nos custos totais podem ter um impacto
significativo nos lucros
Enfâse em melhorias de qualidade e redução dos custos totais
Domínio de influência – Dimensão estratégica e proactiva da equipa de
procurement
“Gestores de recursos externos – produtos, serviços, tecnologia, conhecimento”
Propósito central
Aumentar a produtividade
1. Melhorar a qualidade
2. Redução nos custos totais
3. Cooperação com os fornecimentos
1. Melhorar a qualidade
Adoção da TQM
“A TQM é uma abordagem de gestão centrada na qualidade, baseada na participação
de todos os membros da organização e visando o sucesso de longo prazo através da
satisfação dos clientes, e benéfica para os membros da organização e da sociedade”.
(Internacional Standardization Organization – ISO)
Target costing
- Foco na redução dos custos totais (não apenas o preço)
- Target Price como sabe para gerar soluções para sistemas, subsistemas e
componentes, envolvendo fornecedores
Just-in-time
- Entregas regulares de pequenas quantidades na unidade de montagem/fabricação
do cliente
- Redução do número de fornecedores diretos ao mínimo
- Desenvolvimento de programas de produção
- Estabelecimento de programas de qualidade
Supply management
Gestão de fornecimentos
- Quando as empresas reconhecem estar encastradas numa rede de valor
- Envolve integração e coordenação do aprovisionamento com outras funções dentro
da empresa e com as de outras empresas
- Uma oportunidade para os gestores de mercado!
Princípios básicos
1. Focar todos os esforços na criação de valor para os utilizadores finais (enfâse nos
consumidores finais)
2. Concentrar-se nas competências nucleares e subcontratar (estrategicamente) o
resto (outsourcing)
3. Mobilizar a rede: assegurar processos complementares
4. Sustentar relações com fornecedores (e clientes) a vários níveis da rede
1. Focar todos os esforços na criação de valor para os utilizadores finais
De uma estratégia “technology push” – vender o que se pode fazer (foco nas
especificações e previsões de vendas)
Para uma estratégia “demand pull” – fazer o que pode vender (atitude
proactiva para criar valor)
Pessoal do aprovisionamento está envolvido em
o Estudos de mercado, painéis de consumidores, programas de troca de
pessoal
o Usar e difundir esse conhecimento na empresa e para os fornecedores
chave (melhoria das ofertas e alteração de processos)
Necessidade de compreender:
- A distribuição de papéis dentro de cada empresa cliente (por exemplo não confundir
o diretor de compras com o decisor)
- Se os vários indivíduos trabalham ou não em equipa(paroquialismo? Conflitos?)
- Em que medida estão conscientes do valor da oferta como um todo e não apenas
para a sua respetiva área funcional
Situações de compra
Conhecimento do cliente sobre as especificações técnicas da oferta e/ou
fornecedores
Buying Orientation
Grande enfase no preço final, qualidade e disponibilidade
o Desenvolver questões sobre cada categoria de desempenho associados a uma
escala
o Atribuir ou não ponderações a cada categoria e calcular a média simples ou
ponderada
o Comparar os resultados para os fornecedores e ao longo tempo
o Medidas mais objetivas
Percentagem de rejeição (como indicador de qualidade)
Variação no preço (desempenho em termos de preço)
Percentagem de encomendas entregues a tempo (como indicador de
disponibilidade)
Procurement Orientation
Maior enfâse nos custos totais
Revisão de custos associados ao não-desempenho do fornecedor
Supply management
Enfâse nos custos totais e no valor gerado (site airbus)
Revisão dos custos associados ao não-desempenho do fornecedor
Recurso a técnicas de análise de valor para avaliar o contributo e cada fornecedor
(benefícios, custos totais e preços)
Avaliações qualitativas (contributo para inovações na empresa cliente e nas suas ofertas)
Avaliação da satisfação dos seus próprios clientes e sua relação com os contributos dos
fornecedores
Tópicos do Programa
Valor, Processos de Negócio e Redes
Geração de Conhecimento sobre Empresas Clientes
Gestão e Desenvolvimento de Ofertas de mercado
Gestão de Relacionamentos com Clientes
“Oferta de mercado”
Utiliza-se para evitar a distinção entre produto e serviço
O produto nuclear pode ser um serviço (consultoria, manutenção de
elevadores)
Mesmo tangível, o fornecedor leva para o mercado um pacote
o De serviços, programas e sistemas como fatores diferenciadores
o Que deve criar valor como um todo
Deve-se ignorar:
A conceção de “pacotes” para as necessidades de um cliente “médio” em cada
segmento
- Clientes que pagam serviços que não precisam;
- Clientes que não obtêm o serviço que pretendem mesmo quando estão dispostos a
pagar por isso.
Nota: em B2B não se fala em marketing de serviços, mas sim num pacote que cria valor como
um todo; exemplo: ISEG – aulas, secretaria, estacionamento, etc.
Não ignorar:
Introduzir a flexibilidade na oferta (para se adaptar às necessidades dos clientes)
- Soluções “despidas” para cada segmento (mínimo valorizado uniformemente pelos
membros do segmento)
- “Vestindo” as soluções como opções (oferecidas separadamente a quem as
valoriza) – exemplo IKEA
Nota: Baxter diferencia os produtos standard dos não standard consoante os clientes
Explicitar a oferta por segmento
Avaliar como se tem estado a fazer negócio (cf. Baxter)
Geração de conhecimento
o A verdadeira amplitude da oferta
o A natureza arbitrária do que é faturado
o A falta de variação nos segmentos
Estimar o custo para o fornecedor e o valor para o cliente (não apenas a satisfação)
Geração de conhecimento
o Contributo para o cliente e custos associados
o Gestão da oferta e aumento da flexibilidade
o Da enfâse do preço para o desempenho/requisitos
RETIRAR
Serviços que a maior parte dos membros raramente usam (subcontratar ou sugerir
empresas que os forneçam aos clientes que os pretendem)
Serviços que “drenam” valor (têm pouco valor para o cliente mas envolvem custos
elevados para o fornecedor)
MANTER
Serviços cujo sucesso (valor ou custo) dependem da utilização cada vez mais
ampla pelos clientes (por exemplo: transferência eletrónica de dados)
Serviços cuja diferenciação é muito difícil (considerados “standard” na indústria)
Novos serviços
MANTER NA PRATELEIRA
Serviços cujo valor ainda não é conhecido pelos clientes
Serviços cujo custo (ainda) é muito elevado
Quando o elemento que se pretende substituir ainda é adequado
Nota: muitas vezes quando face a duas alternativas de valor semelhante para o cliente, os
escritores do manual dizem que a solução é baixar o preço, abdicando do valor para o cliente,
o que gera um incentivo à mudança. No entanto, isso nem sempre é verdade não só por causa
da inércia, como os autores defendem mas também devido à importância do pacote dos
relacionamentos (justificar com base no modelo de David Ford)
Ideia base
Preencher requisitos dos segmentos e clientes alvo de forma superior às anteriores
ofertas e à dos concorrentes
Criar valor
Baixar os custos totais do cliente
Melhorar o desempenho nas operações do cliente
Baixar os custos do fornecedor
Resposta a requisitos em mudança
Estratégia de realização
Exemplo Airbus
Plano agregado de projetos – mecanismo útil para selecionar, sequenciar e gerir
projetos individuais de modo a:
Decidir sobre a afetação de recursos e capacidades
Explorar interdependências entre projetos
Reutilizar e desenvolver competências
Objetivos:
Melhorar o time-to-market (tempo de arranque)
Reduzir as alterações/correções
Geração de competências
Propósitos económicos
Eficiência no ciclo de desenvolvimento (elevado investimento financeiro para
replicação)
Exploração de sinergias (partilha de recursos financeiros, instalações, etc.)
Colaboração na conceção de produtos partilhados (redução de variedade) – GM,
Ford e Chrysler – redução de 100 para 10 no tipo de conetores usados na construção e
reparação de automóveis
Processo de realização
Os projetos só avançam se tiverem autorização para isso em cada um dos momentos
(processo de stage-gate – abordagem sequencial; fases especificas de desenvolvimento)
Elevada variedade de modelos
Nota: os protótipos são ferramentas muito uteis na antecipação das vontades dos
clientes e da sua integração no processo de conceção
Quem está no centro da investigação são os clientes (para que haja interesse no que
está a ser desenvolvido)
Tópicos do Programa
Valor, Processos de Negócio e Redes
Geração de Conhecimento sobre Empresas Clientes
Gestão e Desenvolvimento de Ofertas de mercado
Gestão de Relacionamentos com Clientes
Ponto 4. Gestão de Relacionamentos com Clientes
Objetivos:
- Preencher requisitos mutuamente acordados
- Procurar continuidade e crescimento
Notas: os novos clientes têm custos elevados mas a criação de relacionamentos cooperativos
(aprendizagem e adaptação) também.
Se uma empresa está excessivamente dependente de um cliente, não deve aprofundar essa
relação mas sim ampliar a sua carteira de clientes
As empresas criam reservas para lidar com o futuro incerto/imprevisível
Notas: para clientes estratégicos – gestores de conta estratégicos; para clientes transacionais –
forças de venda transacionais – consoante o tipo de clientes
Transações simples
o Baixo risco associado à compra (recompra simples)
o Compra depende geralmente de um único individuo
o Abordagem de vendas transacional
Transações complexas
o Elevado risco associado à compra (recompra modificada ou nova tarefa)
o Compra envolve geralmente uma equipa (identificar o “gatekeeper” e procurar
aceder a membros da equipa de compras
o Processo exigente em tempo (análise de soluções, impacto nos custos totais e
benefícios)
o Abordagem consultiva (SPIN selling)
Aumentar escala e
âmbito de negócio
Desenvolver novas
áreas de cooperação
Crescimento
Continuidade e crescimento
1. Trabalhar em conjunto
Aspetos comportamentais relevantes para as trocas subsequentes
o Comunicação
o Confiança e comprometimento
o Coordenação
Comunicação
- Partilha formal e informal de informação relevante e atempada
- É importante promover uma comunicação aberta e honesta – Ex: “eu não consigo”
- Existem programas abrangentes para estimular a comunicação
Treinar o pessoal de contacto – aumentar a sensibilidade (conhecimento) para os
requisitos em mudança dos clientes e fazer circular a informação pelas pessoas
chave (por exemplo: encontros periódicos entre pessoal das vendas e produção)
Encontros entre gestores de ambas as empresas em contextos fornais e informais
– discussão sobre questões relevantes para a indústria; desenvolvimento de
ligações pessoais; maior abertura para partilha de informação crítica
Estabelecer pontes (bridging) – linhas múltiplas de comunicação entre as
empresas e a vários níveis e funções; projetos, encontros de trabalho, equipas
multifuncionais e mesmo eventos sociais são alguns dos mecanismos que
estimulam a interação periódica e a confiança
Programas ESI (Early Supplier Involvement) – a utilização de técnicas residentes
tende a aumentar a camaradagem e a partilha mais aberta de informação
Notas: quanto mais um cliente confia numa empresa mais motivos lhe devem ser dados para
continuar a confiar
Confiança
- Nem tudo pode estar previsto num contrato!
- Crença de que as ações da contraparte resultarão em benefícios e eventuais
resultados negativos não resultem de alterações inesperadas no seu padrão de
comportamento
- É importante construir a confiança
- Construção da confiança
Demonstrar que se pode contar com a empresa (é fiável e honra a palavra
dada) – acréscimo de envolvimento no tempo: das pequenas às grandes
promessas (transações iniciais, desafios, projetos piloto, desafios, etc.)
Demonstrar que se age nos melhores interesses do parceiro – à medida que
aumenta a compreensão dos objetivos, processos, cultura e métodos do
parceiro, mais (e não menos!) atenção deve ser colocada em verificar e
demonstrar regularmente os resultados da relação (não deixar isso apenas ao
cuidado da confiança ou intuição)
Cultivar uma reputação de lealdade e transparência – usar a reputação
construída com outras empresas disseminando as histórias das suas
experiencias em discussões informais, dando referências e publicando-as nos
media.
Comprometimento (envolve sacrifícios a curto prazo tendo em vista ganhos a longo prazo)
- Traduz a continuidade percebida ou crescimento da relação entre as duas empresas
- Inclui confiança e intenção de desenvolver uma relação estável e disponibilidade
para efetuar sacrifícios de curto prazo.
- É importante construir comprometimento
- Construção do comprometimento
Declarações/promessas ou investimentos unilaterais – ações que demonstram ou
sinalizam boa-fé ou que não agirá de forma oportunista; investir em
recursos/competências que não pode desviar para outra relação (por exemplo:
certificar revendedores/consultores que realizem programas de formação
específicos)
Prestar garantias – assegurar que riscos ou custos associados ao cumprimento
das promessas são suportados pela empresa (por exemplo: envio de encomendas
ou reparações em 24 horas)
o Service recovery systems - desenvolver procedimentos, atribuir recursos e
autoridade para que o pessoal de contato resolva rapidamente e compense
os clientes por falhas nos serviços
Coordenação
- Sincronização de atividades, recursos e competências de fornecedor e cliente de
forma a obter um conjunto de resultados
- Coordenação mecânica: formalizada, programada, implementada por regras,
politicas e controlo hierárquico rígido
- Coordenação orgânica: formal ou informal, troca de informação aos vários níveis
organizacionais, flexível, cooperativa e inovadora (just-in-time)
Conflito
- Nível geral de desacordo na relação em termos da sua frequência, intensidade e
duração
- Em qualquer relação pode existir algum tipo de conflito
- Algumas fontes de conflito
Incompatibilidade de objetivos
Desacordo sobre domínios (o que cada um deve fazer, como e quando)
Diferentes perceções da realidade (tendências do mercado, ameaças,
tecnologias emergentes)
- Alguns mecanismos para lidar com os conflitos – (é necessária existência rápida destes
mecanismos)
Implementar service recovery systems
Treinar pessoal de contacto (aprender a identificar problemas, procurar uma
resolução informal)
Designar alguém para lidar com possíveis conflitos
Mediação – processo é quem uma 3ª parte é chamada para ajudar a resolver a
disputa (sugere soluções viáveis)
Arbitragem
2. Perseguir crescimento
Aumentar a quota nos negócios do cliente~:
Single sourcing – exemplo da ZON
Sistemas ou soluções totais
Partilhar riscos e ganhos com clientes
Single sourcing
Vencer a resistência/receios dos clientes
Expandir gradualmente a variedade e qualidade das ofertas; tornar-se
indispensável (e outros fornecedores complementares dispensáveis)
Aumentar o conforto do cliente face a possibilidades de rutura (por exemplo:
assegurar pontos de abastecimento; acesso a distribuidores em casos de
emergência; atuar sobre base de fornecedores)
Assegurar que se está atento à concorrência (o cliente pode/deve avaliar ofertas
alternativas, ser apoiado nas comparações ou demonstração de que as ofertas
não são comparáveis)
Nota: as funções indiretas tendem a ser suportadas pelas ligações do cliente à rede
Atualizar periodicamente o valor fornecido envolve
Acompanhar a dinâmica na rede … PARTICIPANDO
Painéis de clientes, clubes de fornecedores, projetos de I&D, alianças, Centros
Tecnológicos, Universidades, Congressos, etc.
Aprender a usar, orquestrar e atuar sobre competências distribuídas e dinâmicas