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Universidade Técnica de Angola

UTANGA
Departamento de Tecnologias de Informação e Comunicação
(DEITIC)

1º Semestre do Ano Académico 2023

Ano 3º /Turma: ____/Sala Nº______

DISCIPLINA: Planeamento dos Sistemas de Informação

TEMA: Sistemas de Informações para Vantagem Competitiva


Exemplificação das vantagens competitivas do planeamento
Michael Porter, professor de Administração da Harvard School, define
estratégia como “uma fórmula ampla de como uma empresa vai competir”.
E essa é uma definição muito interessante, pois começa a utilizar a
estratégia para garantir a sobrevivência da instituição em um mercado
cada vez mais competitivo, através da diferenciação.
Nesse momento, surge um conceito que relaciona estratégia com vantagem
competitiva, criado por Bruce Henderson1, provavelmente de uma
derivação do conceito de vantagem comparativa.
O que é vantagem competitiva?
Vantagem competitiva é, segundo Richard Lucke, é uma função da
estratégia que coloca a empresa em uma posição melhor que a dos seus
concorrentes.
Vantagem competitiva é o resultado da capacidade da empresa em
neutralizar ou diminuir a ação da concorrência no segmento de mercado em
que atua por meio da diferenciação.
A vantagem competitiva decorre do oferecimento de mais valor para os
clientes do que os concorrentes.
+de Valor: é um instrumento básico para diagnosticar a vantagem
competitiva e encontrar maneiras de intensificar.
Uma organização ganha vantagem competitiva2 executando as actividades
estrategicamente importantes de uma forma mais barata ou melhor que a
concorrência.
Exemplo de Vantagem Competitiva
 Linux (Acessibilidade- grátis)
 Microsoft – Windows (Facilidade no uso)

1
fundador do Boston Consulting Group
2
vantagem essa causada pela diferença entre você e o seu concorrente, sendo a diferença a base da
vantagem competitiva.”
A principal questão é verificar se os valores subjacentes à competitividade,
instituídos no ambiente, apresentam referência predominante ao ambiente
técnico ou também atribuem importância ao ambiente institucional.
Ambiente Técnico compreende-se a parte da dimensão contextual que
comporta os factores e indicadores de competitividade empresarial, com
base em recursos económicos, valorizando a eficiência operacional das
organizações;
Ambiente institucional, por sua vez, é entendido como a faceta (cobrir)
da dimensão contextual que se relaciona à necessidade organizacional de
obter legitimidade perante seus stakeholders, por meio da imagem e da
adequação às normas de conduta instituídas para os diversos atores no
segmento onde compete.
Maximiano (2006) afirma que “o entendimento das forças competitivas de
um ramo de negócios é fundamental para o desenvolvimento da estratégia”.
Assim, Serra e Torres (2004) afirmam que a análise do ambiente externo
pode ser realizada por meio do modelo de cinco forças da competitividade
desenvolvido por Michael Porter na década de 70.
O modelo possibilita analisar o grau de atractividade de um sector da
economia. Este modelo identifica um conjunto de cinco forças que afectam
a competitividade.

1. Ameaça de produtos substitutos. É quando o concorrente desenvolve um


produto ou serviço que pode tomar o lugar de algo já existente;
2. Ameaça de entrada de novos concorrentes;
3. Poder de negociação dos clientes;
4. Poder de negociação dos fornecedores;
5. Rivalidade entre os concorrentes.
Ou, como afirma Aaker (2007), “a atractividade de um segmento ou
mercado, medida pelo retorno de longo prazo sobre o investimento de uma
empresa média, depende, em grande parte, dos cinco factores que
influenciam a lucratividade”.
Cadeia de valor é uma representação de conjunto de actividades executadas
numa organização para projectar, produzir, comercializar, entegrar e
sustentar os seus produtos.
As actividades de valor são os blocos de construção distintos de vantagens
competitivas (quer pelo seu contributo para o custo, quer pelo seu
contributo para a diferenciação dos produtos).
A importância das TI como fonte de obtenção de vantagem competitiva
consiste no facto dela estar presente em todas as actividades da cadeia de
valor.
Assim, temos opção de trabalhar com diferentes vantagens competitivas:
 Diferenciação/ Exclusividade
 Qualidade: o melhor;
 Custo: o mais barato
 Agilidade: o mais rápido.
 Atendimento: o mais eficiente
 Foco: Atenção

As formas de atingir estas vantagens competitivas irão definir as estratégias


específicas que a empresa utilizará. Vamos definir cinco estratégias:
Flexibilidade: entende-se por flexibilidade a capacidade de adaptação
coordenada de todos os elementos da cadeia visando atender ou criar uma
demanda diferenciada. A estratégia que utiliza flexibilidade pode ser tanto
no design do produto ou no volume requerido pelos clientes.
Exemplos de empresas que utilizam esta estratégia são a Sony com a
constante actualização do design de seus produtos e a HP que conseguiu
liderar o mercado de impressoras através do seu volume.
Baixo custo: através da estratégia de redução de custos, algumas empresas
conseguiram entrar e dominar em seus mercados. As companhias aéreas
que operam com baixos custos (restrição de aeroportos, de alimentação,
etc).
Entrega: quando a demanda é muito volátil (variavel) ou os produtos são
perecíveis, a velocidade de entrega passa a ter um papel importante na
escolha do fornecedor.
Por outro lado, quando se trabalha com baixos estoques, o fornecedor
precisa ser confiável o suficiente para manter as operações do cliente
sempre em dia. Assim, a qualidade do serviço na entrega tem os dois lados:
velocidade e/ou confiabilidade. Os Correios têm ambas estratégias em
alguns de seus produtos, e esta é uma característica de bons
transportadores.
Qualidade: já faz algum tempo que se diz que qualidade não é mais
opcional –quem não oferece qualidade em seus produtos e serviços está
fora do mercado.
Mas é importante destacar que a qualidade pode servir como diferencial
competitivo de duas diferentes maneiras. A primeira é através de uma
rigorosa conformidade com especificações, como em qualquer peça de alta
precisão. A segunda é oferecendo excelente desenpenho, superando as
expectativas do comprador.
pósvenda: depois de entregue o produto ou realizado o serviço, muitas
empresas imaginam que terminaram o negócio. Aqui é onde muitas delas
conseguem encantar e fidelizar o cliente, com um excelente serviço pós-
venda, de manutenção, logística reversa (materiais reaproveitaveis), com
opções de trocas e upgrades. Com a internet e o uso de tecnologia de
informação este serviço tornou-se muito mais fácil e mais abrangente.
Cabe aos gestores da empresa e da produção identificar a melhor
combinação de estratégia e qual a vantagem competitiva desejam atingir,
para obter sucesso no mercado. Com os exemplos citados pode-se
confirmar a eficácia de se focar em uma estratégia a fim de ganhar espaço
dos concorrentes.

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