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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ESCOLA DO MAR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ESTRATÉGIAS LOGÍSTICAS

por

Ana Rafaela Teixeira


Gilberto Marcellos Pereira Filho
Júlia Steil dos Santos
Natalia Garcia da Silva Alves

Itajaí (SC), Junho de 2018


1. INTRODUÇÃO

A contribuição da gestão para a estratégia de uma empresa é que ela pode garantir
uma forma de comodidade competitiva, de outra maneira, uma posição de superioridade
duradoura sobre os que disputam entre si em termos de preferência do consumidor.
(CHRISTOPHER, 1996).

Porter (1986) apresenta que existem 3 estudos estratégicas genéricos potencialmente


bem-sucedidas para vencer as demais companhias em uma indústria: liderança em custo
geral distinção e abordagem

Segundo Novaes (2004), a definição dada pelo CouncilofLogistics Management


para logística é: “Logística é processo de planejar, implementar e controlar de maneira
eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações
associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de
atender aos requisitos do consumidor. ”

O processo de administração tática é oneroso e requerem disciplina da empresa em


sua inserção visto que, ele é representado através de um elenco efetivo de obrigações
escolhas e ações precisas para que uma empresa alcance a competitividade estratégica e
aufira retorno maiores à média para o mesmo grau de chance (HITT, 2002).

Pagh e Cooper (1998) consideram as estratégias de consideração e postergação, que


ocasionam a chances de conseguir a distribuição de objetos no tempo almejado a um custo
eficaz através do rearranjo das cadeias de produção e gestão. A lógica por trás do conceito
de postergação é que o ameaça e os despesas da incerteza estão pela modificação (de forma,
local ou tempo) dos produtos que ocorre no decorrer as atividades de produtivo e
armazenagem/entrega. Para certa extensão destes negócios, poucas atividades podem ser
postergadas até que as condições do consumidor final sejam conhecidas, e, portanto, os
riscos e incerteza destas atividades 24 podem ser minimizados ou amplamente excluídos.
2. ESTRATÉGIAS LOGÍSTICAS

A preocupação com a logística se tornou algo fundamental em todas as empresas. O


mercado de trabalho atual é altamente completo e exige um alto grau de competitividade
por parte das empresas. Visando melhorar sua posição no mercado, empresas buscam
diferenciação a fim de estabelecer vantagens competitivas. Para alcanças tais objetivos,
cada empresa tenta traçar seu próprio caminho, mas um ponto em comum entre todas elas
que pode ser observado, é a aplicação de estratégias logísticas, que deve ser entendido
como gerenciamento estratégico do fluxo de materiais e de informações, visando levar de
forma eficiente e eficaz os produtos de uma origem a um determinado destino. A mudança
no comportamento dos consumidores, a globalização, a redução do ciclo de vida dos
produtos e o enfraquecimento de marcos, exigem que as organizações desenvolvam novas
competências para conquistar e manter clientes e sua posição perante o mercado. As
dimensões da competitividade são ampliadas de regional para global. Agilidade, rapidez e
flexibilidade deixam de ser apenas um dilema, e passam a se tornar obrigatórias.

A indagação a ser feita é, quais as razões para a logística mostrar-se como uma
escolha lógica e oportuna para fazer frente a essas exigências? Analisando os aspectos
abaixo é possível encontrar tais respostas.

– A evolução de seu conceito: ao utilizar preceitos de marketing, qualidade, finanças e


planejamento, a logística tornou-se uma disciplina multifuncional e, assim, aumentou sua
contribuição para a eficiência e a eficácia da gestão. É capaz de manter a atenção as
necessidades internas da empresa e visualizar os desejos externos dos clientes.

– O aumento de seu escopo: com o passar do tempo, a logística passa a incorporar outras
atividades, deixando de ser apenas operacional para se tornar estratégica. Sendo assim,
deve ser dada maior atenção dos mais altos escalões de qualquer empresa.

– A ampliação de sua abrangência: tratada de forma funcional inicialmente, passa a


integrar diversas funções internas das empresas, e funciona como um elo direto entre
cliente e fornecedor.
– Enfoque sistêmico e orientação para processos: permitem uma visão glocal da empresa
e de toda a cadeira produtiva. Deste modo, propicia que todos os interesses e pontos
importantes sejam visualizados e adequadamente analisados para quaisquer tomada de
decisão.

– Preocupação com gestão de fluxos: inicialmente o fluxo inicial é dos materiais,


iniciando o processo no fornecedor e terminando na entrega ao consumidor final. O
segundo é o das informações, que possui um sentido inverso ao anterior. Sincronizando
ambos os fluxos, é visado a redução de estoques que é o maior consumidor de recursos, e
também o aumento da disponibilidade de produtos. Essa sincronização de fluxo forma uma
sinergia que favorece o fluxo financeiro das empresas.

2.1. A logística como estratégia

Quando entendida e aplicada de forma correta, a logística desenvolve estratégias para


o aumento do nível de serviço ofertado ao cliente, e principalmente viabiliza a redução de
custos. Estas duas condições em sincronia ou ate mesmos isolados, possibilitam
diferenciais competitivos para as empresas, sendo a escolha principal para a busca de
vantagens competitivas perante a concorrência.

Essa ideia é reforçada ao se constatar que determinados segmentos dos mais


competitivos do mercado, como o automobilístico e o grande varejo, visam adotar esta
estratégia de focar na logística. No Paraná, o polo automotivo de Curitiba é uma prova
inquestionável de tal tendência. As plantas instaladas fazem uso dos mais modernos
conceitos de logística, permitindo a construção de plantas compactas e de alta eficiência
operacional, capazes de produzir automóveis de classe mundial. Alguns destes veículos são
exportados para mercados altamente exigentes, como o norte-americano.

Expandindo este raciocínio, pode-se notar que as empresas e países competitivos no


cenário mundial, como o Japão e os Estados Unidos, também visam pesquisas e
desenvolvimento para melhoria direta a logística. A competência logística foi crucial e
fundamental para suas expansões no mercado para além dos seus limites territoriais, e
tornou-se fator-chave para o seu alto desenvolvimento econômico.
3. Forças/Vantagens Competitivas

3.1. Estratégias Competitivas

Para Michael Porter (1991), “Estratégia Competitiva” são ações ofensivas e


defensivas, que uma empresa pode usar para ter uma posição sustentável dentro da
indústria, pois são ações que dão um feedback às cinco forças competitivas. Ele cita três
estratégias competitivas, sendo elas: Custo, diferenciação e foco.

O custo, define-se pôr a empresa focar seus esforços em ter eficiência e competência
produtiva, onde amplie a produção e diminua os gastos com marketing e assistência
técnica, fazendo com que o preço seja atrativo para o consumidor.

Já a diferenciação, tem como objetivo o marketing, a propaganda, a tecnologia, a


imagem da empresa, com a finalidade de mostrar ao consumidor que tem potencial em criar
diferenciais.

E o foco, é refere-se a escolher um alvo restrito, onde a empresa dá prioridade


específica para um certo grupo, oferecendo algo único para o consumidor.

Porter diz também que, a concorrência tem raízes na estrutura econômica básica da
indústria, e que vai além de como os concorrentes atuais estão se portando. A intensidade
da concorrência varia de acordo com as cinco forças competitivas, onde para que se
desenvolvam de maneira correta, é necessárias estratégias como uma pesquisa aprofundada
e analisar as fontes de cada uma das forças competitivas.

3.2. Forças Competitivas


As Cinco Forças Competitivas que Porter cita são: entrada, ameaça de
substituição, poder de negociação dos compradores, poder de negociação dos fornecedores
e rivalidade entre os atuais concorrentes (clientes, fornecedores, substitutos e entrantes
potenciais). O conjunto dessas forças determina a intensidade da concorrência e a sua
rentabilidade também. A competitividade de uma empresa advém de suas características de
preço e de desempenho em produtos existentes.

3.3. Vantagens Competitivas

A Vantagem Competitiva é o valor que uma empresa consegue criar para seus
consumidores e que excede o custo de fabricação da empresa. As diversas atividades
distintas que uma empresa exerce, como projeto, marketing, entrega e suporte do produto,
deram origem à vantagem competitiva, pois cada uma contribui para o posicionamento de
custos relativos, e faz também com que a empresa tenha diferenciais em seus produtos.

4. POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO

Para Andrews (2006), o resultado de concepções e planejamentos no panorama de


organizações mostram que o posicionamento estratégico é um diferencial das empresas.

Segundo Porter (1989), os aspectos característicos do posicionamento estratégico


são imprescindíveis para se obter a vantagem competitiva. Porter realizou uma análise
fundamentada em que afirma que a dependência da posição definida pela empresa no
mercado está diretamente ligada ao alcance da vantagem competitiva.

Porter (2008) declara que, o posicionamento estratégico para sobrelevar a


concorrência pode ser determinado ao confrontar as forças competitivas, isso pode
acontecer a partir do alcance das três estratégias genéricas (custo total, diferenciação e
enfoque).

O posicionamento relacionado à Liderança no custo total é diretamente relacionado


aos custos baixos, de forma a diminuir os gastos a uma margem menor que a concorrência.
Já em Diferenciação, a estratégia procura focar no valor agregado, portanto a produção e a
oferta de produtos e serviços deve ser exclusiva e diversificada em relação aos
concorrentes. (PORTER, 1996).
O enfoque é exclusivamente para dar ênfase em um grupo, linhas ou mercado
relacionado à organização. (PORTER, 2004).

Posicionar-se estrategicamente não é apenas por uma definição, mas sim por uma
junção de cinco grupos, sendo eles: localizar o negócio principal da empresa; diferenciar o
negócio principal da empresa; elaborar o negócio principal da empresa; ampliar o negócio
principal da empresa e por fim, reconceber o negócio principal da empresa a partir da
necessidade de consolidação da estratégia de posicionamento. (MINTZBERG, 2006).

Para Kluyver e Pearce II (2010), o posicionamento estratégico se resume em três


modelos relacionados com a criação de valor para o cliente, sendo eles: Liderança em
Produto, Excelência ou Eficácia Operacional e Intimidade com o Cliente.

A Liderança em Produto baseia-se na produção de produtos de última geração em


fluxo contínuo. Por ser empresas do ramo de inovação, geralmente oferecem maior valor e
soluções em seus serviços, podendo suavizar ou dificultar com relação aos concorrentes.
Excelência Operacional demonstra um posicionamento estratégico focado em melhores
sistemas de produção e entrega, ou seja, relacionando diretamente a otimização de um
produto juntamente com a parte financeira. Esse tipo de estratégia foca em melhoria
continua, controle de processos para que então se consiga alcançar a vantagem competitiva.
Por fim, Intimidade com o Cliente está relacionada com a geração de valor através do
contato com o cliente, ou seja, por meio da empatia e confiança, porém há controvérsias
quanto ao posicionamento e destaque da empresa no segmento por meio da intimidade com
o cliente, o que torna essa disciplina dificultosa. (KLUYVER e PERARCE II, 2010).

As abordagens relacionadas aos autores demonstram que o posicionamento


estratégico pode ser descrito através de teorias e único e dispendioso posicionamento gera
vantagem competitiva, porque a organização tem a chance de apresentar estratégias
diversificadas para o segmento que atua, e logo, se destacar em relação aos concorrentes.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa sobre estratégias logísticas proporcionou um conhecimento


maior sobre o assunto e importância dele no mercado nos dias de hoje.

Este estudo propôs como objetivo geral analisar as estratégias logísticas hoje
utilizadase identificar oportunidades de melhorias à luz das teorias e práticas mais recentes
de gerenciamento da cadeia de suprimento.

Foi percebido que há uma grande diversidade de áreas que buscam melhorar este
ramo dentro de suas companhias, pois a logística dentro de qualquer empresa é essencial
para agregar valor ao consumidor final e tendo uma boa gestão da mesma resulta em
redução de custos e uma vantagem competitiva.

REFERÊNCIAS
ANDREWS, Kenneth R. O Conceito de Estratégia Corporativa.
CHRISTOPHER, Martin. Logística e o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São
Paulo: Pioneira, 1996.
HITT, Michael; Ireland, R. Duane; Hoskisson, Robert E. Administração Estratégica. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
KLUYVER, Corlenis A. de; PEARCE II John A. Estratégia: uma visão executiva. 3 ed.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 226p.
MINTZBERG, Henry. Um guia para posicionamento estratégico. In: MINTZBERG,
Henry; QUINN, James Brian; LAMPEL, Joseph; GHOSHAL, Sumantra;. O processo da
estratégia: conceitos. contextos e casos selecionados. P. 122-128. 4 ed Porto Alegre, RS:
Bookman, 2006. 496p.
NOVAES, Antonio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição:
estratégia, operação e avaliação. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
PAGH, J.D.; Cooper, M.C. Supplychainpostponementandspeculationstrategies:
howtochoosetherightstrategy. Journalof Business Logistics, v.19, n. 2, p.13-33, 1998.
PORTER, Michael E. As cinco forças competitivas que moldam a estratégia. Harvard
Business Review, p 55-69, janeiro 2008.
PORTER, Michael E. Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias e da
concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1991, p. 9-60.
PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da
concorrência. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Campus, 2004. 409 p.
PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho.
3ª ed. Rio De Janeiro: Campus, 1989.
PORTER, Michael E. WhatisStrategy? Harvard Business Review. v. 74, n. 6, p. 61- 78,
nov.-dec. 1996.
PORTER, Michael. Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias e da
concorrência. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1986.

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